Em alta, exportações para México, Colômbia e Peru não compensam Argentina

São Paulo — A crise na Argentina continua tendo impacto negativo sobre as exportações da indústria automotiva nacional. Isso não é mais novidade, porém alguns sinais de recuperação dos negócios com outros países da região começam a mostrar o potencial do veículo nacional nesses mercados. Em outubro, de acordo com os dados da Anfavea, foram exportados 29 mil 964 unidades, redução de 22,6% com relação a igual período do ano anterior.

 

Fábricas registram maior produção desde 2014

São Paulo – As fábricas instaladas no País produziram, até outubro, 2 milhões 547 mil 22 unidades de automóveis, comerciais leves, caminhões e chassis de ônibus, volume que representa alta de 3,6% sobre o volume produzido em igual período no ano passado. O desempenho observado nas linhas foi o maior registrado pelo setor desde 2014, segundo dados da Anfavea divulgados na quarta-feira, 6.

 

Caminhões: vendas perto de superarem volume de 2018.

São Paulo – As vendas de caminhões até setembro somaram 74 mil 255 unidades, segundo dados da Anfavea divulgados na segunda-feira, 7. O volume representa crescimento de 40,7% sobre as vendas realizadas nos nove meses do ano passado. As vendas no mês somaram 9 mil 98 unidades, 35,6% a mais do que em setembro do ano passado. Com o resultado, a média de venda em 21 dias úteis foi de 433,3 unidades/dia a melhor desde dezembro de 2014.

 

Exportações caem 35% em setembro

São Paulo – As fabricantes de veículos instaladas no País exportaram até setembro 337 mil 499 unidades, volume que representa queda de 35,6% na comparação com os embarques realizados nos nove meses do ano passado e 7% menos sobre o volume exportado em setembro de 2018. O resultado é consequência da crise na Argentina. No entanto, o crescimento nas exportações para Colômbia, Peru e México, contribuíram para evitar um resultado ainda pior.

 

Produção segue em alta, apesar da Argentina

São Paulo – A produção brasileira de automóveis, comerciais leves, caminhões e chassis de ônibus chegou a 2 milhões 258 mil 388 unidades no acumulado do ano até setembro, resultado que representa alta de 2,9% ante igual período do ano passado. Não fossem demanda interna aquecida, e mais exportações para Colômbia, México e Peru, o resultado porcentual divulgado pela Anfavea na segunda-feira, 7, poderia ter sido inferior.

 

Produção de chassis de ônibus segue em queda

São Paulo – Saíram das linhas de produção até setembro 21 mil 783 chassis de ônibus nacionais, volume 5,5% menor do que o produzido no mesmo período do ano passado, segundo os dados divulgados pela Anfavea, na segunda-feira, 7. Em setembro a produção foi de 2 mil 413 chassis, queda de 9,5% na comparação com o mês anterior e alta de 7,2% ante o mesmo mês de 2018.

 

Venda de máquinas cai 6% no ano e Anfavea revisa projeção

São Paulo – As vendas de máquinas agrícolas e rodoviárias foram de 32 mil 584 unidades até setembro, queda de 5,7% na comparação com o mesmo período de 2018, segundo os dados divulgados pela Anfavea, na segunda-feira, 7. De acordo com Alfredo Miguel Neto, vice-presidente da entidade que responde pelo setor agrícola, essa retração é reflexo da falta de recursos para financiamentos no começo do ano:

 

Acordo bilateral com Argentina volta à pauta

São Paulo – Voltou à tona o acordo bilateal com a Argentina no setor automotivo, tema que ganhava força nas discussões dos dois governos mas que foi deixado de lado no ínicio da crise argentina, que perdura até agora. Luiz Carlos Moraes, presidente da Anfavea, disse na quinta-feira, 5, que nos próximos dias um desfecho sobre a prorrogação do atual acordo será divulgado em Brasília, DF, por integrantes da Secretaria Especial de Comércio Exterior e Assuntos Internacionais.