Licenciamentos: melhor julho desde 2014.

São Paulo – Os 243,6 mil automóveis, comerciais leves, caminhões e ônibus licenciados no mês passado representam o melhor volume para um mês de julho desde 2014, segundo cálculos da Anfavea, que divulgou os resultados da indústria automotiva na terça-feira, 6, em São Paulo. O desempenho superou em 12% as vendas de julho do ano passado e em 9,1% as de junho, que teve três dias úteis a menos.

 

Setor de máquinas mira o mercado externo

São Paulo – A produção de máquinas agrícolas e rodoviárias em julho somou 6 mil 194 unidades, alta de 40,2% na comparação com junho, resultado do crescimento do volume exportado para países como Estados Unidos, México e Peru, de acordo com o vice-presidente da Anfavea, Alfredo Miguel Neto. Segundo ele, as empresas estão fazendo um esforço maior para ampliar as vendas a outros mercados, para compensar o mercado interno em retração.

 

Na comparação com o mesmo mês do ano passado houve recuo de 8,1%, mesmo índice de queda no acumulado do ano, que registrou 30 mil 918 máquinas produzidas em sete meses. Para o presidente da Anfavea, Luiz Carlos Moraes, a queda no acumulado está dentro da previsão: “O resultado no acumulado ainda é influenciada por um primeiro semestre fraco, mas acredito que recuperaremos os volumes até dezembro e, talvez, tenhamos resultado melhor do que o projetado”.

 

Anfavea divulga novas projeções para exportações

São Paulo – Após desempenho abaixo do esperado no primeiro semestre, quando os embarques de veículos ao Exterior recuaram 41,5% em volume na comparação com os primeiros seis meses de 2018, para 221,9 mil unidades, a Anfavea anunciou na quinta-feira, 4, a revisão de suas projeções para as vendas externas brasileiras neste ano.

No começo do ano a expectativa era exportar 590 mil veículos, volume 6,2% inferior ao do ano passado. Agora a associação que representa as fabricantes locais estima que apenas 450 mil automóveis, comerciais leves, caminhões e chassis de ônibus sejam enviados a outros mercados, recuo de 28,5% com relação às 629 mil unidades exportadas no ano passado.

Fabricantes de máquinas registram queda de 8%

São Paulo – Foram produzidas em junho 4 mil 473 máquinas agrícolas e rodoviárias, queda de 15,7% na comparação com junho de 2018 e de 11,8% com relação a maio, de acordo com dados divulgados pela Anfavea na quinta-feira, 4. No acumulado do ano a produção chegou a 24 mil 779 máquinas, queda de 7,9% ante os seis primeiros meses do ano passado. Segundo Alfredo Miguel Neto, vice-presidente que responde pelo setor de máquinas agrícolas e rodoviárias, essa queda serviu para equilibrar o estoque das empresas:

Fábricas mantêm ritmo de produção apesar da Argentina

São Paulo – A produção de veículos encerrou o primeiro semestre com crescimento apesar do quadro adverso nas exportações, que deverá produzir reflexos nas linhas instaladas no País. De janeiro a junho foram produzidos, segundo balanço divulgado pela Anfavea na quinta-feira, 4, 1 milhão 474 mil 268 unidades, o que representa um volume 2,8% superior ao registrado em igual período no ano passado.

 

Livre-comércio com a Europa demorará quase vinte anos

São Paulo – A indústria automotiva tem cerca de vinte anos para resolver suas questões internas de competitividade antes de começar a valer o livre-comércio de veículos do Mercosul com a União Europeia, consequência do acordo assinado pelos dois blocos na última sexta-feira, 28 de junho. Alguns pontos preliminares do tratado – a versão oficial deverá ser apresentada ao Congresso Nacional nas próximas semanas – foram divulgadas pela Anfavea na quinta-feira, 4, e, dão uma dimensão do desafio que a indústria nacional tem pela frente.

Para Anfavea, vendas diretas estão dentro da realidade

São Paulo – O presidente da Anfavea, Luiz Carlos Moraes, passou um recado para os concessionários de veículos, que nesta semana reclamaram do alto índice de vendas diretas no total de automóveis e comerciais leves comercializados no mercado brasileiro no primeiro semestre do ano: essa modalidade de vendas chegou para ficar e os revendedores terão que se adaptar a esta nova realidade do mercado.

 

“Na União Europeia é assim também”, disse Moraes na coletiva à imprensa na quinta-feira, 4. “Aqui em São Paulo a frota das locadoras é de mais de 500 mil veículos, sendo 45% em aplicação de empresas frotistas. A distribuição precisa repensar o modelo de negócio”.