Iveco Bus recebeu 1,3 mil pedidos de ônibus para Caminho da Escola

São Paulo – A Iveco Bus contabiliza 1,3 mil pedidos de ônibus para a nova etapa do Caminho da Escola. Dentre as solicitações de adesão aprovadas pelo FNDE, Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação, 60% delas, ou 775 unidades, são para as secretarias de Educação da Bahia, do Mato Grosso e de Pernambuco, que encomendaram duzentas do 10-190 ORE 2, Ônibus Rural Escolar 2, e 575 do 15-210 ORE 3, Ônibus Rural Escolar 3.

A maior parte das demandas foi feita pelo governo de Pernambuco, com 355 unidades do 15-210, seguida de 220 unidades do mesmo modelo para o do Mato Grosso e de 190 unidades do 10-190 para o da Bahia. A Iveco ressaltou que a secretaria mato-grossense é um grande cliente, uma vez que em 2022 já recebera 255 ônibus escolares da marca.

Os veículos da categoria ORE 2 do Caminho da Escola têm capacidade para 44 estudantes e os da ORE 3 transportam 59. Todos os ônibus são equipados com ar-condicionado e com dispositivo de poltrona móvel em que o passageiro com pouca mobilidade embarca e desembarca sentado.

BMW anuncia produção de híbrido plug-in em Araquari

São Paulo – “A BMW segue a demanda do consumidor.” Por mais de uma vez Reiner Braun, presidente e CEO do Grupo BMW na América Latina, mencionou esta frase em reunião com jornalistas na sede da companhia, em São Paulo, quando anunciou a produção local do X5 híbrido plug-in, o primeiro eletrificado a sair das linhas de montagem de Araquari, SC.

Foi o que respondeu à reportagem da Agência AutoData quando questionado se o X5 nacional teria a motorização híbrido flex. Pois ele será a gasolina, como o atualmente importado de Spartanburg, Carolina do Sul, Estados Unidos. Mas os híbridos flex estão na mira e virão “quando a demanda do consumidor existir”.

Pelo X5 PHEV a demanda surpreendeu: no ano passado foi o terceiro BMW mais vendido no Brasil, mesmo com preço superior a R$ 700 mil, com 1,2 mil licenciamentos. Só ficou atrás dos nacionais Serie 3 e X1. Com a nacionalização, prevista para o último trimestre, o modelo deixará de pagar imposto de importação.

Dependendo de quando for lançado o modelo será o primeiro híbrido plug-in produzido no Brasil. Compete com o Tiggo 8 PHEV, prometido pela Caoa Chery também para o segundo semestre.

Michael Nikolaides, diretor global de produção e logística do Grupo BWM, fez questão de ressaltar a flexibilidade de Araquari, que produz os Serie 3, X1, X3 e X4. Este fator permite com que novos veículos sejam adicionados sem necessidade de grandes investimentos, incluindo os eletrificados. No fim do ano passado a companhia anunciou expansão em 10% da capacidade de produção da unidade, para 11 mil veículos: “Será a única fábrica do mundo a produzir modelos flex, gasolina e híbridos plug-in”.

Nacionalizar o X5 integra o investimento de R$ 500 milhões anunciado pela BMW em 2021. É só o primeiro passo para a eletrificação: novos modelos PHEV e, por que não?, elétricos estão na mira, embora Braun e Nikolaides desconversem. Ou melhor: “A decisão seguirá a demanda do consumidor”.

Engenharia nacional

Maru Escobedo, presidente da BMW do Brasil, disse negociar com a matriz, na Alemanha, o desenvolvimento e a introdução da tecnologia híbrida flex no Brasil. Sem fornecer pormenores confirmou que seus engenheiros locais já trabalham no tema.

A área de pesquisa e desenvolvimento foi reforçada: segundo Jochen Otterbach, chefe de veículos com proteção especial do Grupo BMW, será responsável por desenvolver e homologar especificações de blindagem para toda a América Latina. Atualmente quatro modelos homologados pela engenharia global da BMW são oferecidos com blindagem, que é chamado de BMW Protection: Serie 3, o elétrico iX3 e o X5 PHEV.

“O BMW X1 Protection e o BMW iX1 Protection serão oferecidos em breve no Brasil. Alguns modelos novos também serão anunciados em breve e estarão disponíveis, incluindo mais modelos puramente elétricos.”

Bogotá dá o exemplo ao conciliar estrutura e eletrificação do transporte público

Bogotá, Colômbia – As casas sem reboco na subida do morro indicam que o bairro, afastado do Centro, reúne moradores mais simples, com infraestrutura que deixa a desejar ao comparar com os locais habitados por gente endinheirada, como é comum em quase todas as cidades da América Latina. Bogotá, Capital da Colômbia, pouco difere de São Paulo com relação à má distribuição de renda, ao trânsito caótico e a qualidade do ar. No entanto, sua administração soube iniciar uma transição bem-sucedida para a eletrificação de seu sistema de transporte público.

A Transmilenium, uma sociedade pública do distrito de Bogotá, referência no transporte público na América do Sul, tem circulando pela cidade em torno de 1,5 mil ônibus elétricos, parte de uma renovação iniciada em 2022 e que seguirá pelos próximos anos, em futuras licitações para as quais as fabricantes de ônibus estão com os olhos atentos. 

No topo da ladeira com as casas sem reboco, igrejas evangélicas e comércios simples está a garagem da operadora La Rolita. Nela 183 ônibus 100% elétricos com chassi BYD e carroceria Busscar passam a noite sendo recarregados. Todos ao mesmo tempo.

A garagem da La Rolita derruba um dos mitos que surgiu diante do processo de renovação de frota da Capital paulista, cuja Prefeitura, no ano passado, anunciou a intenção de adquirir 2,5 mil ônibus elétricos até o fim de 2024: o de que não é possível gerar a eletricidade necessária para recarregar tantos veículos ao mesmo tempo em áreas longe das regiões centrais. A operadora de energia elétrica de Bogotá é a mesma Enel de São Paulo.

É preciso, porém, planejar e investir. Foi o que fez a VG Mobilty, empresa de mobilidade urbana que adquiriu os ônibus, montou a infraestrutura e concedeu a operação para a La Rolita, empresa da qual a Transmilenium detém participação. O modelo complexo de negócio tornou viável a ampliação do alcance do transporte público aos habitantes de Bogotá, pois parte da circulação dos novos ônibus elétricos é feita em bairros onde a Transmilenium ainda não chegava.

Sistema de carregamento aéreo

Os ônibus começam a chegar à garagem às 21h00. Das 23h00 até as 3h00 todas as estações de recarga de La Rolita estão ocupadas por um ônibus, que pode levar até sete horas para ser recarregado. Caso esteja sozinho no sistema sua carga leva uma hora e meia.

A garagem foi projetada para a operação 100% elétrica. As 183 vagas de ônibus dispõem de uma mangueira para serem conectadas aos ônibus que ali dormem. Esta mangueira está integrada a um dispensador que, por sua vez, recebe a energia do que eles chamam de supercarregador, com 8,4 mW. São 21 supercarregadores e 93 dispensadores, alimentados por uma subestação de 34,5 kW dedicada à recarga dos ônibus. E independente da rede elétrica usada pela garagem para iluminação e outros processos.

Aos supercarregadores, estas grandes caixas brancas, são conectados os dispensadores, de onde saem as mangueiras que, no andar de baixo, recarregam os ônibus. Foto: André Barros.

Foi assim que La Rolita se estruturou para garantir que todos os ônibus estejam carregados todos os dias pela manhã, quando saem para cumprir seus trajetos na Transmilenium. Com chassi BYD importado da China e carroceria Busscar produzida localmente, em Pereira, têm autonomia de até 280 quilômetros e chegam com cerca de 30% da bateria após um dia de operação.

Toda essa estrutura foi colocada de pé em dezoito meses. Os primeiros ônibus começaram a circular em setembro de 2022 e, desde então, a operação segue sem imprevistos. Além da energia vinda de Bogotá existe uma estrutura reserva, ligada a Soacha, de quem La Rolita é vizinha. Assim, se faltar energia em uma é possível ativar o plano B.

Ônibus sendo recarregado em La Rolita. Foto: André Barros.

A operação é considerada exemplo para a Transmilenium. Sebastian Saenz, líder de infraestrutura de La Rolita, afirmou com orgulho que 60% das motoristas dos ônibus são do sexo feminino.

“E eles não fazem barulho, o que colabora com a qualidade de vida dos motoristas e dos vizinhos, que podem dormir sossegados na madrugada sem o barulho de ônibus com motor diesel entrando e saindo da garagem.”

Existe até uma horta comunitária, compartilhada com a comunidade que vive ao redor da garagem. Saenz calcula que os 183 ônibus de La Rolita evitam a emissão de 6 mil toneladas de CO2 por ano.

A maior da América Latina

A alguns quilômetros de La Rolita, também em local com terrenos mais em conta, está a Green Móvil. Ocupando área de 40 mil m² é, segundo a Transmilenium, a maior garagem de ônibus elétrico da América Latina e da Europa: são 406 ônibus 100% elétricos.

Também são todos chassis BYD, produzidos na China, mas com carroceria Marcopolo, montada pela Superpolo, joint-venture da caxiense Marcopolo com a colombiana Fanalca. Para a estrutura, cuja operação não requer o carregamento de todos os ônibus ao mesmo tempo, foram investidos US$ 20 milhões.

Os carregadores da Green Móvil ficam no chão. Foto: André Barros.

Diferente da La Rolita o sistema de carregamento escolhido não foi o aéreo. A estrutura está toda no chão, da forma mais usual, com as mangueiras saindo dos dispensadores para serem conectadas aos veículos. É mais parecido com um grande hub de recarga para ônibus.

Na Green Móvil são 111 supercarregadores com 381 dispensadores. Como são muitos ônibus não existe momento em que todos estão sendo recarregados ao mesmo tempo. O tempo de recarga varia de uma hora e meia a duas horas e meia.

Os supercarregadores da Green Móvil ficam trancados. Foto: André Barros.

Toda a energia consumida, suficiente para abastecer um município de 200 mil pessoas, é comprada no mercado livre de energia colombiano a taxas inferiores às aplicadas na geração comum. Os preços são negociados com a Enel e a Terpel, segundo Jimmy Daza, diretor de operações da Green Móvil.

Ele conta que a construção de toda a estrutura, que envolveu preparação também de segurança com um complexo sistema de combate ao incêndio, demorou um ano. Em abril de 2022 os primeiros ônibus começaram a circular por Bogotá. “Hoje transportamos, em catorze rotas, de 60 mil a 70 mil passageiros”.

Contratos de quinze anos

Para dar sequência ao seu plano de descarbonização, idealizado pouco antes do início da pandemia, a Transmilenium mexeu em seu plano de contratação. Enquanto os ônibus a diesel ou GNV podem operar por dez anos para os elétricos o contrato foi estendido para quinze anos.

Hoje são dez pátios com ônibus 100% elétricos, que já representam 14% de toda a frota circulante de Bogotá. A operação dos elétricos é carbono neutro, com a energia provinda de fontes renováveis – na Colômbia 80% da energia vem de fonte hídrica, 15% térmica e 5% das demais, como solar e eólica. As garagens começam a instalar painéis fotovoltaicos para gerar energia limpa para a operação.

Ônibus sendo recarregado na Green Móvil. Foto: André Barros.

O próximo passo, contou Deizy Rodriguez, diretora de planejamento da Transmilenium, é incorporar modelos articulados elétricos ao sistema. Licitações, com cerca de 3 mil ônibus, deverão ocorrer nos próximos anos e diversas empresas, como Volvo, Scania e a própria BYD, além de outras chinesas como a Yuton, estão de olho.

“Com a primeira etapa e a incorporação destes 1,5 mil ônibus passamos a deixar de enviar à atmosfera 94,3 mil toneladas de CO2 por ano.”

Ônibus é a parte mais fácil 

Em São Paulo segue o imbróglio. Quem acompanhou o Seminário Megatendências 2024, organizado por AutoData em março, foi informado que a infraestrutura é o maior gargalo para o avanço da eletrificação no transporte público de passageiros no País. Mas, se em Bogotá funcionou, porque na maior cidade da América Latina existem empecilhos?

A Enel, que distribui a energia para a Capital paulista, disse precisar de até quinze meses para instalar infraestrutura de alta voltagem, o que está dentro do prazo de construção de uma garagem que a Agência AutoData visitou na Capital colombiana. Outro fator que trava é o investimento, que pode variar de R$ 50 milhões a R$ 100 milhões.

De todo modo a Prefeitura de São Paulo está disposta a seguir adiante com seu plano e conseguiu os financiamentos para que os operadores troquem seus ônibus e até arcará com parte do investimento nos veículos. Mas as garagens deverão investir em sua infraestrutura.

Diante de toda essa situação Bruno Paiva, diretor da divisão de ônibus elétricos da BYD, afirmou: “O ônibus é a parte mais fácil de todo o processo”.

Para finalizar: a tarifa em Bogotá é de 2 mil 950 pesos colombianos, o equivalente a cerca de R$ 4,00. Ou 10% abaixo da tarifa cobrada em São Paulo.

GM estuda revisar projeções após bom desempenho do mercado no primeiro trimestre

Londrina, PR – O desempenho do mercado brasileiro no primeiro trimestre, que cresceu 10,7% sobre igual período de 2023, acima do projetado pela Anfavea para o ano, de alta de 6,6%, surpreendeu a General Motors. Seu vice-presidente de políticas públicas e comunicação, Fábio Rua, disse que novos competidores, a melhora na disponibilidade de crédito e condições macroeconômicas estáveis estão puxando as vendas.

Caso o cenário prossiga ao longo do ano a GM deverá revisar para cima as suas projeções internas, que estão alinhadas com as da Anfavea, de acordo com Rua, que torce para que a companhia e a associação tenham errado para baixo as suas estimativas.

O segundo trimestre, disse ele, será um grande divisor de águas: caso o mercado continue registrando crescimento acima do projetado será possível avaliar uma tendência de expansão acima das expectativas. O que pode ocorrer também no terceiro trimestre.

Com relação à disponibilidade de crédito e à maior venda de veículos financiados o vice-presidente disse que o cenário já mudou na GM e no mercado em geral, com os financiamentos representando a maior parte das vendas: 

“Acho que já está em 52% ou 53% e com o ritmo de queda da taxa de juros a tendência é de que esse porcentual avance nos próximos meses. Nesse começo de ano os bancos das montadoras registraram crescimento expressivo na liberação de valores para financiamentos”.

Na avaliação do Rua não faz sentido que carros com tíquete médio de R$ 90 mil ou R$ 100 mil sejam comprados à vista, sendo que o Brasil tem sistema bancário muito bem desenvolvido, com diversas opções de crédito disponíveis. 

Para 2024 a GM espera, pelo menos, manter o seu volume de vendas de 2023, 271,7 mil unidades, com a possibilidade de crescer um pouco por causa dos novos veículos que serão lançados. A médio prazo a expectativa é de aumentar as vendas e ganhar mercado com os investimentos programados e a chegada de novos projetos.

Indústria de motocicletas registra melhor primeiro trimestre desde 2012

São Paulo – Saíram das linhas de produção da Zona Franca de Manaus, AM, 438 mil motocicletas durante o primeiro trimestre. O volume supera em 10,3%, ou em 41 mil unidades, o total fabricado no mesmo período em 2023. Trata-se do melhor desempenho para os três primeiros meses de um ano desde 2012, de acordo com dados da Abraciclo divulgados na quarta-feira, dia 10.

Apesar do resultado positivo, atribuído ao crescimento do PIB, à desaceleração da inflação e à queda no desemprego o presidente da Abraciclo, Marcos Bento, afirmou que a entidade prefere manter a projeção de alta de 7,4% para 2024, com 1 milhão 690 mil unidades, o maior patamar desde, pelo menos, 2015.

Cerca de 80% das motocicletas produzidas de janeiro a março foram de entrada, de até 160 cm3 de cilindrada, totalizando 349 mil unidades, quantidade que supera em 11,2% a do primeiro trimestre do ano passado.

Quase a metade dos veículos, 49% ou 214,2 mil, são da categoria street, ou seja, de uso urbano. O volume está 7,5% acima do produzido de janeiro a março de 2023. Com relação à motorização 284 mil unidades, ou 65% do total, eram flex, alta de 8,4%. Vale ressaltar que, embora em menor número, 153,5 mil, versões a gasolina avançaram 14%.

Quanto aos emplacamentos somaram, no primeiro trimestre, 432,4 mil motos, 21,1% a mais do que no mesmo período do ano passado, o que representou incremento de 75,2 mil unidades. O resultado também foi o melhor observado para os três primeiros meses de um ano desde 2012.

“Temos sentido uma continuidade de demanda por mobilidade logística urbana, ou seja, pelo delivery, que segue forte.”

Embora tenha dito que não é possível identificar quantas vendas tenham sido para essa finalidade o dirigente acredita que a contribuição é significativa. Dados que apontam para isso são o fato de a maior demanda continuar sendo por modelos de entrada: “Crescemos muito na pandemia pelo fator da mobilidade urbana, que tem preço de aquisição mais baixo. Trata-se de uma moto que é usada como veículo de geração de renda. E vemos indícios de que deverá continuar”.

Os modelos 0 KM mais licenciados no primeiro trimestre foram os de baixa cilindrada, com 125,8 mil unidades, o que correspondeu a 82,4% do mercado. A média diária de vendas no mês passado, com vinte dias úteis, foi de 7,6 mil unidades.

O cenário econômico com o movimento de queda dos juros também colaborou com o aumento das vendas financiadas, que passaram de 34% para 37% no comparativo dos primeiros trimestres de 2023 e 2024. Nesse mesmo período a modalidade de consórcio também avançou, de 30% para 35%.

Quanto às exportações houve retração de 8,7%, com 9,3 mil unidades. Ao considerar apenas março, no entanto, houve reação de 45,5% ante o mesmo mês de 2023, 4 mil unidades, incremento de 46,7% ante fevereiro.

O setor agora aguarda apenas o desenrolar da reforma tributária no Congresso, aguardando o projeto que o governo encaminhará com relação às leis complementares.

“É importante ressaltar que 2023 foi um importante ano com relação à segurança jurídica, o que é primordial ao nosso investidor. Agora queremos que seja assegurada a competitividade do segmento de duas rodas na Zona Franca de Manaus até 2073.”

GM negocia aumento de investimento para o mercado brasileiro

Londrina, PR – Poucos meses após anunciar aporte de R$ 7 bilhões no Brasil até 2028 a General Motors já negocia com a matriz o aumento deste valor, conforme afirmou à Agência AutoData seu vice-presidente de políticas públicas e comunicação, Fábio Rua. Segundo ele o anunciado foi apenas uma primeira fase do novo ciclo:

“Os R$ 7 bilhões da primeira fase estão confirmados, mas a tendência é que o valor aumente. Já estamos trabalhando para isto, com a intenção de trazer novos projetos para o mercado brasileiro”. 

Segundo ele a aprovação do Mover, Programa Mobilidade Verde e Inovação, animou a diretoria da GM, que pretende investir cada vez mais no Brasil. A intenção é tornar o País um hub de exportação para todos os países das Américas abaixo do México, com produção nas fábricas brasileiras de São Caetano do Sul, São José dos Campos, SP, e Gravataí, RS. O Mover pode auxiliar neste projeto trazendo mais competitividade da porta para fora, segundo Rua, com medidas como a criação do IPI verde, como exemplo.

No ano passado as exportações da GM, que seguem para mais de 25 países a partir do Brasil, recuaram mais de 20%: “Temos potencial para produzir mais, nossa capacidade ociosa nas fábricas ainda é muito grande. Queremos mudar este cenário e, com maior competitividade, podemos produzir mais para exportar e também para atender ao mercado local, que com aumento do poder de compra da população e do cenário de crédito pode nos ajudar a ocupar mais as nossas fábricas”.

O vice-presidente disse que a intenção é explorar mais os países das Américas, mas as condições tributárias atuais não permitem o avanço desejado. Um exemplo disso é o Chile, que recebe veículos de outras plantas da GM no mundo porque são mais competitivas na comparação com uma exportação a partir do Brasil devido ao sistema tributário atual.

Carbon anuncia Patrícia Cornetti como diretora de pessoas e cultura

São Paulo – Patrícia Cornetti é a nova diretora de pessoas e cultura da Carbon. A executiva, primeira mulher a integrar o quadro de direção da empresa, de blindagem de veículos civis, recebeu a missão de ampliar a participação no mercado de 20% para 30% e de estabelecer cultura ágil de processos que tragam resultados sustentáveis, além de estimular ambiente diverso e inclusivo.

Com passagens por Kopenhagen e Chocolates Brasil Cacau, Natura, Saint Gobain e Vivara e, mais recentemente, PicPay, a executiva com mais de vinte anos de experiência em gestão estratégica de recursos humanos responderá diretamente a Alessandro Ericsson, CEO da Carbon.

Frasle Mobility investe R$ 3,6 milhões na fábrica de Extrema

São Paulo – A Frasle Mobility investiu R$ 3,6 milhões em novas instalações para pintura dos amortecedores Nakata em Extrema, MG. O processo anterior, que usava tinta líquida, foi substituído por um mais moderno que faz uso de tinta em pós.

O novo método, segundo a Frasle Mobility, tem melhor aproveitamento dos insumos utilizados ao longo do processo e reduz a geração de resíduos do processo de pintura. O cálculo é de eliminação de 137 toneladas de borra de tinta por ano.

“Um dos nossos grandes desafios foi desenvolver processos e materiais que permitissem a aplicação deste tipo de tinta, mais eficiente e sustentável, preservando componentes internos dos amortecedores, devido a temperatura de cura”, disse Marcelo Tonon, diretor geral da Nakata. “Avançamos assim na evolução constante para nossas instalações, nesta fábrica que nos serve de modelo dentro dos padrões de excelência das unidades fabris da Frasle Mobility ao redor do mundo.”

Mercedes-Benz entrega 176 extrapesados Actros para a Addiante

São Paulo – A Mercedes-Benz realizou a entrega de 176 caminhões extrapesados Actros para a empresa de locação de veículos e equipamentos pesados Addiante, joint-venture da Randoncorp com a Gerdau. Ao todo a empresa conta com 250 cavalos mecânicos deste modelo em sua frota.

Dentre os caminhões que acabaram de ser entregues 160 são do modelo Actros 2651 6×4 e dezesseis do Actros 2548 6×2. Os demais haviam sido adquiridos em 2022, quando a locadora foi formada, junto à Savana, concessionário da marca em Curitiba, PR, mesma cidade em que a Addiante está sediada. Todos os novos veículos já estão em ação nas operações dos clientes da empresa.

A aquisição faz parte dos planos da Addiante de dobrar o volume de ativos alugados em 2024, ao passar de 1,4 mil no início do ano para 3 mil unidades até dezembro.

Iveco Bus fornece 20 chassis para paranaense Italianinha Tour

São Paulo – A Iveco Bus forneceu vinte chassis BUS 17-280 para renovar a frota da Italianinha Tour, empresa de turismo, transporte intermunicipal e de fretamento sediada em Matelândia, PR. As unidades serão encarroçadas por Mascarello e Busscar.

Trata-se da primeira vez que a empresa adquire veículos Iveco, por meio da concessionária Iveco Possoli. Segundo a fabricante de Sete Lagoas, MG, “as vendas para a Italianinha Tour vêm ao encontro da estratégia de oferecer ao mercado produto adequado à realidade local, o que favorece a proximidade com o cliente”.