Fórum Perspectivas Caminhões tem todos seus palestrantes confirmados

São Paulo – O Brasil se destaca globalmente por seu robusto setor de transporte e por possuir um dos maiores mercados mundiais de caminhões. As primeiras projeções da Anfavea para 2024 indicam a possibilidade de recuperação das vendas em cerca de 10% frente à queda verificada no ano passado, quando o mercado enfrentou a transição tecnológica para motores Euro 6. 

A indústria de veículos comerciais, especialmente a de caminhões, desempenha um papel crucial no setor automotivo brasileiro. A experiência de AutoData em analisar este mercado sugere que o fim do primeiro trimestre é crucial para estabelecer as perspectivas do segmento. É justamente nessa época que começam a ser definidas as safras agrícolas e as expectativas com relação ao PIB industrial do País, que definirão os rumos da economia, tão importantes para as vendas de veículos de transporte de carga.

Para abordar essas questões importantes AutoData criou o Fórum Perspectivas Caminhões, evento online que ocorrerá na quinta-feira, 25 de abril. O evento reunirá alguns dos principais líderes do setor automotivo, incluindo montadoras, concessionários e fabricantes de implementos rodoviários, com o objetivo claro de discutir as perspectivas imediatas para este segmento essencial, visando a fortalecer a indústria e a economia brasileira.

O plenário do evento já está totalmente confirmado e contará com a participação de profissionais como Marcelo Franceulli, diretor executivo da Fenabrave, que trará a visão dos concessionários, Márcio Querichelli, presidente da Iveco, Alcides Cavalcanti, diretor executivo da Volvo Caminhões, Jefferson Ferrarez, vice-presidente de vendas e marketing de caminhões da Mercedes-Benz,, Alex Nucci, diretor de vendas de soluções da Scania, Sílvio Campos, diretor comercial da Librelato, e Claude Padilha, diretor de marketing de vendas da Randon.

O Fórum será on-line, terá a duração de uma tarde e será realizado com inscrições gratuitas. As inscrições podem ser feitas pelo e-mail seminários@autodata.com.br ou pelo telefone 11 99652-1271.

Desvalorização dos veículos elétricos chega ao dobro dos modelos a combustão

São Paulo – Muito se especula mas pouco se sabe, na prática, como se dará a desvalorização de veículos elétricos, ainda em volume pequeno, embora crescente, no mercado brasileiro. Pensando nisso a Bright Consulting decidiu incluir o monitoramento de eletrificados em sua ferramenta baseada em anúncios de vendas chamada PRM, Preço de Referência de Mercado. Embora a coleta desses dados venha sendo feita desde novembro de 2022 a primeira divulgação de comparativo de preços foi cedida com exclusividade à Agência AutoData.

Os veículos elétricos com um ano de uso desvalorizaram, na média, 9%. Quando se analisa modelos abaixo de R$ 300 mil, no entanto, essa depreciação vai a 15%. Ou seja, os carros a bateria de entrada têm maior perda de valor de mercado. Considerados os que custam acima desse patamar o porcentual é de 8%.

E mais: é possível afirmar que a desvalorização é maior que a de veículos a combustão, podendo chegar ao dobro da média, que é de 6%. De acordo com Cássio Pagliarini, diretor de estratégia da Bright Consulting, “pressionados por fatores como preço mais alto, pequena disponibilidade de estações de recarga, expectativa de vida das baterias e autonomia de rodagem os veículos elétricos puros são aqueles com a maior depreciação”.

Segundo Pagliarini ainda não entram nessa conta fatores como o desempenho da bateria e redução da autonomia, até porque as fabricantes geralmente oferecem garantia de oito anos com a promessa de que, se a bateria não vier com algum defeito, não haverá perda significativa na autonomia, que em uma década deverá manter sua capacidade em 70% a 80%. Mas isto só o tempo dirá.

“O medo de não saber, na prática, como é ter um elétrico usado faz com que o cliente pague menos pelo veículo. A suposição de que pode haver problemas aliado ao fato de não saber como proceder com a manutenção e a garantia diretamente com a marca, na condição de segundo proprietário, desperta insegurança que puxa o preço para baixo.”

O consultor ponderou que é provável que daqui a dois ou três anos isso se equilibre e essa diferença diminua, aproximando-se do veículo a combustão, mas que hoje o receio ante o desconhecido provoca esse efeito no mercado.

Quanto a esta diferença na desvalorização do elétrico seminovo de acordo com seu preço Pagliarini aponta que o veículo premium, seja qual for sua forma de propulsão, e com um ano de uso, ainda é premium, e tem possibilidades elevadas de encontrar um comprador que o valorize.

O mais barato, por sua vez, diante da insegurança mencionada, faz com que o cliente não queira pagar essa diferença de preço e prefira um 0 KM. Ou então opte por um novo a combustão, uma vez que esteticamente as versões são iguais.

É diferente, portanto, a relação que o consumidor exerce hoje com um seminovo a combustão, em que ele sabe que aquela diferença, ainda que chegue a 10%, geralmente vale a pena. Ou seja: a questão cultural ainda pesa na hora de escolher qual carro comprar.

E com os híbridos é a mesma coisa. A depreciação, na média, é de 9% para os híbridos puros, o que pode chegar a 20% dependendo da marca – neste caso isto varia mais de acordo com o produto do que com sua faixa de preço. Se for considerado o mild hybrid, ou híbrido leve, a perda é de 8%, e no caso do plug-in hybrid, ou híbrido plug-in, de 7%.

O plug-in, em que a bateria permite autonomia de 80 quilômetros a 100 quilômetros, também apresenta diferenças expressivas dependendo do valor de venda. Enquanto modelos que custam acima de R$ 300 mil podem desvalorizar 6% para aqueles abaixo deste patamar o porcentual chega a 13%. Para Pagliarini “este cenário também decorre do baixo número de veículos nessa condição e deverá melhorar com o amadurecimento do segmento”.

James Yang, da GWM, tem reunião com Tarcísio de Freitas

São Paulo – O presidente da GWM Americas, James Yang, reuniu-se com o governador do Estado de São Paulo, Tarcísio de Freitas, na quinta-feira, 11. Em pauta o desempenho de vendas da empresa, sediada na Capital paulista, e os planos para o início das atividades produtivas em Iracemápolis, SP, a partir do segundo semestre.

Outro assunto discutido foi o projeto de hidrogênio que a GWM tem para o Brasil, ainda em fase de estudos para estabelecer rota de veículos de carga dentro do Estado.

BNDES abre inscrições para projetos de descarbonização da cadeia automotiva

São Paulo – O BNDES abriu na sexta-feira, 12, inscrições para o programa BNDES Rota 2030, que receberá projetos que têm como objetivo a descarbonização da mobilidade e da logística. O orçamento inicial é de R$ 200 milhões nos próximos cinco anos, dos quais R$ 40 milhões estão disponíveis já para 2024, em recursos não reembolsáveis.

São recursos provenientes dos fundos dos Programas Prioritários do Rota 2030, obtidos a partir do valor equivalente aos ex-tarifários pagos pelas empresas na importação de peças e componentes não fabricados no Brasil. Desde o ano passado o fundo passou a ser operado pelo BNDES, após acordo assinado com o MDIC, Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços.

Segundo o BNDES os dinheiro poderá beneficiar projetos que contemplem ao menos um dos temas:

  • baterias e powertrains de baixa emissão, com foco em veículos híbridos com biocombustíveis, incluindo seus componentes e insumos críticos e as soluções para infraestrutura de recarga;
  • descarbonização dos processos produtivos de veículos, componentes, insumos críticos e materiais estratégicos, como aço verde, alumínio e novas ligas especiais; e
  • biocombustíveis e suas aplicações em veículos leves e pesados e em máquinas agrícolas, com destaque para as soluções em biometano, incluindo projetos-piloto de sua utilização.

Os projetos deverão ser destinados a máquinas agrícolas, veículos pesados urbanos e rodoviários e veículos leves, desde que envolvam soluções em biometano, etanol, eletricidade, célula de combustível e outros biocombustíveis alternativos. Devem ser propostos por instituições de pesquisa com valor mínimo de R$ 10 milhões.

Caso um projeto tenha a participação de montadoras o BNDES exige a presença de pelo menos uma empresa da cadeia de fornecedores. Mais informações estão na página do Programa Prioritário BNDES Rota 2030 pelo endereço www.bndes.gov.br/rota2030.

Eaton planeja localizar conectores de olho em mercado de R$ 1,7 bilhão

São Paulo – Passados pouco mais de dois anos da sua última grande nacionalização, o processo produtivo das válvulas ORVR, em Valinhos, SP, que recentemente alcançou a marca de 1 milhão de peças produzidas, a Eaton já tem sua nova aposta para produzir localmente, de olho no mercado de eletrificação: conectores e terminais.

“Nosso grande objetivo é localizar sempre, com transferência de tecnologia. Vender é uma consequência, queremos realmente oferecer algo diferente, que se torne referência para o mercado”, afirmou Márcio Seleghin, gerente de estratégia de produto e responsável por conduzir a área de integração para terminais e conectores no Grupo Mobility América do Sul.

Os planos, segundo Seleghin, são estabelecer produção local do segundo semestre de 2025 ao início de 2026. E a tendência é a de que a fábrica seja instalada no complexo industrial de Valinhos, de acordo com ele uma unidade maior, com mais funcionários e mais diversa em termos de produtos.

Até que isso aconteça, porém, a companhia vai dando seus primeiros passos com treinamento de equipe local e reuniões com executivos de montadoras e fábricas de chicotes a fim de prospectar clientes. Em paralelo vem desenvolvendo estudo para a localização, o que deverá ser concluído até o fim deste ano.

A Eaton busca conquistar pelo menos 10% do mercado de conectores e terminais no Brasil, estimado por Seleghin de US$ 300 milhões a US$ 350 milhões, algo como R$ 1,5 bilhão a R$ 1,7 bilhão. É a mesma fatia que detém no mercado global, estimado de US$ 1,5 bilhão a US$ 2 bilhões.

O executivo assinalou que em torno de 70% dos itens utilizados atualmente no Brasil são importados, ainda que vendidos por fabricantes de chicotes instaladas localmente – movimento que a própria Eaton faz. Ou seja: trata-se de uma nova área da indústria que começará a ser desenvolvida.

“Vamos precisar de investimento. A velocidade com que acontecerá, porém, dependerá das políticas de incentivo do governo”, disse, ao emendar que o recente anúncio de investimentos das montadoras que superam os R$ 100 bilhões deverá acelerar esta necessidade.

Objetivo é que nova linha de produção seja estabelecida em Valinhos, onde hoje são produzidas transmissões automatizadas e válvulas ORVR. Foto: Divulgação.

A Eaton possui em torno de 2,5 mil terminais disponíveis em seu portfólio, que de acordo com Seleghin são passíveis de venda para qualquer cliente, uma vez que todos os ferramentais e design são da companhia.

Será feita análise de quais componentes serão mais demandados mas, ao se considerar que um carro a combustão requer terminais conectores de baixa tensão e um eletrificado usa além destes componentes de alta tensão, a expectativa é a de que aumente em 20% o volume de componentes e de produtos diferentes, que são mais complexos.

Grupo SHC entra no negócio de ônibus elétrico com a chinesa Ankai

São Paulo – O Grupo SHC, do empresário Sérgio Habib, responsável pela operação da Jac Motors no Brasil, tem uma nova aposta: os ônibus urbanos elétricos Ankai, produzidos na China e que começam a ser importados. Habib está de olho em demanda crescente em diversas cidades em todo o País, especialmente São Paulo, que já anunciou plano de adotar até 2,4 mil ônibus elétricos em sua frota até o fim do ano.

A Ankai espera fornecer de cem a 150 unidades em seu primeiro ano de operação. Vágner Rigon, diretor de operações de ônibus do Grupo SHC, disse que existem diversas negociações em andamento: “Vamos trazer os veículos conforme o fechamento dos contratos. Não teremos estoque aqui no Brasil: após a assinatura do contrato entregaremos os veículos em um prazo de até cinco meses”.

Para liderar as operações a Ankai selecionou alguns executivos de vendas por região, que serão os responsáveis pelo fechamento de novos contratos. Os ônibus serão importados inteiramente montados e cada unidade custa, em média, R$ 2,4 milhões, preço considerado competitivo quando comparado com outros modelos elétricos disponíveis, segundo Rigon. Para o pós-vendas a marca usará a estrutura do grupo SHC, que já opera com caminhões elétricos no País. 

Ônibus elétrico de 12 metros homologado pela SPTrans

A operação inicia com quatro modelos de ônibus: micro de 6 metros, mini de 8 metros, midi de 10 metros e urbano de 12 metros, todos monoblocos – diferentemente das demais fornecedoras de ônibus do Brasil, que utilizam chassi sob carroceria. Os modelos de 8 e de 10 metros deverão representar 50% das vendas, segundo Rigon. O de 12 metros já está homologado pela SPTrans e todos são equipados com packs de baterias no teto, com a autonomia variando de 250 a 350 quilômetros, dependendo da quantidade de packs instalados.

A empresa ainda possui em seu portfólio opções como Padron de 13 metros, básico de 15 metros, articulado de 18 metros e Double Decker, mas estes ainda não estão à venda no Brasil. Se houver demanda, porém, a Ankai poderá ampliar seu portfólio local, pois sua fábrica na China tem capacidade para produzir até 20 mil ônibus elétricos por ano.

Sérgio Habib projeta que o transporte público urbano do futuro será 100% elétrico, pelo fato de a operação ser mais silenciosa e não emitir poluentes. Mas acredita em algum tipo de subsídio governamental por causa do seu custo muito maior: “As prefeituras podem comprar o veículo e emprestar para os operadores ou os empresários podem adquirir diretamente, caso recebam algum tipo de subsídio para a sua operação, porque sem essa ajuda o negócio é inviável”.

Governo autoriza início de testes com caminhões elétricos pesados Volvo

São Paulo – A Volvo recebeu do Ministério dos Transportes autorização para iniciar os testes com seus caminhões pesados elétricos no Brasil. Os veículos serão parte de um estudo e poderão circular em zonas urbanas, regiões metropolitanas e no transporte intermunicipal de curta e média distância, com o objetivo de avaliar o comportamento neste tipo de operação, seu desempenho e o impacto no pavimento.

As transportadoras ReiterLog e Ritmo Logística serão as primeiras a operar com os elétricos Volvo. Resultados preliminares do estudo, liderado pela Senatran, Secretaria Nacional de Trânsito, com coordenação técnica do Inprotran, Instituto Nacional de Projetos de Trânsito e Segurança, em parceria com Volvo, Prometeon, UNB e UFRGS, apontam benefícios de rodar com veículos de zero emissão de CO2, como alta eficiência energética, inexistência de ruído, baixo nível de vibração e mais conforto para o motorista.

Ao fim dos testes o objetivo será definir regulamentação de peso por eixo que permita trânsito dos veículos pesados de forma segura e eficiente.

BSS Blindagens nomeia Fabiano Cruz como diretor comercial

São Paulo – Fabiano Cruz é o novo diretor comercial da BSS Blindagens. Com mais de 25 anos de experiência no setor automotivo terá como missão tocar o planejamento de negócios e impulsionar o crescimento da empresa no mercado brasileiro.

Cruz é formado em administração de empresas pela FGV e conselheiro de administração pela PUC. Ele se reportará a Mário Brandizzi Neto, CEO da BSS Blindagens.

Atvos anuncia fábrica de biometano no Mato Grosso do Sul

São Paulo – A Atvos, que produz biocombustíveis no Mato Grosso do Sul, assinou memorando de investimentos para construir unidade produtiva de biometano a partir de resíduos da cana de açúcar. A ideia é alocar R$ 350 milhões em investimento em estrutura de 150 mil m² ao lado de sua unidade produtora de etanol, em Nova Alvorada do Sul, MS, com capacidade para 28 milhões de m³ de biometano por ano.

A produção de biometano terá como base insumos como vinhaça e torta de filtro, resíduos da cadeia produtiva da cana de açúcar. Segundo Bruno Serpião, CEO da Atvos, a fábrica permitirá a entrada da empresa no mercado de gás natural de origem renovável “com o diferencial de produzi-lo em larga escala para atender a uma demanda que não para de crescer. Ao mesmo tempo, ampliamos nosso portfólio de soluções sustentáveis e, sobretudo, contribuímos efetivamente para a transição da matriz energética, seguindo conceito de economia circular, ao darmos destino e gerarmos novas receitas a partir de resíduos da nossa cadeia de produção”.

O projeto entra em fase de análises de engenharia para aprovação final e a expectativa é que as obras comecem ainda em 2024. O biometano produzido na fábrica será parcialmente dedicado para abastecer a frota logística da Atvos e o volume excedente direcionado para os municípios do entorno.

Marcopolo inaugura filial no Espírito Santo

São Paulo – A Marcopolo inaugurou uma filial em Cariacica, ES, região considerada estratégica por possuir diversos clientes. A unidade está localizada na BR 262 e atenderá aos clientes com vendas de carrocerias de ônibus, peças genuínas Marcopolo e assistência técnica especializada.

A nova filial faz parte do plano de expansão comercial da Marcopolo, que também pretende o fortalecimento da sua rede de vendas e pós-vendas. O local possui 1,3 mil m² e contará, inicialmente, com onze funcionários. 

No ano passado a Marcopolo vendeu trezentos ônibus no Espírito Santo e espera um aumento de 15% na região em 2024.