Peugeot divulga os preços da linha do 208 remodelado

São Paulo – Poucos dias após revelar o novo Peugeot 208 a companhia divulgou os preços do modelo na linha 2025, que parte de R$ 77 mil e vai até R$ 115 mil na versão mais completa. O hatch passou por mudanças externas, adotando visual alinhado a outros modelos, como o SUV 2008, e agora oferece duas versões com câmbio manual e motor aspirado e duas com motor turbo e câmbio automático CVT.

A versão topo de linha agora é a GT, novidade da linha 2025, e oferece itens de série como seis airbags, alerta de colisão frontal, frenagem automática de emergência, assistente de manutenção de faixa, dentre outros. Confira abaixo os preços e itens de série de cada versão do novo Peugeot 208:

Peugeot 208 Active 1.0 – R$ 77 mil – Oferece ar-condicionado digital, assistente de rampa, vidros elétricos, direção elétrica e quatro airbags.

Peugeot 208 Style 1.0 MT – R$ 89 mil – Os itens acima e acrescenta faróis full Led, multimídia com tela de 10,3 polegadas, teto panorâmico, câmara de ré.

Peugeot 208 Allure Turbo 200 CVT – R$ 99 mil – Os itens acima e o motor 1.0 turbo de 130 cv de potência e o câmbio automático CVT.

Peugeot 208 GT Turbo 200 CVR – R$ 115 mil – Os itens acima e seis airbags, alerta de colisão, frenagem de emergência.

Fabricantes de autopeças podem entrar no programa de depreciação acelerada

São Paulo – O setor de autopeças foi um dos 23 contemplados na primeira fase do programa de depreciação acelerada do governo federal, regulamentado e em vigor. Anunciado junto com o NIB, Nova Indústria Brasil, o mecanismo permite que em dois anos se faça o abatimento do valor do bem de capital em vez de doze anos e meio, em média.

Ao adquirir um bem de capital o empresário pode abater seu valor no IRPJ e no CSLL, mas em um prazo mais extenso, conforme ele vá se depreciando. Em alguns casos chega a vinte anos. Com o programa o governo antecipa este abatimento, por meio de crédito tributário, desde que se enquadre em algumas condições estabelecidas, o que colabora com o fluxo de caixa das empresas.

Segundo o ministro do MDIC, Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, um estudo do Bradesco indica que o programa, que reservou R$ 1,7 bilhão em crédito tributário para 2024 e valor idêntico para 2025, pode ampliar em R$ 20 bilhões os investimentos em máquinas e equipamentos das empresas brasileiras.

“Não há impacto fiscal, porque o valor só será antecipado. O programa vem em boa hora, porque, conforme os últimos indicadores, a capacidade utilizada da indústria vem crescendo e é a hora de investir em novas máquinas.”

Com relação aos setores escolhidos Alckmin afirmou que foram selecionados aqueles que não contam, atualmente, com regimes especiais ou algum tipo de estímulo. E afirmou que a intenção é, no futuro, ampliar o programa a mais setores ou oferecer mais recursos.

Além de autopeças, foram incluídos os setores de alimentos, artefatos de couro, artigos de viagem e calçados, produtos têxteis, confecção de artigos de vestuário e acessórios, produtos de madeira, papel e celulose, impressão e reprodução de gravações, biocombustíveis, produtos químicos, farmacêuticos, produtos de borracha e plástico, minerais não metálicos, metalurgia, produtos de metal, equipamentos de informática, eletrônicos e ópticos, aparelhos e materiais elétricos, máquinas e equipamentos, equipamentos de transporte exceto veículos automotores, construção de edifícios, móveis, obras de infraestrutura e produtos diversos. Existe, também, uma cota para cada segmento.

Acea prepara pedido para adiar em dois anos metas de CO2 na Europa

São Paulo – A Acea, que representa as empresas fabricantes de veículos europeias, está finalizando documento para ser entregue à União Europeia pedindo a postergação de novas regras de emissão de CO2 por pelo menos dois anos. A agência de notícias Bloomberg teve acesso a uma versão do texto, que cita redução de consumo de veículos elétricos por parte dos europeus e invasão de carros importados de outras regiões no continente como razões para que as metas não fossem alcançadas.

Pela legislação atual as emissões de CO2 da frota atual deveriam baixar de 106,6 g/km para 95g/km em 2025. Caso contrário multas elevadas, calculadas em torno de 15 bilhões de euros pela Acea, precisariam ser pagas pelas empresas, ou então que deixassem de produzir 2 milhões de veículos, o que provocaria demissões nas fábricas da Europa. O presidente Luca de Meo comentou sobre o assunto recentemente.

“A UE está em uma crise causada pela baixa demanda do consumidor por veículos elétricos e pela concorrência desleal de fabricantes de países terceiros, o que significa que a indústria não será capaz de atingir estas metas de redução”, citou o rascunho obtido pela Bloomberg. “A indústria terá pouca escolha, a não ser cortar significativamente a produção, o que ameaça milhões de empregos na UE, prejudica os consumidores e afeta negativamente a competitividade e a segurança econômica da região.”

Oficialmente a Acea não se posicionou. A Bloomberg procurou representantes de montadoras que não quiseram comentar.

Para alcançar a meta em 2025 a participação de elétricos nas vendas deverá ser de 20% a 22%, e atualmente está abaixo de 15%.

Grupos ambientalistas, entretanto, criticaram o movimento das montadoras. O grupo Transport & Environment classificou como “absurda” a proposta de adiar as metas e afirmou que as empresas tiveram tempo para se preparar. Em comunicado disse que “os fabricantes lucraram mais de 130 bilhões de euros desde 2022 e tiveram anos para se preparar para a meta. Agora estão tentando desencadear um estado de emergência para que possam continuar a vender carros poluentes”.

Está em xeque também o prazo de proibição da venda de carros a combustão na região, atualmente agendada para 2035: uma revisão está prevista para ser discutida em 2026.

Anip tem reunião com o governo para discutir aumento de imposto de importação

São Paulo – Com o propósito de frear o ingresso indiscriminado de pneus estrangeiros a alegados preços abaixo do custo de matéria-prima a Anip, Associação Nacional da Indústria de Pneumáticos, propôs ao governo, em julho, medida emergencial com duração de dois anos de elevação da alíquota de importação dos atuais 16% para 35%. Próximo capítulo dessa discussão ocorrerá na quarta-feira, 18, em reunião com o Gecex, Comitê Executivo de Gestão, da Camex, Câmara de Comércio Exterior.

“Estamos em compasso de espera, na expectativa de que essa demanda seja atendida. Hoje o setor retornou ao patamar da pandemia, ou está ainda pior do que naquela época, em que o mercado havia encolhido porque havia restrições de circulação”, disse o presidente da Anip, Klaus Curt Müller. “Hoje o motivo é a concorrência desleal: quase 60% dos pneus no mercado de reposição são importados”.

Dados da entidade apontam que o volume importado pelo segmento de reposição dobrou de 2017 a 2024, passando de média mensal de 2,1 milhões em maio daquele ano para 4,2 milhões em janeiro. Neste mesmo intervalo a participação do produto de fora no mercado brasileiro passou de 36% para 57%.

A principal origem é a China, respondendo por 73% do total que ingressa no País – no ano passado esse porcentual era de 67%. Do restante, 8% vem do Vietnã, 4% da Índia, 2% da Malásia, 2% do México e 11% de outras origens.

“Temos investimentos de 2022 que estão lacrados. Equipamentos caríssimos que nem começaram a rodar porque estamos com estoque monstruoso de pneus”, assinalou Müller, ao complementar que se nada mudar as fabricantes começarão a demitir, a começar por quem está em layoff.

Sobre a audiência pública realizada na Câmara dos Deputados na terça-feira, 10, promovida pela Comissão de Viação e Transportes com o objetivo de discutir a taxa de importação para pneus de carga, o dirigente avaliou o evento como marcado por discursos inflamados e pouco práticos, em que foi externada a possibilidade de greve por parte dos caminhoneiros.

“Entendemos que a situação desses profissionais envolve muito mais do que óleo diesel e pneu, entram nesta conta também a tabela de frete e a idade da frota”, listou. “O que o governo poderia fazer para os caminhoneiros seria a criação de uma linha de financiamento para a aquisição de pneus com conteúdo nacional, via BNDES. Solução que poderia ser avaliada no próprio Congresso.”

Custo para manter a atividade dos caminhoneiros é o principal ponto de desacordo quanto ao aumento da taxação do pneu importado e, por isso, categoria ameaça entrar em greve. Foto: Fotos Públicas

Müller complementou que esta opção seria pertinente ao justificar que o caminhoneiro, diante das dificuldades financeiras, faz o cálculo da aquisição e não do custo de operação. E que deveria ser válida, principalmente, para os profissionais autônomos.

“A saída não está em se opor à produção nacional, que gera emprego e renda. Senão corremos o risco de nos tornarmos como a indústria de lâmpadas, uma vez que hoje não há mais fábricas locais, apenas produtos importados, e a qualidade despencou. Eu mesmo nunca comprei tantas lâmpadas na minha vida.”

ANTT se posiciona contra o aumento do imposto de importação

Presente na audiência a ANTT, Agência Nacional de Transportes, manifestou-se contra a possibilidade de aumento da alíquota do imposto importação de pneus de 16% para 35%. O superintendente de Serviços de Transporte Rodoviária da agência, José Aires Amaral Filho, avaliou que a medida poderia causar sucateamento do setor.

“Quando a gente olha a realidade da categoria, vemos que eles vêm sofrendo com o aumento dos custos dos insumos. O principal fator da greve em 2018 foi insumos, o óleo diesel.”

Everaldo Bastos, representante da Fetrabens, Federação dos Caminhoneiros Autônomos de Cargas em Geral do Estado de São Paulo, afirmou que o caminhoneiro só consegue comprar pneus novos porque os valores estão mais baixos com a concorrência dos importados:

“Aumentar o custo para o caminhoneiro é pedir uma nova greve. Os caminhoneiros pararam por causa de R$ 0,20 no óleo diesel e nossos associados já estão pressionando para não haver aumento dos pneus”. 

De acordo com a ANTT 94% dos 747 mil transportadores registrados no País possuem até três veículos e não conseguiriam transferir os custos de um eventual aumento dos preços dos pneus para o frete. 

Também presente na audiência o assessor técnico da NTC&Logística, Lauro Valdívia, avaliou que a maior taxação pode trazer prejuízos significativos ao setor, estimados em R$ 2 bilhões por ano, apenas com as unidades de reposição. Defendeu que o aumento da taxação não só afetaria o custo dos pneus, mas também exerceria impacto negativo com o possível aumento de até 4,5% na cesta básica.

Mercedes-Benz Sprinter 416 é a campeã do prêmio Maior Valor de Revenda Veículos Comerciais

São Paulo – A Mercedes-Benz Sprinter 416 foi a grande vencedora do prêmio Maior Valor de Revenda Veículos Comerciais, realizado pela Agência AutoInforme, que completou dez anos. O prêmio foi criado para analisar qual o preço real dos veículos após três anos de uso e, nesta edição, muitos veículos foram valorizados em vez de serem desvalorizados. No caso das Sprinter produzidas e vendidas em 2021 o seu valor de mercado atual subiu 16,1%, garantindo a liderança geral e na categoria de caminhões.

Em segundo lugar geral ficou a Iveco Daily chassi, com valorização de 14,5%, o utilitário de carga com o melhor resultado da categoria.

Esta distorção de mercado foi causada pela pandemia da covid-19, que afetou a produção de veículos pela falta de componentes, criando um gargalo de fornecimento, segundo Joel Leite, fundador da AutoInforme: “Este cenário ainda não voltou 100% ao normal e, por isto, muitos veículos valorizaram, mesmo após três anos de uso”. 

Leite disse como é realizado o cálculo da premiação, que avalia o preço real praticado no mercado de seminovos e usados, com base na tabela FIPE, consultorias e grandes sites de compra e venda de veículos. A intenção é ter a maior base comparativa e eliminar qualquer tipo de distorção de valores, entendendo qual o preço médio de determinado veículo após três anos de uso.

Veja abaixo todos os vencedores do selo Maior Valor de Revenda por categoria:

Campeão geral e caminhões – Mercedes-Benz Sprinter 416: +16,1%

Utilitários de carga

Camioneta de carga – Iveco Daily Chassi: +14,5%

Furgão de carga – Sprinter Furgão: -1,2%

Furgoneta de carga – Peugeot Expert: -2,3%

Minibus – Mercedes-Benz Sprinter Van 416: +10,7%

Caminhões

Caminhão leve – Mercedes-Benz Accelo 1016: +12,7%

Caminhão semileve 6×2 – Mercedes-Benz Atego 2426: +5,9%

Caminhão médio – Iveco Tector 11-190: +7,3%

Caminhão semipesado 8×2 – Mercedes-Benz Atego 3030: +9,8%

Caminhão semipesado 8×4 – Volvo VM 270: + 4,4%

Caminhão semipesado 4×2 – Volvo VM 270: -2%

Caminhão pesado até 400 cv – Mercedes-Benz Atego 2730k 6×4: -2,8%

Caminhão pesado de 401 cv a 499 cv: Volvo FH-460 6×2: +3,9%

Caminhão pesado acima de 500 cv – Volvo FH-540 6×2: +8,6%

Hengst completa 25 anos no Brasil e projeta crescimento

São Paulo – A Hengst, fabricante de filtros automotivos com unidade instalada em Joinville, SC, completou 25 anos de operação no Brasil e traçou meta de crescimento de 25% para 2024. Seus negócios se concentram no fornecimento de filtros para grandes empresas como Mercedes-Benz, Volkswagen, Scania e MWM, e para o mercado de reposição.

A operação no Brasil emprega 180 funcionários na fábrica e no escritório de São Paulo. No mundo a Hengst tem mais de 3,5 mil colaboradores que trabalham em vinte países e a sua meta é chegar ao faturamento de 1 bilhão de euros até 2030.

GM e Hyundai assinam acordo para desenvolvimento conjunto

São Paulo – General Motors e Hyundai assinaram acordo que visa a explorar futuras colaborações em desenvolvimento de modelos a partir de tecnologias limpas. Segundo comunicado serão buscadas maneiras para alavancar escala e pontos complementares para reduzir custos e oferecer gama maior de veículos com mais rapidez.

Dentre os produtos citados estão veículos de passageiros e comerciais, motores de combustão interna e tecnologias de energia limpa, elétrica e de hidrogênio, bem como o fornecimento combinado de matérias-primas para baterias, aço e outras áreas.

O acordo foi assinado um ano após a GM e a Honda desistirem de um plano semelhante.

BYD estende garantia de suas empilhadeiras elétricas

São Paulo – A BYD ampliou para oito anos a garantia da bateria dos mais de vinte modelos de empilhadeiras elétricas que comercializa no Brasil. O novo prazo vale para as baterias de todos os modelos vendidos a partir de setembro.

Junto com a garantia maior a BYD é a única do mercado a oferecer empilhadeiras elétricas equipadas com baterias de fosfato de ferro-lítio, que garantem autonomia para três turnos de operação, com tempo de carregamento de duas horas, contra oito horas de suas concorrentes que utilizam baterias de chumbo-ácido.

Hitech Electric amplia portfólio com linha de elétricos para entrega urbana

São Paulo – A Hitech Electric, empresa nacional que produz veículos elétricos, ampliou seu portfólio com a linha NewDelivery, composta por três modelos e focada no transporte urbano. Os veículos já estão em pré-venda nas concessionárias com preço inicial de R$ 89 mil.

O New Delivery Box tem capacidade para transportar até 500 quilos de carga, o New Delivery Refrigerated transporta até 400 quilos e o New Delivery PickUp leva 500 quilos. Ou três modelos podem ser equipados com baterias de 11,5 kW e 23 kW, que oferecem autonomia de 130 ou 260 quilômetros, respectivamente.

Veja abaixo o preço de cada modelo durante a pré-venda:

New Delivery PickUp – R$ 89 mil
New Delivery Box – R$ 94,3 mil
New Delivery Refrigerated – R$ 138,5 mil

Fabricantes de pneus avaliam demitir funcionários em layoff

São Paulo – Diante do impasse em torno do preço do pneu nacional versus o do produto importado a Anip, Associação Nacional da Indústria de Pneumáticos, afirmou que as fabricantes começarão a promover demissões caso o imposto de importação não seja elevado de 16% para 35%. Atualmente existem em torno de 2,5 mil profissionais em layoff no Brasil, em um universo de 32 mil empregos diretos das fabricantes, e de acordo com o presidente da Anip, Klaus Curt Müller, a retração de vendas do produto local ao mesmo tempo em que é observado crescimento das importações têm deixado lotados os estoques das empresas.

“O próximo passo serão paradas na produção, redução de turnos e a dispensa de profissionais que já estão em casa em layoff”, avaliou Müller, ao relembrar que fábricas de pneus costumam operar de forma ininterrupta, sete dias por semana, 24 horas por dia, em três turnos.

Por enquanto o ritmo de produção ainda não chegou a engolir um turno, mas está perto de acontecer. Vice-presidente do Sintrabor, Sindicato dos Borracheiros da Grande São Paulo e Região, Samuel Alves, o Ferrinho, relatou que o cenário já reduziu em torno de 25% o volume fabricado em território nacional. E que a ociosidade tem alcançado até 30% da capacidade produtiva das pneumáticas.

Na Bridgestone em Santo André, SP, há 1,8 mil profissionais em layoff, com suspensão temporária de contrato, sendo quatro turmas por um período de cinco meses cada, medida que expira em dezembro. “Por ora ainda não temos notícias de demissões, enquanto as empresas lançam mão de layoff e férias coletivas. Mas, se continuar assim até o fim do ano, talvez os cortes sejam inevitáveis.”

Josué da Purificação Pereira, presidente do Sindborracha, Sindicato dos Borracheiros do Estado da Bahia que abrange Salvador, Camaçari e Região Metropolitana, complementou que no ano passado, durante abertura de PDV, Programa de Demissão Voluntária, quase seiscentos profissionais desligaram-se da empresa no ABC Paulista.

Durante audiência pública realizada na Câmara dos Deputados na terça-feira, 10, promovida pela Comissão de Viação e Transportes com o objetivo de discutir a taxa de importação para pneus de carga, Pereira contou também que as 21 fábricas de pneus instaladas no Brasil alugaram onze galpões adicionais porque o volume de produtos a ser estocado não cabe mais em seus espaços próprios.

“A unidade de Santo André antes produzia seiscentos pneus de caminhão por dia e, hoje, faz 120. O mesmo ocorreu com os pneus para tratores, em que o volume diário baixou de oitocentos para duzentos. A vizinha Prometeon está em situação semelhante, com redução de 20% de sua produção. A Goodyear vai deixar de fabricar pneus de mineração e sua produção em Americana, SP, baixou de 6 mil pneus de caminhão por dia para 4 mil e, quanto aos de passeio, caiu de 26 mil para 21 mil.”

Pereira prosseguiu relatando que a unidade da Pirelli em Feira de Santana, BA, há 280 trabalhadores em layoff. “Não sabem o que farão com eles quando voltarem.”

No mesmo município, a Vipal baixou sua produção de pneus para motocicletas de 14 mil para 12 mil por dia, conforme o sindicalista. “A banda de rodagem para recauchutagem de pneu, muito usada por caminhoneiros, também foi impactada.”

O sindicalista rememorou investimento de quase R$ 1 bilhão da Bridgestone em Camaçari, BA, em 2022. “Um dos setores ampliados com o aporte, que geraria 260 empregos, contratou apenas cem profissionais. A unidade, que produziria 14,5 mil unidades por dia está fazendo 11,8 mil, pois parte da fábrica está ociosa.”

Na mesma cidade a Continental, que produzia 23 mil pneus por dia, sendo 3 mil para caminhão, hoje passou a 18 mil, segundo o presidente do Sindborracha, ao complementar que a Dunlop, em Fazenda Rio Grande, PR, e a Prometeon, em Gravataí, RS, também têm fábricas ociosas.

“O que vamos fazer com esses trabalhadores que têm seus empregos colocados em risco devido ao aumento da entrada de pneus importados?”, questionou Pereira. “A questão aqui não é que somos contra esses produtos, mas contra a concorrência desleal que eles trazem, que está colocando a indústria nacional em risco, o que inclui o trabalhador dos setores da borracha, têxtil, químico e petroquímico e metalúrgico. Temos toda uma cadeia produtiva em risco.”