Banco Randon lança linha de crédito para compra do e-Sys

São Paulo – Com o objetivo de financiar a aquisição do e-Sys, sistema de tração auxiliar elétrico da Suspensys que pode ser aplicado tanto em semirreboques como em modelos de veículos pesados e de implementos agrícolas, o Banco Randon lançou linha de crédito de baixo carbono nos moldes do BNDES Finame Baixo Carbono.

De acordo com o Banco Randon o diferencial desta linha de crédito é que a instituição atuará diretamente na operação, facilitando taxas e oferecendo condições exclusivas para o financiamento do item. Os juros e prazos não foram divulgados.

O e-Sys opera na recuperação de energia gerada durante movimentos de descida e frenagem para momentos de necessidade de tração, como subidas e ultrapassagens. O módulo inteligente faz com que o motor passe a trabalhar como gerador, recuperando a energia cinética e armazenando-a em baterias que alimentarão o motor elétrico.

Segundo a Suspensys dependendo da aplicação, condição de carregamento e estrada percorrida a economia de combustível pode chegar a 25%.

Metalesp lança linha de semirreboques graneleiro e carga seca mais leve

São Paulo – A Metalesp apresentou uma nova linha de semirreboques graneleiros e carga seca, que na comparação com os modelos anteriores possui uma redução de até 400 quilos no peso final proporcionando maior capacidade de carga para os transportadores.

A nova linha Grantech é tratada como uma evolução dos equipamentos da Metalesp, que, segundo a empresa, oferecerá ao mercado um dos graneleiros mais leves do mercado. Os implementos serão vendidos em versões de com três e quatro eixos, bitrens, rodotrens e super bitrens.

Anfir elege Conselho de Administração para o próximo triênio

São Paulo – A Anfir, entidade que representa as fabricantes nacionais de implementos rodoviários, definiu o seu Conselho de Administração para o período 2024-2027 em assembleia geral ordinária. O cargo de presidente segue com José Carlos Sprícigo, que faz parte do novo conselho.

Ele é formado por José Carlos Vidoti, da Facchini, Rose Ghellery, da Fibrasil, Júnior Alves, da Guerra, Betina Borchardt, da HC HornBurg, David Costa, da Ibiporã, Leonardo Linshalm Kôhler, da Linshalm, Lauro Pastre Júnior, da Pastre, Sandro Trentin, da Randon, Leonardo Toigo Rossetti, da Rossetti, Vagner Gomes, da Sergomel, e Alcides Geraldes Braga, da Truckvan.

A entidade também conta com um novo Conselho Fiscal, formado por Luís Vicentim, da EGSA, Kimio Mori, da Manos, Celso Wegener, da Palmeira. Pedro Lahma Braz, da São Pedro, é o suplente.

Honda anuncia investimento no Canadá para eletrificados

São Paulo – A Honda anunciou investimento de US$ 11 bilhões, incluindo aportes de parceiros de joint ventures, para construir uma abrangente cadeia de fornecimento para veículos elétricos no Canadá. O movimento da montadora é para atender ao futuro aumento previsto na demanda por este tipo de mobilidade na América do Norte.

Será construída fábrica para produzir veículos elétricos, que deverá começar a operar em 2028, com capacidade para 240 mil unidades/ano. O aporte também inclui uma fábrica de baterias que poderá produzir até  36 GWh por ano. A expectativa é de gerar 1 mil empregos diretos.

A empresa pretende ter em seu portfólio apenas modelos elétricos e movidos a célula de hidrogênio até 2040 e os investimentos fazem parte deste plano.

Fabricantes de máquinas de construção apostam em bom desempenho do mercado em 2024

São Paulo – A M&T Expo 2024, feira de construção, mineração e pavimentação realizada em São Paulo, serviu como termômetro para o setor de máquinas de construção: além do bom público muitos negócios foram fechados durante o evento. A expectativa da Abimaq, Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos, que mede as vendas dos distribuidores para os clientes finais, aponta para um mercado de 36 mil unidades e alta de 7,5% na comparação com as 33,5 mil máquinas comercializadas em 2023, um ano já considerado muito bom. 

Paula Araújo, chefe da New Holland Construction para América Latina, disse que a projeção interna da empresa está alinhada à da Abimaq, uma das projeções mais otimistas passada à Agência AutoData. As máquinas da New Holland Construction são produzidas na fábrica de Contagem, MG, que foi modernizada para permitir o atendimento à demanda crescente que é esperada no País e na região:

“O mercado nacional de máquinas de construção deverá ser crescente por muitos anos ainda. É o que escutamos dos nossos clientes, porque existem muitas obras de infraestrutura e de saneamento básico a serem realizadas no País. O momento atual é muito bom, foi a primeira vez que temos uma edição da M&T com um mercado projetado acima das 30 mil unidades”.

O presidente da Volvo CE para a região, Luiz Marcelo Daniel, disse que o mercado está aquecido e que a projeção interna da companhia é de alta de até 5%, mesmo com o recuo de 14,5% registrado no primeiro trimestre: “Mesmo com esta retração a nossa aposta é de recuperação até dezembro, chegando, pelo menos, no mesmo volume do ano passado”.

Um empate na comparação com 2023 não é considerado um mau resultado pois o ano passado teve um volume muito relevante, ponderou o executivo. 

A Case Construction, empresa controlada pela CNH Industrial, que também é dona da New Holland Construction, demonstrou um pouco mais de cautela, segundo Carlos França, seu vice-presidente para América Latina:  “A nossa expectativa é de um mercado estável na comparação com 2023, mas pode ocorrer um pequeno crescimento”.

O executivo ressaltou dois fatores que podem ajudar o mercado de máquinas em 2023: a crescente demanda do segmento de locação e a queda na taxa de juros dos financiamentos, pois as vendas de máquinas ainda dependem muito do CDC e do Finame. 

A John Deere foi a única empresa que não revelou a sua projeção para 2024, mas Thomas Spana, gerente de vendas da divisão de construção, disse que olhando para os últimos anos o mercado melhorou muito no Brasil e na região, com um futuro promissor, mas pequena oscilações podem acontecer, indicando que, talvez, o radar da companhia já esteja trabalhando com um leve recuo na comparação com 2023.

O&J confirma dois modelos Jaecoo para o mercado brasileiro

São Paulo – A O&J, representante das marcas chinesas Omoda e Jaecoo no mercado brasileiro, confirmou a importação de dois modelos que se juntarão ao Omoda 5, anunciado no fim do ano passado e previsto para o terceiro trimestre em versões MHEV e EV. São dois Jaecoo: o 7 e o 8, programados para o último trimestre deste ano e o primeiro de 2025, respectivamente.

Jaecoo 7

São dois SUVs, de porte superior ao Omoda 5, que chegarão em versões PHEV. Para dar força ao lançamento e ao pós-venda a O&J planeja abrir cinquenta concessionárias no Brasil este ano. Os grupos serão designados em maio e deverão começar a operar no terceiro trimestre, com o lançamento do Omoda 5.

Jaecoo 8

O Brasil será um dos 25 mercados onde a Jaecoo ingressará até o fim do ano – a Omoda chegará a quarenta. As duas marcas, que fazem parte do Grupo Chery, estão em expansão no mercado global. A O&J pretende lançar de oito a dez modelos no mercado local até 2026.

Omoda 5

Vendas financiadas avançam 21% no primeiro trimestre

São Paulo – Foram financiados, durante o primeiro trimestre, 1,6 milhão de veículos leves, motos e pesados em todo o País, sendo 1 milhão usados e 560 mil novos. O volume está 21,4% acima do mesmo período do ano passado, o que representa 293 mil veículos a mais. Trata-se do maior crescimento para os três meses iniciais do ano desde 2012.

É o que aponta a B3, operadora do SNG, Sistema Nacional de Gravames, que reúne o cadastro das restrições financeiras de veículos dados como garantia em operações de crédito em todo território nacional.

O maior aumento em termos porcentuais se deu com motos, 33,9%, seguido de autos leves, com incremento de 17,5%, e de pesados, de 10,5%. De acordo com Gustavo de Oliveira Ferro, gerente de planejamento e inteligência de mercado na B3, este movimento é justificado pelo fato de ter havido maior concessão de crédito por parte das instituições financeiras, especialmente para aquisição de veículos, que é um crédito atrelado a garantia: “Além disso dados recentes mostram um aquecimento do varejo em geral, com impactos positivos nas vendas de veículos”.

Considerando apenas o desempenho em março foram comercializados a prazo 571 mil veículos, maior marca para o mês desde março de 2013, quantidade 9,5% acima do mesmo período de 2023 e 8,8% maior do que em fevereiro. Deste total 366 mil unidades eram usadas e 205 mil novas. A maior parte vendida no mês passado, 394 mil veículos, eram de autos leves, avanço de 6% frente ao mesmo período em 2023 e 7,4% superior ao resultado de fevereiro.

Vendas de pneus recuam 13% no primeiro trimestre

São Paulo – Ao longo do primeiro trimestre foram comercializados 12,2 milhões de unidades de pneus, volume 12,6% inferior ao registrado no mesmo período do ano passado, quase 14 milhões. De acordo com a Anip o maior recuo se deu nas vendas para as montadoras, de 16,3%, ao passar de 3,4 milhões para 2,8 milhões. No mesmo período o mercado de reposição encolheu 11,4%, de 10,6 milhões para 9,4 milhões.

Os dados da Anip mostram que a demanda de pneus para veículos de passeio, de janeiro a março, diminuíram 13,2%, somando 6,3 milhões de unidades, sendo que o aftermarket apresentou a maior queda, de 16%, para 4,5 milhões. A comercialização para as fabricantes recuou 5,4%, para 1,8 milhão.  

O setor de veículos de carga apresentou leve crescimento de 0,8%, ao registrar a venda de 1,6 milhão de pneus. Único a ficar no azul no trimestre teve desempenho puxado pelos pedidos das montadoras, que avançaram 11,3%, totalizando 446 mil unidades, o que reflete a maior produção de pesados nesse período. O mercado de reposição de pneus para veículos de carga diminuiu 2,5%, para 1,2 milhão de pneus.

A Anip ressaltou a gravidade da situação das suas associadas que lidam com forte concorrência de produtos importados ao comparar os resultados também com o primeiro trimestre de 2022. As vendas de pneus de carga estão 15,1% aquém neste comparativo, e as dos pneus de passeio 12,3% abaixo. No total a comercialização está 12% inferior a dois anos atrás.

Hyundai premia doze fornecedores pelo desempenho em 2023

São Paulo – Doze fornecedores foram premiados pela Hyundai no Partnership Day, evento que, além de reconhecer as empresas pelo seu desempenho em 2023, reuniu representantes dos fornecedores da empresa para fazer um balanço do ano passado e apresentar o planejamento estratégico de 2024.

Segundo o presidente e CEO Airton Cousseau 2023 foi desafiador e repleto de conquistas.

“Em um mercado como o brasileiro, que possui capacidade produtiva de 4,5 milhões de veículos por ano, mas tem se limitado a aproximadamente 2 milhões, a Hyundai se orgulha por manter sua produção em capacidade máxima em todos os anos no Brasil.”

Ivan Carvalho, diretor de compras e desenvolvimento, disse que mais de 250 fornecedores participaram da premiação que reconheceu, pela primeira vez, empresas na categoria Qualidade 5 Star, “que destacou os que atingiram os requisitos globais estabelecidos pela Hyundai para gestão integrada de qualidade e processos industriais”.

Veja os premiados: 

  • Excelência em Materiais Diretos: Hyundai Steel Brasil
  • Excelência em Materiais Indiretos: Luvata
  • Excelência em Serviços de Comércio Exterior: Cargo Sapiens
  • Excelência em Localização: OPmobility
  • Excelência em Qualidade: J-Tekt Brasil
  • Excelência em Sustentabilidade: Continental Automotive
  • Excelência em Gestão Logística: TI Automotive
  • Excelência em Desenvolvimento de Peças: Goodyear do Brasil
  • Excelência em Otimização de Produto: Hyundai Transys Brasil
  • Excelência em Otimização de Produto: Hwashin do Brasil
  • Certificação Qualidade 5 Star: Pirelli
  • Certificação Qualidade 5 Star: Maxion Wheels

Mover deverá acelerar investimentos da indústria de pesados

São Paulo — O programa Mover, Mobilidade Verde e Inovação, deverá acelerar os investimentos da indústria de caminhões, que já realizou importantes aportes para fazer a transição para o Euro 6 e para desenvolver novas tecnologias de mobilidade, a exemplo da eletrificação e do gás natural. Foi o que afirmou Gustavo Bonini, vice-presidente da Anfavea, durante o Fórum AutoData Perspectivas Caminhões, realizado de forma online na quinta-feira, 25.

“O Mover poderá ampliar as injeções de recursos em P&D a fim de promover um investimento contínuo das novas tecnologias”, assinalou, referindo-se ao programa que já possui 23 empresas habilitadas, dentre elas Iveco, Marcopolo, Mercedes-Benz e Volkswagen Caminhões e Ônibus, considerando as fabricantes de pesados. Os pedidos de outras dezoito companhias estão sendo analisados.

As montadoras poderão apresentar projetos e requisitar créditos financeiros proporcionais aos investimentos, que variam de R$ 0,50 a R$ 3,20 por real investido. É aguardada para maio a publicação de decreto que listará pormenores dos requisitos obrigatórios relacionados à eficiência energética do tanque à roda e do poço à roda, à reciclabilidade de materiais e reciclagem antecipada, ao desempenho estrutural e tecnologias assistivas e à etiquetagem veicular.

Bonini ressaltou que as fabricantes de caminhões já possuem parceria com a academia e apostam em engenharia qualificada para trabalhar em alternativas de propulsão que são fortes no País, a exemplo dos biocombustíveis, e que muitas delas possuem o desenvolvimento global alocado no Brasil.

“Temos mão de obra e cadeia de fornecedores muito capazes. Tanto que se analisarmos o peso do setor automotivo no PIB brasileiro ele gira em torno de 20%. Agora, se o cálculo for feito a partir do P&D desenvolvido por essas empresas no País, chega a um terço do total, incluindo todos os setores.”

Sobre os possíveis reflexos do Imposto Seletivo, na forma de sobretaxação de veículos com alto índice de emissão de CO2, que consta em projeto de lei complementar da reforma tributária enviado ao Congresso na quarta-feira, 24, pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, o dirigente avaliou:

“Isso acabou de sair, estamos acompanhando os desdobramentos. Damos apoio total à reforma tributária principalmente porque hoje a indústria sofre grande pênalti quando exporta. Mas, se caminhões entrarem nessa regra, podemos ter um impacto na inflação. Quanto aos ônibus, que têm tarifa pública, é preciso tomar cuidado para não onerar a passagem e o passageiro”.