Após um bom ano Mercedes-Benz projeta estabilidade do mercado de vans em 2025

Itupeva, SP – A Mercedes-Benz Cars e Vans projeta estabilidade para o mercado de large vans, com PBT superior a 3,5 toneladas, em 2025, mantendo as cerca de 33 mil unidades deste ano, de acordo com o seu gerente comercial de vans, Fábio Silva. Segundo ele a estabilidade vem diante de um ano muito positivo do segmento:

“Depois de 2022 e 2023, em que o segmento derrapou e ficou em torno de 27 mil unidades, em 2024 o mercado crescerá 17%, chegando a 33 mil vans emplacadas no Brasil”. 

Silva disse que 2024 foi positivo porque havia a demanda reprimida dos últimos dois anos, com os clientes precisando expandir e renovar suas frotas. A oferta de crédito, assim como as condições para financiamento de veículos, melhoraram na comparação com os anos anteriores. As campanhas comerciais mais agressivas das montadoras e algumas vendas para o governo de alguns estados também ajudaram na expansão desse mercado.

Com relação ao desempenho da Mercedes-Benz Cars e Vans no Brasil a expectativa é de encerrar 2024 com 30% de participação de mercado e manter este porcentual no ano que vem, chegando próximo das 10 mil unidades vendidas. Para conquistar a fatia montadora ampliou a linha Sprinter com o lançamento da configuração elétrica, em diversas versões no Brasil:

“Acredito que o segmento de large vans elétricas no Brasil representará 5% das vendas em 2025, chegando a 1,5 mil unidades”, disse, sem revelar a meta da Mercedes-Benz para o segmento.

A expectativa do gerente é de que a demanda pelas vans eletrificadas seja puxada, inicialmente, pelas grandes empresas e locadoras, que possuem metas de redução de emissão de CO2. Com o passar dos anos a participação do segmento deverá aumentar, com uma parte dos clientes migrando para modelos elétricos.

Grupo BMW celebra marca de 30 mil carregadores

São Paulo – O Grupo BMW divulgou que já foram entregues a clientes brasileiros mais de 30 mil carregadores, e 80 mil em toda a América Latina. No restante da região destaque para 32 mil no México e 15 mil em outros mercados incluindo o Caribe.

Todos os carros elétricos comercializados pela empresa são entregues com um carregador pelo menos, seja wallbox, flexcharger ou ambos. E os híbridos plug-in vêm de série com um carregador portátil.

De acordo com a companhia o posicionamento se faz importante porque, com base em coleta de informações de telemetria local dos veículos, a preferência do segmento de elétricos premium está em recarregar nas residências ou empresas.

Stellantis e CATL criam joint venture para produzir baterias na Espanha

São Paulo – A Stellantis e a CATL anunciaram a criação de joint venture para produzir, em grande escala, baterias LFP, lítio-ferro-fosfato. Serão investidos até € 4,1 bilhões em fábrica que será construída em Zaragoza, Espanha, cujo início de produção é aguardado até o fim de 2026.

Projetada para alcançar neutralidade total em carbono a fábrica de baterias será erguida no mesmo espaço em que a Stellantis possui unidade e poderá atingir até 50 GWh, dependendo da evolução do mercado de energia elétrica na Europa e do apoio contínuo das autoridades espanholas e da União Europeia.

A transação, que deverá ser concluída ao longo de 2025, teve origem em 2023, quando as empresas firmaram memorando de entendimento não vinculativo para tornar viável o fornecimento local de células e módulos de baterias LFP para a produção de veículos elétricos na Europa. 

Brasil protege setor automotivo no acordo Mercosul-União Europeia

São Paulo – Celebrado por Anfavea e Acea o acordo de parceria econômica do Mercosul com a União Europeia, assinado na sexta-feira, 6, traz proteção para a indústria automotiva brasileira, que tem mais prazo para que o livre-comércio seja estabelecido nas duas direções. Há ainda um inédito mecanismo de salvaguardas, caso seja criado um aumento súbito de importações de veículos da União Europeia pelo bloco sul-americano.

Texto divulgado na terça-feira, 10, pelo MDIC, Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, aponta que a União Europeia se comprometeu a eliminar 100% de suas tarifas em até 10 anos, com 80% das linhas tarifárias já liberadas quando o acordo entrar em vigor, beneficiando exportadores de bens de alta complexidade tecnológica – e cita as autopeças como um deles. No sentido oposto a liberação será mais gradual, com prazos que alcancem até trinta anos para produtos sensíveis, como veículos automotivos de novas tecnologias. As autopeças terão desgravação tarifária em prazo de sete a dez anos.

Segundo a Agência Brasil a retirada de tarifas para veículos eletrificados será feita em dezoito anos. No caso dos veículos a hidrogênio, 25 anos e com novas tecnologias, incluindo as atualmente não disponíveis comercialmente, trinta.

Caso as importações de veículos europeus cresçam de forma acelerada após o acordo entrar em vigor e ameace a indústria do Mercosul poderá ser suspenso o cronograma ou retornar por três anos, renováveis por mais dois, a tarifa padrão de 35% do imposto de importação, sem necessidade de compensação pela União Europeia.

Anfavea e Acea comemoraram

Em nota a Anfavea, que diz apoiar acordos bilaterais e multilaterais, celebrou a assinatura do acordo e a criação dos mecanismos de proteção “que estipula um período de redução tarifária de ao menos quinze anos para a maioria dos veículos”. Para a entidade brasileira  “é preciso coragem para avançar em acordos que realmente tragam benefícios para todos os signatários, sem expor o Brasil a prejuízos em seu parque industrial, em especial ao ecossistema automotivo, tão importante para a inovação e a geração de mais de 1,2 milhão de empregos de alta qualidade no País”.

A Acea também comemorou a assinatura de acordo que “criará uma das maiores áreas de livre comércio do mundo, garantirá o crescimento econômico para ambas as regiões e promoverá o desenvolvimento sustentável por meio de compromissos ambientais e sociais”.

Na nota sua diretora geral, Sigrid de Vries, afirmou  que “a conclusão deste acordo contribuirá para fortalecer a competitividade global dos fabricantes de automóveis europeus, eliminando tarifas altas e abordando barreiras técnicas ao comércio em suas exportações para o mercado do Mercosul”.

Apesar do encerramento das negociações sobre o acordo existe um possível longo caminho para que as medidas entrem em vigor. Ele precisa ser ratificado pelo Congresso de todos os países do Mercosul, pelo Parlamento Europeu e pelo Conselho da União Europeia, podendo ser barrado por quatro países contrários que respondam por 35% ou mais da população do bloco. Não há prazo para o fim do processo e o governo francês é um dos que trabalhará contra o acordo.

Correios compra cinquenta Peugeot e-Expert

São Paulo – A Stellantis vendeu cinquenta Peugeot e-Expert para os Correios, para operar em cidades dos estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Espírito Santo, Goiás, Minas Gerais, Santa Catarina, Paraná, Pará e no Distrito Federal. A parceria, inédita, resultou na maior frota elétrica própria dos Correios.

Segundo o presidente da estatal, Fabiano Silva dos Santos, o objetivo é reduzir as emissões de CO2 e impulsionar a economia verde com o uso de tecnologias limpas: “Esta iniciativa reflete o nosso compromisso com a inovação e com a eficiência logística, promovendo um transporte mais sustentável e ajudando a reduzir custos operacionais a longo prazo, o que beneficia tanto a empresa quanto a sociedade”.

Os Correios têm planos de adquirir mais 5 mil veículos elétricos em 2025, por meio do projeto Correios do Futuro. A empresa já investiu, neste ano e no passado, R$ 2 bilhões em unidades operacionais, veículos e tecnologia.

Timbro investe R$ 12 milhões em laboratório de emissões

São Paulo – A Timbro, trading que trabalha com o setor automotivo, assumiu o laboratório de emissões da JLR em Itatiaia, RJ, e investiu R$ 12 milhões para certificar veículos para o Brasil e o Mercosul. Amplia, assim, seus serviços de importação de veículos – em junho inaugurou em Cariacica, ES, com investimento de R$ 25 milhões, um centro automotivo com área alfandegária e armazém geral que pode receber até 12 mil automóveis ao mesmo tempo.

Segundo Bruno Russo, sócio fundador e vice-presidente da Timbro, a decisão de investir no laboratório foi pautada pelas filas de seis a doze meses que seus clientes vêm enfrentando para homologar veículos para venda no Brasil. “Isto compromete drasticamente o calendário de lançamentos. Sem esta homologação, os veículos não podem ser nacionalizados ou comercializados”.

A nova unidade de negócios pode realizar todos os ensaios aprovados pela Cetesb e pelo Ibama em veículos híbridos, elétricos e com motor a combustão.

XBRI começa a produzir bandas de recapagem em parceria com Moreflex

São Paulo — Em paralelo ao plano de construção de sua primeira unidade produtiva a XBRI resolveu dar os primeiros passos para a fabricação local de bandas. Negociou parceria com a Moreflex, empresa de produtos de recapagem com três décadas de história, e desde novembro faz a recapagem de itens aro 22,5 usados nos transportes de carga e de passageiros da XBRI na fábrica da Moreflex em Portão, RS.

A ideia, conforme Samer Nasser, diretor de relações institucionais da XBRI Pneus, é dar sobrevida ao pneu com a premissa de que tenha uma carcaça resistente que aguente segunda ou terceira vidas, dependendo da forma e utilização do produto, com uma banda da própria marca e fabricada no Brasil.

“Diante do avanço na qualidade das nossas carcaças vimos como necessidade ter banda própria de recapagem e não utilizar banda de recapagem de terceiros em nosso produto. Assim garantimos um ciclo completo de vida do nosso pneu, tanto na primeira quanto na segunda vida.”

Nasser acredita que, além de o custo do produto recapeado ser reduzido a 40% do preço de um pneu novo, sua vida útil é ampliada em 20%. Sua expectativa é que sejam comercializadas, a partir do ano que vem, 20 mil bandas por mês.

XBRI promete iniciar produção de pneus no Brasil em 2026

São Paulo – A XBRI Pneus, marca brasileira que atualmente tem seus produtos fabricados por empresas espalhadas por países asiáticos, decidiu instalar uma unidade produtiva no Brasil após duas décadas apenas distribuindo pneus no País e passados 36 anos da sua fundação por Nabil Chamseddine, brasileiro à frente do Grupo Sunset Tires Corporation, detentor da empresa sediada em Hong Kong.

A companhia adquiriu terreno de cerca de 400 hectares em localização estratégica, que ainda não pode ser divulgada por causa de negociações envolvendo benefícios fiscais. No entanto é aguardado para março o assentamento da pedra fundamental e posterior início das obras. Até o fim de 2026 será introduzida fase de produção teste e, em 2027, começará a fabricação em escala comercial.

A informação foi dada com exclusividade para a Agência AutoData por Samer Nasser, diretor de relações institucionais da XBRI Pneus: “Será a primeira fábrica própria da marca, uma vez que ela produz hoje por meio de maquinário alocado em outras empresas na China, no Vietnã, na Tailândia e no Camboja”.

Para a escolha do local foram levados em consideração fatores como a proximidade com um porto a fim de tornar viável a importação de matérias-primas e a exportação de produtos acabados, uma vez que o custo logístico pode impactar bastante, observou o executivo. Também pesaram na escolha a disponibilidade de mão de obra, gás, energia elétrica, água e o fato de estarem próximos a grandes mercados consumidores.

A principal motivação para iniciar produção no Brasil, de acordo com Nasser, está calcada em questões mercadológicas e não de preços. Ele lembrou que existe hoje relação de 250 carros por habitante no País, porém, na União Europeia são quinhentos e 850 nos Estados Unidos.

“O Brasil tem potencial de tornar-se grande plataforma de exportação para a América Latina, os Estados Unidos e a União Europeia. Na região a ideia é abastecer Argentina, Uruguai, Chile, Bolívia, Equador, México e Colômbia.”

Segundo Samer Nasser, diretor de relações institucionais da XBRI, os investimentos na fábrica poderão superar cifra estimada inicialmente, de R$ 1,5 bilhão. Foto: Divulgação.

A capacidade de produção anual da futura unidade é de 12 milhões de unidades de pneus de passeio e de 2,5 milhões de unidades de pneus de carga. E, segundo Nasser, existe ainda grande possibilidade de trazer linha pneus de mineração para a fábrica.

Quanto ao investimento projetado em agosto, quando foi divulgada a intenção de construir fábrica no Brasil, de R$ 1,5 bilhão, deverá ser ampliado, sendo este o piso estimado.  O valor, entretanto, será divulgado de forma precisa quando a localização puder ser revelada, o que ocorrerá no ano que vem. A expectativa é contratar em torno de 2 mil funcionários.

Em 2023 a XBRI Pneus comercializou mais de 3,5 milhões de unidades no mercado brasileiro. A projeção para este ano, informou Nasser, é que seja 5% maior.

Stellantis reconhece brasileira em premiação global

São Paulo — A brasileira Maria Luiza Moreira destacou-se, ao lado de cinco jovens da China, Alemanha, Índia, África do Sul e Estados Unidos, em grupo de 660 recém-formados dos ensinos médio e universitário filhos de funcionários da Stellantis participantes do programa global Student Awards.

Os candidatos deste ano apresentaram suas perspectivas sobre o futuro da mobilidade em uma redação e desenvolveram exemplos de tecnologias inovadoras para o setor, demostrando criatividade e visão de futuro.

Os seis jovens se sobressaíram em suas regiões – Maria Luiza Moreira, no caso, na América do Sul –, e conquistaram o Prêmio Sergio Marchionne de Excelência 2024, que reconheceu aqueles que demonstraram paixão notável por um futuro melhor entre todos os estudantes. A conquista concederá a eles a possibilidade de participar de entrevistas para integrar a equipe da Stellantis.

Com duração de um ano e em sua terceira edição o Student Awards promove o espírito inovador e a criatividade de jovens talentos de 22 países e, ao término da ação, eles recebem premiação em dinheiro.

Mercado colombiano registra o melhor resultado mensal em novembro

São Paulo – Em novembro foram comercializados 21,8 mil veículos na Colômbia, o melhor resultado mensal de 2024, de acordo com os dados divulgados pela Andemos, entidade que representa a indústria local. Na comparação com janeiro, quando foram vendidos 11,6 mil veículos, o mercado quase dobrou de tamanho.

Com relação a novembro de 2023 houve incremento de 17,7% e de 17,8% quando comparado a outubro. Com o bom resultado no mês passado o mercado colombiano chegou a 175,9 mil veículos comercializados em onze meses, volume 5,3% maior do que o registrado em igual período de 2023. 

De janeiro a novembro a marca que mais vendeu veículos na Colômbia foi a Toyota, 24,3 mil unidades, volume 6,5% superior ao vendido em iguais meses de 2023. Em segundo lugar ficou a Renault, com 22,3 mil e queda de 8,1% na mesma base comparativa, e em terceiro a Kia, com alta de 51% até novembro, com 21,2 mil.