Clientes auxiliam no desenvolvimento de nova versão do Eclipse Cross

São Paulo – A Mitsubishi está desenvolvendo uma nova versão para o SUV Eclipse Cross com a ajuda de parte dos seus clientes. A novidade deverá chegar ao mercado nos próximos meses:

“Nossos clientes estão ajudando a definir como será a nova versão do Eclipse Cross. Nós mostramos algumas opções de acabamento e cores externas, por exemplo, e eles estão escolhendo quais gostam mais”, disse Márcia Neri, diretora de marketing da Mitsubishi, durante entrevista exclusiva à Agência AutoData.

A diretora afirmou que as indicações dos clientes serão usadas no projeto final e o modelo será lançado de acordo com seus palpites. O movimento ocorre no momento em que o Eclipse Cross eleva suas vendas no mercado brasileiro, somando 2,5 mil emplacamentos de janeiro a abril, quase o triplo do registrado em igual período do ano passado, quando o SUV vendeu 913 unidades.

No momento o SUV é a aposta da Mitsubishi para elevar suas vendas e ganhar espaço no segmento de SUVs, mas em breve a terá outras opções no mercado, pois prepara a sua unidade de Catalão, GO, para produzir três novos veículos, com o primeiro a ser lançado ainda em 2024.

MDIC cria grupo com foco na redução de emissões da indústria

São Paulo – O MDIC, Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, anunciará a criação de Grupo Técnico de Mitigação de Gases de Efeito Estufa, GEE, Setor Indústria, na sexta-feira, 17, em Brasília, durante a reunião do Comitê Técnico da Indústria de Baixo Carbono. O GT pretende debater e elaborar propostas para a redução industrial das emissões de gases de efeito estufa, para seguir os acordos internacionais sobre o tema. 

Um segundo grupo técnico será anunciado para debater a energia eólica, com a intenção de fomentar o desenvolvimento de unidades em terra e no mar. 

Produção de veículos no México cresce 22% em abril

São Paulo – A produção de veículos somou 358,6 mil unidades no México em abril, expansão de 21,7% na comparação com igual mês do ano passado. O resultado foi considerado excelente pela Amia, associação que representa as montadoras locais. Com relação a março houve aumento de 18,7%.

No acumulado de janeiro a abril foram produzidas 1,3 milhão de unidades, volume 5,7% maior do que em iguais meses de 2023.

As vendas no primeiro quadrimestre foram de 461,8 mil unidades, incremento de 11,9% sobre iguais meses de 2023. Em abril foram vendidos 112 mil veículos, volume 14,8% maior do que o comercializado no mesmo período do ano passado, mas 10% menor do que o registrado em maio. 

Foram exportados 1,1 milhão de veículos de janeiro a abril, avanço de 12,1% com relação ao primeiro quadrimestre de 2023. No mês passado somaram 289,8 mil unidades, aumento de 14,4% na comparação com abril de 2023 e leve avanço de 1,3% sobre março.

Honda reavalia seus planos de eletrificação

São Paulo – A Honda reavaliou seus planos de vender apenas veículos elétricos e movidos a célula de combustível a partir de 2040. O prazo segue inalterado: o que foi repensado é a forma como chegar até esse objetivo. Segundo comunicado a intenção é construir uma cadeia de fornecimento mais vertical, que permita um maior controle por parte da montadora, assim como uma redução nos custos produtivos. 

Com a criação desta cadeia vertical, a Honda espera reduzir em mais de 20% o custo de aquisição de baterias na América do Norte na comparação com os preços atuais. Estabelecendo uma estrutura de negócios competitiva no segmento eletrificado, a projeção é de redução de 35% nos custos totais de produção. A Honda também afirmou que esse cenário já traz perspectivas para garantir baterias suficientes para fabricar 2 milhões de veículos elétricos por ano.

O começo do futuro elétrico da montadora será baseado na Honda 0 Series, uma série global de veículos elétricos que envolve sete lançamentos de diversos tamanhos, utilizando o sistema MPP, Honda Mobile Power Pack, que estará presente em um primeiro modelo de micromobilidade, previsto para ser lançado até o final do ano fiscal de 2026.

A Honda pretende investir US$ 64,4 bilhões em um período de dez anos até 2030 no desenvolvimento do seu projeto de eletrificação e, a partir de 2030, espera uma plena popularização dos EVs globalmente. A expectativa é ter um retorno inicial de 5% sobre os modelos elétricos vendidos, elevando a margem de lucro e tornando o negócio autossustentável.

Até chegar apenas nos modelos 100% elétricos e movidos a célula de combustível, a Honda apostará nos veículos híbridos, aprimorando sua tecnologia de eletrificação e expandindo suas vendas para gerar as receitas necessárias para suportar os investimentos planejados.

Volvo inicia vendas do FH que pode rodar com B100

São Paulo – A Volvo iniciou as vendas de uma nova versão do caminhão FH que pode rodar com 100% de biodiesel, o B100. A sua comercialização, de início, será apenas mediante análise prévia da engenharia da fábrica e o transportador interessado precisará de uma autorização da ANP, Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis, para comprar, uma vez que o B100 ainda não está disponível comercialmente no Brasil.

A novidade visa a atender uma pequena parcela de clientes que produzem seu próprio B100, a partir da soja, na maioria dos casos. Mas esses frotistas também precisarão de uma segunda autorização da ANP, pois a agência possui rígidos controles sobre a produção e estocagem desse combustível para uso veicular.

Esta nova versão do FH possui motor exclusivo, desenvolvido a partir da linha Euro 6 da Volvo, e traz maior flexibilidade para os transportadores, que poderão rodar com o B14, diesel S10 com 14% de biodiesel, até o B100.

Volkswagen atualiza o T-Cross para manter a liderança nos SUVs

São Paulo – A Volkswagen apresentou o primeiro dos dezesseis lançamentos previstos até 2028, já fruto de investimento de R$ 16 bilhões anunciado em fevereiro. Em sua primeira reestilização desde que foi apresentado ao mercado, em 2019, o T-Cross recebeu mudanças na parte externa e interna, a exemplo de faróis de LED para toda a gama e sistema de infotainment maior, que parece flutuar no painel. Passou também a oferecer sistemas de segurança adicionais como assistente de mudança de faixa e detector de ponto cego.

De olho na manutenção da liderança dos SUVs a Volkswagen manteve os preços que vinha praticando na versão atual, apesar das melhorias. A versão 200 TSI parte de R$ 142 mil 990, a Confortline de R$ 160 mil 990 e a Highline de R$ 175 mil 990. De acordo com Roger Corassa, vice-presidente de vendas e marketing da Volkswagen, este é seu quarto lançamento em que os preços não mudam, a exemplo de Polo, Virtus e Saveiro: “Temos lançado carros com muito mais conteúdo sem alteração de preços”.

Com a campanha Muito Prazer, novo T-Cross, o veículo com sua nova roupagem será apresentado aos concessionários na quinta-feira, 16, e, em 13 de junho, a clientes convidados pelas revendas: “Temos uma ambição de vendas de quebrar nossos próprios recordes e seguir na liderança dos SUVs”.

O CEO da Volkswagen do Brasil, Ciro Possobom, lembrou que o mercado de SUVs saltou de 7,6% em 2010 para 45% em 2023. Desde que foi apresentada sua primeira versão, em 2019, foram comercializados 320 mil veículos e, no ano passado, com 72 mil unidades, tornou-se o SUV mais vendido do País, título que vem sustentando ao longo do quadrimestre, com 20 mil unidades vendidas.

“Este é um veículo muito importante para nós. Em volume é o segundo mais vendido da marca, atrás do Polo, nosso carro de entrada, que tem preços de R$ 80 mil a R$ 140 mil. Embora o segmento de SUVs seja muito concorrido, com a melhora de muitos pontos e considerando que mecanicamente ele já é muito bom, esperamos que possamos vender mais do que as 72 mil unidades do ano passado.”

Para o mercado como um todo a expectativa da Volkswagen é que sejam comercializados pouco mais de 2,3 milhões de veículos em 2024.  

Carro ficou mais sofisticado por dentro e por fora, e mais seguro

De acordo com o diretor de design da Volkswagen nas Américas, José Carlos Pavone, embora o T-Cross seja um carro global é um veículo com grande influência local, com a participação de muitos profissionais brasileiros nas mudanças do SUV fabricado em São José dos Pinhais, PR.

“Existe uma complexidade em se desenhar facelifts, pois não se trata de uma geração toda nova, há o desafio de se descobrir o que é preciso e se faz sentido mudar. Antigamente este processo era feito depois de dois anos no mercado. Hoje depois de seis meses já começamos a pensar as alterações. E surpreendentemente é um carro que ainda está vendendo demais próximo ao fim do seu primeiro ciclo de reestilização.”

Pavone destacou que, externamente, com o objetivo de dotar o carro de aspecto mais sofisticado e maduro, a quantidade de cor nos parachoques aumentou e seu formato buscou imprimir mais segurança. Todas as versões agora trazem faróis de LED e as rodas exclusivas foram redesenhadas na região para dar sensação de maior amplitude e mais movimento.

Na parte traseira o veículo ganhou solução de iluminação que conecta as duas lanternas: “Esta é uma tendência muito forte no design da Volkswagen. Prometemos que até o fim da década o logo também acenderá. Tem uma série de questões de legislação e dimensão que temos de respeitar, mas estamos trabalhando nisto”.

Internamente o painel de série trouxe mudança de forma e material. O aplique plástico foi substituído por acabamento mais premium. O revestimento possui uma parte de tecido e costura com o objetivo de ampliar o conforto. O infotainement tornou-se protagonista, com contorno maior e desenho inédito que parece que ele está flutuando. A tela do VW Play possui 10,1 polegadas. Os novos bancos vêm com o nome T-Cross inscrito.

O carro pode tornar-se mais seguro ao incorporar detector de ponto cego com assistente traseiro de saída de vaga, assistente ativo de mudança de faixa e assistente de estacionamento – o pacote Adas é opcional para a versão topo de linha Highline. Tanto esta como a Confortline e a 200 são equipadas com controle adaptativo de velocidade e distância, frenagem autônoma de emergência com detector de pedestre, seis airbags, sendo dois frontais, dois laterais nos bancos dianteiros e dois de cortina.

Das cores disponíveis a novidade está no Cinza Ascot para a versão Highline, sendo exclusiva para o pacote Dark, que inclui teto e retrovisores pintados na cor Preto Ninja, rack de teto longitudinal na cor preta, rodas de liga 17 polegadas escurecidas, logotipias escurecidas na lateral e traseira e pneus Pirelli Seal Inside – que podem continuar rodando com segurança mesmo furado, sem que aconteça perda de pressão.

Greve na Renault continua após falta de acordo no TRT

São Paulo — Terminou sem acordo a audiência no Tribunal Regional do Trabalho da 9ª Região que reuniu Renault, Horse e o Sindicato dos Metalúrgicos da Grande Curitiba. Com isto os cerca de 4,1 mil operários que trabalham na linha de produção da montadora e da fabricante de motores no Complexo Industrial Ayrton Senna, em São José dos Pinhais, PR, continuam em greve. Na quinta-feira, 16, haverá assembleia às 14h00 para que sejam debatidos os rumos da paralisação.

Durante a audiência de conciliação, que teve uma primeira sessão na sexta-feira, 10, e prosseguiu na quarta-feira, 15, a entidade seguiu recusando a proposta da Renault a respeito da PLR, participação nos lucros e resultados, e do dissídio coletivo.

A Renault oferece PLR de R$ 25 mil, com primeira parcela de R$ 18 mil a serem pagos em até três dias após a assembleia. Quanto ao reajuste é oferecida a correção com base na inflação, sem ganho real.

Durante a audiência, porém, não foi realizada contraproposta. O sindicato afirmou pleitear melhora da oferta, e que fica a cargo da empresa apresentar uma melhor, e não uma que já tenha sido rejeitada anteriormente. A entidade busca também que seja resolvida questão da falta da segurança no local de trabalho devido ao ritmo excessivo de produção.

Cálculos da entidade apontam que, por dia, deixam de ser fabricados oitocentos veículos, Kardian, Duster, Kwid, Oroch e Master. Considerando que amanhã será o décimo dia corrido de paralisação, iniciada na terça-feira, 7, e portanto oitavo dia útil, a quebra de produção gira em torno de 6,4 mil veículos.

Há uma semana, na quinta-feira, 9, o TRT julgou a greve abusiva e determinou a volta ao trabalho, o que ainda não ocorreu. Liminar estipulou multa de R$ 30 mil por dia sem produção, além de R$ 10 mil adicionais se o sindicato impedir a entrada dos operários.

Transporte de pessoas por motocicletas injetou R$ 5 bilhões no PIB

São Paulo – O transporte de pessoas sobre duas rodas promoveu a injeção de R$ 5 bilhões ao PIB do Brasil em 2023, o que significou 0,05% da geração nacional de riquezas. Foram R$ 2 bilhões de incremento direto na renda das famílias, por meio de salários e pagamentos por serviços prestados. Esta pesquisa que envolve a micro mobilidade foi encomendada à FGV, Fundação Getúlio Vargas, pelo aplicativo de corridas 99.

A cifra de R$ 5 bilhões é igual ou maior do que o PIB de 95% dos municípios brasileiros, a exemplo de Ubatuba, SP, Caldas Novas, GO, e Nova Friburgo, RJ. Outro comparativo é que equivale a 40% do total gasto mensalmente com o programa Bolsa Família, do governo federal.

Trata-se de impacto imediato na geração de empregos diretos e indiretos, incluídas tanto pessoas que trabalham nesta atividade como no comércio e na locação de motocicletas, combustíveis e seguros, com efeito dessa cadeia na realidade de 114 mil profissionais.

“É um número bastante relevante. Apenas para dar uma dimensão do que ele representa: se considerarmos a criação de empregos formais no ano passado, conforme dados do Caged, de 1 milhão 480 mil, esta modalidade pesquisada representa mais ou menos 7,6% do volume total”, avaliou Renan Pieri, doutor e mestre pela Escola de Economia de São Paulo da FGV. Outro comparativo é que o número supera a população de municípios como Ouro Preto, MG.

Há, ainda, reflexo sobre a arrecadação de impostos, diretos e indiretos, de R$ 461 milhões, o que equivale a 2,1% de toda a receita tributária do Estado de São Paulo, conforme dados de fevereiro de 2024. O valor superou o recolhimento anual de tributos sobre bens e serviços em municípios como Porto Seguro, BA, em 2021.

“Além disso a renda gerada para os motociclistas também acaba se tornando consumo, o que induz outros setores de atividade econômica a produzirem mais e, consequentemente, a gerarem mais renda”, afirmou Pieri. “Ter mais pessoas se locomovendo pelas cidades ativa fortemente o comércio. Mas há também impacto sobre materiais de transporte e até efeitos indiretos, um pouco mais distantes, mas ainda significativos, sobre agricultura, setor de alimentos e vestuário.”

A metodologia de consumo de produto da FGV mapeou o encadeamento dos setores no relatório de impacto econômico do transporte de duas rodas por aplicativo. Portanto o que é consumido de vestuário e entretenimento, e desembolsado com saúde e alimentação, entra nesta conta:

“Observamos, durante a pandemia, que o aumento do poder de compra com programas de transferência de renda, na época, gerou impacto muito forte no consumo de alimentos. Em torno de 3% do efeito gerado é sobre a agricultura, nesses outros setores de maneira secundária e induzida”.

Estados mais pobres têm maior reflexo no PIB

Os estados mais impactados pelo 99Moto em 2023, em termos de aumento da participação do PIB, são Amazonas e Amapá, com 0,16% cada, empatados em primeiro lugar, seguidos de Ceará e Pernambuco, ambos com 0,15%, Sergipe, com 0,14% e Piauí, com 0,13%.

Trata-se de locais com poder de consumo bastante reduzido, por isto o modal duas rodas aparece como uma alternativa aos transportes públicos ou mesmo opção para interligá-los. O Amazonas destaca-se também por causa da Zona Franca de Manaus, onde está concentrada a produção nacional de motocicletas.

“Se imaginarmos que existem várias atividades econômicas no País e num Estado, e pensarmos que uma atividade econômica sozinha consegue aumentar o PIB do Amazonas e do Amapá em 0,16%, temos impacto bastante expressivo.”

Em termos absolutos o reflexo maior é visto no Rio de Janeiro, com acréscimo de R$ 872 milhões ao PIB estadual por causa da atividade da 99Moto, de acordo com o levantamento da FGV, principalmente na Capital, responsável pelo crescimento de R$ 443 milhões no PIB do município, já considerados impactos diretos, indiretos e induzidos.

Em segundo lugar aparece o Estado de São Paulo, embora na Capital o serviço de moto táxi ainda não esteja operando, com incremento de R$ 650 milhões. Para fechar o pódio em Pernambuco o aumento é de R$ 447 milhões, sendo só Recife responsável por acrescentar R$ 249,7 milhões ao PIB da cidade. O quarto lugar ficou com Amazonas, com avanço de R$ 363 milhões, tendo Manaus, onde a cultura de motocicleta é arraigada, contribuído com aumento de R$ 336 milhões.

Alguns municípios paulistas foram incluídos na análise, como Osasco, com impacto de R$ 55 milhões, e São Bernardo do Campo, com R$ 30 milhões. E foi realizada, ainda, simulação do efeito da introdução do transporte por motocicleta no município de São Paulo, que geraria acréscimo de R$ 820 milhões no PIB, quase o mesmo que em todo o Estado do Rio de Janeiro.

“Para tanto foi tomada por base a frota de motos da cidade, bastante expressiva, e comparada com o restante do Estado de São Paulo onde o modal já existe. Projetamos quanto haveria de corridas em São Paulo, no município, de acordo com o que a gente observa no resto do Estado, dado o tamanho da frota existente.”

Quanto ao aumento de arrecadação de impostos diretos e indiretos a cifra seria de R$ 28 milhões, além da geração de 11 mil postos de trabalho diretos e indiretos: “Vale ressaltar que este impacto transborda para outras regiões. Sabemos que se aumentar a demanda por serviços em São Paulo isso gera procura por produtos de outras regiões, que acabam vendendo para São Paulo, que consequentemente gera renda para outras regiões”.

O valor total, portanto, chegaria a R$ 955 milhões, com número de empregos estimado em mais de 13 mil ocupações, somando São Paulo e o resto do Brasil, um aumento de R$ 451 milhões na renda das famílias, apontou o doutor e mestre pela Escola de Economia de São Paulo da FGV: “É uma forma de geração de renda que transborda para toda a economia e tem um potencial econômico bastante positivo”.

Transportar pessoas tem ganho até 75% maior

Desde que foi lançada, em 2022, a 99Moto cresceu bastante, segundo Fernando Paes, diretor de relações governamentais da 99, motivo pelo qual a empresa encomendou a pesquisa à Fundação Getúlio Vargas: “Como vimos pelo levantamento os números da 99Motos, sozinhos, são muito expressivos, então é possível inferir que o impacto do transporte de passageiros sobre duas rodas no Brasil é muito maior”.

Paes relatou que existe atualmente 1 milhão de motociclistas cadastrados no aplicativo: “O motociclista que transporta pessoas ganha, em média, de 60% a 75% a mais do que o entregador de comida, o entregador de bens”.

De acordo com o executivo a 99 já distribuiu para os seus motociclistas mais de R$ 1,5 bilhão nestes dois anos de atividade no Brasil.

De acordo com pesquisa da Ipsos citada pelo diretor de relações governamentais a 99 é a empresa mais bem avaliada no mercado de moto, hoje, por 56% dos entrevistados. E que 75% dos usuários do modal possuem de 18 a 44 anos: “Ou seja: é público mais jovem que está buscando interconexão com o transporte público e agilidade”.

Este mesmo levantamento apontou que 59% dos usuários são mulheres e que 68% se declararam pretos ou pardos: “O dado sobre as mulheres foi uma grata surpresa, uma vez que utilizam esse serviço para ir ao trabalho, a um ponto de ônibus, a uma estação de trem”.

Segundo Paes os preços tendem a ser até 30% mais baratos do que uma corrida de carro.

“Apesar de não haver hoje 99 Motos em São Paulo há discussão aberta sobre a viabilidade do moto táxi na Capital. Sabemos que existe transporte informal de passageiros em duas rodas na cidade, e entendemos que em algum momento isto será regulamentado.”

Outros dois dados importantes, de acordo com o executivo, é que 99,99% das corridas sobre duas rodas são concluídas em segurança — “e, quando a gente compara o transporte na 99Moto e fora do aplicativo, temos outro dado significativo: é catorze vezes mais seguro andar conosco do que fora da plataforma”. Para chegar a esta conta foram levantadas quantas vezes o seguro DPVAT é acionado em caso de acidente por 1 milhão de corridas, sendo fora do aplicativo 57,7 vezes e, pela 99, 4,1 vezes.

Otimista com o crescimento e o potencial deste mercado no ano passado a 99 investiu R$ 40 milhões na segurança de todo transporte oferecido pela companhia. A empresa, conforme Paes, possui série de exigências que passam por vestuário do motociclista, a obrigatoriedade do uso do capacete também ao passageiro e a forma como deve ser utilizado. Há a oferta de cursos de direção defensiva e seguro obrigatório aos profissionais.

Abril foi o melhor mês de vendas de veículos usados

São Paulo – Em abril as vendas de veículos usados atingiram o melhor resultado mensal para o ano até agora, com 1 milhão 314 mil unidades. O volume representou alta de 26,6% na comparação com igual mês do ano passado e de 11,3% com relação a março, de acordo com os dados divulgados pela Fenabrave, na quarta-feira, 15:

“O cenário, em geral, é positivo para o setor, que tem sido impulsionado pela maior disponibilidade de crédito para a compra de veículos”, disse o presidente José Maurício Andreta Júnior. “Vale ressaltar que a alta na comercialização de modelos novos acaba impactando, positivamente, em toda a cadeia, pois muitos seminovos e usados são dados como parte de pagamento na aquisição de um 0 KM.”

No acumulado do ano as vendas cresceram 10% sobre iguais meses do ano passado, com 4 milhões 835 mil veículos.

Omoda Jaecoo soma 220 mil vendas em seu primeiro ano de operação

São Paulo – A O&J, Omoda Jaecoo, marcas do Grupo Chery, vendeu 220 mil carros globalmente em seu primeiro ano de operação. As duas marcas estão presentes em quarenta países, com 873 concessionárias e, no Brasil, a operação começará ainda em 2024, com cinquenta revendas.

A O&J já confirmou o lançamento de três modelos para o mercado brasileiro: Omoda 5, Jaecoo 7 e Jaecoo 8.