Multinacionais brasileiras são tema da revista AutoData de maio

A edição de maio da revista AutoData contém alta densidade de informação. Disponível para ler on-line (aqui) ou para baixar o arquivo PDF (aqui), a publicação traz em sua reportagem de capa a saga das principais multinacionais brasileiras do setor automotivo: Iochpe-Maxion, Marcopolo, Randoncorp, Tupy e WEG conseguiram superar dificuldades para tornarem-se gigantes internacionais, dentre as maiores do mundo em seus respectivos segmentos de atuação.

Também são temas deste mês as maiores fornecedoras de aço do País para fabricantes de veículos e de autopeças: Usiminas, Gerdau e ArcelorMittal. A reportagem trata do principal insumo da indústria automotiva, dos volumes consumidos, das perspectivas e de como as siderúrgicas influenciam pelos custos e também são influenciadas pelo setor automotivo, que induz a evolução para fornecer produtos de maior valor agregado, com alta resistência e baixo peso.

Por ter a maior participação no PIB industrial do País a indústria automotiva também deverá liderar e induzir o movimento de neoindustrialização lançado pelo governo por meio do NIB, Programa Nova Indústria Brasil, tema de mais uma reportagem especial desta edição.

A entrevista do mês From The Top também é bastante especial: conversamos com Evandro Maggio, o primeiro presidente brasileiro da Toyota do Brasil em 66 anos de história da companhia no País. Ele assumiu o posto em abril e contou como deve ser direcionado o maior programa de investimento da companhia em solo brasileiro, de R$ 11 bilhões até 2030. A versão em videocast do From The Top também pode ser acessada no canal de AutoData no YouTube (aqui).

Também nesta edição preparamos balanços sobre o Fórum AutoData de Caminhões e a Agrishow e falamos dos investimentos da Honda e Stellantis, além de apresentar a lista atualizada dos treze fabricantes de veículos leves que, juntos, tem programas em andamento que somam R$ 103,6 bilhões. Não esquecemos que a Nissan completou dez anos de produção em Resende, RJ, nem dos lançamentos do novo BYD Tan e do remodelado Toyota Corolla Cross.

Estas e outras reportagens você lê em AutoData de maio on-line (aqui) ou baixa o arquivo PDF da edição (aqui). Mês que vem tem mais!

Toyota alcança marca de 700 mil veículos exportados

São Paulo – A Toyota alcançou, no fim do primeiro quadrimestre deste ano, a marca de 700 mil veículos exportados a partir do Brasil. A contagem começa em 1971, quando foram embarcados para países da América Latina os primeiros utilitários Bandeirantes produzidos em São Bernardo do Campo, SP.

Mas as exportações da fabricante só ganharam força a partir de 2012 com a inauguração da fábrica de Sorocaba, SP, e a produção de novos modelos no País, especialmente o Corolla Cross, produzido desde 2021 com versões híbridas, que foi o Toyota brasileiro mais exportado de 2023, com 31,7 mil unidades embarcadas.

No ano passado a Toyota foi a empresa que mais exportou veículos no País, com 82,4 mil unidades exportadas a 22 países da América Latina e do Caribe. Mas o recorde anual foi registrado em 2019, com 100 mil veículos. Em 2018 foram 90 mil e, em 2014, 83 mil.

Sindicatos confirmam férias coletivas de duas semanas na Volkswagen

São Paulo – Os sindicatos dos metalúrgicos do ABC e de Taubaté confirmaram a necessidade de parada da produção das fábricas paulistas da Volkswagen a partir de segunda-feira, 20, com retorno previsto para 3 de junho, duas semanas depois. Na prática, porém, descontados fins de semana e o feriado de Corpus Christi, em 30 de maio, a suspensão da produção efetiva se dará por nove dias úteis.

A montadora concentrou seus esforços na unidade de São José dos Pinhais, PR, que continuará operando normalmente, por causa do lançamento no novo T-Cross. De acordo com Jamil D’Ávila, secretário geral do Sindicato dos Metalúrgicos da Grande Curitiba, por este motivo a unidade ainda não tem data de parada, uma vez que a Volkswagen está priorizando o novo modelo.

“A ideia é evitar que faltem carros por causa do lançamento do T-Cross. Componentes que seriam usados no Polo, Nivus e Virtus estão sendo destinados a essa fábrica para que não haja a paralisação.”

De acordo com o Sindicato dos Metalúrgicos do ABC a Volkswagen possui 49 fornecedores no Rio Grande do Sul, local de tragédia sem precedentes causada por enchentes desde o fim de abril. Diante do alerta de que poderiam faltar peças para fabricar seus veículos a Volkswagen protocolou, no dia 13, medida preventiva que previa o estabelecimento de férias coletivas caso a situação não mudasse.

Em paralelo o chairman executivo da Volkswagen América do Sul, Alexander Seitz, visitou fornecedores na China, Alemanha e Estados Unidos para assinar contratos fixos de importação de peças, em busca de amenizar o problema.

Na fábrica da Anchieta, onde são produzidos Nivus, Virtus, Polo e Saveiro, os 4 mil operários do chão de fábrica, de um total de 8 mil, ficarão em férias coletivas de 20 a 29 de maio, e retornam ao trabalho no dia 3 de junho. Pelo mesmo período 1,8 mil profissionais da unidade de Taubaté, que fabrica o Polo Track, também estarão em casa, de acordo com o Sindicato dos Metalúrgicos de Taubaté e Região. Ao todo trabalham no local 3 mil empregados.

Em São Carlos, SP, 327 funcionários terão férias coletivas, de um total de oitocentos. Conforme o Sindicato dos Metalúrgicos de São Carlos e Ibaté a fábrica de motores trabalhará com apenas um turno com exceção da usinagem de virabrequim, que operará normalmente os três turnos de produção.

No caso da unidade apenas o fornecedor da biela dos motores, localizado no Rio Grande do Sul, foi afetado. Mas como Anchieta e Taubaté não produzirão pelos próximos dias a montagem de motores será indiretamente afetada.

Procurada a Volkswagen informou que segue com o mesmo posicionamento de férias preventivas: “A situação está sendo monitorada minuto a minuto”.

Outras montadoras paralisaram a produção por causa das chuvas

De acordo com o Sindicato dos Metalúrgicos do ABC a Mercedes-Benz possui 39 fornecedores no Rio Grande do Sul, tanto que a unidade de São Bernardo do Campo, SP, ficou sem produzir em 9 e 10 de maio. Segundo a empresa por ora não há a necessidade de suspender a atividade novamente.

“A Mercedes-Benz do Brasil se solidariza com as vítimas das enchentes no Rio Grande do Sul e vem mobilizando campanhas de arrecadação de donativos e recursos financeiros em suas fábricas. Com relação ao abastecimento das linhas de produção a empresa, consciente dos prováveis impactos nas cadeias produtiva e logística do setor automotivo de forma geral, segue monitorando a situação de abastecimento de peças para as linhas de produção e tomará as medidas necessárias na adequação do cenário para atender seus clientes da melhor forma.”  

A Scania possui vinte fornecedores no Rio Grande do Sul mas até o momento não foi preciso parar a produção em São Bernardo. A General Motors parou a linha de Gravataí, RS, de onde saem Onix hatch e sedã, por causa da logística para a entrega das peças, uma vez que as estradas dessa região estão bloqueadas ou em péssimas condições, embora as instalações não tenham sido afetadas pelas chuvas nem os veículos em estoque no pátio.

Na Stellantis em Córdoba, Argentina, onde produz o Fiat Cronos, a produção foi paralisada e não há data para o retorno.

De acordo com dados do Dieese apresentados pelo Sindicato dos Metalúrgicos do ABC em torno de 12% do faturamento do setor em 2023, cerca de R$ 12,8 bilhões, estão no Rio Grande do Sul, assim como 11% das exportações de peças. 

Vendas de veículos crescem 7% na primeira quinzena

São Paulo – Foram emplacados 94,8 mil automóveis, comerciais leves, caminhões e ônibus nos primeiros onze dias úteis de maio, apontam dados preliminares do Renavam obtidos pela Agência AutoData. O resultado representa avanço de 6,9% com relação à primeira quinzena de maio de 2023, que registrou 88,7 mil unidades, e queda de 7,7% na comparação com a primeira metade de abril e seus 102,7 mil veículos comercializados.

Segundo fonte ligada ao varejo o recuo na comparação mensal pode ser justificado pela ausência de emplacamentos vindos do Rio Grande do Sul, Estado que foi fortemente afetado por chuvas que geraram catástrofes em suas principais cidades. Concessionárias da região de Porto Alegre, a Capital, seguem fechadas e contabilizando prejuízos, com o agravante de que boa parte de seus funcionários perderam residência e bens na tragédia, disse a fonte

A Anfavea afirmou que o Rio Grande do Sul representou em torno de 5% dos emplacamentos no primeiro quadrimestre, o que dá uma dimensão do efeito da ausência de vendas do Estado no resultado da primeira quinzena de maio.

A média diária caiu para 8,6 mil unidades, contra a de 9,3 mil registrada na primeira metade de abril. Mas foi superior às 7,9 mil de fevereiro e março e às 7 mil de janeiro.

Seguindo o ritmo, com nove dias úteis restando, as vendas em maio fechariam em 172,2 mil veículos. Mas usualmente a segunda metade do mês é mais acelerada do que a primeira e este volume deverá ser maior.

Com 6 mil emplacamentos a Fiat Strada liderou as vendas na quinzena, seguida pelo Volkswagen Polo, com 5 mil, e o Hyundai HB20, 4,2 mil.

Christal investe em startup buscando novas tecnologias

São Paulo – A Christal, holding de Timbó, SC, investiu na empresa mineira de tecnologia Sensio e, com isto, a startup dobrará o tamanho da sua equipe de desenvolvimento, ampliando sua capacidade de atendimento ao mercado. A Sensio chamou a atenção da holding pela sua capacidade de oferecer soluções inovadoras para a gestão e automação de processos industriais.

A Christal, responsável pelas marcas Rudolph, Usitim, Rufix, rup! e Movai, pretende usar este potencial da Sensio para avançar com seus negócios, uma vez que está reinventando suas operações que atendem aos setores automotivo, agrícola, linha branca. A aproximação das duas empresas foi puxada pela rup!, criada em 2022 com foco na identificação de oportunidades de colaboração e alianças estratégicas.

Unidades da Mercedes-Benz na Argentina passam a ser neutras em CO2

São Paulo – A Mercedes-Benz anunciou que todas as suas instalações na Argentina tornaram-se neutras na emissão de CO2. A fábrica de Juan Manuel Fangio, que produz todas as versões da Sprinter vendidas no Brasil, já tinha emissões neutralizadas desde 2022 e agora a sede da empresa, em Munro, e o Centro de Treinamento, em Malvinas, na Província de Buenos Aires, também alcançaram o marco.

O avanço faz parte de plano global, o Ambition 2039, que pretende a preservação de recursos naturais junto com a redução das emissões e a qualidade do ar em todas as operações da Mercedes-Benz no mundo. A companhia também estende estas medidas para toda a sua cadeia de fornecimento e parcerias são estabelecidas para atingir as metas definidas.

Encerradas as discussões de Volkswagen e Renault para desenvolvimento conjunto de elétrico de entrada

São Paulo – A Volkswagen afirmou ter encerrado as negociações com a Renault que visavam ao desenvolvimento conjunto de plataforma para carros elétricos financeiramente acessíveis, de acordo com o site Automotive News. Agora a Renault seguirá sozinha no projeto do Twingo elétrico, com previsão de lançar o veículo em 2026, enquanto a companhia alemã ainda segue em busca de um projeto de carro elétrico de entrada barato.

A expectativa inicial das duas montadoras era de que o trabalho conjunto ajudaria a reduzir custos, um entrave para as fabricantes europeias na competição com as chinesas. Segundo fontes ouvidas pela publicação as negociações ocorreram durante meses, ficaram próximas de um desfecho positivo mas a Volkswagen, afinal, optou por seguir sozinha.

Volkswagen premia fornecedores com expectativa de lançamentos e bons resultados

São Paulo – A segunda edição do The One – nome dado ao prêmio de fornecedores da Volkswagen desde a retomada do evento, no ano passado – realizada na noite da quinta-feira, 16, reconheceu o desempenho dos melhores parceiros da cadeia de suprimentos em doze categorias. A premiação serviu de pano de fundo para comemorar os bons resultados da fabricante, que segundo promete também deve se reverter no crescimento de negócios com os fornecedores.

“Foi um ano desafiador mas conseguimos os bons resultados”, comemorou Alexander Seitz, chairman executivo da Volkswagen América do Sul. “Em um mercado extremamente competitivo precisamos ter muita flexibilidade com nossas operações e os fornecedores.”

Ciro Possobom, presidente da Volkswagen do Brasil, reconheceu que fornecedores importantes do Rio Grande do Sul foram duramente afetados pelas enchentes: “Precisamos construir soluções para ajudá-los neste momento. Também temos 43 concessionárias no Estado e vamos dar todo o apoio para a reconstrução de suas lojas”.

Mas o executivo avalia que as dificuldades serão contornadas para manter os bons resultados que a empresa vem conquistando desde 2023. Para isto, inclusive, Seitz já fechou contratos para importar as peças que estão faltando do Sul, para evitar paralisações por mais tempo nas linhas de produção.

De fato a fabricante acumula resultados vistosos: em 2023 a Volkswagen foi a marca que mais cresceu, as vendas avançaram 17% sobre 2022, acima da média geral do mercado brasileiro, de 11,3%, e no primeiro quadrimestre de 2024 o ritmo segue forte, com expansão de 35,7% em comparação aos mesmos quatro meses do ano passado, o dobro da média geral de 17,5%.

Com estes números a Volkswagen segue na segunda colocação no pódio das marcas de veículos mais vendidas do País, com participação que cresceu de 13,8% no primeiro quadrimestre de 2023 para quase 16% agora. E o Brasil tornou-se o terceiro maior mercado da marca no mundo, atrás somente da China e da Alemanha.

Mais lançamentos, mais negócios

A Volkswagen também tem o carro mais vendidos do País este ano, o Polo, e lidera o maior segmento do mercado com o SUV T-Cross, com 21 mil unidades vendidas até 16 de maio – justamente neste dia foi lançada a nova versão do modelo, que recebeu sua primeira reestilização desde o lançamento, em 2019. Segundo a empresa este é o primeiro dos dezesseis lançamentos prometidos até 2028, dentro do ciclo de investimentos de R$ 16 bilhões para o período.

Luiz Alvarez, vice-presidente de suprimentos da Volkswagen América do Sul, confirmou aos fornecedores presentes que os lançamentos de uma ampla gama de produtos, incluindo modelos a combustão, híbridos e elétricos, deverá beneficiar toda a cadeia: “Os lançamentos nos trarão bons resultados e mais negócios para os atuais e novos fornecedores”.

O executivo, contudo, lembrou que ainda não foram recuperadas as perdas de 2022, pico do pós-pandemia da alta de custos e falta de componentes eletrônicos que causou redução da produção: “Recuperamos parte da alta dos custos mas ainda não chegamos ao mesmo nível de 2019. Precisamos de mais um ano de redução de custos para chegar aos resultados [de antes da pandemia]”.

Veja as empresas fornecedoras premiadas do The One

• Segurança de fornecimento: Megatech
• Desenvolvimento Tecnológico e Inovação: Yapp
• Qualidade: CGE
• Social e Diversidade: Usiminas
• Pós-Vendas: Shell
• Volkswagen Argentina: Kromberg&Schubert (Kroschu)
• Serviços & Investimentos: Sapore
• Conectividade: Kromberg&Schubert
• Powertrain: Schaeffler
• Químicos Interno: Grupo Simoldes
• Químicos Externo: Axalta
• Metálicos: NSK

Volkswagen importa peças para reduzir paralisação

São Paulo – Alexander Seitz, chairman executivo da Volkswagen América do Sul, precisou usar toda sua experiência e relacionamentos construídos ao longo de 36 anos na indústria, principalmente na área de compras, para mitigar a falta de peças e paralisação de linhas de produção por causa dos efeitos catastróficos das enchentes no Rio Grande do Sul, que afetaram poucos mas importantes fornecedores da empresa.

Em intervalo de poucos dias Seitz visitou fornecedores na China, Alemanha e em Detroit, nos Estados Unidos, e voltou ao Brasil na quarta-feira, 15, com contratos fixos de importação de componentes para compensar a falta de peças do Sul: “Como trabalho na indústria há 36 anos e conheço muita gente fui em busca de parceiros para nos ajudar nesta emergência”.

Em conversa pouco antes da cerimônia de premiação dos melhores fornecedores da Volkswagen em 2023, na quinta-feira, 16, Seitz evitou dizer quantos fornecedores foram comprometidos pelas enchentes nem os componentes que eles fornecem — apenas afirmou que “são menos do que os cinco dedos de uma mão, mas têm enorme importância”.

A Volkswagen tem 49 fornecedores localizados no Rio Grande do Sul.

Apesar do sucesso nas negociações com os fornecedores estrangeiros os componentes todos não chegam a tempo de evitar paralisações: segundo os sindicatos dos metalúrgicos a Volkswagen confirmou na sexta-feira que colocará em férias coletivas, de 20 de maio a 3 de junho, parte do efetivo de produção de suas fábricas paulistas de São Bernardo do Campo e Taubaté e na fábrica de motores de São Carlos. A unidade de São José dos Pinhais, PR, por enquanto não foi afetada.

“A Volkswagen sabe lidar com crises e por isto protocolou [na Justiça do Trabalho] o pedido de férias coletivas [que será efetivado agora]”, diz Seitz. “Mesmo que tenhamos de parar, com as importações que conseguimos, será por pouco tempo.”

De fato, com fins de semana e feriado prolongado no fim de maio a paralisação contabilizada nas três fábricas será de apenas nove dias úteis de produção. O plano de importar peças para mitigar paralisações maiores pode até custar mais caro mas evita mal maior: a perda de produção justamente no momento em que a Volkswagen voltou a crescer e a recuperar participação de mercado após o tombo de 2021 e 2022 justamente por falta de chips eletrônicos importados.

Trabalhadores rejeitam mais uma proposta da Renault e da Horse

São Paulo – Em assembleia realizada pelo Sindicato dos Metalúrgicos da Grande Curitiba na tarde de quinta-feira, 16, na entrada do Complexo Industrial Ayrton Senna, em São José dos Pinhais, PR, mais uma vez foi rejeitada proposta da Renault e da Horse aos cerca de 4,1 mil trabalhadores que estão com os braços cruzados desde o 7 de maio. Ou seja: a greve continua.

Ao longo desses dez dias corridos de paralisação, oito dias úteis, deixaram de ser produzidos em torno de 6,4 mil veículos, ao considerar que cerca de oitocentos saem das linhas diariamente, conforme estimativa da entidade. Ficou definido na assembleia que será dado às empresas um prazo de 72 horas, a vencer na terça-feira, 21, para que voltem a negociar com o sindicato.

Além de recusarem PLR de R$ 25 mil, sendo a primeira parcela de R$ 18 mil, e reajuste de salários e benefícios baseados na reposição da inflação acumulada até setembro, data base da categoria, os operários declinaram também nova proposta da Renault de contratar cinquenta operadores em até vinte dias úteis a contar da aprovação coletiva.

A oferta foi feita para atender a pleito dos trabalhadores para que haja mais segurança no chão de fábrica. Segundo a entidade o ritmo intenso na linha de produção e a falta de funcionários põem em risco a saúde e a segurança dos operários: “Evidencia este fato o índice de engajamento do trabalhador na linha de produção, que está em 95%, ou seja, dentro do processo de trabalho tem-se apenas 5% do tempo para dar uma respirada ou ir ao banheiro. Cobramos que a empresa baixe esse índice para 85% ou menos”.

A Renault do Brasil informou que segue aberta ao diálogo, porém ressaltou que não negociará com as atividades suspensas: “Tendo em vista a ilegalidade da greve, reconfirmada pelo Tribunal Regional do Trabalho da 9ª Região na audiência de quarta-feira, 15, a empresa segue pronta para a retomada das operações. A produção continua paralisada.”