Fiat Cronos celebra 200 mil unidades vendidas no Brasil

São Paulo – Ao longo de seis anos, desde seu lançamento, o Fiat Cronos registra 200 mil unidades vendidas no Brasil. No primeiro quadrimestre de 2024 foram emplacadas 9,8 mil unidades, sendo 3,4 mil em abril, com participação de 17,6% no B-sedãs. No ano passado cresceu em 22% a comercialização do modelo, que também é exportado para dez países da América Latina.

Até 31 de maio a Fiat realiza a ação de ofertas Cronos Week, que concede aos compradores um ano de combustível e descontos exclusivos. Por exemplo: para a versão Drive 1.3 MT, que custa R$ 94 mil 490, há redução de R$ 5,5 mil. A empresa promete, ainda supervalorização do usado na troca.

Investimento nacional em bens de capital está distante da média global

São Paulo – O investimento de empresas e governo em bens de capital, que inclui máquinas, equipamentos, construção civil e pesquisa e desenvolvimento, representou 18,1% do PIB brasileiro em 2022, contra a média global de 26,9%. De acordo com dados apresentados pela Anfavea, de 145 países avaliados, 114 possuem taxa de investimento superior à do Brasil.

Este cenário preocupa Márcio Lima Leite, presidente da Anfavea, pois o Brasil está se descolando da média global: “Temos que tomar cuidado porque coloca em risco toda a nossa indústria nacional de máquinas agrícolas e rodoviárias”. 

Em 2013 a média global de investimentos foi de 26,4%, contra 21,7% no Brasil. O País nunca mais atingiu este porcentual: nos anos seguintes registrou forte queda, chegando à menor taxa em 2017, quando investiu 14,6%, contra a média global de 26,5%, e começou a se recuperar em 2021, quando subiu para 19,4%, mas no ano seguinte uma nova queda foi registrada.

Segundo o presidente da Anfavea o Brasil “tem condições de sobra” para elevar este porcentual e o PAC, Programa de Aceleração do Crescimento, deverá ser a grande ferramenta para que os investimentos aumentem: “É necessário mudar isso pois nós queremos fabricantes de máquinas que investem em P&D aqui e geram empregos, e não apenas fábricas que montam as máquinas e não geram investimentos relevantes”.

O PAC prevê, segundo a Anfavea, R$ 21,8 bilhões para 4,5 mil obras de construção civil pesada. R$ 7,3 bilhões serão destinados para 441 obras para abastecimento de água, urbanização de favelas e contenção de encostas. Para a área de infraestrutura logística a expectativa é de que sejam liberados R$ 349 bilhões até 2026.

Para as obras de saneamento básico via PAC são esperados R$ 893 bilhões, e o programa Minha Casa Minha Vida poderá construir até 6 milhões de casas para reduzir o déficit habitacional.

Toyota e sindicato chegam a acordo para PDV em Indaiatuba

São Paulo – A Toyota e o Sindicato dos Metalúrgicos de Campinas e Região chegaram a um acordo a respeito dos benefícios oferecidos aos 1 mil 470 profissionais da fábrica de Indaiatuba, SP, tanto aos que optarem pela transferência quanto aos que preferirem deixar a companhia. A esses será oferecido um PDV, Programa de Demissão Voluntária, de 45 salários mais dois vencimentos por ano trabalhado.

Segundo o presidente do Sindicato, Jair Santos, trata-se do maior pacote já remunerado por uma montadora no Brasil. “Certamente este foi o maior acordo da história nas negociações envolvendo montadoras. E devemos isso ao nosso processo de mobilização e organização junto aos trabalhadores, foi o que levou a Toyota a chegar neste patamar”.

De acordo com a fabricante a proposta foi elaborada em comum acordo da empresa com a entidade, e aprovada na assembleia soberana. “Como próximos passos, a Toyota aguarda a decisão individual dos funcionários. A empresa reitera que seguirá sua atuação baseada em manter o diálogo aberto e respeitoso com todos os agentes da sociedade.”

O PDV será aberto daqui a duas semanas, informou a montadora. E a primeira janela de abertura do programa é aguardada para setembro, conforme Santos, ou seja, quando a primeira leva de adesões será concluída.

A batalha travada pelas partes envolvia a proposta de 35 salários adicionais mais um por ano trabalhado, que poderia chegar a vinte, dependendo do tempo de casa. Foi a mesma oferta realizada aos trabalhadores da unidade de São Bernardo do Campo, SP, que fechou as portas em novembro de 2023, após 61 anos, com a mudança da operação a Sorocaba e Porto Feliz. O sindicato pleiteava, no entanto, o pagamento de oitenta vencimentos, além de 2,5 pagamentos por ano trabalhado.

Metalúrgico que optar pela mudança terá o direito de se arrepender

Para os operários que aceitarem a transferência a Sorocaba, mas mantiverem residência em Indaiatuba, distantes em torno de uma hora e meia, serão pagos dois salários mais R$ 15 mil – a proposta anterior considerava a quantia adicional de R$ 10 mil. A empresa oferecerá ônibus fretado. Os que se mudarem receberão outros 2,4 salários.

Agora também foi criada uma cláusula de arrependimento: os empregados que resolverem arriscar o remanejamento terão prazo de até sete meses para mudar de ideia. “Caso ocorra, podem pedir seu desligamento, recebendo os direitos com base no pacote de benefícios. Neste caso, serão descontados os valores recebidos na transferência”, informou o sindicato.

Haverá estabilidade em Indaiatuba até julho de 2026, quando é programado o encerramento das atividades. Para os realocados, a garantia no emprego será estendida até julho de 2029. Todos terão assegurados convênio médico por 36 meses, extensivo aos familiares, a partir da data de demissão. O cartão cesta de benefícios será pago pelo mesmo período – o pleito da entidade era de cinco anos.

Quanto à previdência privada ficou estabelecido que a Toyota liberará, no momento da demissão, valor recolhido pelo funcionário mais a parcela da empresa limitada a R$ 50 mil.

Anunciado em março, o fim da operação da Toyota em Indaiatuba travou negociação da montadora com o sindicato. Houve greve de cinco dias, transferência de ferramentais da unidade, onde é produzido o Corolla, para Sorocaba, SP, em que são fabricados Corolla Cross e Yaris, e até mesmo para Zárate, na Argentina, de onde sai a Hilux.

Acordo também definiu PLR de 2024 e contratação de oitocentos temporários

O acordo assinado também assegurou PLR, Participação nos Lucros e Resultados, de R$ 21 mil este ano, sendo a primeira parcela de R$ 13 mil a ser paga em junho e, a segunda, de R$ 8 mil, em janeiro de 2025.

Foi estabelecida, ainda, a admissão por prazo determinado de oitocentos profissionais, em 2024, com contrato de um ano renovado por mais seis meses. Conforme Santos, isso foi negociado porque a empresa acredita que em torno desse volume de operários deverá aderir ao PDV:

“Por isso será feita a contratação por prazo determinado até 2026, para que a produção não fique desfalcada. Porém, o temporários usufruirão dos mesmos direitos que os trabalhadores efetivos”.

Conceito de secagem da Dürr é reconhecido no prêmio PACE

São Paulo – A Dürr desenvolveu o conceito de secagem EcoInCure que foi reconhecido pelo prêmio PACE, da publicação Automotive News. O sistema faz a a secagem de carrocerias de veículos com mais qualidade, rapidez e eficiência do que em fornos tradicionais.

O projeto foi desenvolvido para superar as expectativas dos clientes com relação ao processo de secagem, tanto para modelos com motor a combustão interna quanto para veículos elétricos, melhorando a qualidade da pintura em geral e dos acabamentos. O EcoInCure também faz parte da linha de pintura do futuro que a Dürr está desenvolvendo, dedicada à produção flexível e modular das montadoras.

Christal investe R$ 12 milhões em suas fábricas no Brasil

São Paulo – A Christal anunciou investimento de R$ 12,2 milhões até o fim do ano. Cerca de R$ 6,2 milhões serão dedicados à Usitim, empresa que produz componentes usinados de pequeno porte, que terá sua fábrica ampliada para 2,3 mil m², aumento de 55% na comparação com o tamanho atual.

Os outros R$ 6 milhões serão aplicados nas demais operações da Christal, responsável também pela Rudolph, Rufix, rup! e Movai.

Sem acordo votação do Mover fica para a semana que vem

São Paulo – O jabuti colocado no meio do texto do projeto de lei 914/2024, que criou o Mover, Programa Mobilidade Verde e Inovação, emperrou mais uma vez a votação no plenário da Câmara dos Deputados. Prevista para terça-feira, 21, a apreciação do projeto acabou ficando para a quarta-feira, 22, mas, sem acordo, não entrou sequer na pauta da quinta-feira, 23.

Com relação ao Mover, aparentemente, tudo está equalizado. O texto do PL é idêntico ao da medida provisória em vigor até 30 de maio, quando caducará. O governo decidiu enviar o projeto de lei para acelerar a tramitação, mas o relator, deputado Átila Lira, incluiu no projeto um texto que cria taxação para compras internacionais inferiores a US$ 50, que criou toda a celeuma.

O governo já sinalizou, por meio do ministro do MDIC, Ministério do Desenvolvimento, Comércio, Indústria e Serviços, Geraldo Alckmin, que seria melhor retirar a taxação de compras internacionais do texto do Mover e votar os temas em separado. Mas o presidente da Câmara, Arthur Lira, defende a aprovação de ambos ao mesmo tempo.

Governo, oposição e a presidência da Câmara não chegaram a um acordo e a votação ficou para a semana que vem. Na melhor das hipóteses o PL será votado na terça-feira, 28, a dois dias da expiração da MP, e ainda precisará ser aprovado no Senado para tornar-se lei. E será uma semana mais curta por causa do feriado de corpus christi, possivelmente sem sessão na quarta-feira, 29.

A Anfavea vive a apreensão com relação às datas, embora exista o entendimento de que, na prática, pouco mudaria se ficasse para junho. A demora na aprovação, porém, passa sentimento de desconfiança ao setor, que investe em torno de R$ 130 bilhões no País.

Morre Vasco Antônio Rossetti, fundador da Rossetti

São Paulo – Faleceu na quinta-feira, 23, Vasco Antônio Rossetti, fundador da Rossetti, fabricante de implementos rodoviários com sede em Guarulhos, SP, mas fundada em Caxias do Sul, RS. 

O empresário nasceu na mesma Caxias do Sul, RS, em 27 de maio de 1932. Foi um dos pioneiros da Anfir, Associação Nacional dos Fabricantes de Implementos Rodoviários, da qual foi o segundo presidente de 1986 a 1988.

Trabalhadores da GM São José dos Campos aprovam PLR de R$ 19 mil

São Paulo – Após ter sido rejeitada proposta de PLR, participação nos lucros e resultados, de R$ 17 mil apresentada pela General Motors aos 3 mil 150 trabalhadores de São José dos Campos, SP, onde são fabricados os modelos S10 e Trailblazer, além de motores e transmissões, a montadora ofereceu R$ 19 mil, valor aprovado em assembleia na quinta-feira, 23.

O objetivo do Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos e Região era obter benefício superior aos R$ 18 mil de 2023. Após a primeira proposta recusada os trabalhadores aprovaram a segunda, superior ao valor pago no ano passado.

O acordo validado prevê o pagamento da primeira parcela, de R$ 12 mil, ainda em maio. Os R$ 9 mil restantes virão em janeiro de 2025. A quantia total de R$ 19 mil representa incremento de 5,6% frente ao que foi pago no ano passado.

A negociação em torno da PLR teve início em 7 de maio, quando os operários aprovaram a pauta de reivindicações em assembleia. E, de lá para cá, o sindicato reuniu-se quatro vezes com a empresa.

A entidade alegou que no quarto trimestre de 2023 a GM registrou lucro líquido de US$ 2,1 bilhões ou R$ 10,3 bilhões, o que representou 5% de crescimento com relação aos valores obtidos no mesmo período de 2022, de US$ 1,9 bilhão ou R$ 9,8 bilhões. No fechamento do ano o lucro líquido alcançou US$ 10,1 bilhões, alta de 2% na comparação anual.

Na sede da empresa, em São Caetano do Sul, negociação continua

Funcionários da GM em São Caetano do Sul, SP, onde são produzidos Montana, Spin e Tracker e está sediada a companhia, rejeitaram na quinta-feira, 23, a mesma proposta que a aprovada em São José dos Campos, de R$ 19 mil. No ano passado, assim como na unidade do Interior, foi remunerada na fábrica do ABC Paulista PLR de R$ 18 mil, o que conferiu aumento de 6%.

De acordo com o presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de São Caetano do Sul, Aparecido Inácio da Silva, o pleito da categoria para a PLR de 2024 é de R$ 25 mil. Caso seja remunerada, a quantia representará incremento de 38,8%. “Tomamos como parâmetro o que está sendo oferecido como benefício na Renault”, disse Cidão.

Por causa do impasse em torno das negociações em São José dos Pinhais, PR, em torno de 4,1 mil trabalhadores da Renault e da Horse, sua fabricante de motores, estão em greve há 16 dias. Os metalúrgicos pedem PLR de R$ 30 mil. Nova assembleia para a definição dos rumos da paralisação está agendada para segunda-feira, 27.

Luiz Eduardo Lemos Passos é o novo diretor comercial da Bridgestone

São Paulo – A Bridgestone do Brasil escolheu Luiz Eduardo Lemos Passos como seu diretor comercial de consumo, reportando-se diretamente ao diretor geral Damian Seltzer. Com mais de trinta anos de experiência em vendas, marketing e gestão de negócios Passos estará à frente da área de vendas para veículos de passeio e caminhonetes.

Antes de ingressar na Bridgestone o engenheiro químico, formado pela UFBA, Universidade Federal da Bahia, com pós-graduações em finanças corporativas pela Unifacs, marketing pela ESPM, novas tecnologias pela FIA e MBA em energia pela PUC-RJ, estava na Raízen como diretor comercial, após 28 anos na Shell.

Ele será responsável pelos canais de vendas no País, que somam mais de oitocentas unidades.

GWM submete pedido de homologação ao Mover

São Paulo – A GWM já enviou seu pedido de habilitação ao Mover, Programa Mobilidade Verde e Inovação, segundo afirmou seu diretor de engenharia, pesquisa, desenvolvimento e inovação, Márcio Alfonso, durante o Conexão Sindipeças, evento realizado de forma online na quarta-feira, 22. A empresa segue com o cronograma de iniciar a produção de veículos na ex-fábrica da Mercedes-Benz em Iracemápolis, SP, no segundo semestre.

“O processo está caminhando, estamos em comunicação com o MDIC. Está faltando apenas alguma informação adicional. Nos próximos dias devemos finalizar tudo.”

Segundo ele o objetivo é que o porcentual de localização dos produtos esteja acima de 65% para cumprir o objetivo de iniciar a exportação, em um período de um ou dois anos, de seus veículos para a América do Sul.

“Nós já estamos elaborando um programa de nacionalização de peças. Estamos na fase de contato de várias empresas fornecedoras e mesmo com relação às tecnologias mais novas estamos buscando parcerias locais, até para ter apoio técnico e também porque os custos logísticos justificam esse trabalho local.”

Para contribuir com este processo o diretor da GWM afirmou que terá parceiros dentro do complexo produtivo de Iracemápolis porque boa parte da competitividade dos chineses deriva da verticalização de suas operações. Isto se dará, de acordo com Alfonso, para aqueles sistemas que requerem agregação, a exemplo de eixos e toda parte de sistemas elétricos: “Já estamos provisionando espaço para isto, o que será feito gradualmente”.

Alfonso concordou com estimativa de João Irineu Medeiros, vice-presidente de assuntos regulatórios da Stellantis para a América do Sul, de que a demanda por células de bateria aguardada para 2030, de 20 milhões e 30 milhões, justificaria a produção local.

“Tenho visão parecida com a de João Irineu, de que a demanda crescerá porque será necessário abastecer a frota toda com baterias, sejam elas maiores ou menores. Todos os carros requererão certo conteúdo eletrificado para poder atender a essas metas de eficiência e, chegando nesta escala de demanda, certamente faz sentido pensarmos na produção local.”

Alfonso completou que bateria não é um item fácil de transportar, tem logística complexa e precisa ser configurada para os veículos brasileiros pois “nem sempre aquele formato que ela possui no país de origem se aplica bem aos nossos carros, que são de um modo geral menores”.

O executivo da GWM chamou atenção para o fato de que os veículos estão ficando enormes na China, semelhantes aos dos Estados Unidos, ao passo que no Brasil não há sequer espaço físico para comportar veículos daquele tamanho, o que requer a continuidade do desenvolvimento para o mercado local. Carros menores, por sua vez, demandam pacotes de baterias menores, a fim de baixar os custos.

“Estamos procurando aproximação com institutos de pesquisa aqui no Brasil para trabalhar nessa rota tecnológica. Acreditamos muito nela porque são baterias mais baratas, que têm matéria-prima mais farta e abundante, então traremos este trabalho de pesquisa e desenvolvimento para o nosso meio, para a partir daí ganharmos escala e fazer isto acontecer aqui.”

Hoje Alfonso vê como possibilidade trazer as células para o Brasil e montar as baterias, configurá-las da melhor forma. E acredita ser difícil, por hora, ingressar na tecnologia da célula.