Foton lança três caminhões e ingressa no segmento de picapes no Brasil

Mogi das Cruzes, SP – Em uma nova investida sobre o mercado brasileiro, com a operação controlada agora pela matriz, a Foton anunciou o lançamento de quatro veículos no Brasil, três caminhões e uma inédita picape média, a Tunlan. As outras novidades são a quinta geração do caminhão leve Aumark, o semipesado Auman e o minitruck Wonder.

As vendas começarão pelo novo Aumark, que já foi homologado, com as primeiras unidades chegando às revendas em julho. Ele foi desenvolvido sobre nova plataforma modular da Foton que permite produzir veículos com motor a combustão, híbrido, elétrico e até movido a hidrogênio, trazendo uma série de vantagens competitivas para a montadora, segundo seu vice-presidente global, Williams Jiang. 

Novo Aumark tem motor Cummins e câmbio ZF

O Aumark é equipado com motor diesel 2.5 litros da Cummins, que gera 150 cv de potência, 5% mais econômico do que o usado na geração anterior, e pode dispor de câmbio manual, ou automatizado, de cinco marchas, ambos produzidos pela ZF. O caminhão será vendido por R$ 219 mil na versão manual e R$ 239 mil com câmbio automatizado.

O segundo modelo é o Auman D, que também já foi homologado e seu desembarque no País será realizado até novembro, custando R$ 400 mil. Seu motor é o F4.5, também da Cummins, que tem 220 cv de potência e transmissão manual de seis marchas da ZF. Com PBT de 17 toneladas traz alguns itens de série interessantes, como assistente de manutenção em faixa, bancos produzidos com PVC como matéria-prima, volante multifuncional, monitoramento de pressão dos pneus, controle de tração e estabilidade. 

Semipesado Auman chegará ao Brasil ainda em 2024

Os outros dois modelos apresentados, a picape Tunland e o minitruck Wonder, estão mais distantes e deverão chegar só no ano que vem, pois ainda estão em fase de homologação. A picape terá preço de R$ 230 mil a R$ 250 mil, ofertada em duas versões, concorrendo com Chevrolet S10 e Ford Ranger — mas o grande rival será a picape média da Toyota, a Hilux.

As versões que virão ao Brasil são a V7 e a V9, ambas equipadas com motor 2.0 turbo diesel de 175 cv de potência com câmbio automático de oito marchas da ZF, um sistema híbrido leve de 48V e um motor elétrico que, em baixas velocidades, permite que o veículo rode sem usar o motor a combustão, sendo a primeira picape do Brasil a oferecer este tipo de tecnologia. A expectativa da Foton é vender 1 mil unidades por ano a partir de 2025.

Caminhão Wonder está em fase de homologação no Brasil

O Wonder chegará com preço de R$ 110 mil, oferecendo um consumo 5% menor do que os seus principais concorrentes de mercado, segundo a Foton, equipado com motor 1.6 aspirado movido a gasolina e câmbio manual de cinco marchas. Para esse veículo a Foton aposta em uma série de novas tecnologias para se diferenciar da concorrência, caso do quadro de instrumentos 100% digital, kit multimídia, volante multifuncional e PBT de 2 mil 550 quilos, sendo 1 mil 245 quilos a sua capacidade de carga útil.

Para o futuro e dependendo da aceitação do mercado brasileiro para este produto a Foton estuda a comercialização de uma versão 100% elétrica do Wonder, que fará companhia ao iBlue, que já é ofertado.

Foton planeja voltar a montar caminhões no Brasil até 2028

Mogi das Cruzes, SP – A Foton anunciou quatro lançamentos para o mercado brasileiro e afirmou que pretende voltar a montar caminhões no Brasil até 2028, ano em que deseja ter 10% de participação, comercializando de 13 mil a 15 mil unidades por ano, em um mercado de caminhões de 130 mil a 150 mil unidades. Fábio Pontes, seu diretor de operações, disse que as negociações estão bem adiantadas:

“Provavelmente começaremos a produção utilizando a estrutura de um parceiro local, como já aconteceu no passado. Esse projeto está bem avançado, assim como as conversas com o parceiro brasileiro”.

O executivo não revelou com qual empresa as negociações estão sendo realizadas mas afirmou que, em breve, novidades serão divulgadas.

Vale lembrar que esta não será a primeira vez que a Foton terá esse tipo de operação no Brasil, uma vez que no passado ela montou seus veículos utilizando parte da fábrica da Agrale, em Caxias do Sul, RS, em meados de 2017, e depois migrou para a unidade da Gefco, também no Rio Grande do Sul, em 2020. Esse modelo de trabalho foi desenvolvido quando a montadora tinha seus negócios no Brasil controlados pela Foton Aumark, sendo Luiz Carlos Mendonça de Barros o responsável pela empresa por uma década.

Agora os negócios locais são controlados pela matriz, a Foton China, desde janeiro, quando a empresa iniciou as vendas dos modelos Euro 6 no mercado nacional.

Para conquistar 10% do mercado nacional até 2028 a Foton aposta no seu novo portfólio, composto por quatro produtos e que será expandido no futuro, chegando até os extrapesados, que deverão chegar no Brasil no começo de 2026 para ser testados por alguns clientes. Outro ponto no qual a empresa aposta é na ampliação da rede de concessionárias:

“Hoje temos trinta lojas que estão concentradas nas regiões Sul e Sudeste e, agora, queremos avançar para o Norte e Nordeste”, disse o vice-presidente mundial da Foton, William Jiang. O executivo afirmou que até o fim do ano a rede chegará a cinquenta lojas, avançando para oitenta em 2025 e chegando a cem em 2026, cobrindo todo o território nacional.

Para 2024 a expectativa é vender de 1,6 mil e 2 mil unidades, subindo para algo em torno de 3 mil a 3,5 mil veículos no ano que vem.

Nova plataforma Volkswagen permite todos os tipos de hibridização

São José dos Pinhais, PR – Em fase avançada de desenvolvimento a plataforma MQB Hybrid que será aplicada nas operações da Volkswagen no Brasil, permitindo o uso da tecnologia flex em conjunto com a eletrificação, permitirá que carros híbridos leves, híbridos puros ou híbridos plug-in sejam produzidos nas suas fábricas brasileiras. Segundo o presidente Ciro Possobom a introdução das tecnologias seguirá a demanda dos clientes.

“É uma plataforma já disponível na Europa, fornece modelos para outras marcas do Grupo Volkswagen e está sendo adaptada para o Brasil”, disse o executivo em conversa com jornalistas após a divulgação dos investimentos de R$ 3 bilhões em São José dos Pinhais, PR. “A solução será fornecida a depender do tipo de cliente, mas temos flexibilidade para produzir qualquer tipo de tecnologia híbrida, com baterias menores ou maiores”.

Segundo o presidente a ideia é que todas as fábricas brasileiras, São Bernardo do Campo e Taubaté, SP, e São José dos Pinhais recebam a nova plataforma, mas manteve segredo a respeito do cronograma.

Dos R$ 16 bilhões em investimentos anunciados em março a fatia da unidade paranaense já foi divulgada, com a introdução de dois novos modelos – o Virtus, em produção compartilhada com a Anchieta, e uma picape inédita “O que posso adiantar sobre a picape é que ela é completamente nova”.

O valor reservado ao ABC ou a Taubaté será “divulgado futuramente”, segundo Possobom. A fábrica de Anchieta, como o presidente adiantou em março, terá dois novos modelos que estão em desenvolvimento e Taubaté mais um, classificado por ele como “icônico”. No total serão dezesseis lançamentos até 2028, dentre atualizações da linha, importações e modelos totalmente novos.

A respeito da produção do Virtus no Paraná o executivo afirmou que as projeções da VW indicam que o sedã terá demanda maior no futuro e mais volume seria necessário para atender o mercado. Não significa, necessariamente, que será reduzida a produção em São Bernardo, embora ele admita que a fábrica, que produz quatro modelos – Polo, Virtus, Nivus e Saveiro – precisará ter espaço para a produção das novidades prometidas.

Todas as versões poderão ser produzidas nas duas unidades, afirmou o executivo, que admitiu que, caso necessário, mais modelos poderão ter sua produção espalhada em mais fábricas no futuro, tirando proveito da flexibilidade da plataforma MQB presente nas três unidades.

JCB investirá R$ 500 milhões na América Latina até 2030

São Paulo – A JCB, fabricante de máquinas amarelas com fábrica em Sorocaba, SP, divulgou investimento de R$ 500 milhões na América Latina com o objetivo de dobrar o tamanho de sua operação até 2030. É o maior aporte realizado pela companhia e um dos maiores do segmento nos últimos anos na região, segundo a empresa.

Em torno de R$ 360 milhões serão injetados para ampliar suas atividades, sendo R$ 150 milhões para modernizar a unidade, base de exportação para países latinos. Outros R$ 50 milhões serão alocados no desenvolvimento de novos produtos e na nacionalização de alguns equipamentos e, ainda, mais R$ 50 milhões, na rede de distribuidores.

O quadro atual de seiscentos funcionários na região será reforçado com 1 mil postos de trabalho, sendo trezentos diretos e setecentos indiretos, a maior parte em Sorocaba.

De acordo o presidente da JCB América Latina, Adriano Merigli, o ano passado foi o segundo melhor ano da empresa no País, com a venda de 3,5 mil máquinas. No início deste ano foi concluído aporte de R$ 120 milhões iniciado em 2021.

O plano é expandir o faturamento em 10% em 2024, ao passo que o mercado projeta incremento de 5%. Em torno de 40% das vendas da JCB são para o setor de construção, 25% para o agronegócio e outros 20% para empresas de locação de equipamentos e, segundo Merigli, a empresa deverá crescer em todos os segmentos.

Parte da expansão deverá vir do aumento do portfólio e da maior participação de mercado em pesados. Dos lançamentos recentes destacam-se a carregadeira 455ZX e o manipulador telescópico Loadall 540-70, a escavadeira 220NXT, a miniescavadeira 35Z e as minicarregadeiras 135 HD e 155HD.

Volkswagen destina R$ 3 bilhões para produzir Virtus e picape no Paraná

São José dos Pinhais, PR – A Volkswagen reservou R$ 3 bilhões do seu ciclo de investimentos de R$ 16 bilhões aplicados no Brasil até 2028 para a fábrica paranaense de São José dos Pinhais, onde atualmente são produzidos o T-Cross e os Audi Q3 e Q3 Sportback. Entrarão nas linhas uma picape, totalmente inédita, e o sedã Virtus.

O anúncio foi feito na segunda-feira, 17, na celebração dos 25 anos de inauguração da fábrica, que começou produzindo Volkswagen Golf e Audi A3. A produção do Virtus, a partir de 2025, será compartilhada com a unidade Anchieta, em São Bernardo do Campo, SP – o que já é feito com o Polo, fabricado no ABC e em Taubaté, SP.

Segundo Alexander Seitz, chairman executivo da VW América do Sul, a chegada do sedã às linhas de São José dos Pinhais impulsionará a cadeia de fornecedores do Estado. São 54 empresas que fornecem peças direta e indiretamente no Paraná, onde a companhia comprou R$ 5 bilhões em componentes no ano passado, em torno de 20% de suas compras no Brasil.

“Continuaremos fazendo de São José dos Pinhais um hub de exportação de tecnologia do Paraná para o mundo”, disse Seitz. “O aumento dos volumes produtivos também impulsiona a cadeia local de fornecedores no Paraná, gerando desenvolvimento econômico, tecnológico e social para o Estado.”

O T-Cross, fabricado na unidade, atualmente é exportado para dezessete países da América Latina. Com o Virtus a tendência é ampliar o movimento no porto de Paranaguá, que movimentou mais de 36 mil veículos, dentre importações e exportações, no ano passado: o sedã é enviado para treze países: Argentina, Chile, Colômbia, Costa Rica, Curaçao, Equador, Guatemala, México, Panamá, Paraguai, Peru, St Marteen e Uruguai.

Nova picape

Às linhas da fábrica serão adicionados, até 2028, volumes de uma picape ainda inédita, ampliando de um para três os modelos ali produzidos. Pouco foi revelado a respeito do utilitário, que também será exportado.

A fábrica paranaense completou 25 anos de produção com mais de 3 milhões de veículos manufaturados: Golf, Fox, CrossFox, SpaceFox, Saveiro, T-Cross e Audi A3, Q3 e Q3 Sportback.

Hyundai Mobis reconhece melhores concessionárias da marca

São Paulo – As concessionárias da Hyundai, no Brasil, com os melhores desempenhos ao longo de 2023 foram reconhecidas durante a Conferência Nacional de Serviços e Peças 2024, realizada em São Paulo no início de junho pela Hyundai Mobis e pela Hyundai Motor. O evento reuniu gestores de pós-venda e peças, compartilhou experiências e abordou estratégias para a excelência da atividade.

As revendedoras que se destacaram nos tópicos serviços, peças, processos e recomendação foram Carway de Canoas, RS, Saga de Goiânia, GO, e New de Sertãozinho, SP. Também foram homenageadas pela Hyundai Mobis as melhores práticas de vendas adotadas pelas lojas Green City de Teresina, PI, e Saga de Goiânia.

Mercado colombiano recua 7% até maio

São Paulo – O mercado de veículos, na Colômbia, somou 70,7 mil vendas de janeiro a maio, volume 7,5% menor do que o registrado em iguais meses do ano passado, de acordo com dados divulgados pela Andemos. Em maio as vendas chegaram a 14,8 mil unidades, volume 5,5% menor do que o registrado em maio de 2023 e 3,3% do que o vendido em abril.

No acumulado do ano os SUVs representaram a maior demanda dos clientes, com 41,6 mil unidades comercializadas. Em segundo lugar ficaram os automóveis, 20,9 mil, e em terceiro as picapes com 2,1 mil.

A Toyota foi a marca mais vendida na Colômbia até maio, com 11 mil unidades. Em segundo lugar ficou a Renault, 8,7 mil, e a Chevrolet apareceu na terceira colocação do ranking com 8 mil. 

O modelo mais vendido no mercado colombiano foi o Toyota Corolla Cross, 3 mil unidades, seguido de perto pelo Mazda Cx-30 com 2,9 mil. Em terceiro lugar ficou o Renault Duster que somou 2,7 mil unidades.

Nissan inaugura concessionária em Petrópolis

São Paulo – A Nissan inaugurou sua primeira concessionária em Petrópolis, RJ, administrada pelo Grupo Keiko. A revenda já está aberta com o portfólio completo Nissan e oficina de pós-vendas para elevar o atendimento aos clientes na região.

A unidade possui showroom de 248 m², seguindo o conceito NEC, Nissan Express Contact, com formato mais compacto, e oficina de 206 m². Faz parte do processo de expansão da rede para ampliar a cobertura do território nacional.

Grande Panda inicia a renovação da linha global Fiat

São Paulo – Na sexta-feira, 14, a Fiat divulgou as primeiras imagens do Grande Panda, o seu compacto que será produzido sobre a plataforma Smart Car, a antiga CMP do Grupo PSA e que hoje suporta os Citroën C3 e C3 Aircross a partir de Porto Real, RJ. O lançamento foi confirmado na Europa, Oriente Médio e África, mas o modelo, tratado pela marca como global, é grande candidato a ser fabricado no Brasil, conforme o cronograma anunciado pela Stellantis em seu Investor Day.

Certo mesmo é que será conhecido na Itália, onde será apresentado na celebração do aniversário de 125 anos da Fiat, em julho. Chegará ao mercado apenas no ano que vem, seguido por outros dois modelos, um a cada ano, de uma família desenvolvida sobre a plataforma Smart Car, que permite que sejam produzidos veículos a combustão, híbridos ou elétricos. Isso na Europa: no Brasil ainda não há cronograma completo divulgado.

Projetado no Centro Stile em Turim, Itália, o Grande Panda tem apenas 3m99 de comprimento, abaixo da média de 4m06 do segmento, mas será homologado para cinco ocupantes. Seu desenho foi inspirado na família Panda dos anos 1980.

Ford localiza produção dos motores da Ranger na Argentina

General Pacheco, Argentina – Na segunda fase dos investimentos da Ford na Argentina para a introdução da nova geração da picape Ranger os dois motores diesel, que eram importados do Reino Unido e Índia, passaram a ser produzidos na região. Desde 2023 foram aplicados US$ 80 milhões para que os motores Lion 3.0 V6 e Panther 2.0, de quatro cilindros, fossem localizados. O primeiro já está em produção e o 2.0 entra na linha de montagem a partir do segundo semestre.

“Trazer a produção dos motores para a Argentina é a comprovação da competência desta unidade e deste país no segmento de picapes”, comemorou Martín Galdeano, presidente da Ford para a América do Sul. “E também nos ajudará a controlar com mais eficiência a demanda dos clientes na região, além de possibilitar no futuro levar este produto a outros países.”

Neste primeiro momento o consumidor não verá qualquer diferença no produto, até porque os propulsores feitos na Argentina são idênticos aos já utilizados na Ranger. O Lion 3.0 V6 tem 250 cv e 600 Nm de torque, e o Panther 2.0 170 cv e 405 Nm de torque. Sobre alguma vantagem em termos de preço final utilizando propulsores nacionalizados Galdeano conta que o “custo de produção não é uma vantagem hoje comparando com a importação, mas no futuro esperamos que sim”.

A fábrica de motores que produzia até então o motor Puma 3.2 litros a diesel foi totalmente revitalizada. Os responsáveis pela área dizem que sobraram apenas o teto e as paredes do prédio original. Temperatura e pressão são controladas no local que agora tem capacidade de produzir até 82 mil motores ao ano, em dois turnos, numa área de 5 mil m².

São 129 estações de trabalho com controle automático de tarefas, incluindo sistema inteligente de aperto de parafusos. Elas também foram projetadas para melhorar a ergonomia e o conforto dos 185 operadores, que receberam mais de 5 mil horas de treinamento. A linha é monitorada por mais de cinquenta câmaras e 2 mil sensores, que permitem a rastreabilidade das peças que estão sendo utilizadas.

Para atender à demanda serão inicialmente produzidos 189 motores ao dia, em um turno e meio. O desafio é grande por causa da complexidade de coordenar a fabricação de distintos produtos: para mudar a produção do Lion para o Panther são necessários 15 minutos de ajustes. Por isto, no início, haverá a alternância de produção a cada mudança de turno., segundo o diretor de manufatura Adrián Perez: “Esta é a primeira vez que uma fábrica de motores a diesel produzirá dois modelos diferentes”.

A Ford não informa qual é o índice de peças feitas na Argentina para a produção dos novos motores, mas diz que o índice de nacionalização da Ranger é 50%. No caso dos motores “as partes mais importantes são fornecidas por empresas da região”, segundo Perez. A Tupy, no Brasil, é a fornecedora dos blocos.

A fábrica de Pacheco recebeu US$ 660 milhões, pouco mais de R$ 3,5 bilhões, para produzir a nova geração da picape Ranger. Ampliou a capacidade em 70% passando 110 mil unidades ao ano, segundo a Ford. Uma das novidades é uma prensa de alta velocidade, a mesma que foi instalada na antiga fábrica de São Bernardo do Campo, SP. Com ela a Ford Pacheco tem a maior e mais eficiente linha de estampagem da Argentina, com capacidade de até 1,8 mil peças grandes da picape por hora.

Na área de soldagem são utilizados 318 robôs novos. Antes contavam com apenas 99 para fazer este mesmo serviço de precisão. Agora a área arma até quarenta unidades, soldando todas as peças da carroçaria, em uma hora.

A linha de montagem final passou de 100 para 250 metros, o que possibilitou maior conforto e eficiência na execução. Ela foi equipada com controle automático de ferramentas de torque, escaneamento 3D para controle dimensional e mais de 1 mil câmaras e sensores, monitorados em tempo real com o uso de inteligência artificial para garantir a qualidade da picape.

Segundo Kleber Fernandes, diretor de qualidade da Ford para a América do Sul, a fábrica de Pacheco tem o melhor índice de reparos por mil unidades dentre todas as fábricas que produzem a Ranger no planeta: “Considerando a média global de reparos na Ford estamos 28% abaixo, ou seja, temos um padrão de qualidade do produto que é reconhecido até mesmo pelo nosso próprio cliente”.

O resultado deste investimento, pelo menos por enquanto no Brasil, é que a Ranger tem aumentado a sua participação nas vendas. Segundo Pedro Rezende, diretor de vendas e da rede Ford no País, em 2023 foram negociadas mais de 17 mil unidades, o que correspondeu a 17% de participação no segmento: “No primeiro semestre de 2024 já avançamos para 19% de market share em picapes”.

A fábrica de Pacheco produziu mais de 60 mil unidades da Ranger no ano passado, para abastecer Argentina, Brasil e outros mercados da região.