Scania dobra vendas de ônibus de janeiro a maio e ganha participação

São Bernardo do Campo, SP – As vendas de ônibus da Scania cresceram 137% de janeiro a maio, 234 unidades. Nos primeiros cinco meses do ano passado o volume chegou a cem veículos. O mercado acima de 8 toneladas, incluídos veículos urbanos e rodoviários, passou de 562 para 849 unidades no mesmo comparativo, avanço de 51%.

Os números propiciaram à Scania incremento em sua participação de mercado de 10 pontos porcentuais para 28%, atrás da Mercedes-Benz, a primeira colocada. Segundo o diretor de vendas e soluções da Scania Operações Comerciais Brasil, Alex Nucci, a recuperação de segmentos como fretamento e turismo nos últimos doze meses refletiu na renovação de frota.

Nucci afirmou que em torno de cinquenta unidades das 234 eram urbanas e, o restante, rodoviárias, principalmente dos modelos K 410 e K 450: “O cenário de redução dos juros e maior oferta de crédito estimulou as compras de empresas que operam nestas áreas”.

O responsável por soluções conectadas da Scania no Brasil, Felipe Angelini, lembrou que o desempenho dos veículos, devido à incorporação de tecnologia XPI para se adequar às regras do Euro 6, promoveu redução de consumo de combustível média de 8%  – que em casos de alguns clientes chegou a até 13% em comparação à geração anterior, o equivalente a economia de R$ 1,6 mil por mês e por veículo com combustível.

Ao fazer uso de soluções de tecnologia que monitoram o uso do veículo, ele disse, isto só tende a melhorar: “Nosso serviço de torre de controle, por exemplo, observa diagnósticos de falha e se o veículo tem muita incidência de sobrecarga. Sem contar os treinamentos aplicados na nossa rede concessionária com o objetivo de melhorar o modo de condução”.

A Scania tem, hoje, 80 mil veículos conectados no Brasil.

Ônibus rodoviários terão sistema de controle de aceleração de série

De olho neste potencial a Scania acabou de lançar o controle de aceleração, sistema que permite, em tempo real, a análise de diversos parâmetros do veículo como carga do motor, peso, deslocamento do ônibus e o posicionamento do pedal de aceleração.

Os ônibus rodoviários terão a ferramenta como item de série a partir de julho. O gerente de vendas de soluções em mobilidade da Scania Operações Comerciais Brasil, Gustavo Cechetto, assinalou que ela contribuirá para reduzir em mais 3% o consumo de combustível dos ônibus XPI: “Em uma viagem com alta frequência de alternâncias de velocidade, tráfego intenso e em ônibus não totalmente ocupado, o acelerador inteligente contribui para maior economia de combustível”.  

BYD amplia sua central de atendimento ao cliente

São Paulo – A BYD ampliou em duas horas o horário de atendimento por telefone de sua Central de Relacionamento com o Cliente: agora segue até às 20h00. Segundo a supervisora de relacionamento com o cliente, Micheli Perri Aihara, a equipe está crescendo e diversos programas de treinamento têm sido executados.

Segundo a empresa a média mensal de consultas chega a 3 mil, com nível de serviço de 98% no canal de voz e tempo médio de respostas nos canais digitais inferior a 4 horas. Mais de 65% dos atendimentos são resolvidos no primeiro contato.

Continental adere ao Mover e estabelece programa de investimentos

São Paulo – A Continental aderiu ao Mover, Programa Mobilidade Verde e Inovação, com o objetivo de desenvolver produtos para veículos pesados. A meta é investir 3% do faturamento bruto, por ano, em pesquisa e desenvolvimento até 2029.

A companhia já tem como objetivo a nacionalização de componentes como freio de estacionamento elétrico EPB-Ci e a nova geração do ESC.

VW Caminhões e Ônibus supera a marca de 25 mil veículos exportados para o Chile

São Paulo – A Volkswagen Caminhões e Ônibus superou a marca de 25 mil veículos exportados para o Chile desde 1981, um dos seus principais mercados na América Latina, a partir da fábrica de Resende, RJ. Com forte participação no segmento de distribuição no Chile o importador Porsche Chile está na terceira posição do ranking de vendas de caminhões.

O modelo mais vendido no país é o Constellation 17.280, com câmbio automatizado e manual. O segundo é o Delivery 9.170.

Fiat Pulse soma 150 mil unidades produzidas em Betim

São Paulo – O Fiat Pulse chegou à marca de 150 mil unidades produzidas em Betim, MG, desde o seu lançamento no Brasil, em outubro de 2021. A maior parte deste volume foi comercializada no mercado local, embora o Pulse também seja exportado para doze mercados da América Latina. 

O SUV é produzido com três opções de motores: 1.3 Firefly aspirado, 1.0 turbo 200 e 1.3 turbo 270, com câmbio manual ou automático CVT, dependendo da versão. De janeiro a maio o modelo somou 15,1 mil emplacamentos, de acordo com os dados da Fenabrave.

Nova Kia Carnival chega ao mercado brasileiro por R$ 650 mil

São Paulo – A Kia iniciou as vendas da nova Carnival no Brasil, a quarta geração da minivan. Passou por mudanças visuais, com nova grade e faróis na dianteira, tampa do porta-malas, nas lanternas e no posicionamento da placa na traseira. O interior também foi renovado e a distância entre-eixos aumento em 30 mm, elevando o espaço interno.

Chega às concessionárias em versão única por R$ 649 mil 990, equipada com novas rodas aro 19, quadro de instrumentos digital de 12,3 polegadas e integrado à tela do kit multimídia, bancos dianteiros com ajustes elétricos, ar-condicionado digital e automático de zona dupla, assistente de colisão frontal com frenagem de emergência, piloto automático adaptativo, assistente de permanência e centralização na faixa de rodagem.

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O motor da nova Carnival é um V6 3.5 litros de 272 cv de potência acoplado a câmbio automático de oito velocidades.

Bajaj inaugura em Manaus sua primeira fábrica fora da Índia

São Paulo – A Bajaj inaugurou na terça-feira, 25, sua primeira fábrica fora da Índia, dentro do Polo Industrial de Manaus, AM. As motocicletas que eram fabricadas ali perto, na Dafra, passaram a ser montadas por cerca de 150 pessoas em galpão próprio, com capacidade para 20 mil unidades por ano.

A produção é feita em regime CKD, com processos de preparação de kit, montagem de motor, montagem da motocicleta, controle de qualidade, embalagem e expedição. Saem das linhas os modelos Dominar 400, Dominar 200 e Dominar 160.

A Dominar 400 foi a primeira a ser montada no País, em 6 de junho. A meta para 2025 é produzir 1,5 mil unidades por mês, somando 9 mil no total, que se somarão às 3 mil fabricadas em parceria com a Dafra. Com 12 mil unidades a Bajaj projeta triplicar os volumes comercializados no ano passado.

“Começamos a nossa operação em dezembro de 2022 e poder ver que hoje, apenas dezoito meses depois, já temos 21 concessionárias, comercializamos mais de 7, 5 mil motocicletas e estamos inaugurando a nossa fábrica, é uma realização enorme e um grande indicativo de que estamos no caminho certo”, afirmou o diretor geral Waldyr Ferreira. “Com a nossa fábrica em operação e a rede em ritmo acelerado de expansão, direcionaremos nosso foco para a expansão da linha de produtos Bajaj disponíveis no Brasil, buscando atender os diferentes perfis e tipos de uso da motocicleta pelos motociclistas brasileiros de todas as regiões.”

Frasle adquire grupo mexicano KUO por R$ 2,1 bilhões

São Paulo – A Frasle Mobility adquiriu as operações do Grupo KUO, do México, por R$ 2,1 bilhões, a maior compra já realizada pela companhia de Caxias do Sul, RS, segundo comunicado divulgado ao mercado na segunda-feira, 24. O negócio envolve a divisão de aftermarket do grupo, incluindo fábricas, centros logísticos e escritórios, e direito sobre as marcas.

O Grupo KUO fornece peças para motores, como pistões e juntas, das marcas Moresa e TF Victor, e materiais de frenagem da Fritec, como pastilhas e lonas para veículos leves. Mantém duas fábricas na região de Celaya, a cerca de 300 quilômetros da Cidade do México, e outras unidades produtivas na Capital. Também possui outras marcas e a principal distribuidora de peças de reposição do país, a Dacomsa.

Segundo o COO da Frasle Mobility, Anderson Pontalti, a aquisição envolve marcas fortes e reconhecidas no México: “Passamos a atuar como líderes no mercado mexicano de aftermarket, posição que já ocupamos aqui no Brasil e também na Argentina, os três mercados latino-americanos mais relevantes”.

Hemerson de Souza, diretor de relações com investidores, destacou que o mercado mexicano tem semelhanças com o brasileiro, embora tenha frota superior, com aproximadamente 55 milhões de veículos em circulação, somados automóveis e motocicletas. Com a aquisição a exposição internacional da Frasle Mobility sobe para 55% dos negócios.

Em máquinas cenário positivo para construção e negativo para agrícolas

São Paulo – A indústria de máquinas autopropulsadas encara momentos diferentes em 2024: enquanto o segmento de equipamentos para construção está desfrutando de uma alta demanda, com previsão de vendas de 31 mil a 34 mil máquinas no ano, a expectativa do segmento agrícola é de retração nas vendas em torno de 18% na comparação com 2023, quando foram vendidas 61 mil unidades. A situação do setor foi debatida por Carlo Martorano, vice-presidente de compras da AGCO, e Carlos França, responsável pela Case Construction na América Latina, durante o Seminário AutoData Revisão das Perspectivas 2024.

França disse que para a linha amarela um mercado acima de 30 mil unidades no ano deve ser sempre celebrado, pois é um resultado muito bom: “O mercado ficará estável, com uma pequena variação de 1% para cima ou para baixo”.

O executivo acredita que o mercado brasileiro vive um bom momento e tem perspectivas positivas para os próximos anos, arriscando uma projeção de crescimento de 5% para 2025 sobre 2024. A expansão se mostra cada vez mais sustentável, segundo França, que ressaltou que no Brasil ainda existe muito trabalho de infraestrutura que demandarão máquinas de construção.

Martorano afirmou que em máquinas agrícolas empresa trabalha com base na projeção da Abimaq, que é de recuo de 18% nas vendas na comparação com 2023, sendo que a projeção inicial era de 11%. O que pode ajudar o setor no segundo semestre é o anúncio do novo Plano Safra, que deverá acontecer nos próximos dias, com valor de cerca de R$ 500 bilhões:

“É um ponto muito importante que precisa sair, pois já está atrasado há quase um mês, e isso retarda a decisão de investimento dos agricultores, que aguardam para saber as condições e os valores que serão liberados”.

Sistemistas defendem barreiras para manter competitividade

São Paulo – Defender a produção nacional de concorrentes de fora, a exemplo do que Estados Unidos e países europeus têm feito, é um dos mecanismos sugeridos pelos sistemistas durante painel que reuniu Alexandre Abage, CEO do Grupo ABG, Carlos Delich, presidente da ZF e Sérgio José Kramer, diretor geral da Eaton, durante o Seminário AutoData Revisões das Perspectivas 2024.

Representante de uma empresa brasileira, Abage foi categórico em sugerir um sistema de cotas de importação para proteger a indústria nacional. “Qualquer fabricante é bem-vindo, mas até um certo limite. Precisamos proteger nossa indústria de veículos e de autopeças, e não será imposto que vai segurar. A única forma de manter nossa competitividade e volume é por meio de cotas”.

Delich contou que todos se preocupam com os chineses e sugeriu impostos sobre produção CKD para que os fornecedores possam ampliar a localização de peças.

Outro caminho para ampliar a produção é o mercado externo, mas as exportações nem sempre são um caminho fácil, especialmente para os sistemistas multinacionais. A ZF, por exemplo, por ser uma companhia internacional, exporta pontualmente. “Se tivermos uma demanda, tentamos colocar o produto onde está o cliente”, disse Delich, que citou importar da China e da Alemanha material de atrito para embreagem para utilizar em pesquisa e desenvolvimento e produção na América do Sul. “São casos pontuais.”

A Eaton sempre trabalha as oportunidades de exportação, pois o Brasil é bem competitivo para alguns tipos de componentes, como válvulas para motores e componentes de eixos. “No ambiente mais macro, em termos de exportação indireta, dependeríamos das montadoras, por exemplo, para o Brasil se tornar um hub de produção de motores de combustão interna. Podemos fornecer a montadoras e torna-se uma alternativa interessante”.

Sobre as perspectivas de curto prazo Abage espera um segundo semestre muito positivo, com a expectativa da ABG atingir crescimento de 15% a 40% conforme os diferentes produtos de seu portfólio. Delich também está otimista com o bom ambiente na América do Sul, apesar das dificuldades com Chile e Argentina e percalços no agronegócio.

Kramer disse estar positivo com expectativa de crescimento de 10% em aftermarket, acompanhar o crescimento de caminhões e ônibus próximo de 29% – a companhia investiu R$ 800 milhões para novas famílias de transmissões automatizadas e a Eaton vai continuar acreditando no mercado agro e investindo nesse segmento.