Vendas de veículos crescem 15% no primeiro semestre

São Paulo – Com os 214,3 mil automóveis, comerciais leves, caminhões e ônibus emplacados em junho, o mercado brasileiro de veículos acumulou crescimento de 14,6% nas vendas no primeiro semestre, somando 1 milhão 144 mil unidades, segundo dados preliminares do Renavam obtidos pela Agência AutoData.

Foi o melhor primeiro semestre desde 2019, quando as vendas somaram 1,3 milhão de veículos. O crescimento acumulado de janeiro a junho foi duas vezes superior ao projetado pela Anfavea para o ano, de 7%, para 2 milhões 450 mil veículos. Na quinta-feira, 4, a entidade deverá revisar seus números em entrevista coletiva à imprensa.

O desempenho de junho foi o segundo melhor do ano, superado apenas pelas 220,8 mil unidades de abril. Comparado com junho do ano passado o crescimento foi de 13,1% e sobre maio o mercado avançou 10,3%.

Cabe relembrar que em junho do ano passado as vendas começaram a ser infladas pelo pacote de descontos concedido pelo governo federal.

A média diária registrou 10,7 mil unidades em vinte dias úteis, 15,8% superior à registrada em maio, 9,3 mil unidades. Foi a melhor do ano: em abril foi de 10 mil veículos/dia.

Segundo uma fonte ligada ao varejo foi intenso o volume de emplacamentos na quinta-feira, 27, e sexta-feira, 28, sobretudo os originados de vendas diretas a locadoras. Só no último dia útil do mês foram mais de 20 mil veículos licenciados, disse a fonte. De acordo com a consultoria Cavalcante e Cavalcante as vendas ao varejo representaram 51% do resultado de junho, com 49% de vendas diretas.

Do volume comercializado em junho, 201,2 mil veículos foram leves e 13,1 mil pesados. No semestre as vendas de leves somaram 1 milhão 75 mil unidades e as de pesados 69 mil veículos.

VW Delivery amplia portfólio com nova versão

São Paulo – A Volkswagen Caminhões e Ônibus apresentou o novo Delivery 13.180 6×2 com entre eixos de 4,4 mil mm de fábrica. Com a novidade a empresa ampliou o portfólio do Delivery, que tem alta demanda do setor de distribuição e possui cinco versões à disposição dos clientes.

O caminhão produzido em Resende, RJ, é equipado com motor Cummins ISF 3.8 de 175 cv de potência e oferece alguns diferenciais para o motorista, caso da cabine ampla, banco do motorista com regulagem de altura e coluna de direção ajustável. No pacote Prime o veículo ganha suspensão pneumática para o banco do motorista, revestimento diferente dos bancos, ar-condicionado, conexão com o sistema RIO Box.

thyssenkrupp abre vagas de estágio na fábrica de Campo Limpo Paulista

São Paulo – A thyssenkrupp abriu mais vinte vagas de estágio na sua fábrica de Campo Limpo Paulista, SP. As vagas são para estudantes do ensino superior e técnico de administração de empresas, engenharia de produção, engenharia ambiental, engenharia elétrica, engenharia civil, engenharia mecânica, engenharia de materiais e engenharia química e dos cursos técnicos em mecânica e mecatrônica elétrica.

As vagas também valem para pessoas com deficiência e a empresa incentiva a candidatura de estudantes PcD. Os interessados devem enviar seu currículo para o e-mail recrutamento-campolimpo@thyssenkrupp.com

Hyundai HB20 liderou as vendas de veículos em junho

São Paulo – O Hyundai HB20 liderou as vendas de automóveis e de comerciais leves no mercado brasileiro em junho. Com 9,7 mil unidades emplacadas deixou para trás Volkswagen Polo e Fiat Strada, que neste ano estão revezando o topo do pódio, segundo dados preliminares do Renavam divulgados pela Cavalcante e Cavalcante Consultores, de Marcelo Cavalcante de Lima.

A Strada teve desempenho bem abaixo de sua média e ficou fora do pódio, na quarta posição, com 7,5 mil licenciamentos. À sua frente ficaram Polo e Chevrolet Onix.

O hatch da Volkswagen, produzido em Taubaté e São Bernardo do Campo, SP, liderou as vendas no primeiro semestre, somando 57,8 mil licenciamentos e crescendo 53,3% sobre os primeiros seis meses de 2023. Na segunda posição ficou a Strada, 56,6 mil emplacamentos, e o Onix completou o pódio, 43,6 mil.

Em junho integraram a lista dos dez mais vendidos cinco hatches, três SUVs, uma picape e um sedã.

Veja a lista:

Rádio-controle é a novidade nos autônomos Mercedes-Benz

Iracemápolis, SP – Com mais de 1,1 mil caminhões circulando no Brasil dotados com algum tipo de tecnologia autônoma de fábrica a Mercedes-Benz acumula anos de experiência e testes com conduções sem motorista, ainda que todas em rotas controladas e fechadas. Agora a companhia passa a oferecer mais uma solução: a do caminhão movimentado por rádio-controle.

É como voltar à infância e às brincadeiras com o carrinho de controle remoto. A diferença é que com o joystick controla-se um caminhão de verdade, de Accelo a Arocs. O foco são operações em atividades extremas e áreas de difícil acesso, como a mineração e suas explorações debaixo da terra ou a construção civil com as obras subterrâneas.

Marcos Andrade, gerente sênior de marketing de produto caminhões da Mercedes-Benz do Brasil, vai além: projeta, no futuro, o desenvolvimento de modelos sem cabine: “Podemos ter também uma espécie de cabine do VAR, com os operadores movimentando caminhões a quilômetros de distância. Isto já é feito hoje, ainda que em pequena escala”.

Caminhões movimentados por rádio-controle não são bem novidade no setor: o que a Mercedes-Benz passou a fazer, agora, é oferecer a tecnologia de fábrica, agregada a sistemas de eletrônica que vieram junto com as novidades inseridas nos modelos com tecnologia Euro 6. Por ser modificado no centro de customização da fábrica em São Bernardo do Campo, SP, mantém a garantia, a assistência técnica e auxílio pós-venda da companhia.

Autônomos em circulação

Com a Grunner, responsável pela automação dos caminhões semi-autônomos, e a Lume, que colaborou com os autônomos hoje operados pela Ypê, a Mercedes-Benz já entregou mais de 1,1 mil unidades, que circulam todas em ambientes fechados. Os veículos seguem rotas pré-definidas em GPS e dispõem de tecnologias que garantem a segurança da operação.

Segundo Andrade a eficiência operacional é uma das vantagens dos veículos com autonomia, que gastam menos combustível: “A segurança é outro ponto fundamental desta solução, que traz redução de acidentes ocasionados por rotina repetitiva, minimização de trabalho em ambientes insalubres e redução de fadiga”.

BMW Motorrad inicia produção da motocicleta R 12 no Brasil

São Paulo – A BMW Motorrad iniciou a produção da nova geração da BMW R 12 na fábrica de Manaus, AM, a única fora da Alemanha que produz motocicletas da marca. A expectativa é de que o modelo seja lançado no País em setembro.

“A produção da BMW R 12 na planta Manaus já está a todo vapor”, disse o diretor da fábrica de Manaus, Alex Donatti. “Como única fábrica fora da Alemanha a produzir motos BMW de forma exclusiva nossa equipe tem se dedicado incansavelmente para garantir que cada unidade seja produzida com qualidade e excelência. Desde o design até a montagem final.”

ABVE propõe teste simulado de segurança aos bombeiros

São Paulo – Passados pouco mais de dois meses a ABVE e o Corpo de Bombeiros da Polícia Militar do Estado de São Paulo voltaram a se reunir, na quarta-feira, 26, para retomar a discussão sobre a segurança dos veículos elétricos e a prevenção de incêndios nas operações de recarga de veículos elétricos em garagens de edifícios residenciais e comerciais. E a ABVE apresentou uma primeira proposta para que seja ateado fogo em baterias e/ou em veículos elétricos, com sugestões de data, local e características do teste, cujos pormenores ainda serão avaliados.

Em abril a entidade mencionara a intenção de realizar um teste simulado inédito de combate a incêndio com carro de engenharia com o objetivo de avaliar a segurança. De acordo com o tenente-coronel Max Schroeder, chefe do departamento de segurança e prevenção contra incêndios do Corpo de Bombeiros, “trata-se de um primeiro passo importante: cumprimento a ABVE pela seriedade com que tem conduzido este tema delicado”.

Esses testes, afirmou, balizarão as futuras regras de segurança dos bombeiros de São Paulo e poderão ser referência para uma norma nacional sobre o tema: “Temos de pensar em regras possíveis de serem cumpridas mas que sejam também funcionais. A prioridade dos bombeiros será sempre a proteção à vida”.

O presidente da ABVE, Ricardo Bastos, destacou o canal de diálogo aberto e disse ter ficado claro qual é objetivo comum: “Contribuir para que os bombeiros paulistas e de todo o Brasil apresentem regulamentações modernas e sintonizadas com a melhor experiência internacional para reduzir ainda mais o risco de incêndio em veículos elétricos”.

No início de abril o Corpo de Bombeiros divulgou consulta pública e proposta de medidas para prevenir acidentes que, inicialmente, teria prazo de trinta dias, mas que foi estendido por mais noventa, até 5 de agosto. A ABVE apresentou uma primeira proposta para atender à consulta pública e comprometeu-se a apresentar um segundo documento até agosto, a fim de aperfeiçoar a primeira versão e acrescentar as experiências dos testes e os resultados do intercâmbio com bombeiros de outros países.

Em paralelo a entidade montou grupos de trabalho e abriu conversações com entidades também interessadas no tema, como Abravei, Anfavea, Fenabrave e Inmetro, e associações do setor imobiliário e de construção civil, como Secovi, Sinduscon e Abrasce.

Participação de pneus importados cresceu 30 pontos porcentuais em oito anos

São Paulo – Nos primeiros cinco meses de 2017 pouco mais de 70% do mercado brasileiro era dominado por pneus fabricados localmente, cabendo aos estrangeiros fatia de 29%. Neste mesmo período, em 2020, quando eclodiu a pandemia, o porcentual reduziu para 25%. No ano seguinte, porém, foi a 33%, em 2022 a 41%, em 2023 a 52% – quando a curva se inverteu e importados passaram a predominar sobre os produtos locais. Até maio esta participação ganhou força e chegou a 59%.

O reflexo imediato é a queda acumulada de 12,2% no volume nacional comercializado, de acordo com a Anip, sendo que de janeiro a abril esta redução era de 10%. De janeiro a maio foram vendidos 20,4 milhões de unidades, contra 23,1 milhões no mesmo período do ano passado. Os dados oficiais do balanço deverão ser divulgados no início de julho.

Sobre que projeção é possível fazer para este ano o presidente da Anip, Klaus Curt Müller, respondeu, em entrevista a Agência AutoData, que tudo dependerá da ratificação da medida emergencial para que a indústria de pneumáticos enxergue a possibilidade de voltar a crescer.

“Se não for aprovada nossa projeção é continuar a cair mais enquanto os preços dos importados se mantiverem abaixo do mercado. Diante dessa deslealdade nossa projeção será horrorosa. Com alguma mudança podemos estancar a queda, pensar em recuperação e em retomar níveis parecidos com 2021 e 2022.”

Não significa que o segmento fecharia 2024 no azul, pois há grande quantidade de pneus importados em estoque, apontou Müller. Se em sessenta ou noventa dias houver alteração nas regras do jogo o dirigente acredita que o setor terminará o ano se recuperando, mas que ainda assim será um ano ruim.

Quanto ao Mover, Programa de Mobilidade Verde e Inovação, sancionado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva na quinta-feira, 27 de junho, o setor deixou de ganhar força a partir da retirada de emenda que incluía as fabricantes de pneus. Proposta incluída no Senado e retirada na Câmara dizia que o Executivo deveria estabelecer conteúdo mínimo nacional verde a fim de evitar que o setor fosse fechado pela concorrência desleal dos produtos estrangeiros, menos sustentáveis.

Sendo assim o reflexo da aprovação do Mover para as empresas fabricantes de pneumáticos ficará por conta do crescimento da indústria automotiva e, consequentemente, da maior demanda por pneus. O maior problema, no entanto, é a reposição, maior parte do mercado, responsável por cerca de 75% das vendas, e em que as importadoras atuam fortemente.

Novos investimentos do setor serão avaliados com base na realidade atual

Segundo Müller algumas fabricantes chegaram a investir de R$ 2 bilhões a R$ 3 bilhões nos últimos cinco anos mas novos aportes, embora estejam no planejamento, são discutidos com base na realidade atual:

“Nós já temos capacidade produtiva para atender a este crescimento do automotivo, já trabalhamos com mais de 3 milhões de veículos. Só que hoje há uma queda muito grande na reposição.”

De acordo com ele novos movimentos que deverão dedicar aportes na indústria serão para atender aos híbridos e elétricos, que trarão outras exigências a serem organizadas e alinhadas com a realidade no Brasil.

Quanto às exportações, que giram em torno de 20% a 25%, Müller não vê a possibilidade de ampliar estes porcentuais uma vez que os mercados externos já estão sob o controle das marcas presentes no mundo todo e que fabricam aqui também, mas que exportam de outras regiões.

“A exportação acontece, é mantida, mas ela não tem sido uma válvula de escape para a nossa produção. Não é a saída, mesmo porque a gente sabe que o Brasil não é um país pródigo em custo.”

Anip pede ao governo aumento do imposto de importação de pneus de 16% para 35%

São Paulo – Medida emergencial que eleve, ao menos temporariamente, a alíquota de importação para pneus fabricados em outros países dos atuais 16% para 35%: este é o pleito da Anip, Associação Nacional da Indústria de Pneumáticos, a fim de frear a entrada indiscriminada de produtos que concorrem, “de forma desleal, com os que são feitos no Brasil”. Foi o que afirmou o presidente da entidade, Klaus Curt Müller, em entrevista a Agência AutoData, quando contou que é aguardada agendamento de reunião no Palácio do Planalto, em julho, a fim de se discutir esta possibilidade.

Müller disse que o cenário vem se agravando principalmente nos últimos dois anos, após a retirada do controle de preço mínimo por parte do governo brasileiro em 2021:

“Esse mecanismo, que evitava a concorrência desleal, foi excluído para diversos setores, inclusive o nosso. A decisão foi tomada com base na interpretação de que isto era espúrio. Hoje temos estoques enormes porque as fábricas de pneus não podem parar de produzir: elas operam em regime de 24 horas sete dias por semana”.

Para que a medida seja revertida, se assim o governo entender como caminho para fortalecer a indústria local, leva-se tempo: “Outras medidas de defesa comercial têm um tempo de maturação. É um processo, demora dez, doze, quinze, até dezoito meses, para que sejam analisadas questões de antissubsídios, falsas origens, antidumping. Enquanto isso é preciso atuar em paralelo e buscar uma medida tampão. Só não podemos mais conviver com essa situação. Não dá para esperar mais”.

O dirigente reforçou a ideia de que a intenção não é que a alíquota permaneça de forma permanente em seu índice mais elevado e que, com a eventual reversão do controle de preço mínimo, isto poderia ser revisto, uma vez que toda a questão gira em torno do preço. Ele apontou que 90% da importação vem da Ásia e que todo este volume chega abaixo do custo industrial de produção, sendo que metade dele é inferior, até mesmo, ao custo de matéria-prima internacional.

“Esta invasão não é apenas numérica. Trata-se de impossibilidade de concorrência. Como alcançar este preço? Só se eu tiver a mesma coisa que a empresa concorrente exportadora tem, ou seja, subsídio do governo, dumping, pagamento de salários miseráveis, a prática de atividades comerciais ilícitas. Nossa indústria, porém, é centenária, temos enorme compliance e 51% do mercado mundial de pneus estão nas mãos de empresas que estão no Brasil.”

Müller foi taxativo ao dizer que é possível suspender a produção de algumas fábricas que isto não faria diferença no mercado. A contrapartida, entretanto, é o desemprego: elas empregam 32 mil pessoas e, na cadeia toda – que envolve desde a agricultura, porque as empresas utilizam borracha natural brasileira, até a química, com a transformação do aço –, contabiliza 500 mil funcionários.

Atualmente há 2,5 mil empregados em lay-off, ou seja, em suspensão temporária de contrato, nas empresas do setor por causa da baixa demanda pelos pneus brasileiros.

“Estados Unidos e Europa têm tomado medidas extremamente claras contra esse tipo de prática, porque são totalmente desleais e eliminarão a sua indústria. E nenhum desses países ou blocos econômicos abriu mão dela. O Brasil também não pode fazer isso. Por isto é fundamental tomar uma medida emergencial.”

Aramco anuncia compra de 10% da Horse Powertrain

São Paulo – A Aramco, empresa do segmento de energia e produtos químicos, anunciou a compra de 10% da Horse Powertrain Limited, criada pelas montadoras Renault e Geely, que agora são donas 45% cada. O valor a ser pago pela Aramco é de 7,4 bilhões de euros. 

O acordo de aquisição também prevê parcerias com a Aramco e a Valvoline em tecnologias, combustíveis e lubrificantes, para melhorar o desempenho dos motores a combustão interna produzidos pela Horse.