São Paulo – Instalado em 2019 no Polo Automotivo Stellantis em Betim, MG, o Safety Center alcançou a marca de 1 mil testes de colisão, o que dá uma média de duzentos por ano. Projetado para garantir as certificações legais e técnicas necessárias para todos os projetos desenvolvidos e aplicados para as marcas da companhia, este centro é um dos mais modernos dedicados à segurança veicular no Hemisfério Sul.
As simulações de batida são desenvolvidas em duas etapas por equipe composta de mais de cinquenta engenheiros. Na primeira, que antecede a colisão, é realizada análise minuciosa de todos os aspectos relacionados à segurança veicular. Na segunda fase, após a colisão, todos os dados gerados durante o teste são registrados e avaliados minuciosamente, em processo que, segundo a Stellantis, é fundamental para assegurar a precisão e a consistência dos resultados, que seguem rigorosos padrões globais de segurança veicular.
Todo o processo exige mais de 250 horas de trabalho especializado.
São Paulo – Pouco mais de um mês após apresentar a versão Big Horn, que ampliou o portfólio da picape Rampage no Brasil, a Ram divulgou o preço: R$ 238 mil. A nova configuração já está disponível em todas as concessionárias e torna-se a porta de entrada da Ram no País.
A Rampage Big Horn possui grade frontal exclusiva, assim como as rodas de liga leve aro 17. Seu motor é o novo 2.2 turbodiesel de 200 cv de potência com câmbio automático de nove marchas. Sua lista de itens de série oferece seis airbags, câmara de ré de alta definição, chave presencial com partida remota ou por botão, freio de estacionamento eletrônico e piloto automático.
São Paulo – Para comemorar um ano do elétrico Ora 03 no Brasil a GWM lançou a edição limitada Skin Special Edition, que tem apenas duzentas unidades, a R$ 159 mil. Já está em pré-venda nas concessionárias, no site da GWM, na loja oficial do Mercado Livre e no aplicativo My GWM.
O Ora 03 Skin Special Edition adiciona teto solar panorâmico à versão Skin tradicional, carroceria na cor azul Copacabana, teto e colunas dianteiras pintadas em preto e interior revestido com couro ecológico preto. Os demais itens de série são os mesmos da versão tradicional, como piloto automático, sete airbags, visão 360º, ar-condicionado digital e automático.
O motor da nova versão segue o padrão das demais, com 171 cv de potência e autonomia de 310 quilômetros, segundo o ciclo WLPT, gerado pela sua bateria de 48 kW.
São Paulo – O Grupo Volkswagen inaugurou em Brasília, DF, seu primeiro escritório de relações institucionais e governamentais, com o objetivo de reforçar a proximidade com os poderes Executivo, Legislativo e Judiciário, agências reguladoras e demais autoridades. Nele serão baseados operações da Volkswagen do Brasil, Volkswagen Financial Services, Volkswagen Caminhões e Ônibus, Audi, Porsche e Ducati.
“A nossa nova casa está aberta para fomentar o diálogo próximo e transparente com as autoridades”, disse Luiz Ricardo de Medeiros Santiago, diretor de relações governamentais da VW do Brasil. “Discutiremos de forma estratégica os desafios, oportunidades e soluções que impulsionam o setor automotivo, como a construção de políticas públicas com foco em descarbonização, diversidade, inclusão, geração de empregos, tecnologia e inovação. Também colaboraremos com a agenda regulatória automotiva, com o fortalecimento do comércio exterior, a busca por isonomia e a rota da sustentabilidade, reforçando a conexão do público com o privado.”
São Paulo – Depois de registrar crescimento relevante nos últimos três anos a HC Hornburg, fabricante de implementos rodoviários com fábrica em Jaraguá do Sul, SC, decidiu pelo passo adiante e investiu na segunda unidade produtiva em Guaramirim, também em Santa Catarina. A projeção é de que a nova planta comece a produzir em fevereiro, uma vez que está em fase final de construção e a linha de produção será instalada até o fim de janeiro.
Quem falou sobre o planejamento foi sua CEO, Betina Borchard, durante entrevista exclusiva à Agência AutoData: “A segunda unidade era necessária para expandir a capacidade produtiva. Depois de muitas incertezas no País conseguimos consolidar bons resultados e aprovar a construção da fábrica de Guaramirim”.
A executiva disse que todo o maquinário da linha de produção foi comprado no Brasil, mas disse encontrar uma grande dificuldade: mão de obra qualificada na região. Diante desse cenário a nova unidade da HC Hornburg começará a operar em fevereiro com uma equipe menor do que o esperado, com ampliação gradual até o segundo semestre de 2025, quando espera ter o quadro de funcionários necessários para produzir 40 implementos rodoviários/mês.
O foco da produção será em produtos padrão, que não demandam trabalhos específicos da engenharia. Assim a HC Hornburg espera reduzir o prazo de atendimento dos clientes, enquanto a primeira unidade, de Jaraguá do Sul, será responsável pela produção dos projetos que necessitam de mais prazo e da mão de obra da engenharia para atender as solicitações dos compradores:
“Também estamos avançando com as exportações e os mercados externos me pedem um prazo menor da compra à entrega do implemento. Por isto trabalharemos com um mix menor de produtos na segunda unidade, seguindo os padrões do mercado brasileiro e da região”.
Com a ampliação produtiva a CEO projetou um crescimento de 15% na comparação com 2024, o quinto ano de crescimento consecutivo da empresa, puxado pelo bom momento do segmento de carroceria sobre chassi. A produção do primeiro trimestre já foi quase toda vendida durante a Fenatran 2024, segundo ela.
Para 2024, quarto ano de crescimento seguido, a projeção é de incremento de 20% sobre 2023.
Novo Centro de Treinamento
Para tentar solucionar a realidade da falta de mão de obra qualificada na região a empresa investiu R$ 120 mil em seu novo Centro de Treinamento, para formação de novos colaboradores e também para treinar quem já está na operação da HC Hornburg: “A formação contínua é fundamental para melhorarmos as pessoas que trabalham na empresa tornando-as profissionais melhores”.
São Paulo – Ao longo de 26 anos de atividades a Volare computou a produção e venda de 80 mil micro-ônibus. A unidade que celebra a marca, um Fly 9, foi comercializada pela concessionária Bormana Veículos para a operadora ANV Turismo, de Caxias do Sul, RS.
O micro-ônibus Fly 9 comemorativo, que será utilizado em operações de fretamento e turismo, possui configuração executiva com capacidade para 32 passageiros sentados, além do motorista, em poltronas executivas reclináveis com revestimento em couroflex, com porta-copos, porta-pacotes e tomadas USB.
São Paulo – A Marcopolo apresentou sistema desenvolvido por sua engenharia que propõe a distribuição do ar refrigerado por igual no interior do veículo, o que, de acordo com a empresa, garante temperatura constante tanto para quem se senta na frente do ônibus como no meio e atrás. Soluciona assim um problema comum em ônibus rodoviários, de concentrar a vazão de ar em determinadas partes do veículo, o que pode gerar diferença de até 7ºC.
Chamado de DutoSmart o equipamento, já disponível como opcional para modelos G8, pode ser instalado em sistemas de ar-condicionado de qualquer marca. Ele utiliza sensores que captam a temperatura em diferentes pontos do interior do veículo e, por intermédio da inteligência artificial de software e hardware projetados em parceria com a Soha, empresa gaúcha de tecnologia e internet das coisas, direciona maior fluxo e volume de ar refrigerado para os locais com temperatura acima da programada.
O monitoramento ocorre em tempo real e de forma ininterrupta e também pode ser aplicado para o ar com aquecimento, com o ciclo de temperatura inverso. O sistema assegura uma variação inferior a 2ºC pelas poltronas, de acordo com a Marcopolo.
Marcopolo e Soha já fizeram parceria, anteriormente, no desenvolvimento de sistema de controle do uso do cinto de segurança em ônibus que monitora o seu uso pelos passageiros a partir de sensores de ocupação sem fios.
São Paulo – A inesperada renúncia do ex-CEO da Stellantis, Carlos Tavares, no começo do mês, foi motivada por divergências com o Conselho de Administração a respeito de planos a serem adotados pela companhia, segundo afirmou o executivo em entrevista ao jornal português Expresso, relatada pela agência Reuters. De toda forma, garantiu ele, foi amigável e tomada em conjunto com John Elkann, que preside o Conselho.
Tavares não forneceu os pormenores das diferenças mas, segundo apurou a Reuters, foi motivada por metas estabelecidas pelo ex-CEO que foram consideradas irrealistas ou destrutivas por alguns integrantes do board. Ele disse, ainda, que agiria da mesma forma e que não ficou magoado com a sua demissão.
Na entrevista ao Expresso Tavares afirmou que a indústria automotiva global vive um início de período darwiniano: “Quando você está enfrentando uma tempestade você tem que guiar o barco de acordo com as ondas. Você não pode ter uma discussão sobre a melhor maneira de enfrentá-las”.
Caxias do Sul, RS – Uma boa, fora do padrão, ideia de um grupo de funcionários fez a Frasle Mobility acelerar significativamente seu processo de descarbonização das emissões de suas operações industriais. Com a inauguração na quarta-feira, 11, da Caldeira Verde, fruto de investimento de R$ 17 milhões, a empresa reduziu em 60% sua emissão anual de CO2 equivalente e já cumpre com metade do compromisso de cortar em 40%, até 2030, o volume de gases de efeito estufa emitidos anualmente pelo Grupo Randoncorp, do qual faz parte.
O complexo industrial da Frasle em Caxias do Sul, RS, passou a alimentar alguns de seus processos que precisam de calor – como por exemplo a prensagem a quente de pastilhas e lonas de freios – com vapor gerado 24 horas por dia pela Caldeira Verde, que no lugar do gás natural fóssil consome quatro carretas por dia de cavacos de madeira, rejeitos originados de reciclagem e reflorestamento.
Com a substituição, além de pagar mais barato pelo combustível do que o gás natural, a Frasle calcula que desfossilizará a emissão de 9,3 mil toneladas de CO2 equivalente por ano, 60% de suas emissões anuais que totalizam 15,5 mil toneladas. A queima da biomassa escolhida pela empresa – madeira, no caso – também gera CO2, mas do tipo biogênico, que é reabsorvido pelas próprias plantações de árvores, em um processo circular que neutraliza, ou reabsorve, 92% das emissões da Caldeira Verde, segundo informa a Frasle.
De acordo com a empresa o projeto acabou gerando valor e receita extra para empresas do entorno que fornecem os cavacos de madeira, um rejeito de serrarias e fabricação de móveis que até então tinha baixo aproveitamento.
Vice-presidente executivo e chefe de operações da Frasle Mobility, além de líder corporativo de saúde, segurança e meio ambiente da Randoncorp, Anderson Pontalti afirma que a empresa quer fazer da Caldeira Verde um bom exemplo a ser seguido: “Esta iniciativa é um legado para a comunidade na área ambiental e um modelo para a indústria no controle da emissão de carbono, desenvolvido por uma multinacional gaúcha, o que muito nos orgulha”.
Muito acima da meta
Sérgio Carvalho, CEO da Randoncorp e da Frasle Mobility, em seu discurso de inauguração do Projeto Caldeira Verde contou que, há cinco anos, quando o grupo começou a traçar objetivos de redução de emissões de gases de efeito estufa de suas operações industriais foi buscar metas equivalentes às melhores práticas mundiais e chegaram ao porcentual de 30%, mas a decisão foi de ir além e assim foi estipulado 40% até 2030, em comparação com 2020.
“Começamos a verificar onde poderíamos aplicar as reduções e aqui, na Frasle, o objetivo era reduzir em 10% o consumo de combustíveis fósseis”, recordou Carvalho. “Mas graças às ideias de 140 funcionários do grupo de manutenção da fábrica de Caxias fizemos algo muito melhor do que tínhamos projetado, em muito menos tempo: com a Caldeira Verde já alcançamos metade da meta de redução de emissões de toda a Randoncorp e chegaremos onde queremos antes do planejado.”
Segundo o executivo o investimento de R$ 17 milhões na Caldeira Verde faz parte de um conjunto de iniciativas de governança socioambiental da Randoncorp, que somente este ano deverá receber mais de R$ 100 milhões em recursos para promover melhorias de saúde e segurança do trabalho em conjunto com ações ambientais para reduzir resíduos e emissões de CO2: “São investimentos em processos industriais e de logística mais limpos, que incluem ações como esta da caldeira com biomassa e a substituição de veículos de transporte de materiais a combustão por elétricos, por exemplo”.
Economia circular
Desde 2020, quando lançou suas ambições de redução de impactos ambientais em suas atividades industriais, a Randoncorp já adotou processos de economia circular em diversas empresas do grupo, com bons resultados contabilizados. Em 2023, por exemplo, reaproveitou 9,2 toneladas de rejeitos de fundição como matéria-prima para peças da Frasle Mobility. No mesmo ano foi coletada 1,2 tonelada de lonas de freio utilizada como fonte de energia em forno de produção de cimento. E 30% de todas as embalagens de peças da Frasle são recicladas por meio de parcerias com outras empresas.
Na Fremax, fabricante de discos e tambores de freios adquirida pela Frasle em 2018, 15% de toda a sucata metálica utilizada nos processos fabris vêm da reciclagem de discos e tambores.
Nos Estados Unidos a Frasle já vende cerca de 10 mil unidades por mês de discos de freios Maxcoating, revestidos com tinta especial à base de nióbio – desenvolvida pela Nione, empresa da Randoncorp – que quadruplica a vida útil do componente, que em muitas regiões da América do Norte é mais exposto à corrosão causada pelo sal que é jogado nas ruas no inverno, para abrir as vias cobertas por neve e dar tração aos veículos.
Na Composs, empresa da Frasle Mobility criada há menos de dois anos, o desenvolvimento de componentes em compósito de poliéster e fibra de vidro fornece aos fabricantes de veículos alternativa tão resistente quanto o aço mas cerca de 70% mais leve do que peças estampadas, usinadas ou fundidas, com a redução da pegada de carbono na produção em torno de 20%, segundo a empresa.
Na fábrica da Frasle na China 20% do consumo de energia são fornecidos por placas fotovoltaicas solares. Na mesma linha o CTR, Centro Tecnológico Randon, adotou 2,4 mil painéis solares que fornecem 1,3 MW, energia suficiente para alimentar todas as atividades realizadas nos 90 hectares que abrigam vinte pistas de testes e diversos laboratórios em Farroupilha, RS.
A partir de 2025 a Frasle reutilizará 100% dos efluentes gerados na planta de Caxias do Sul e tornará zero o volume de resíduos enviados a aterros industriais. Neste sentido todo o pó das matérias-primas utilizadas na fábrica já é captado por aspiradores e 93% desse material são reutilizados na produção de pastilhas e lonas de freios. Também está em curso projeto para substituir o principal insumo destes produtos, a resina fenólica, por materiais não orgânicos mais amigáveis ao meio ambiente.
São Paulo – A produção nacional de chassis de ônibus chegou a 26,1 mil unidades de janeiro a novembro, crescimento expressivo sobre 2023, de 34,7%, porque no ano passado a chegada do Proconve P8 afetou a demanda e, consequentemente, a produção, de acordo com os dados divulgados pela Anfavea na quinta-feira, 12.
Segundo Eduardo Freitas, vice-presidente da entidade, o acumulado até novembro foi impulsionado por chassis que serão entregues ao programa Caminho da Escola: “A produção já experimentou os efeitos positivos do programa, mas só veremos o reflexo nas vendas em 2025”.
Em novembro foram produzidos 2,4 mil chassis, volume 29,5% maior do que o de idêntico mês do ano passado e 1,2% maior do que outubro.
De janeiro a novembro as vendas somaram 20,2 mil unidades, o melhor resultado para o período desde 2014, com incremento de 6,6% na comparação com os mesmos meses de 2023. Freitas ressaltou que, até agora, apenas 2,2 mil unidades vendidas correspondem ao programa Caminho da Escola e que essas entregas ganharão mais força em 2025.
No mês passado foram vendidos 1,9 mil ônibus, alta de 17,7% na comparação com novembro de 2023 e recuo de 27,5% com relação a outubro.
As exportações de chassis caíram 2,9% de janeiro a novembro, para 4,4 mil unidades. Em novembro foram exportadas 630 unidades, incremento de 52,2% sobre novembro de 2023 e de 16,7% com relação a outubro.