Trabalhadores aprovam proposta da GM e PDV é aberto em São José dos Campos

São Paulo – Após negociação que se arrastou por uma semana foi aprovado, em assembleia com os dois turnos de trabalhadores da General Motors de São José dos Campos, SP, acordo da campanha salarial válido por dois anos. E inclui a abertura de PDV, Programa de Demissão Voluntária, para até cem trabalhadores que tenham pelo menos sete anos de casa.

De acordo com o presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos e Região, Valmir Mariano, foi um pleito da própria entidade: alguns metalúrgicos, muitos já aposentados, queriam sair da empresa com algum benefício. Ele estima que o PDV seja iniciado nos próximos dias, até o fim do mês de setembro. Serão oferecidos cinco salários mais R$ 85 mil ou um Onix Hatch L5. Além disso, o programa abarca plano médico por seis meses ou R$ 12 mil: “A empresa afirmou ter recursos para incluir até cem funcionários.”

Um dos pontos altos da negociação, de acordo com o sindicalista, foi a manutenção da cláusula de estabilidade para os empregados lesionados – a ideia da montadora era excluí-la tanto para os que se acidentassem a partir de agora como para os que já têm sequelas decorrentes de acidente de trabalho: “A proposta poderia ser melhor, mas, dentro do que conseguimos negociar ao longo desses dias, desde que o estado de greve foi aprovado, obtivemos a reposição integral do INPC, de 3,71%, sendo que inicialmente ofereceram apenas a metade”.

A nova oferta também dobrou o valor do vale-alimentação, que foi para R$ 800, e o auxílio-creche, antes para filhos de até 4 anos, agora foi estendido para crianças de até 6 anos.

Para o ano que vem a os salários também serão corrigidos por 100% da inflação, a PLR, Participação nos Lucros e Resultados será de R$ 20 mil em 2025 e, a de 2026, deste mesmo valor mais o reajuste do INPC. Os descontos realizados pela alimentação e pelo transporte serão congelados até 2026.

No início do mês a montadora divulgou que, dos R$ 7 bilhões a serem investidos no País até 2028, R$ 5,5 bilhões serão aportados nas unidades paulistas de São José dos Campos, São Caetano do Sul e Mogi das Cruzes, para a produção de dois modelos híbridos flex.

A fábrica da GM em São José dos Campos emprega cerca de 3 mil 250 trabalhadores e produz os modelos S10 e Trailblazer.

Camex atende em parte pedido da Anip e exclui pneus de carga do aumento do imposto

São Paulo – Foi atendido em parte o pleito da Anip, Associação Nacional da Indústria de Pneumáticos, junto à Camex, Câmara de Comércio Exterior, do MDIC, Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, para a elevação do imposto de importação de 16% para 35% sobre todo tipo de pneu importado por 24 meses: o órgão decidiu subir a alíquota para 25%, e por doze meses, apenas para produtos de passeio, deixando aos pneus de carga a alíquota antiga.

As ameaças de caminhoneiros em torno de nova paralisação, a exemplo da que aconteceu em 2018 por causa de aumento de R$ 0,20 no preço do óleo diesel, foi a razão para que a a Camex excluísse os pneus de carga do reajuste da tarifa.

Como a estimativa é que a nova medida vigore a partir do mês que vem, a Anip espera que reflexo seja sentido apenas no início de 2025, segundo o seu presidente Klaus Curt Müller: “O aumento da alíquota em nove pontos porcentuais ajuda, mas não resolve. É um refresco, não uma solução definitiva. Arrefece o problema, mas não tem a capacidade de equalizar os preços desleais que estão sendo praticados pelos importadores”.

Segundo Müller com a mudança o preço médio da importação deste tipo de produto ficará menos distante do custo de fabricação pelas indústrias locais. “Em alguns casos o reflexo será uma concorrência leal, dependendo do valor, mas na maior parte dos valores ainda haverá concorrência desleal. Menor, mas ainda desleal.”

Dados da Anip mostram que de janeiro a agosto foram comercializados 33,8 milhões de pneus produzidos no Brasil, 6,2% abaixo dos oito primeiros meses de 2023. Destes, 16,8 milhões são de passeio, número 8,9% aquém do acumulado do ano passado. E 4,5 milhões são de carga, volume 4,1% acima neste mesmo comparativo.

O outro lado da moeda é que, até que entre em vigor o aumento da alíquota, os importadores deverão promover uma corrida para desembaraçar mais produtos, seja os que estão em armazéns alfandegários que ainda não pagaram os impostos ou os que estão estocados em países próximos do Brasil. Não dá tempo de trazer mais mercadorias da Ásia, o que demora em torno de dois meses.

Representante da associação dos importadores vê como inoportuna a alta do tributo

Embora considere a decisão da Camex uma vitória ao setor de importados, o presidente da Abidip, Associação Brasileira dos Distribuidores e Importadores de Pneus, Ricardo Alípio, avaliou o aumento do imposto de importação de pneus para carros de passeio como inoportuno, pois tramita no Decom, Departamento de Defesa Comercial, órgão do MDIC, pedido da Anip de prorrogação do direito antidumping sobre esses mesmos pneus por mais cinco anos contra a China, em contexto de dólar a R$ 5,43 e, frete marítimo, US$ 9 mil.

Alípio disse que é importante observar que o direito antidumping existe para compensar eventual distorção de preços entre uma indústria estrangeira e uma brasileira, e que, no Brasil, essa diferença de preço é cobrada em dólar por quilo de pneu importado, além de todos os impostos.

“Entendo que esses pneus têm um custo de produção na China, pagam frete caro para chegar aqui e desembolsam impostos e tarifas de desembaraço aduaneiro, fatores que igualam a competitividade com o pneu nacional. Mas, se for para sobretaxar, que seja uma coisa ou outra. Elevar imposto e manter tarifa antidumping é um sinal verde para a indústria nacional seguir praticando preços extorsivos para o consumidor brasileiro”.  

Anip segue na luta  

Conforme Müller, o presidente da Anip, o próximo passo será lançar mão de outros mecanismos na busca por equalizar a concorrência, até porque o incremento do tributo possui prazo de validade. Um deles é a investigação de falsa origem de produtos vindos da Malásia, mas que, de acordo com o dirigente, há a desconfiança de que eles sejam produzidos na China.

“O aumento da alíquota tem data para terminar. E não temos o interesse de mantê-la de forma permanente porque isso vale para todo mundo. Queremos ações para quem está cometendo desigualdade. Agora vamos seguir abrindo nossa caixa de ferramentas da defesa comercial.”

Randon vende o primeiro implemento com tração elétrica nos Estados Unidos

São Paulo – A Randon entregou o primeiro semirreboque equipado com tração elétrica nos Estados Unidos. O modelo chassi porta-contêineres foi comercializado para a empresa de logística South Carolina Port Authorities, por meio da Hercules Chassis, que inegra a Randoncorp.

O implemento foi entregue durante a IANA Intermodal Expo 2024, maior feira dos Estados Unidos dedicada ao transporte intermodal de carga. Integrante da linha Hybrid R utiliza o sistema de tração e-Sys e será usado pela empresa em operações portuárias na Carolina do Sul.

Consórcio Iveco registra mais de R$ 500 milhões em vendas

São Paulo – O consórcio Iveco, administrado pela Ademicon, registrou vendas de R$ 503,1 milhões de janeiro a agosto, crescimento de 11% sobre iguais meses do ano passado, R$ 452 milhões. O incremento foi puxado pelo bom resultado nas regiões Sul e Sudeste, que somaram R$ 232,6 milhões e R$ 129,4 milhões em vendas, respectivamente.

Dados da ABAC, Associação Brasileira de Administradoras de Consórcios, mostram que a procura por consórcios de veículos pesados está em alta no País, somando R$ 8,7 bilhões de créditos disponibilizados até agosto, aumento de 30,7% na comparação com o mesmo período do ano passado.

Agosto foi o pior mês de vendas de veículos leves na Europa

São Paulo – Agosto foi o pior mês de vendas de automóveis e comerciais leves na Europa em 2024, com 643,6 mil unidades comercializadas, de acordo com os dados divulgados pela Acea, entidade que representa a indústria automotiva na região. Na comparação com agosto do ano passado houve queda de 18,3% e com relação a julho o recuo foi ainda maior, de 24,5%.

A retração nas vendas foi puxada pelos quatro principais mercados que registraram as seguintes quedas: Alemanha 27,8%, França 24,3%, Itália 13,4% e Espanha 6,5%. Os veículos eletrificados continuaram à frente dos veículos com motor a combustão, representando 52,8% da demanda, contra 44,3%.

No resultado acumulado de janeiro a agosto as vendas cresceram 1,4% na comparação com iguais meses de 2023, somando 7,2 milhões de unidades comercializadas. O resultado positivo foi sustentado pelo aumento das vendas em dois dos quatros principais mercados, Espanha e Itália, que registraram alta de 4,5% e 3,8% respectivamente. As vendas na França e na Alemanha caíram 0,5% e 0,3% de janeiro a agosto.

Produção do Chevrolet Onix para por quase um mês em Gravataí

São Paulo – A General Motors informou que realiza uma parada técnica em sua fábrica de Gravataí, RS, de 16 de setembro a 11 de outubro, para adaptar a linha de produção para a chegada de um novo modelo em 2026. Os trabalhadores ganharam folga remunerada durante o período.

Na unidade são produzidos os Chevrolet Onix e Onix Plus, dois dos modelos da marca mais demandados. De janeiro a agosto foram comercializados 60 mil Onix e 39,6 mil Onix Plus, respectivamente terceiro e décimo veículo mais vendidos no mercado brasileiro no período.

Em 2026 eles ganharão a companhia de um novo modelo, resultado de investimento de R$ 1,2 bilhão anunciado em julho, parte do ciclo de R$ 7 bilhões aplicado no Brasil. Segundo a GM as linhas estão sendo adaptadas para a sua introdução e, por este motivo, foi necessária a paralisação por 25 dias.

Acea pede revisão das regras de emissões na Europa

São Paulo – Empresas fabricantes de veículos europeias pleiteiam junto à Comissão Europeia a revisão das metas de redução de emissão de CO2. Um comunicado foi divulgado pela Acea, que representa algumas fabricantes da região, na quinta-feira, 19, junto com balanço de vendas de veículos, que apontou queda de 44% nas entregas de modelos elétricos em agosto, puxada, especialmente, pelos mercados da Alemanha e da França, que deixaram de conceder incentivos para veículos movidos a bateria.

Segundo o comunicado da Acea o crescimento econômico, a aceitação dos consumidores e o estabelecimento de infraestrutura de recarga não se desenvolveram de maneira suficiente, embora não existam gargalos tecnológicos e de disponibilidade de veículos de emissão zero, para os quais a indústria investiu bilhões.

“Estamos fazendo nossa parte nessa transição mas, infelizmente, os outros elementos necessários para essa mudança sistêmica não estão em vigor.”

A entidade diz haver perspectiva assustadora de multas multibilionárias, valor que poderia ser investido em novas tecnologias de zero emissão, e de cortes na produção, o que geraria perda de emprego e enfraquecimento da cadeia de valor da região, em um momento em que começa a sofrer forte concorrência, especialmente da China.

“A indústria não pode se dar ao luxo de esperar pela revisão dos regulamentos de CO2 em 2026 e 2027”, afirmou a nota, que pede antecipação desta revisão para 2025. “Precisamos de uma ação urgente e significativa agora para reverter a tendência de queda, restaurar a competitividade da indústria da UE e reduzir as vulnerabilidades estratégicas.”

Carros mais baratos ajudarão a dobrar a participação dos elétricos na Europa

São Paulo – Conforme as montadoras comecem a lançar modelos mais baratos de veículos elétricos, a fim de reverter a queda na demanda pela forma de propulsão, a fatia de mercado na Europa poderá chegar a 24% a partir do ano que vem. Foi o que estimou o grupo Transporte e Meio Ambiente, de lobby europeu.

Participação acima de 20% seria um salto significativo em relação a este ano, uma vez que, de janeiro a julho, os veículos a bateria representaram 12,5% de todos os registros de carros novos na União Europeia, de acordo com a Acea, associação que reúne as fabricantes desta parte do continente.

De acordo com reportagem da Bloomberg, publicada no Automotive News Europe, a indústria automobilística europeia está lutando para resistir à forte queda na demanda por veículos elétricos depois que os governos reduziram os incentivos e as montadoras chinesas começaram a se expandir na região.

O Grupo Volkswagen está avaliando o fechamento de fábricas na Alemanha pela primeira vez em sua história, enquanto a Renault alertou que as montadoras incorrerão em bilhões em multas se não cumprirem as ambiciosas metas climáticas da União Europeia.

De acordo com o grupo de lobby Transporte e Meio Ambiente, as montadoras devem prosseguir com os planos que incluem sete novos modelos elétricos abaixo de € 25 mil, que chegarão ao mercado entre este e o próximo ano. Dentre eles, o Renault 5 e-Tech e o Citroën e-C3, da Stellantis.

CantuStore contrata navio para importar mais de 180 mil pneus da Ásia

São Paulo – A CantuStore, distribuidora brasileira de pneus importados da Ásia, informa que contratou navio dedicado exclusivamente ao transporte dos seus produtos. A carga de aproximadamente 2,6 mil toneladas, com cerca de 180 mil pneus vindos do continente asiático, desembarcou no Porto de Itajaí, SC, no início de setembro.

De acordo com a CantuStore a decisão foi tomada “com o objetivo de contornar aumento no valor do frete internacional e no tempo da fila de espera para entregas marítimas provocados por problemas logísticos ao redor do mundo”.

A empresa relatou que evitou gasto de 20% a mais na contratação de uma empresa terceirizada para essa entrega e que, desta forma, não haverá repasses ao distribuidor nem ao consumidor final. Como a viagem foi sem escalas seu tempo de duração foi 25% menor: demorou 45 dias em vez dos habituais sessenta dias no frete contratado.

Os oito contêineres com mais de US$ 8 milhões em mercadoria trouxeram 46 mil pneus de carga, 70 mil de passeio e 5 mil agrícolas da marca Speedmax, 5 mil pneus OTR da recém-adquirida Gripmaster e 3 mil rodas e 50 mil câmaras de ar e protetores de pneus.

Pirelli abre inscrições para o seu programa de estágio 2025

São Paulo – A Pirelli abriu as inscrições para o seu programa de estágio 2025, com 44 vagas disponíveis para mais de quinze áreas. Os estudantes interessados têm até 21 de outubro para se inscrever no link https://www.estagiopirelli.com.br/. Os aprovados começarão a trabalhar a partir de 20 de janeiro.

As vagas estão disponíveis em São Paulo, Barueri, São Bernardo do Campo, Campinas, Elias Fausto, SP, e na fábrica da Pirelli em Feira de Santana, BA. As áreas de estágio são jurídico, marketing, comercial, financeiro, contabilidade, fiscal, controladoria, qualidade, RH, comunicação, HSE, saúde, segurança e meio ambiente, supply chain, logística, engenharia industrial, engenharia experimental, engenharia de produto, TI.