ZF inaugura Centro de Treinamento de Saúde, Segurança do Trabalho e Meio Ambiente em Limeira

São Paulo – A ZF inaugurou o seu primeiro Centro de Treinamento de Saúde, Segurança do Trabalho e Meio Ambiente no mundo. A unidade está localizada na fábrica de Limeira, SP, e será dedicada à preparação e à capacitação de todos os funcionários sobre os conceitos e as práticas de segurança e saúde ocupacional.

O novo centro oferecerá treinamentos semanais para cerca de quarenta pessoas, tanto para novos funcionários quanto para os que já estão na empresa e que passarão por processo de reciclagem para aprimorar os conhecimentos sobre segurança no trabalho.

Grupo BMW anuncia investimento para ampliar rede de carregamento de elétricos

São Paulo – O Grupo BMW destinará 724 mil euros para instalar 251 carregadores de veículos elétricos em vias públicas da Argentina, Brasil, Chile, Colômbia, Costa Rica, México, Panamá e Peru. Em comunicado a empresa afirmou que serão realizadas parcerias diferentes para cada mercado, que serão divulgados mais à frente. O aporte “será destinado a novos carregadores e à oferta de créditos de energia aos clientes”.

Segundo Reiner Braun, presidente e CEO para a América Latina, todo modelo BMW e Mini elétrico vendido na região é acompanhado de um carregador, pessoal ou corporativo. Assim, calcula, já são mais de 65 mil pontos de carga em casa ou no escritório de clientes da região.

“Além dessas ações buscamos continuar apoiando o investimento em carregadores em vias públicas como líder em mobilidade elétrica no segmento premium e proporcionar soluções para nossos clientes que escolhem a eletromobilidade.”

De janeiro a junho as vendas de elétricos BMW cresceram 43% na região, somando 1,5 mil unidades. Os híbridos plug-in somaram 3,1 mil unidades, alta de 13%. A Mini registrou setenta unidades 100% elétricas comercializadas.

Gulf Oil compra fábrica e nacionaliza toda a linha de lubrificantes

São Paulo – Em setembro, poucos meses após abrir sua filial local, a petroleira Gulf Oil adquiriu em Iperó, SP, uma fábrica por “algumas dezenas de milhões de reais”, segundo seu CEO Ramiro Ferrari contou à Agência AutoData em entrevista exclusiva. O objetivo é produzir localmente toda a sua linha de lubrificantes e abrir espaço, também, para a produção de terceiros. O volume atual alcançado, de acordo com o executivo, já a coloca como a maior produtora do item no Estado:

“Estamos investindo na unidade para elevar o volume de produção. Começamos em 3,5 milhões de litros por mês, já chegamos a 4,1 milhões e nos próximos meses queremos produzir 4,5 milhões de litros”.

De acordo com ele 2 milhões de litros são de produtos com a marca Gulf.

Sem revelar os valores Ferrari disse que após a compra da unidade a Gulf aprovou um novo investimento com a matriz para a expansão da fábrica, que já recebeu uma linha de produção diretamente ligada aos tanques de armazenamento, o que garante maior produtividade e agilidade na produção. 

A Gulf Oil produz lubrificantes para automóveis, picapes, SUVs, motocicletas e veículos pesados, seguindo fórmula desenvolvida globalmente e aprovada para grandes mercados como Estados Unidos e Europa. Este diferencial, de acordo com Ferrari, será importante para conquistar contratos com as montadoras instaladas no Brasil e região – hoje o negócio ainda é 100% dedicado ao mercado de reposição.

A produção local é abastecida com óleos básicos e aditivos importados e as embalagens dos produtos são fabricadas no Brasil.

Para ganhar espaço no mercado de reposição a companhia utiliza estratégias diferentes de vendas em cada Estado, apostando em grandes varejistas de autopeças, além de distribuidores especializados em lubrificantes. De acordo com o CEO as perspectivas de crescimento dos negócios são boas, apostando também na abertura de novos distribuidores de lubrificantes. 

Atualmente a fábrica está operando em dois turnos, mas a Gulf Oil estuda uma possível ampliação para três turnos, assim como a expansão do quadro de funcionários.

Outros negócios

Outro segmento no qual a Gulf aposta no mercado brasileiro é o de postos de combustíveis, por meio da Gulf Combustíveis: parceria foi estabelecida com o Grupo Fit, que já operava no segmento, para inaugurar 350 postos nos próximos cinco anos – trinta já foram abertos. O foco inicial será nos estados de São Paulo e do Rio de Janeiro, segundo Ferrari.

Além de lubrificantes automotivos a fábrica de Iperó produz defensivos agrícolas. Nos próximos meses será nacionalizada a produção de lubrificantes para navios e, um pouco mais adiante, a empresa também pretende produzir aqui os seus lubrificantes industriais.

Vendas crescem 5% na União Europeia, mas ainda estão abaixo do pré-pandemia

São Paulo – As vendas de veículos cresceram 4,5% na União Europeia no primeiro semestre, somando 5,7 milhões de unidades, de acordo com informe divulgado pela Acea, que representa os fabricantes da região. Apesar do crescimento a entidade destacou que o volume segue, ainda, 18% abaixo do registrados antes da pandemia.

As vendas na Espanha subiram 5,9% no período, na Alemanha 5,4%, na Itália 5,4%, e 2,8% na França. Em junho a alta foi de 4,3% no bloco, com desempenhos positivos de 15,1% na Itália, 6,1% na Alemanha e 2,2% na Espanha, que contrastaram com a queda de 4,8% na França. Em junho foram vendidas 1 milhão 90 mil unidades.

Os elétricos representaram 14,4% das vendas no mês passado, com recuo de 1%, 156,4 mil unidades. Os híbridos plug-in recuaram 19,9% no período, somando 66,5 mil unidades e 6,1% do total, e os híbridos cresceram 26,4%, somando 322 mil veículos, representando 29,5% das vendas.

Os modelos a gasolina registraram recuo de 0,7% nas vendas do mês passado, representando 34,4% do mercado. Já os veículos diesel registraram 12,7% das vendas, com queda de 0,9%.

Goodyear renova patrocínios para Museu do Futebol, Masp e para ONG Gerando Falcões

São Paulo – A Goodyear renovou o patrocínio oferecido a três instituições de São Paulo: o Museu do Futebol, o Masp, Museu de Arte de São Paulo Assis Chateaubriand, e a ONG Gerando Falcões. O patrocínio é realizado por meio de leis federais de incentivo à cultura e ao esporte.

A ação, diz nota da Goodyear, “está alinhada ao pilar de responsabilidade corporativa, estratégico para a companhia, e conecta-se ao ODS, Objetivos de Desenvolvimento Sustentável, da ONU”.

BYD Dolphin Mini ganha versão com cinco lugares

São Paulo – As concessionárias BYD passaram a oferecer a versão de cinco lugares do compacto Dolphin Mini, lançado em fevereiro apenas com homologação para quatro. O preço cresceu R$ 4 mil na comparação com a versão de entrada, chegando a R$ 119,8 mil.

Outra novidade é o sistema de câmaras 360º, que tornam mais fáceis as manobras para estacionar o compacto.

Construído sobre a mesma plataforma do modelo de quatro lugares o Dolphin Mini está disponível nas cores verde com interior azul claro, preto com interior azul escuro, rosa com interior da mesma cor e branco com acabamento interno azul escuro ou rosa.

Desde fevereiro foram emplacados mais de 9 mil Dolphin Mini.

Fim do motor a combustão é cada dia mais improvável

“Drill baby, drill.” Assim Donald Trump, o agora favorito candidato à presidência dos Estados Unidos, usou seu discurso na convenção do Partido Republicano para inflamar seus milhões de apoiadores e mostrar seu irrestrito apoio à continuação da perfuração de poços de petróleo nos Estados Unidos e consequente queima de combustíveis fósseis, mostrando total desprezo pelas consequências disto ao planeta Terra.

Para “fazer a América grande de novo”, como discursa Trump, parece ser imprescindível que os Estados Unidos continuem a ser os maiores produtores e consumidores de petróleo do mundo.

Ainda que contrário a todos os avisos emitidos por vistosas catástrofes climáticas provocadas pelo aquecimento global, escalonado justamente pelo aumento de emissões provenientes da queima de combustíveis fósseis, o discurso de Trump apenas escancara o que parece ser inevitável: o mundo vai extrair e queimar até a última gota de petróleo disponível nas profundezas da Terra enquanto isso for um negócio altamente lucrativo como é, seja para fazer funcionar motores a combustão para transporte ou para gerar energia – inclusive para alimentar carros elétricos e a hipocrisia da zero-emissão.

Apesar de todo o discurso em favor do banimento dos veículos movidos por combustão interna o seu fim parece cada vez mais improvável. E muitas empresas já mudaram suas apostas nesse sentido, voltando a direcionar investimentos ao desenvolvimento de novos motores a gasolina para veículos leves.

Combustão ainda é bom negócio

Se algumas empresas apostaram na eletrificação total e já anunciaram que vão parar de produzir carros a combustão na próxima década, já há quem veja nisso um bom negócio e está investindo bilhões para fornecer motores para estas fabricantes, sob o argumento de que elas precisarão deles e não vão mais fabricá-los dentro de casa, pois esgotaram todos os seus investimentos para baterias e propulsores elétricos.

Com a convicção de que, no mínimo, a metade dos carros vendidos no mundo seguirá sendo movida pela combustão, seja pura ou híbrida, a Toyota recentemente desenvolveu uma nova geração de motores pequenos de alta eficiência e não descarta fornecê-los a outros fabricantes.

Na mesma linha a Stellantis faz investimentos de longo prazo em motores a combustão que, na Europa, poderão usar combustíveis sintéticos.

Há cerca de um ano o Grupo Renault e a chinesa Geely consolidaram uma associação que criou a Horse, unindo em uma empresa independente, descolada de suas marcas de origem, todas as suas operações globais de desenvolvimento e produção de motores a combustão, sistemas híbridos e transmissões.

A Horse nasceu com faturamento de € 7,4 bilhões, 19 mil empregados e dezessete fábricas no mundo todo – inclusive uma no Brasil, em área anexa à fábrica da Renault no Paraná – com capacidade para produzir 3,2 milhões de motores/ano, com objetivo de chegar a 5 milhões, podendo fornecer 85% dos tipos de propulsores a combustão utilizados atualmente.

A ideia, claro, é continuar fornecendo motores a combustão e transmissões para os dois grupos controladores, mas segundo a companhia já existem negociações para fornecer para outras marcas. Especula-se que Nissan e Honda poderão comprar motores da Horse.

Sócio árabe aposta na combustão “para sempre”

A Saudi Aramco, a estatal produtora de petróleo e derivados da Arábia Saudita que fatura US$ 500 bilhões por ano – a maior parte com a venda de óleo cru –, certamente grande interessada na longa vida dos motores a combustão, recentemente investiu € 740 milhões para comprar 10% da Horse.

Em entrevista ao Financial Times Yasser Mufti, vice-presidente executivo da Saudi Aramco, justificou assim o negócio: “Será incrivelmente caro para o mundo eliminar completamente ou prescindir dos motores de combustão interna. Se você olhar para a acessibilidade e muitos outros fatores, acho que eles existirão por muito, muito tempo, para sempre”.

A petrolífera saudita também vem diversificando investimentos na eletrificação, em biocombustíveis e nos sintéticos, mas projeta oficialmente que, mesmo após 2050, mais da metade dos carros no mundo consumirão algum tipo de combustível.

Matias Giannini, CEO da Horse, como é de se esperar, sustentou previsão parecida na mesma reportagem do Financial Times: “Nós acreditamos que até 2035 e mesmo depois de 2040 ainda veremos um significativo número de veículos a combustão, mais da metade deles com certeza e acima de 60% da população ainda terá um carro com motor a combustão, seja ele sozinho ou combinado com eletrificação em carros híbridos fechados ou recarregáveis plug-in”.

Fim improvável

Apenas a União Europeia e Reino Unido ainda sustentam legislação que agenda para a próxima década o fim dos motores que queimam gasolina ou diesel, abrindo exceção para os combustíveis sintéticos, por enquanto. Mas com a redução ou fim de incentivos para compra de elétricos as vendas caem e sobem as pressões contrárias para manter a produção de veículos a combustão.

Os dois maiores mercados de veículos do mundo, China e Estados Unidos, têm políticas de eletrificação de suas frotas, mas não têm nenhuma pretensão declarada de banir completamente a combustão do cenário de seus meios de transporte.

Até mesmo na China, onde a venda de carros eletrificados dá longos saltos anuais e já chega a um terço do mercado, com força inercial para passar dos 40% em breve, modelos movidos unicamente a gasolina seguem sendo os mais vendidos, com nada desprezíveis dois terços dos emplacamentos, o que representa 9,1 milhões de carros só no primeiro semestre de 2024, contra 4,9 milhões de eletrificados no período, sendo que cerca de 40% deles são híbridos e, portanto, também utilizam motores a gasolina.

Por maior que seja o crescimento da eletrificação dos veículos no mundo todo o motor a combustão continua a ser dominante e nada indica que desaparecerá, mesmo que o charmoso marketing no entorno dos carros elétricos insista em colocar esta solução como única capaz de descarbonizar as emissões dos meios de transporte.

Reversão de planos para elétricos

Em 2021, ainda em meio às disrupções da pandemia de covid-19, não faltaram compromissos de abandono dos motores a gasolina e diesel. Algumas das maiores fabricantes mundiais como Ford, General Motors, Volkswagen e Mercedes-Benz, além de governos da União Europeia e do Reino Unido, anunciaram sua conversão total para os elétricos no horizonte de 2035 a 2040. Muita coisa mudou de lá para cá.

Diante do insucesso de seus modelos elétricos Ford e GM já começaram a considerar que os híbridos talvez não sejam só uma solução de transição, mas algo para durar por décadas. Com esse novo horizonte, acompanhado de certa retração do crescimento do mercado de elétricos a bateria, estas empresas também começaram a reconsiderar seus investimentos na eletrificação total.

Exemplos nesse sentido começam a se multiplicar. No fim do ano passado a Volkswagen cancelou investimento de US$ 2,2 bilhões que faria em uma nova fábrica de carros elétricos na Alemanha.

A GM divulgou que atrasará em um ano a construção de uma fábrica de picapes elétricas em Detroit, nos Estados Unidos.

Na mesma região a Ford anunciou a redução do investimento de US$ 3,5 bilhões em uma unidade de baterias a ser construída no Estado de Michigan, e este mês a empresa comunicou que produzirá picapes a gasolina em uma planta no Canadá, revertendo o plano de construir apenas elétricos lá.

Contradição eletrizante

Nem mesmo Elon Musk, dono da Tesla e grande interessado no sucesso dos carros elétricos no mundo, parece resistir ao “drill baby, drill”, já que declarou apoio à candidatura de Trump.

Por divergência ideológica o bilionário mudou o endereço de suas empresas e da fábrica da Tesla da Califórnia para o Texas, por ironia um dos maiores estados produtores de petróleo dos Estados Unidos e onde a penetração de carros elétricos é insignificante, algo como menos de 1% das vendas, contra média nacional que caminha para os 10%.

Será que, de alguma forma, Musk resolveu ajudar a financiar a perfuração de mais poços de petróleo? Afinal, por mais contraditório que seja, os Tesla também são dependentes da energia fóssil para realimentar suas baterias.

E assim o mundo parece que vai queimar petróleo até o fim da humanidade, pois antes, certamente, estaremos todos mortos.

Trabalhadores da GM em São Caetano aprovam mesma PLR de São José

São Paulo – Após rejeitarem proposta de R$ 19 mil para a PLR, participação nos lucros e resultados, ou PR, participação nos resultados, como é chamada na General Motors, os trabalhadores da sede, em São Caetano do Sul, SP, acabaram aprovando o valor – o mesmo acordado na fábrica de São José dos Campos, SP, diante da ausência de nova contraproposta da empresa.

Na unidade do Interior, em que são fabricados os modelos S10 e Trailblazer, no entanto, houve avanço na proposta de R$ 17 mil para R$ 19 mil, valor que superou o pago em 2023, R$ 18 mil. Na fábrica do ABC, de onde saem Montana, Spin e Tracker – está sendo absorvida a produção anteriormente realizada na Argentina – o valor remunerado no ano passado também foi R$ 18 mil, mas ponto de partida da negociação foi R$ 25 mil.

A montadora ofertou os mesmos R$ 19 mil de São José, o que foi rejeitado, uma vez que o Sindicato dos Metalúrgicos de São Caetano do Sul pleiteava alcançar patamar próximo ao negociado pelos operários da Renault em São José dos Pinhais, PR, que buscavam R$ 30 mil, mas receberam R$ 25 mil após um mês de greve que envolvia dentre outros este tema.

O valor de R$ 19 mil configura incremento de 6% ante o que foi pago em 2023. Segundo o presidente do sindicato, Aparecido Inácio da Silva, o Cidão, parcela de R$ 12 mil já foi depositada em junho e os R$ 7 mil restantes serão depositados em janeiro.

Embora não tenha obtido avanço financeiro desejado Cidão afirmou que houve algumas alterações referentes à segurança do trabalho: “Conseguimos estabelecer cláusulas de segurança para todos os itens das metas propostas aos trabalhadores”.

Outros pontos como o reajuste sobre salários e benefícios, assim como a renovação das cláusulas sociais, serão definidos em setembro, data-base da categoria.

Teknia investirá R$ 30 milhões no Brasil até o fim do ano que vem

São Paulo – A Teknia, empresa espanhola que produz componentes para o setor automotivo com fábrica no Brasil, em Jacareí, SP, anunciou que está expandindo a sua operação aqui com investimento de R$ 30 milhões, valor que será totalmente aplicado em 2024 e 2025. Seu country manager, Jorge Lima, disse que este trabalho é para atender às crescentes demandas da indústria e aumentar a fatia da divisão brasileira no faturamento global, saindo de 4% para 6%, durante entrevista exclusiva para a Agência AutoData:

“Compraremos novas máquinas e ferramentas para elevar a produção no Brasil. Isso está acontecendo porque na Europa as montadoras estão focando nos veículos elétricos e os fornecedores também. Desta forma a nossa operação no País será dedicada a motores a combustão e híbridos”.

Uma das máquinas novas já foi instalada, uma das maiores em operação no Brasil para a produção de peças de plástico injetado. 

Lima disse que a Teknia já tem contrato de fornecimento com duas montadoras que desenvolverão novos motores aqui, fator a mais que ajudou na aprovação no aporte local com a matriz na Espanha. O fornecimento para estes novos motores começará em 2025 e 2026. 

A companhia também pretende elevar o nível de sua engenharia nacional para aumentar a capacidade de atendimento do setor automotivo, assim como o conhecimento local, para sugerir soluções quando alguma montadora solicitar, uma vez que elas possuem autonomia no Brasil, cenário que deverá avançar. 

A expectativa do executivo é de que o desenvolvimento de motores híbridos e a combustão ganhem força por aqui, pois na Europa não serão mais produzidos, e os fornecedores instalados no País deverão avançar com sua equipe de engenheiros para atender a demandas futuras:

“O Brasil, hoje, é um polo de desenvolvimento, porque as montadoras possuem autonomia e capex próprio para isso, o que não ocorre na maioria dos países. Então queremos ser um grande parceiro tecnológico e de negócios, capaz de gerar soluções para futuros lançamentos, reduzindo os custos e buscando alternativas para ajudar nos novos projetos”.

Diante deste cenário a empresa projeta crescimento de 30% no seu faturamento local este ano, chegando a R$ 110 milhões. O mesmo porcentual de crescimento também é esperado para 2025 e 2026.

Para atingir o porte que possui hoje a Teknia investiu na aquisição de alguns fornecedores brasileiros nos últimos anos, caso de uma fabricante de tubos, uma operação de estamparia e uma fábrica de injeção plástica. Uma destas unidades estava localizada em Jacareí e tinha grande espaço para ampliação, o que motivou a empresa a unificar suas três operações em uma única fábrica.

Atualmente os dois grandes negócios da Teknia no Brasil são a produção de diversos tipos de tubos usados nos motores híbridos e a combustão e a fabricação de peças de plástico injetado, como porta-luvas e moldura interna das colunas da carroceria. Segundo Lima a empresa produz de 350 mil a 400 peças por mês, sendo que alguns veículos saem da linha de produção com mais de dez peças suas, caso de modelos da Volkswagen.

Com o avanço no desenvolvimento de motores no Brasil a Teknia acredita que novos componentes, que antes eram produzidos nos Estados Unidos e na Europa e importados, serão feitos aqui nos próximos anos. É o caso do sistema de injeção direta, da qual a Teknia produz parte dos componentes, e espera que algum grande sistemista, como a Bosch, que já possui esta tecnologia na Europa, comece a fabricar localmente, sendo que algumas conversas e estudos para tornar este projeto viável já estão acontecendo. 

Segundo Lima a grande dificuldade é o volume porque o Brasil possui uma diversidade de motores e nem todos demandarão este tipo de sistema. Por isto é necessário adaptar a operação local às características do mercado, buscando soluções que permitam a produção local sem encarecer os componentes na comparação com os importados.

Grupo BMW une-se à Fundação Eclipse para o desenvolvimento de softwares

São Paulo – O Grupo BMW uniu-se, como integrante estratégico, ao Grupo de Trabalho de Veículos Definidos por Software da Fundação Eclipse, que facilita a colaboração global em tecnologias de software de código aberto para uso em veículos modernos. A empresa integra a fundação há dez anos e agora terá a oportunidade de orientar o grupo de trabalho e liderar projetos.

Ao longo de vinte anos de experiência em desenvolvimento de software interno o grupo estabeleceu referências do setor em muitas áreas importantes, como acesso digital a veículos por meio de dispositivos inteligentes, atualizações remotas em todos os domínios funcionais e trens de força, bem como estruturas de back-end de veículos.