Caminho da Escola deverá impulsionar venda de ônibus até o fim do ano

São Paulo – Apenas 2,1 mil dos 18,3 mil ônibus emplacados de janeiro a outubro são do programa Caminho da Escola, do governo federal. Como existem cerca de 7 mil pedidos a expectativa é que os emplacamentos ndas cresçam até o fim do ano, segundo Eduardo Freitas, vice-presidente da Anfavea, gerando efeito positivo nos volumes.

“Uma parte do volume deve ser registrado nos últimos dois meses do ano, melhorando o acumulado de vendas. O começo de 2025 também deve sentir os efeitos positivos dos pedidos já recebidos.”

O resultado acumulado até outubro foi 5,6% maior do que o registrado em iguais meses do ano passado. Superou, também, as vendas de 2022 e 2021, o que sinaliza tendência de renovação de frota no País, algo considerado positivo por Freitas após os baixos volumes registrados nos últimos anos, influenciados pela pandemia.

As vendas em outubro somaram 2,6 mil unidades, expansão de 62,8% sobre igual mês do ano passado e incremento de 28,5% na comparação com setembro. 

A produção de janeiro a outubro somou 23,6 mil ônibus, alta de 35,3% na comparação com iguais meses do ano passado mas ainda distante do volume produzido nos primeiros dez meses de 2022, quando saíram das linhas de produção 27 mil unidades. Segundo Freitas o dado mostra que ainda há espaço para o segmento crescer, dependendo do cenário do mercado e de crédito para financiamentos.

Em outubro foram produzidos 2,4 mil chassis de ônibus, volume 15,1% maior do que o fabricado em idêntico mês do ano passado. Na comparação com setembro a expansão foi de 10,9%.

As exportações somaram 540 unidades em outubro, crescimento de 32% sobre outubro do ano passado e de 47,9% na comparação com setembro. No acumulado do ano o resultado ainda é negativo em 8,4%, com 3,8 mil veículos exportados.

Volume de produção de veículos fica abaixo das vendas no mercado interno

São Paulo – Saíram das linhas de montagem, de janeiro a outubro, 2 milhões 123 mil 381 automóveis, comerciais leves, caminhões e chassis de ônibus, segundo apontou balanço divulgado pela Anfavea na quarta-feira, 6. No mesmo período foram comercializados no mercado doméstico 2 milhões 123 mil 974 unidades, uma diferença de quase seiscentas unidades.

Não é usual que o mercado brasileiro seja superior ao ritmo das fábricas. Nos primeiros dez meses do ano, comparado com igual período do ano passado, as vendas cresceram 15% e a produção 8,9%. O que justifica esta inversão na tendência, segundo o presidente Márcio de Lima Leite, é a queda de 7,4% nas exportações, para 327,8 mil unidades, e o crescimento de 36% nas vendas de veículos importados, 369,1 mil.

A balança, que foi superavitária em 82,8 mil veículos de janeiro a outubro de 2023, fechou em déficit de 41,3 mil unidades no mesmo período deste ano. Em dez meses o Brasil aumentou a importação em 97,8 mil veículos e reduziu em 26,4 mil o volume exportado.

“Como nos últimos meses as exportações estão subindo e as importações tendem a cair com a recomposição do imposto de importação [para veículos híbridos e elétricos], naturalmente a produção tende a voltar a crescer em ritmo mais parecido com o mercado interno”, projetou o presidente da Anfavea, sem demonstrar grande preocupação com a tendência que, segundo ele, é algo efêmero.

Em outubro as fábricas produziram 249,2 mil veículos, o segundo melhor resultado do ano, superado apenas por agosto, com cerca de 10 mil a mais. Comparado com setembro a produção avançou 8,3%, 230 mil veículos, e cresceu 24,7% com relação a outubro de 2023, 199,8 mil unidades.

Vem crescendo também o nível de emprego das montadoras: em outubro foram quase 1 mil contratações, elevando para 107,3 o número de trabalhadores diretos. Desde o início do ano foram criados 8,4 mil postos de trabalho. Somados os indiretos, nos cálculos do presidente Lima Leite, foram mais de 70 mil novos empregos gerados pela indústria automotiva em 2024.

Randoncorp mostra o AT4T, protótipo autônomo que movimenta carretas

São Paulo – Uma das grandes atrações da Fenatran 2024 é 100% desenvolvida no Brasil, não é bem um caminhão comum e, embora esteja pela primeira vez aos olhos do público, já opera há quatro anos na fábrica da Randoncorp em Caxias do Sul, RS. Um dos destaques do estande da companhia, o AT4T, ei tí for tí, é um conceito de veículo autônomo, elétrico, que consegue acoplar e movimentar implementos rodoviários.

Desde 2019, segundo relatou Joel Boaretto, diretor de ciência e tecnologia do Instituto Hercílio Randon, que apoia a inovação e desenvolve soluções para a mobilidade, o AT4T trabalha no pátio do estoque da Randon, estacionando as carretas. São três unidades em operação, todas protótipos, dotadas de sensores, câmeras e LiDAR, que mede e detecta objetos ao redor com pulsos de luz. 

“O que fizemos foi juntar todos esses sensores e instalar no veículo, usado a nossa experiência para deixá-lo funcional”, disse Boaretto, acrescentando que em torno de trezentas pessoas trabalharam no projeto. “Não são só engenheiros, temos pessoas de diversas formações contribuindo com os projetos do instituto”.

Motor elétrico, o e-Sys, sistema de tração auxiliar elétrico desenvolvido pela Suspensys, empresa que faz parte do grupo, e baterias compõem o sistema que movimenta o veículo. Elas garantem dezesseis horas de operação, neste protótipo, e podem ser recarregadas em duas horas.

A vantagem com relação a caminhões elétricos apresentados na feira é, principalmente, a ausência de motorista, que permite a operação se estender por longos prazos. E adentrar em locais perigosos sem colocar em risco vidas humanas.

Segundo Boaretto a intenção é operar em locais de acesso restrito, como pátios logísticos, armazém de carga, terminais portuários e aeroportos ou na agricultura e mineração. Ainda não está viável comercialmente, mas a companhia pretende que, uma vez apresentado, parcerias possam surgir para dar um próximo passo e fazer o AT4T operar fora dos portões da Randoncorp.

Veja um vídeo de demonstração do AT4T:

TEVX Higer Bus anuncia investimento de US$ 110 milhões para produzir ônibus elétrico no Brasil

São Paulo – A TEVX Higer Bus, fabricante de veículos comerciais com origem na China, anunciou investimento de US$ 110 milhões para aquisição de uma fábrica no Estado de São Paulo. A ideia, segundo o CEO Carlos Eduardo Souza afirmou durante a Fenatran, é começar a operar no primeiro semestre do ano que vem. Ele se reunirá com executivos da matriz na segunda quinzena de novembro e voltará em dezembro com a definição do local:

“Tínhamos uma lista com oito possíveis locais e restaram duas opções para decidir em qual produziremos nossos veículos comerciais no Brasil. Em ambas já existe uma estrutura construída que compraremos e adaptaremos para iniciar a produção local”.

A companhia anunciou em julho de 2022 a construção de fábrica em Pecém, CE, mas a intenção do investimento freou por causa das mudanças de governo no Estado, segundo o CEO. A solução foi buscar outras opções e foram encontradas alternativas em São Paulo.

A unidade começará a operar com capacidade para fabricar quatrocentos veículos por ano, primeiramente ônibus elétricos dedicados ao segmento urbano. Inicialmente os veículos chegarão ao Brasil parcialmente montados e receberão componentes como motor, câmbio, rodas e pneu. No futuro a intenção é avançar para uma operação CKD, realizando parte da montagem da carroceria por aqui também.

Conversas com fornecedores já estão em curso, como com a Dana, que poderá produzir localmente os motores. A Valeo, que produz ar-condicionado, também é candidata a fornecer para a TEVX Higer.

A empresa ainda não definiu com qual modelo iniciará a produção local. Hoje atende ao mercado brasileiro importando veículos que vão de 9 a 18 metros de comprimento, todos com foco no segmento urbano, no qual já tem 75 unidades elétricas negociadas com algumas prefeituras e está realizando as entregas. 

A operação de importação serviu para a empresa ganhar experiência no mercado e entender as demandas dos clientes. Também serviu para que os clientes pudessem testar os veículos e conhecer de perto sua resistência e durabilidade, uma vez que são produzidos no sistema monobloco: no Brasil o mercado está acostumado a consumir veículos que são produzidos no sistema chassi e carroceria. 

Existe também a intenção de produzir localmente as vans elétricas da TEVX Higer Bus em 2026, No ano que vem a empresa lançará um furgão e uma van de passageiro e pretende sentir o mercado e suas demandas para definir qual modelos localizará na nova fábrica.

O furgão terá 15 m³ de capacidade de carga e a empresa quer entender se esta é a melhor configuração para atender aos clientes ou se inicia as vendas de um caminhão VUC elétrico para distribuição urbana, que também está no radar para vir ao Brasil, junto com um caminhão elétrico rodoviário que tem PBT de 49 toneladas. O furgão e a van de passageiros serão lançados no começo de fevereiro.

Mercado de ônibus elétrico

Carlos Eduardo Souza acredita que este ano o Brasil comercializará quatrocentos ônibus elétricos, número que terá forte crescimento no ano que vem, subindo para um volume em torno de 2 mil unidades. A alta deverá seguir para 2026, ano em que a TEVX Higer Bus pretende ter 30% de participação de mercado.

Anfir projeta estabilidade nas vendas de implementos rodoviários em 2025

São Paulo — A Anfir, entidade que representa as empresas fabricantes de implementos rodoviários, tem expectativa de mercado estável, ou com leve crescimento, em 2025. Durante entrevista coletiva na Fenatran seu presidente José Carlos Sprícigo divulgou projeções de 155 mil unidades vendidas no ano que vem — para este ano as estimativas são de 153 mil a 155 mil equipamentos vendidos.

Por segmento, o pesado, de reboques e semirreboques, deverá ficar em torno de 90 mil unidades no ano que vem, mesmo volume que é esperado para o fechamento deste ano, com uma possível oscilação para cima, chegando a 93 mil unidades até dezembro, porque, segundo o presidente, muitos clientes adiaram as compras de outubro para novembro em busca de melhores condições na Fenatran.

O segmento leve, de carroceria sobre chassi, que voltou a crescer em 2024, deverá manter um patamar próximo do vendido neste ano, de 60 mil a 65 mil unidades, em 2025. Esse volume está sendo puxado pelo maior consumo dos brasileiros, principalmente na área de alimentos como carnes que são transportadas por implementos refrigerados.

A produção deverá ser um pouco maior do que o mercado interno em 2025, chegando a 165 mil, e a diferença de 10 mil implementos terá 3 mil unidades dedicadas ao mercado externo e 7 mil para estoque dos revendedores. Sprícigo disse que o patamar das exportações deverá ser esse para os próximos anos:

“Tivemos uma queda relevante no Chile, que é um mercado muito importante para nós, mas por lá os estoques estão grandes e a demanda está baixa. Na África a concorrência com os chineses dificulta os avanços. Diante deste cenário, não acredito que voltaremos a exportar volumes maiores como no passado. A nova realidade indica algo de 3 mil a 4 mil unidades”.

No balanço de janeiro a outubro foram vendidos 133,4 mil equipamentos, expansão de 6,6% sobre o mesmo período do ano passado. O segmento pesado representou o maior volume, com 75,1 mil vendas, alta de 0,4% sobre iguais meses do ano passado, e os leves representaram a maior expansão, de 15,9% na mesma base comparativa, com 58,3 mil unidades.

Na Fenatran Mercedes-Benz já vende produção de 2025 enquanto planeja investimento

São Paulo – Após o forte tombo do mercado de caminhões em 2023, puxado para baixo devido ao encarecimento de produtos causado pela adoção de motores Euro 6 para atender à legislação de emissões Proconve P8, as vendas retomaram com força este ano e a Mercedes-Benz sente os efeitos positivos deste cenário na Fenatran 2024, feira dedicada ao transporte rodoviário de cargas realizada de 4 a 8 de novembro no São Paulo Expo.

Na feira a fabricante já está vendendo a produção de 2025, relatou Jefferson Ferrarez, vice-presidente de vendas e marketing da Mercedes-Benz do Brasil: “Em 2022 [última edição do evento] o momento era de transição, vendemos mais caminhões Euro 5, os clientes queriam aproveitar o preço mais baixo. Este ano é diferente: a tecnologia Euro 6 já está consolidada e as vendas voltaram com força. A produção deste ano já está endereçada e estamos captando encomendas de grandes clientes para o ano que vem”.

Ferrarez ponderou, no entanto, que não há falta de produtos nas concessionárias para os clientes de varejo: “O que ocorre na Fenatran é que estamos recebendo encomendas planejadas de grandes frotistas”.

Achim Puchert, presidente da Mercedes-Benz do Brasil que este ano participa de sua segunda Fenatran, concordou: o cenário adiante é positivo, mesmo com alta volátil do dólar e juros com tendência de alta: “O impulso de setores como agronegócio, construção civil e mineração segue forte. O mercado de caminhões deve crescer 15% este ano e em 2025 promete ser mais um bom ano para os negócios”.

O movimento no estande da Mercedes-Benz na Fenatran justifica o otimismo. A empresa e sua rede de concessionárias estão trazendo 2 mil clientes do Brasil e de países da América Latina para visitar a feira e a fábrica de São Bernardo do Campo, SP.

Puchert reafirmou, no entanto, que a capacidade de produção ainda não está no topo, a fábrica trabalha em dois turnos com eventuais horas extras aos sábados: “Ainda temos alguns problemas logísticos em portos e aeroportos, não estamos operando no máximo ainda, mas seguimos confiantes e otimistas com o Brasil que é um dos maiores mercados do mundo para caminhões Mercedes-Benz, se não o maior, que representa cerca de 25% das vendas globais da marca”.

Mais presença nos extrapesados

Apesar de rodar a volumes menores do que o registrado na década passada o mercado brasileiro de caminhões mudou de patamar, com domínio de modelos extrapesados, produtos de maior valor agregado, que representam quase metade das vendas no País atualmente. É justamente neste segmento que a Mercedes-Benz pretende aumentar significativamente sua posição.

“Lutaremos por mais presença no mercado de pesados rodoviários, que é o maior no Brasil”, afirmou Pucher, complementado por Ferrarez: “Lideramos a vendas de pesados rodoviários na Europa e nos Estados Unidos [com as marcas Western Star e Freightliner] e queremos fazer o mesmo no Brasil”.

Para alcançar este objetivo a Mercedes-Benz aposta no seu pesado Actros, que nesta Fenatran é apresentado aos clientes na versão Evolution 2653 6×2, que como diz o nome traz evoluções tecnológicas com vinte sistemas de segurança ativa mais sofisticados, quadro de instrumentos digital, novas baterias e motor de 530 cv calibrado para reduzir o consumo de diesel em até 8%, tudo para competir em pé de igualdade com os líderes do segmento de extrapesados rodoviários no País, Volvo e Scania.

Novo ciclo de investimentos

A Mercedes-Benz segue reticente em divulgar um novo ciclo de investimentos no Brasil – o último, de R$ 2,4 bilhões, foi aplicado de 2018 a 2022. Mas vem mostrando, contudo, que continua a aportar recursos no País com o desenvolvimento de novos produtos, alguns deles apresentados nesta Fenatran.

“Já temos investimentos em andamento e ainda estamos preparando um novo ciclo até 2030, mas ainda não posso divulgar valores”, admitiu Puchert. Segundo ele os recursos serão direcionados a três áreas: desenvolvimento de motores a combustão mais eficientes para diesel e biodiesel, eletrificação e serviços.

Na área da combustão o executivo aponta que os caminhões atuais já estão preparados para usar o B20, diesel mineral com mistura de 20% de biodiesel: “Não fomos tão agressivos quanto outros [os principais concorrentes mostraram na Fenatran caminhões que rodam com 100% de biodiesel] porque precisamos fazer a lição de casa, fomos mais cuidadosos para garantir que os clientes não terão problemas, mas evoluiremos e apresentaremos soluções com biocombustíveis também”.

A empresa também pretende se aprofundar na eletrificação: trouxe à Fenatran os caminhões elétricos eActros e eCanter – este último da japonesa Fuso, que pertence à Daimler Trucks –, que começam a ser testados no Brasil por oito clientes, revelou Puchert: “São produtos que, dependendo dos testes, poderão ser incluídos em nossa linha no País”.

Volkswagen Polo recupera a liderança do mercado em outubro

São Paulo – Seis meses depois o Volkswagen Polo voltou a ocupar a primeira posição do ranking brasileiro de automóveis e comerciais leves. Com quase 15 mil unidade emplacadas o hatch superou a picape Fiat Strada, 14,5 mil. Completa o pódio o Hyundai HB20, com 10,9 mil unidades.

No acumulado do ano, porém, a picape da Fiat segue na liderança. O Polo é o automóvel mais vendido do mercado.

No mercado de SUVs a liderança do mês ficou com o VW T-Cross, com 9,2 mil unidades. Dos dez modelos mais vendidos no mês passado quatro foram SUV: além do T-Cross o Hyundai Creta, o Chevrolet Tracker e o Nissan Kicks estão na lista.

Veja os modelos mais vendidos:

Big Horn amplia alcance do portfólio da Rampage

Elias Fausto, SP – A gama da Ram Rampage estendeu seu alcance com o lançamento de uma nova versão, de entrada, Big Horn. Prevista para as próximas semanas nas concessionárias mira no público que faz uso mais urbano da picape, como aqueles que moram em condomínios no Interior e trabalham na Capital. Segundo o vice-presidente para a América do Sul, Juliano Machado, foi uma versão criada a partir das demandas identificadas por clientes.

Além da nova versão a Rampage ano/modelo 2025, produzida em Goiana, PE, passa a oferecer novo motor turbodiesel de 2.2 litro Multijet, que alcança 200 cv com transmissão automática de nove velocidades. É o que equipa a versão de entrada e está disponível também na Rebel e na Laramie. Ambas ainda contam com opção do Hurricane 2.0 a gasolina de 272 cv, também presente na topo de linha R/T.

Cada versão da Rampage tem uma cara diferente, não deixando as diferenças apenas nos pormenores. Na novidade Big Horn a grade dianteira tem contornos cromados e filetes em preto brilhante, o para-choques dianteiro é na cor da carroceria, os retrovisores são cromados e as rodas de liga leve de 17 polegadas. Na traseira o para-choque e os badges são cromados, bem como as molduras das janelas.

Por dentro a sofisticação de uma picape Ram, com revestimento das portas em couro, bancos em tecido com revestimento em couro, central multimídia de 12,3 polegadas com conexão com Android Auto e Apple CarPlay sem fio e quadro de instrumentos digital com 10,3 polegadas. Volante com ajuste de profundidade, freio de estacionamento eletrônico e auto hold, ar-condicionado traseiro com duas zonas são outros itens de conforto.

Ficaram de fora algumas funções ADAS, mas ela conta com piloto automático, controle de estabilidade, de tração e de mitigação da carroceria. Seis airbags compõem o pacote de segurança.

Machado calcula que a chegada da Big Horn pode ampliar em até 10% as vendas mensais da Rampage, hoje na casa das 2 mil unidades. O mix, de todas as versões, que hoje é 60% diesel e 40% gasolina, subirá para 70% diesel e 30% gasolina com a novidade. As versões a gasolina são mais caras, segundo o vice-presidente, porque o preço segue a potência do motor.

Veja os preços da linha Rampage 2025:

Rampage Rebel 2.2 Turbodiesel 200 cv 4×4 2025: R$ 259.990,00
Rampage Rebel 2.0 Turbo Gasolina 272 cv 4×4 2025: R$ 264.990,00
Rampage Laramie 2.2 Turbodiesel 200 cv 4×4 2025: R$ 272.990,00
Rampage Laramie 2.0 Turbo Gasolina 272 cv 4×4 2025: R$ 277.990,00
Rampage R/T 2.0 Turbo Gasolina 272 cv 4×4 2025: R$ 295.990,00

Flex está no horizonte do desenvolvimento da Ram

Elias Fausto, SP – Apenas motores movidos a gasolina e a diesel com mais de 200 cv de potência empurram as picapes bem acabadas e recheadas de itens de conforto, segurança e entretenimento comercializadas pela Ram no mercado brasileiro. Em tempos de descarbonização e busca por mais eficiência energética a pergunta é inevitável: e quando chegarão os motores flex?

O vice-presidente da Ram para a América do Sul, Juliano Machado, respondeu: ainda não saiu do papel, mas está no horizonte o desenvolvimento de motores flex para as picapes: “Fazemos diversas clínicas com clientes durante o ano e este tema costuma surgir. Especialmente no Interior de São Paulo estamos começando a sentir a demanda. Os clientes perguntam, inclusive falando de motor somente a etanol”.

Machado deixou claro, entretanto, que por enquanto são apenas demandas dos clientes, não existindo desenvolvimentos em curso. Do portfólio da Ram no Brasil a Rampage, sua picape de entrada, seria a candidata a ter motores flex dentro do seu capô.

Atualmente os motores turbodiesel 2.2 litro e Hurricane 4 turbo gasolina, ambos importados da Itália, equipam as Rampage vendidas no País. Outro caminho para a descarbonização seria a eletrificação das picapes, por meio da tecnologia Bio Hybrid – tecnicamente possível mas ainda não cogitada no curto prazo, de acordo com Machado.

Produzida em Goiana, PE, a Rampage é a picape mais vendida da Ram, com 17,7 mil unidades vendidas de janeiro a setembro – da marca foram 22,5 mil emplacamentos. Machado projeta vendas na casa das 33 mil unidades, chegando próximo às 40 mil no ano que vem.

A rede, hoje com 128 concessionárias, partiu de 110 em janeiro e deverá encerrar 2024 com 135, a sua grande maioria dividida com a Jeep – apenas oito casas são exclusivas Ram.

Mercedes-Benz começa a testar dois caminhões elétricos no País

São Paulo – A Mercedes-Benz também embarcou na onda de caminhões elétricos que invadiu a Fenatran 2024, feira dedicada ao transporte rodoviário de cargas que acontece de 4 a 8 de novembro no São Paulo Expo. A empresa importou o modelo pesado eActros e o leve eCanter para apresentá-los aqui no momentos que ambos começam ser testados em frotas de oito clientes no Brasil.

Segundo Jefferson Ferrarez, vice-presidente de vendas e marketing de caminhões Mercedes-Benz, dez eCanter já foram importados do Japão – lá é produzido pela Fuso, empresa do Grupo Daimler Trucks – e mais cinco eActros vêm da Alemanha: “Os veículos são cerca de três vezes mais caros do que os similares a diesel. Nossa intenção é fazer testes para entender melhor este mercado no Brasil e depois decidiremos se importaremos mais unidades e qual a melhor forma de explorar este nicho aqui”.

Os caminhões elétricos entrarão em testes nas frotas de empresas que têm ambições de redução de emissões de CO2: AGL, Braspress, Expresso Nepomuceno, Suzano, Ypê, Marimex, RD Saúde [Raia Drogasil] e Femsa Coca-Cola.

A engenharia brasileira monitorará o uso para desenvolver o melhor custo de operação de um caminhão elétrico em circulação no Brasil e levantar as necessidades de infraestrutura de recarga:

“Aproveitaremos o conhecimento que já temos com a produção de ônibus elétricos”, disse o presidente da Mercedes-Benz do Brasil, Achim Puchert, que ponderou: “Só com investimentos públicos alcançaremos a eletrificação em um país continental como o Brasil”.

O eActros é um cavalo mecânico pesado 4×2 indicado para o transporte intercidades com autonomia de 200 km a 400 km, com uso de três a quatro módulos de baterias.

Já o eCanter, em versões de 7,5 e 8,5 toneladas, atende a entregas urbanas. Equipado com dois ou três módulos de baterias tem autonomia para rodar de 140 km a 200 km antes de precisar recarregar.