Galderma anuncia frota de carros elétricos no Brasil

São Paulo – A Galderma, fabricante de medicamentos e dermocosméticos, anunciou o início da transição de sua frota para veículos elétricos no Brasil. Em conjunto com a transportadora ExpertLog a companhia operará quinze Peugeot Expert.

O Brasil é o primeiro país da América Latina a realizar entregas dos produtos da empresa utilizando carros movidos a bateria e já estuda ampliar a iniciativa para Argentina, Chile, Colômbia e México.

Na prática a Galderma estima redução de 1 mil 50 toneladas na emissão de CO2 no Brasil em um ano, uma vez que a frota percorre 1,4 milhão de quilômetros neste período. Até 2024 a companhia objetiva ter 100% de veículos elétricos circulando para a entrega de produtos de estética.

Scania vende 52 ônibus para a Viação Santa Cruz

São Paulo – No ano em que completa 65 anos a Viação Santa Cruz, operadora com sede em Mogi Mirim, SP, optou por renovar sua frota de ônibus com 52 unidades do modelo Scania K370 4×2. Trata-se do maior volume de ônibus 4×2 Euro 6 vendido para um só cliente, segundo a montadora.

Segundo Francisco Mazon, proprietário da Viação Santa Cruz, que opera em cem cidades, passando por três grandes eixos rodoviários, com os novos 52 chassis a idade média total de sua frota será de apenas dois anos. A carroceria é Marcopolo G8:

“Os produtos Scania são muito rentáveis, confortáveis e entregam alta disponibilidade. Todos eles terão freio auxiliar retarder para a máxima segurança dos passageiros”.

Ford apresenta nova geração do SUV Territory

São Paulo — A Ford apresentou a nova geração do SUV Territory durante o primeiro dia do Festival Interlagos 2023 Edição Carros, realizado no Autódromo de Interlagos, em São Paulo. O veículo será lançado no segundo semestre, mas a empresa não divulgou o mês em que ele estará disponível para os clientes:

“Lançaremos em breve, muito em breve”, disse Rogelio Golfarb, vice-presidente da Ford para a América do Sul. Segundo ele o modelo está maior, mais largo e o seu espaço interno, assim como o requinte do interior, serão pontos de destaque.

O SUV chegará com novo motor EcoBoost, ciclo otto, mais potente que o anterior, mas só na versão a combustão interna, sem opção híbrida.

O visual externo é marcado pela grande grade frontal com formato hexagonal, faróis e lanternas full led com novo desenho e rodas de liga leve de 19 polegadas.

Argentina continua distante do fim da sua pior crise

São Paulo – A Argentina tradicionalmente é o principal parceiro comercial do Brasil na América do Sul e a indústria automotiva um dos pilares desta importante relação comercial. Mas o mercado argentino tem perdido seu protagonismo nos últimos anos. No ano passado, por exemplo, o Chile, com menos da metade da população argentina, tornou-se mercado automotivo mais relevante que o dos Hermanos. A grave crise que persiste há alguns anos é a razão para a perda do papel desempenhado por nossos vizinhos, não apenas no cenário automotivo mas em diversos outros aspectos da economia.

Para compreender melhor o que se passa por lá e olhar para o futuro não apenas sob o aspecto da macroeconomia mas, também, para o da indústria automotiva, conversamos com exclusividade com o economista Dante Sica, sócio fundador da consultoria Abeceb e ex-ministro da Produção e Trabalho da Argentina de 2018 a 2019.

Uma das principais referências na área econômica na Argentina Dante Sica também é reconhecido pelos seus trabalhos tanto no setor público quanto na iniciativa privada. Tem expertise no desenvolvimento de políticas industriais e em negociações internacionais. Em 2019 foi condecorado pelo governo brasileiro com a Grã-Cruz da Ordem de Rio Branco, a maior distinção para aqueles que contribuem para estreitar as relações com o Brasil.  

Nesta conversa online na quarta-feira, 19, Sica apresentou uma série de argumentos que interpretam a atual situação da Argentina e quais podem ser os acontecimentos que tirarão o país do que ele chama de “fundo do poço”.

Qual o panorama macroeconômico atual da Argentina e o que podemos esperar para o futuro?

A verdade é que a Argentina tem uma curva crescente de inflação aliada a uma baixa atividade econômica. Em maio a atividade econômica caiu quase 5% sobre igual momento do ano passado com a forte desaceleração do consumo e o grave problema da seca que derrubou mais de 30% a produção agropecuária. Por outro lado o governo não está promovendo nenhuma ação para corrigir esses desequilíbrios. Trata-se de um país totalmente desequilibrado macroeconomicamente.

O que poderia ter sido feito pelos governantes na Argentina?

Não há âncora fiscal, a arrecadação continua caindo muito mais rápido do que a capacidade de reduzir os gastos. A inflação tem afetado os programas sociais de forma a reduzir os recursos para este fim. Todos os gastos não indexados, como obras públicas, previdência social e os programas sociais não estão sendo geridos de forma eficiente. Há falta de uma âncora monetária capaz de contribuir para financiar o déficit diretamente e pagar os juros do Banco Central, que seguem muitos altos. A única política anti-inflacionária do governo é o controle de preços que não serve para nada. Por tudo isto há três meses houve um stand by no cumprimento do acordo com o Fundo Monetário Internacional porque não tivemos ingresso de dólares por causa da seca no campo. Assim os preços relativos de quase tudo estão totalmente desequilibrados com a realidade do poder aquisitivo do consumidor.

E o que mais pode acontecer de negativo na economia daqui em diante?

Hoje o que se faz para evitar um processo hiperinflacionário? Controle do câmbio, por exemplo. O problema é que agora temos mais de quinze tipos de câmbio na Argentina. Há cada vez mais dificuldades para as empresas poderem importar e quando autorizam a importação as regras para usar os dólares tornam os negócios inviáveis. Há todo tipo de controle da economia por parte do governo e é assim que seguiremos este ano, sem perspectivas de qualquer mudança até porque estamos em ano eleitoral para a Presidência da República.

Qual o cenário político nessa transição que acontecerá este ano?

O Ministro da Economia é candidato a presidente. Neste momento ele trabalha em um novo acordo com o FMI para receber dólares, mas para isto precisa cumprir uma série de metas fiscais difíceis que como candidato não pode fazer sob o risco de não se eleger. Então ele não aumenta os gastos sociais, por exemplo, e coloca a culpa da economia débil no FMI. Nos próximos meses veremos as atividades econômicas desacelerando ainda mais e os trabalhadores fazendo greves, o que irá reduzir os ingressos de dinheiro na economia como um todo.

Mesmo assim há possibilidades de o governo atual seguir no poder?

Há uma certeza de que o próximo governo terá que fazer reformas para sair desta crise. O nível de pobreza da população é profundo, assim como é clara a deterioração econômica da classe média. O que todos querem são mudanças radicais para podermos sair do fundo do poço. As pessoas não se levantam pela manhã gritando que desejam um superávit primário fiscal. E não sonham à noite que conseguiremos privatizar todas as empresas públicas. Sabem, no entanto, que se seguirmos fazendo o mesmo a sua situação ficará cada vez pior. Então há uma percepção de que não há espaço para manter o que está aí. Todos os candidatos, tanto os de extrema-direita quanto os mais à esquerda, são pró-mercado. Desta forma quem chegar ao poder poderá tentar fazer reformas difíceis para promover uma mudança radical ou primeiramente conter a inflação para equilibrar minimamente a economia antes de trabalhar em reformas profundas. São essas as opções do País neste momento pré-eleitoral.

E o que acontecerá com a economia argentina este ano?

É mais viável que a economia tenha uma queda. O primeiro trimestre teve um crescimento muito baixo, menos de 1%. Há uma clara redução do PIB per capita nos últimos dez anos que impacta no resultado que lograremos este ano. Poderemos ter uma queda de 3% a 3,2% do PIB em 2023. E no ano que vem dependeremos da velocidade das reformas e da resposta que essas mudanças causarão em toda a economia formal. Com um contexto diferente a expectativa é que voltaremos a crescer. Sabemos que haverá a possibilidade de equilibrar a economia argentina muito mais por causa dos investimentos do que por parte da contribuição do consumo das pessoas. Em resumo 2024 será um ano de transição.

Qual a expectativa com a presidência rotativa do Mercosul, que está com o Brasil?

A única expectativa que podemos ter é que o Brasil trate de estar cada vez mais próximo da assinatura do acordo comercial com a União Europeia. Na Argentina temos um presidente quase sem funções executivas e ações concretas, um ministro da economia que é candidato a presidente. Então, não vejo condições para uma conversa mais propositiva no nível do Mercosul que possa fazer surgir uma pauta com outros temas importantes para todos os sócios. Não há uma agenda propositiva e dinâmica para um processo de maior integraçãodos sócios.

Quais serão os benefícios para Argentina do acordo com a União Europeia?

Temos que olhar para este acordo não apenas com a possibilidade de ganho comercial. Trata-se de um acordo que trará credibilidade e investimentos. Outro benefício muito importante é que a Europa é reconhecida como benchmarking global em termos de regulação. Então, se cumprimos as exigências das regulações do Mercado Comum Europeu, estaremos aptos a fazer negócios em qualquer parte do mundo. Outra oportunidade é que a Europa está buscando fornecedores de energia alternativas, energia verde mais competitiva. Na Alemanha as siderúrgicas pagam US$ 25 por 1 milhão de BTU de gás, enquanto no Brasil e na Argentina esta mesma quantidade custa de US$ 3 a US$ 5. Podemos ser uma fonte de investimentos para atender a Europa com o gás natural que é abundante aqui.

As vendas de veículos caíram quase a metade em dez anos na Argentina. E assim como no Brasil apenas os veículos mais caros são vendidos. Os veículos de entrada quase desapareceram das estatísticas. Qual o reflexo dessa mudança de perfil de venda para as marcas que operam na Argentina?

O problema do mercado automotivo na Argentina está associado à falta de dólares. Há uma restrição muito forte na utilização dos dólares para importação de veículos. O mercado interno deveria ser abastecido com carros importados, sobretudo os pequenos feitos no Brasil. Como não temos dólares precisamos abastecer o mercado interno com o que é produzido aqui. Somos o quarto produtor mundial de picapes. Então, à medida que só temos esses modelos para oferecer, excluímos boa parte dos consumidores que não podem pagar tão caro para ter um veículo novo. Para piorar: como não há crédito para financiamento os pagamentos são feitos à vista, o que reduz ainda mais o volume de vendas. 60% das vendas foram feitas à vista, isto é muito grave. E impacta o futuro de toda uma cadeia automotiva

Mesmo assim o senhor acredita que possa haver investimentos na indústria automotiva no curto prazo?

Claramente a Argentina perdeu este ciclo de investimentos da indústria automotiva. Tivemos apenas o projeto da Ford para modernizar sua produção de picapes, o que nos faz pensar que em alguns anos eles possam ter uma nova atualização e passar a fazer modelos híbridos aqui. O outro grande projeto é o investimento da Toyota para que em 2025 inicie a produção de uma picape híbrida na Argentina. As outras fabricantes fazem uma cortina de fumaça sobre suas estratégias no país. Não há nenhuma intenção de investimento especialmente pensando nessa transição. Este ciclo de investimentos que perdemos deveriam já contemplar os modelos híbridos. E isto ainda não ocorreu.

Sobre a descarbonização, um tema que está muito forte no Brasil: quais as discussões que ocorrem agora na Argentina?

Primeiro que estamos muito atrasados. Precisamos de uma legislação para a eletromobilidade e isto nem está na mesa de negociações. Neste tema acredito que é preciso olhar para todos os setores industriais do país. A Argentina é um produtor de veículos, mas também produz energia. Somos um grande produtor e exportador de gás natural. Desta forma somos credores ambientais do mundo, não devedores. É preciso legislar levando em consideração esses potenciais. Claro que temos que reduzir a emissão de carbono, mas este balanço com a matriz energética precisa ser levado em consideração.

Mas o senhor acredita que teremos uma mudança radical a ponto de os elétricos tomarem conta do mercado algum dia?

Há muito trabalho a ser feito antes de dar como morto o motor a combustão interna. Ainda estamos engatinhando quando o assunto é a infraestrutura para abastecimento de veículos elétricos. É preciso reconhecer que os preços dos elétricos estão muito distantes das possibilidades da maioria da população. Precisamos ter em conta todos estes fatores. No entanto o setor privado, mais do que as regulamentações do Estado, pode acelerar todo esse processo.

Primeiro lote do SUV elétrico Seres 3 chega ao Brasil

São Paulo – O primeiro lote do Seres 3, SUV elétrico urbano com capacidade para cinco passageiros da Seres, desembarcou no Porto de Vitória, ES, vindo de Xangai, China. Os veículos já comercializados começarão a ser entregues a partir de 25 de julho.

Com autonomia de 400 quilômetros no ciclo NDEC ou de 300 quilômetros no ciclo WLTP, o Seres 3 vem equipado com bateria de lítio com 53 kW. Segundo a fabricante a recarga pode ir de 20% a 80% em 38 minutos. Sua velocidade máxima é 160 km/h.

Chips: Stellantis busca acordos considerados estratégicos.

São Paulo — De olho no cumprimento de seu plano estratégico Dare Forward 2030 a Stellantis busca o fornecimento seguro por meio de acordos com fabricantes de chips para semicondutores críticos, compra direta de peças e visibilidade total das futuras necessidades de chips.

De acordo com a empresa os semicondutores são a base para o desempenho, a segurança e os recursos ao alcance dos clientes dos veículos. Seu plano robusto, que é continuamente refinado, inclui, por exemplo, a adoção de um banco de dados de chips para fornecer total transparência sobre o conteúdo dos componentes.

Audi bate recorde de assinaturas no primeiro semestre

São Paulo – A Audi atingiu seu recorde de assinaturas do País durante o primeiro semestre superando todo o acumulado de 2022, que já havia dobrado de tamanho na comparação com 2021. A expectativa da montadora é de que as assinaturas continuem em crescimento orgânico.

Todos os seus modelos vendidos no Brasil, hoje, estão disponíveis no programa Audi Signature, com planos de 18, 24 e 36, meses, sendo que agora os clientes possuem uma vantagem: podem pagar a mensalidade com cartão de crédito.

O Audi Signature está disponível nas suas mais de quarenta concessionárias no País.

Venda de veículos na Colômbia cai 27% no primeiro semestre

São Paulo – Assim como aconteceu no Chile a venda de veículos na Colômbia registrou queda no primeiro semestre de 2023, com retração de 26,6% na comparação com igual período do ano passado. De janeiro a junho foram vendidos 90,9 mil veículos, 33 mil unidades a menos do que nos mesmos meses de 2022, segundo dados divulgados pela Andemos, Associação Nacional de Mobilidade Sustentável.

Após o resultado no acumulado do ano a Andemos projeta um mercado de 198,4 mil unidades até o fim do ano, mas dependendo do comportamento do mercado no segundo semestre este número poderá ficar abaixo das 190 mil.

A entidade realizou estudo para entender os principais fatores de queda do mercado, caso da desaceleração econômica do país, queda nos índices de confiança do consumidor, câmbio, preços altos, inflação, taxa de juros alta para financiamento e dificuldades de acesso ao crédito.

Junho apresentou o maior porcentual de queda do primeiro semestre, com recuo de 38,1% na comparação com o mesmo mês de 2022, com 14,4 mil unidades comercializadas. O volume também foi 8,2% menor do que o vendido em maio.

Goodyear apresenta segunda geração do pneu Armor Max MSA

São Paulo – A Goodyear lançou a segunda geração do pneu Armor Max MSA GEN2, produzido no Brasil, para atender às demandas de grandes e médios frotistas, segundo comunicado divulgado pela empresa. Dedicado ao uso misto o pneu serve diretamente à produção agropecuária no País, podendo rodar em vias pavimentadas e não pavimentadas.

Na comparação com sua primeira geração o pneu possui novo desenho da banda de rodagem, é 2% mais largo e oferece sete anos de garantia.

Hyva tem novo diretor executivo para a América do Sul

São Paulo – A Hyva, fabricante de soluções para o transporte e para a movimentação de cargas, anunciou Sílvio Gateli como seu novo diretor executivo da unidade de guindastes para a América do Sul. O executivo chega à companhia com mais de 35 anos de experiência no mercado, segundo comunicado divulgado pela Hyva.

A nomeação de Gateli como responsável pela operação no Brasil e região faz parte de uma reestruturação da área de guindastes.