Nissan e Renault retomam Aliança equilibrando as forças na parceria

São Paulo – O Grupo Renault e a Nissan anunciaram na quarta-feira, 26, o acordo definitivo que coloca um ponto final nas discussões sobre a continuidade da aliança dos grupos, iniciada em fevereiro. Desta forma ficou estabelecido que as empresas estenderão a colaboração em projetos operacionais de alto valor agregado na Índia, América Latina e Europa. Além disso terão mais agilidade em novas iniciativas, como a divisão Ampere, responsável pelo desenvolvimento de uma nova geração de veículos eletrificados. E, por fim, houve um equilíbrio nas participações cruzadas nas duas empresas, reforçando a Aliança Renault-Nissan.

As aprovações regulatórias e a conclusão do acordo estão previstos para serem oficializados até o fim do ano. A partir daí o Grupo Renault e a Nissan terão, pela primeira vez, a mesma participação acionária em cada uma das empresas: 15%. A Renault concordou em transferir outros 28,4% de suas ações da Nissan para um fundo francês, que administrará os dividendos, podendo até vender essas ações no futuro. Segundo o comunicado esta transferência para um fundo independente não provocará deterioração nas demonstrações financeiras do Grupo Renault.

No que diz respeito à parceria estratégica as duas empresas estão confiantes nos benefícios em larga escala dos novos projetos desenvolvidos na América Latina, na Europa e na Índia, sendo o país asiático o primeiro a receber investimentos para a produção de novos veículos. Também já está confirmada a produção de um veículo Renault no México, tradicional base produtiva da Nissan. Dessa forma espera-se o retorno da marca francesa ao mercado estadunidense.

Como parte desta cooperação a Nissan confirmou a sua intenção de se tornar um investidor estratégico na Ampere, divisão de eletrificados softwares do Grupo Renault na Europa. A Nissan diz que fará um aporte de até 600 milhões de euro, garantindo um assento no conselho. Segundo o comunicado esta parceria criará benefícios e sinergias que complementam os próprios objetivos e iniciativas da Nissan na Europa e outros mercados.

O CEO da Aliança Renault Nissan, Luca de Meo disse que o acordo reativa as operações em todo o mundo e tem o potencial de gerar maior valor para a Renault, a Nissan, a Mitsubishi e partes interessadas: “O acordo nos dá a agilidade estratégica de que precisamos mais do que nunca no ambiente atual em rápida evolução”.

ZF acelera nacionalização de sistemas

São Paulo – A ZF continua a acelerar o processo de produção em suas fábricas, no País, de alguns modernos sistemas automotivos que até recentemente vinham sendo importados pelas empresas fabricantes de veículos. Desde 2013 a ZF é a única do setor automotivo a produzir, no Brasil, módulos eletrônicos de segurança e nos últimos quatro anos as nacionalizações vêm se intensificando.

Novas linhas da unidade de Limeira, SP – herança da aquisição da TRW que produz sistemas eletrônicos e sistemas de segurança ativa –, já entraram em operação este ano, como é o caso da produção de airbags laterais e cortina. Outra linha na mesma unidade começa a fazer, a partir de outubro, módulos eletrônicos do ESC, controle de estabilidade, que em 2024 passa a ser obrigatório em todos os carros vendidos no País e que vale pontos nas avaliações de segurança do Latin NCAP. Com isto a ZF será a única a produzir no País a parte eletrônica do sistema.

Também já estão em estudo novas nacionalizações para os próximos anos. Segundo Carlos Delich, presidente da ZF América do Sul, fazem parte de uma lista de desejos dos clientes no País a produção nacional de eixos de propulsão elétrica, para fabricantes de ônibus, e câmaras que integram sistemas de segurança ativa, como a frenagem automática de emergência: “São sistemas que seguramente teremos de produzir aqui nos próximos anos, de acordo com a demanda dos clientes”.

Delich pontuou que a empresa fornece componentes para todos os fabricantes de veículos no Brasil e é crescente a demanda deles por nacionalizar sistemas importados, incluindo os mais complexos: “Esta é uma estratégia mundial do Grupo ZF, que tem um amplo portfólio de soluções a oferecer aos clientes em qualquer lugar. Seria muito caro e demorado desenvolver e homologar fornecedores diferentes em várias partes do mundo, e os fabricantes preferem concentrar os pedidos em uma só empresa que fornece os mesmos componentes em qualquer lugar”.

Todos os airbags nacionalizados

Seguindo o princípio de localizar, na medida do possível, tudo o que os fabricantes pedem, neste mês a fábrica de Limeira inaugurou a produção de airbags tipo cortina (foto acima), que servem para proteger a cabeça dos ocupantes em ambas as laterais do carro em caso de colisão – e que também valem pontos preciosos nas notas dos testes de impacto do Latin NCAP, que começam a ser mais valorizados pelos consumidores e fabricantes no Brasil.

Esta nacionalização complementa outra, iniciada em 2021, com a localização, na mesma unidade, de duas linhas de montagem de airbags laterais, instalados nas duas portas dianteiras. Em janeiro passado mais duas linhas do equipamento foram adicionadas e, agora, entraram em produção os airbags cortina.

Com isto a ZF já soma, em Limeira. quatro linhas de montagem de bolsas de ar laterais e uma de cortina, com 22 estações de trabalho instaladas nestas novas operações.

Segundo Gustavo Ducatti, diretor de operações e negócios de sistemas de segurança passiva e eletrônicos da ZF América do Sul, “a expansão deve atender três novos produtos [carros] previstos para serem lançados até o fim de 2023 no mercado brasileiro”.

Ducatti conta que não só os airbags foram nacionalizados mas, também, as máquinas de produção. Para encurtar o tempo de início da produção e atender aos clientes ainda este ano a engenharia da ZF desenvolveu fornecedores locais de maquinário, o que também assegura atendimento mais rápido e reduz os períodos de manutenção dos equipamentos.

Ainda parte da TRW a unidade de Limeira já produzia airbags frontais desde a década passada, quando o equipamento se tornou obrigatório no País. Com o avanço da legislação de segurança veicular no Brasil, já sob o guarda-chuva da ZF, aumentou a demanda da indústria por sistemas de proteção, estimulando investimentos na nacionalização.

Intensificação da produção local

Com histórico de rápidas transferências de tecnologias para atender aos clientes nos diversos países em que opera nos últimos quatro anos estes processos foram intensificados pela ZF também no Brasil. Em pleno auge da pandemia, em 2020, foi concluído o projeto de produção local, em Sorocaba, SP, da mais nova geração de transmissões automatizadas TraXon, para veículos comerciais.

Em 2021 foi a vez de iniciar a produção, em Limeira, da geração 7.5 do ACU, airbag control unit, o módulo eletrônico que controla a ativação dos airbags. Ainda em Limeira a ZF foi a primeira do setor automotivo brasileiro a nacionalizar, em 2022, o freio de estacionamento elétrico, ou EPB, electric parking brake, já adotados em alguns carros produzidos no Brasil.

Também está localizado em Limeira, desde 2011, um polo internacional da companhia que produz sistemas de direção elétrica e cintos de segurança que são fornecidos ao mercado interno e também exportados para várias partes do mundo. Hoje a unidade brasileira já abastece 25% das necessidades de cintos da fábrica da ZF no México e, segundo Carlos Delich, este porcentual vai crescer para 100%.

4Truck desenvolve implemento mais sustentável com fibra de vidro

São Paulo – A 4Truck desenvolveu uma nova solução para os seus baús de alumínio, produzidos na unidade de Guarulhos, SP, que agora podem ser adquiridos com teto de fibra de vidro, que traz pegada sustentável importante, em tempos de ESG e de redução da emissão de carbono, assim como um menor custo de produção. O CEO da 4Truck, Osmar Oliveira, disse que a empresa segue ofertando, também, o implemento com teto em chapas de alumínio, mas tem possibilidade de a nova solução ter demanda maior do que a tradicional no futuro:

“O teto em fibra de vidro apresenta uma série de vantagens sobre os tetos de chapas de alumínio, além da sustentabilidade. A 4Truck continua oferecendo a opção dos tetos em alumínio, mas há possibilidade de maior destaque mercadológico voltado à fibra de vidro”.

O CEO lembrou que, por ser uma novidade, é necessário aguardar um tempo do implemento no mercado para avaliar a aceitação dos clientes.

O desenvolvimento da nova solução começou em 2018, quando Oliveira visitou o IAA, salão de veículos comerciais, realizado na Alemanha, e viu que diversos implementos tinham o teto em fibra de vidro. Desde então ele conversava com sua engenharia e com seus fornecedores para tornar essa solução viável no Brasil, o que aconteceu em 2023, com otimizações nas linhas de produção e na cadeia de fornecimento.

O custo menor para o cliente final é obtido a partir da maior durabilidade do implemento com teto de fibra de vidro na comparação com o alumínio, que é mais resistente a impactos e riscos de gotejamento e infiltrações. O processo de produção do teto em fibra de vidro acontece com uma chapa única, dispensando emendas e vedações e reduzindo a transmissão do calor externo para o interior do baú.

O equipamento também ajuda na redução do consumo de combustível porque é mais leve na comparação com a chapa de alumínio, melhorando o TCO da operação e contribuindo para reduzir as emissões do veículo.

BMW inicia produção da nova geração do Série 5

São Paulo – A nova geração do BMW Série 5, que inclui o elétrico i5, teve sua produção iniciada na fábrica de Dingolfing, Alemanha. O início da produção aconteceu junto com a celebração dos 50 anos da unidade, que agora está produzindo seu terceiro modelo elétrico em dois anos, de acordo com comunicado divulgado pela montadora na quinta-feira, 27.

A partir do ano que vem os veículos elétricos produzidos em Dingolfing deverão representar mais de 40% do total. A fábrica já produziu mais de 12 milhões de veículos BMW em 50 anos.

Caio vende 150 ônibus

São Paulo – A Caio vendeu 150 ônibus para a Transcorp Transporte Coletivos, que usará os veículos no transporte coletivo de passageiros em Ribeirão Preto, SP. O modelo envolvido na negociação foi o urbano Apache Vip, líder de vendas da Caio desde o seu lançamento, segundo comunicado divulgado pela encarroçadora.

As primeiras entregas estão programadas ainda para julho, mas a expectativa é de que todos os veículos estejam circulando até o fim de 2024.

Scania vende 20 chassis de ônibus Euro 6

São Paulo – A Scania vendeu vinte chassis de ônibus Euro 6 para a Guerino Seiscento, de Tupâ, SP, sendo que seis unidades já foram entregues, outras quatro ficarão à disposição da empresa em agosto e as últimas dez serão fornecidas até o fim do ano, segundo comunicado divulgado pela montadora. O modelo escolhido pela Guerino Seiscento foi o Scania K 410 6×2.

Os ônibus Euro 6 da Scania oferecem redução de consumo de 8% na comparação com os veículos Euro 5, informou a empresa.

Citroën Ami é confirmado para o Brasil

São Paulo – O Citroën Ami, solução de mobilidade desenvolvida pela empresa, que pode operar em locais pequenos, onde um carro tradicional não consegue circular, foi confirmado para o Brasil e outros países da América do Sul. Ele já é ofertado na Europa. O veículo foi exposto ao público durante o Festival Interlagos Edição Carros 2023.

Quem confirmou a novidade foram Antonio Filosa, presidente da Stellantis para América do Sul, e Vanessa Castanho, vice-presidente da marca Citroën para América do Sul. A versatilidade do Ami foi ressaltada por Castanho, que revelou parte do público alvo: condomínios, supermercados, shoppings, aeroportos.

Filosa lembrou que a Stellantis pretende ser neutra em carbono até 2038 e uma solução como o Ami é a melhor resposta para esse compromisso. Com motor elétrico o Ami é carregado em quatro horas em rede de 220 volts tradicional, o que gera 80 quilômetros de autonomia.

Robert Hilbert é o novo presidente de reposição da Bosch América Latina

São Paulo – A Bosch anunciou seu novo presidente da divisão de reposição automotiva para a América Latina. Trata-se de Robert Hilbert, de origem alemã, que iniciou sua carreira na matriz 31 anos atrás. Ele sucede a Delfim Calixto, que se aposentou no início deste mês.

Formado em administração de empresas pela Faculdade de Economia de Ludwigshafen am Rhein, Alemanha, sempre trabalhou na divisão de reposição automotiva da Bosch e acumula passagens por diversos países. De 2002 a 2005 Hilbert foi o responsável pelo departamento de vendas e exportação na unidade brasileira.

Diretor de fábricas fomenta presença de mulheres na produção há 25 anos

São José dos Pinhais, PR – Há 43 anos no setor industrial, sendo 25 deles na Renault, Vagner Mansan, que dirige as duas fábricas da empresa no Brasil, a de veículos de passeio e a de utilitários, contou que sempre se preocupou com diversidade e inclusão, mesmo quando esses temas não eram tão debatidos como hoje nem faziam parte da jornada de sustentabilidade das empresas.

Tanto que, assim que assumiu seu desafio na “terra de Marlboro”, como definiu São José dos Pinhais, quando o município conurbado a Curitiba ainda não possuía tradição no setor automotivo, em 1998, avaliou que era o momento ideal para começar a fomentar a presença de mulheres no chão de fábrica – algo, até então, pouco usual, uma vez que montadoras eram ambiente majoritariamente masculinos e ainda o são, com a diferença de que agora existem metas de inclusão das mulheres, inclusive em cargos de liderança.

O então gerente de carroceria convidou a engenheira química Maria Fernanda Toscano, 38 anos, para ingressar na planta, 23 anos atrás, como estagiária. Ela tornou-se chefe de produção e, atualmente, comanda equipe de trezentas pessoas à frente do departamento de pintura dos veículos e dos parachoques. Além dela recrutou também outras profissionais.

“Queria começar a dar um ar feminino em um ambiente que só tinha homens. Essas meninas fizeram grande transformação que mudou a parte social da empresa. As pessoas começaram a ter mais respeito e a valorizar mais a mulher. Digo que talvez elas tenham sido pioneiras na Renault para abrir esse grande caminho.”

Mais recentemente, durante sua passagem pela Renault na Argentina, onde permaneceu por quase seis anos e de onde retornou em fevereiro de 2022, Mansan também convidou a engenheira química Paula Boe, 39, para tornar-se gerente de qualidade e trilhar trajetória na fábrica brasileira, em que está trabalhando há onze meses. Há onze anos na companhia ela foi transferida junto com seu marido, que também trabalhava na fábrica.

Hoje, na Renault do Brasil, 15% dos 6 mil funcionários são mulheres, novecentas. Ao colocar uma lupa nos cargos de gestão este porcentual vai a 21%. Se for feito um recorte no chão de fábrica, olhando desde as operadoras às gerentes, 16% são mulheres. E no comitê de gestão das fábricas, formado por 25 diretores e gerentes que tomam as decisões que impactam as linhas de produção, há 40% de representatividade feminina.

“Um headhunter conhecido no mercado me disse, dia desses, acreditar que hoje no Brasil somos benchs [abreviação de benchmarking] em termos de comitê de direção. Como montadora com certeza nós somos.”

Reaproveitamento de resíduos e uso de energia renovável também estão no foco

Quanto à preocupação com o meio ambiente, outra premissa da montadora, o Complexo Industrial Ayrton Senna possui 900 mil m2 dos 2,5 milhões de m² de área de Mata Atlântica. Mansan ilustrou que mais de 47 mil toneladas de resíduos foram reaproveitados no ano passado e lembrou que o espaço é aterro zero e a fonte de energia é 100% renovável:

“Trabalhamos constantemente para controlar a demanda. Já tivemos recuo de 11% no consumo por veículo e de 12% por motor fabricados”.

Em julho a Renault anunciou que terá como sua principal fonte de eletricidade a energia fotovoltaica e que, desta forma, migrará da fonte hídrica. A partir de parceria com Complexo Fotovoltaico de Castilho, SP, tornar-se-á autoprodutora desse tipo de energia e fornecerá 85% da energia elétrica consumida nas fábricas de veículos e no centro administrativo. A meta é que 100% da eletricidade sejam de origem fotovoltaica em dezembro.

Chevrolet encabeça campanha para estimular mulheres a tirarem CNH

São Paulo – Seja por medo de dirigir ou de cometer gafes no trânsito, por falta de recursos financeiros ou mesmo de estímulo na família, apenas 35% das CNHs brasileiras pertencem a motoristas do sexo feminino. E a Chevrolet objetiva ampliar esse porcentual e elevá-lo a pelo menos metade das carteiras de habilitação do País.

Em campanha que começa a ser veiculada na mídia na quinta-feira, 27 de julho, a empresa encabeça o movimento Elas na Direção, de estímulo à conquista da CNH a partir de parceria com a ONG Plano de Menina, sediada em São Paulo.

A partir da doação de R$ 1 milhão 80 mil a Chevrolet convida outros atores, sejam eles pessoa física ou jurídica, a contribuírem também por meio de financiamento coletivo e, assim promover um trânsito mais igualitário por meio de ações práticas.

Estrela da campanha a filósofa e escritora Djamila Ribeiro foi quem deu a ideia de que ela mesma passasse pela experiência de tirar a carteira de habilitação, sonho adiado tanto pela condição social que dava o tom de sua origem humilde na Baixada Santista como pelo fato de ter priorizado sua família.

“Aos 18 anos eu não almejava ter uma habilitação porque tinha que começar a trabalhar para ajudar a pagar contas. Minha mãe também não tinha a habilitação e acabei perdendo meus pais muito jovem. A minha história é a de muitas mulheres do Brasil.”

Ribeiro, hoje com 42 anos, avaliou que em sua vida fez tudo um pouco mais tarde. Ela se formou na faculdade aos 32 anos e publicou seu primeiro livro aos 37: “Recentemente minha filha, que tem 18 anos, me indagou: mãe, vou me habilitar motorista antes de você? Ao ouvir isto pensei que a hora é agora”.

A filósofa estreará websérie mostrando sua saga para tirar a habilitação, passando por aulas teóricas e práticas: “Eu já tenho minha independência financeira, já dirijo minha vida. Agora quero estimular outras mulheres acima de 40 anos a realizar o sonho de dirigir um carro, assim como eu”.

Segundo Chris Rego, diretora executiva de marketing da GM América do Sul, o objetivo é que as mulheres tenham autonomia e liberdade: “Muitas delas precisam do veículo para levar familiares ao médico, fazer supermercado, transportar os filhos. E mesmo para se deslocar com mais conforto e, inclusive, ter a opção de gerar renda com a habilitação”.

Rego citou que 57 milhões de mulheres ainda não possuem CNH. E que em São Paulo, de acordo com dados do Infosiga, apenas 6% dos acidentes são causados por mulheres, o que indica maior cuidado ao dirigir. Mas 80% das pessoas que têm medo de guiar um carro, de errar no trânsito ou de sofrer agressão verbal são do sexo feminino.

“Muitas delas moram em regiões distantes, estudam e trabalham e, além da questão financeira, uma vez que a habilitação pode custar de R$ 2,5 mil e R$ 3 mil, dependendo do local, também não têm muito estímulo da família. É algo cultural.”

Melina Oliveira, gerente de negócios da ONG Plano de Menina, disse que a meta é conseguir pelo menos R$ 1,5 milhão pela vaquinha virtual, em um primeiro momento, ao longo do período de um mês em que a campanha ficará no ar, e poder financiar a habilitação de trezentas mulheres.

“Com o valor que já temos, por ora, da GM e da Mind, agência de influenciadores, de R$ 10 mil, com outros valores menores, que somam R$ 1,1 milhão, conseguimos ajudar em torno de duzentas pessoas.”

Oliveira orientou que interessadas em obter o benefício podem se inscrever no site da ONG www.planodemenina.com.br. O critério para tornar-se elegível será por condição financeira e social e também pela história da mulher.

Quem, por outro lado, quiser contribuir, pode acessar: https://voaa.me/elas-direcao.

Chris Rego assinalou que com a ideia de engajar mulheres a se empoderar por meio da direção a campanha deixa de ser de marca e torna-se de mercado. Tanto que a meta é juntar mais marcas: “Meu sonho é que Volkswagen e Stellantis, por exemplo, façam parte deste movimento”.

Rego garantiu que um segundo passo, que já está sendo estudado, embora não tenha nada desenhado ainda, envolve o estímulo à compra do carro 0 KM.

Quanto à Djamila Ribeiro, que disse já se ver dirigindo, ela guiará um SUV Tracker, mesmo modelo utilizado em campanha iniciada em 2021 e protagonizada pela chef de cozinha Paola Carosella, em que ela afirma que lugar da mulher é onde ela quiser.