Volkswagen assume a vice-liderança do mercado brasileiro

São Paulo – Com um bom desempenho de vendas em julho – 41,6 mil unidades, 40% acima do resultado de junho e menos de 3 mil unidades atrás da líder, Fiat – a Volkswagen reassumiu a vice-liderança do mercado brasileiro de automóveis e comerciais leves, superando a Chevrolet no acumulado de janeiro a julho. Foram licenciados 180 mil veículos VW no período, volume 45,6% superior ao do mesmo período do ano passado, quando a companhia sofreu com paralisações e falta de peças, especialmente semicondutores, nas linhas de suas quatro fábricas brasileiras.

A Chevrolet registrou, no mesmo período, 178,7 mil unidades emplacadas, alta de 24,3% sobre o resultado dos sete primeiros meses de 2022. À frente das duas a Fiat manteve confortável distância, com 251,3 mil licenciamentos, em alta de 12,7% sobre janeiro a julho do ano passado.

Segundo a Volkswagen o bom desempenho do Polo e do T-Cross no mercado, especialmente nos últimos meses, quando a MP 1 175 alavancou as vendas, contribuiu para a volta à segunda posição do ranking. Fernando Silva, diretor de vendas da VW do Brasil, disse que a companhia lidera o segmento SUV, um dos mais disputados do mercado: “O T‑Cross é o SUV mais vendido do País no ano”.

Toyota, Hyundai e Jeep, quarta, quinta e sexta colocadas, respectivamente, registraram resultado negativo na comparação com 2022. São as únicas, junto com a décima do ranking, a Peugeot, que, mesmo com a queda de 28,6% nas vendas de janeiro a julho, reassumiu a posição que, nos meses passados, esteve com a Citroën.

Veja o ranking:

Toyota encerra a produção do Etios em Sorocaba

São Paulo – Em 31 de agosto será produzido o último Toyota Etios em Sorocaba, SP, encerrando ciclo de onze anos. Disponível no Brasil, hoje, apenas na versão utilitária Aibo, e por meio do sistema de assinaturas da Kinto, o Etios ainda integra o portfólio Toyota em outros mercados da América Latina. Desde 2021 deixou de ser vendido no País.

O modelo segue com bom desempenho no mercado argentino: foi o terceiro automóvel mais vendido, com 15,5 mil unidades comercializadas de janeiro a julho, segundo a Acara.

Segundo a Toyota o fim da produção do Etios decorre da necessidade da preparação da fábrica para a introdução de um novo modelo compacto nas linhas de Sorocaba, que terá uma versão híbrida flex. Não haverá demissões, garante a companhia, que usará da “flexibilidade para ajustar a capacidade de produção de acordo com a demanda interna e externa e com as movimentações de mercado”.

O Etios deu início às operações da unidade do Interior paulista, que hoje produz, também, os modelos Yaris e Corola Cross. Foram produzidas mais de 680 mil unidades ao longo dos onze anos, das quais 240 mil exportadas desde 2013.

ZF chega a 100 mil transmissões 6S480 produzidas no Brasil

São Paulo – A ZF atingiu a marca de 100 mil transmissões manuais 6S480 produzidas em Sorocaba, SP. Mesmo sendo manual a ZF acredita em vida longa para o componente, que atualmente equipa diversas vans de passageiros e de carga.

O Brasil é o maior polo de produção da transmissão 6S480, que desde 2016 sai da linha instalada em Sorocaba. A ZF acredita que o alto volume produzido até agora “é reflexo de um componente com alto índice de qualidade e que atende às demandas dos clientes”.

Base exportadora global já é uma realidade para o setor de máquinas no Brasil

São Paulo – O sonho de todas as montadoras instaladas no País, das fabricantes de veículos leves e de comerciais leves e pesados até as de máquinas pesadas, é tornar sua operação no Brasil relevante base exportadora para além da América Latina, explorando mercados em todo o mundo. Este é um propósito defendido até pela Anfavea, que trabalha junto aos entraves burocráticos e logísticos que muitas vezes impedem o aproveitamento da magnífica capacidade produtiva instalada no País, que hoje está em torno de quase 4 milhões de veículos e 125 mil máquinas por ano, com 57 unidades fabris em operação.

Muitas empresas sonham e se preparam para este momento mas algumas já tornaram realidade os negócios com outros países e desenvolvem soluções aqui para clientes fora do Brasil. É caso da CNH Industrial, que possui algumas marcas internacionais de máquinas agrícolas e rodoviárias, e da AGCO, que também produz máquinas no Brasil para a exportação.

A CNH Industrial localizou no Brasil toda a sua produção de motoniveladoras, na fábrica de Contagem, próxima de Belo Horizonte, MG, decisão tomada por causa da representatividade deste segmento no País, que ainda dispõe de muitas áreas de trabalho que demandam este tipo de equipamento, caso da construção de novas estradas e da expansão do segmento agrícola. Thiago Wrubleski, diretor de planejamento comercial da companhia, enunciou alguns outros fatores que motivaram a localização:

“Temos um bom índice de conteúdo local para produção de motoniveladoras e isto isso nos motivou a especializar a produção. Também somos responsáveis pelo desenvolvimento global deste tipo de máquina. A decisão aconteceu há mais de uma década, não é de hoje, e atendemos a todas as demandas globais destes equipamentos a partir do Brasil”.

A AGCO também fez do Brasil um centro importante de pesquisa e desenvolvimento de novas máquinas, caso das suas plantadeiras, que são todas desenvolvidas localmente e exportadas para atender demandas globais. Rodrigo Junqueira, gerente geral da AGCO, citou como exemplo a plantadeira Momentum, desenvolvida e produzida no Brasil, com exportação para diversos continentes:

“A AGCO trabalha para ter alguns polos de engenharia pelo mundo e o Brasil é um dos principais, com grande participação da engenharia local nos seus planos globais. A nossa é uma região que trabalha com portfólio completo, desde o plantio até a colheita: temos, então, a competência para atender a diversas regiões do mundo”.

Com suas marcas New Holland Agriculture e Case IH focadas no agronegócio a CNH Industrial também faz do Brasil uma base exportadora, sendo que a unidade de Piracicaba, SP, é o seu centro de desenvolvimento para novas colhedoras de cana-de-açúcar. Este equipamento tem sua produção toda concentrada no Brasil, abastecendo o restante do mundo com volumes relevantes, disse Wrubleski.

Ao produzir quase todos os equipamentos do seu portfólio no Brasil de 85% a 90% de tudo o que é vendido na América Latina pela CNH Industrial é feito no País e na Argentina, sendo que existem exportações para outros mercados como China e Estados Unidos.

No caso da AGCO o abastecimento da América do Sul, Central e México também é realizado com a maior parte das máquinas produzidas no Brasil, enquanto uma pequena parte desse volume chega de outras regiões, caso de tratores muito grandes. A operação nacional da AGCO também exporta as marcas Fendt, Massey Ferguson e Valtra para alguns outros mercados ao redor do mundo.

Balanço

O alto volume de máquinas que o agronegócio, a infraestrutura, a construção civil e outros segmentos demandam anualmente fazem do Brasil um dos mercados mais relevantes para as empresas fabricantes, que aproveitaram as oportunidades para aumentar o portfólio local. Em 2022 o setor registrou resultado extraordinário, de acordo com a Anfavea.

As máquinas amarelas somaram 37,8 mil vendas em 2022, crescimento de 29,2% sobre 2021, e os equipamentos agrícolas chegaram a 67,4 mil, volume 19,4% superior ao do ano anterior. Somados os dois segmentos o mercado interno de máquinas foi de 105,2 mil unidades.

Nas exportações as máquinas rodoviárias somaram 11,9 mil unidades, expansão de 17,6% ante 2022, e as agrícolas registraram 10,6 mil unidades, volume 7,6% superior ao de 2021. Somando os dois segmentos o Brasil exportou 22,5 mil máquinas no ano passado.

Desafio agora é manter o mercado aquecido, avalia Fenabrave

São Paulo – É indiscutível: os descontos patrocinados pelo governo por meio das Medidas Provisórias 1 175 e 1 178 aqueceram, ainda que de forma momentânea, o mercado brasileiro de veículos leves. Em julho as vendas, segundo a Fenabrave divulgou na quarta-feira, 2, somaram 225,6 mil unidades, o melhor resultado mensal do ano – e o maior desde dezembro de 2020. O crescimento sobre junho foi de 19% e sobre julho de 2022 chegou a 24%. A questão agora é manter este mercado aquecido, o que preocupa o presidente José Maurício Andreta Júnior.

“Do ponto de vista econômico é muito importante para o País manter o setor aquecido. Por isto a Fenabrave acredita na necessidade de criação de um plano sustentado de recuperação do setor que não seja temporário. E que não envolva perda de arrecadação de impostos mas mecanismos de crédito que permitam ao consumidor readquirir o poder de compra. Estamos finalizando esse estudo e esperamos apresentá-lo ao governo em breve.”

Andreta mencionou a elaboração deste estudo no mês passado, sem entrar nos pormenores. Segundo ele o crédito é um dos principais desafios, mas não o único: o poder de compra do consumidor está deteriorado. O presidente da Fenabrave afirmou que as medidas do governo, aliadas aos descontos adicionais concedidos pelas montadoras e redes, e taxas especiais dos bancos das fabricantes, minimizou estes problemas no curto prazo. A questão agora é desenhar um mecanismo que faça o setor caminhar enquanto a taxa básica de juros permaneça em níveis elevados, ainda que em possível trajetória de redução.

O plano do governo envolveu a liberação de R$ 1,8 bilhão para descontos de R$ 2 mil a R$ 8 mil, a depender do preço, eficiência energética e índice de localização produtivo do veículo. Deste valor R$ 800 milhões foram direcionados ao mercado de leves, já esgotado, e R$ 1 bilhão ficou com caminhões, vans e ônibus. Ainda há dinheiro disponível para os pesados, cujo processo envolve, também a reciclagem de um modelo com vinte anos ou mais de operação.

“Com o aumento das vendas, mesmo com incentivos federais, a arrecadação fiscal também deve ter sido ampliada pelo maior volume de veículos comercializado. Isso vale para o governo federal e mais ainda para os estaduais, que não concederam descontos, e tiveram, portanto, ganho integral na arrecadação do ICMS.”

O acumulado do ano somou 1 milhão 224 mil unidades, avanço de 11,3% sobre o período de janeiro a julho de 2022. E, segundo Andreta, o mercado de leves, que registrou 1 milhão 150 mil licenciamentos, teve o melhor volume desde 2019, um ano antes da pandemia.

No mês passado o mercado de leves somou 215,7 mil unidades, alta de 20% sobre junho e de 27,6% sobre julho do ano passado. “Os veículos flex aspirados de entrada representaram a maioria das vendas, o que mostra que o sucesso das MPs é inquestionável”.

ZF amplia em 10% faturamento no primeiro semestre

São Paulo – A ZF encerrou o primeiro semestre com alta de 10% em suas vendas, que totalizaram € 23,3 bilhões, com relação a igual período do ano passado, quando o faturamento chegou a € 21,2 bilhões. O EBIT ajustado de € 941 milhões ficou acima do obtido nos primeiros seis meses de 2022, de € 851 milhões. A margem ajustada, entretanto, foi mantida em 4%.

Frente aos resultados registrados em meio a ambiente econômico turbulento, como alta global da inflação, consequências da guerra em curso na Ucrânia e incertezas em torno do desenvolvimento dos mercados mundiais, a ZF reforça a necessidade de industrializar futuros produtos estratégicos e trazê-los para o negócio operacional a fim de que eles forneçam um valor correspondente aos lucros da empresa.

Com essa perspectiva a ZF mantém sua expectativa de faturar € 45 bilhões e obter margem EBIT ajustada de 4,7% a 5,2%, mesmo com a aparente queda da demanda global por carros de passeio. A companhia espera alcançar fluxo de caixa livre de € 1 bilhão a € 1,5 bilhão – no primeiro semestre o valor ajustado ficou em menos € 525 milhões, e foi de menos € 630 milhões no mesmo período do ano passado. Segundo a empresa o acúmulo de estoques devido ao crescimento orgânico afeta negativamente o fluxo de caixa. 

Venda de pesados ainda sofre para engrenar mesmo com programa do governo

São Paulo – Diferentemente do mercado de veículos leves, que respondeu imediatamente ao programa de incentivo do governo, o de pesados teve alguns percalços devido à exigência de, para se obter abatimento de R$ 33 mil a R$ 99 mil, ser necessário destinar à reciclagem veículo com mais de vinte anos de uso. Ainda que no mês passado o MDIC tenha flexibilizado a regra, a fim de simplificá-la, ao dispensar exigência de que o modelo vendido e o comprado fossem da mesma pessoa, assim como permitir que mais de um veículo fosse entregue para se obter o benefício, não houve o mesmo impulso nas vendas.

Dados da Fenabrave divulgados na quarta-feira, 2, apontam que foram comercializados em julho 8,1 mil caminhões, volume que superou em 5% o total de junho, 7,7 mil unidades, mas que ficou 28,4% aquém do mesmo mês de 2022, 11,3 mil unidades. No acumulado do ano os 58,4 mil emplacamentos também estão 14,8% abaixo dos primeiros sete meses de 2022, que somou 68,6 mil licenciamentos.

José Maurício Andreta Júnior, o presidente da Fenabrave, avaliou que o mercado de caminhões, aos poucos, começa a se adequar à introdução do Euro 6, que elevou de 15% a 30% os preços dos veículos este ano, o que justificaria a leve recuperação do segmento em julho.

Quanto à dificuldade de acesso ao crédito ele crê que o cenário está “um pouco melhor no segmento” e ressaltou que é possível encontrar financiamentos com a TFB, taxa fixa do BNDES, que oferece juros de 1,18% a 1,21% ao mês. Além disto ele afirmou que alguns transportadores já começam a utilizar os recursos das MPs para renovar suas frotas, ainda que de forma incipiente.

Ao todo as MPs 1 175, editada em 6 de junho, e 1 178, editada em 30 de junho, destinaram R$ 1,8 bilhão em descontos tributários nas transações de veículos, sendo R$ 800 milhões para os segmentos de automóveis e comerciais leves, R$ 700 milhões para caminhões e R$ 300 milhões para ônibus. Por não ter deslanchado como para os leves, em que os recursos, inclusive, já esgotaram, e por considerar o programa uma introdução à renovação da frota, o governo estuda torná-lo permanente.

Quanto aos ônibus as 1,7 mil unidades vendidas no mês passado representaram resultado 15,7% inferior às 2,1 mil de junho. Entretanto, quando se compara a junho de 2022, que teve 1,5 mil emplacamentos, o resultado foi 14,2% maior. De janeiro a julho as 15,1 mil unidades comercializadas superaram em 41,2% as do acumulado do ano passado, com 10,7 mil unidades. A base de comparação é baixa, é verdade, uma vez que este foi o setor que mais sofreu na pandemia por sua característica de transporte coletivo.

Andreta Júnior assinalou que a forte oscilação mensal não altera o processo de retomada: “Por se tratar de segmento de volumes mais baixos pequenas diferenças, em unidades, aparecem como grandes saltos ou quedas porcentuais. Enxergamos o mercado de ônibus em um processo contínuo de recuperação, tanto que ele está positivo no ano”.

O dirigente citou também que programas governamentais de transporte público, como o Caminho da Escola, contribuem para a recuperação deste mercado – no entanto, até o momento o edital de licitação da nova rodada da iniciativa que leva alunos da rede pública às escolas em zonas rurais, aguardado para junho, ainda não foi anunciado.   

BMW celebra 90 mil veículos produzidos no Brasil

São Paulo – A BWM atingiu a marca de 90 mil veículos produzidos no Brasil, na unidade instalada em Araquari, SC. A fábrica foi inaugurada em 2014 e o modelo de número 90 mil produzido foi um X1 sDrive20i M Sport, que teve sua nova geração nacionalizada e é produzida aqui desde abril.

Os modelos Série 3, X3 e X4 também são produzidos na unidade. Instalada em uma área de 1,5 milhão de m², com área construída de 112,9 mil m², a fábrica é a maior produtora de veículos premium da América do Sul.

Ônibus Scania movido a gás roda em Ponta Grossa

São Paulo – A Scania, em parceria com a Compagas e a Prefeitura de Ponta Grossa, PR, iniciou demonstração com ônibus movido a gás natural em operação na cidade. O veículo já está rodando desde 1o de agosto, com a VCG, Viação Campos Gerais. O concessionário Casa Scania Cotrasa prestará todos os serviços necessários com relação a manutenção do ônibus.

A ação faz parte de projeto de mobilidade urbana mais sustentável, que está sendo desenvolvido nas principais cidades do Paraná, para certificar os indicadores de eficiência, principalmente a redução de emissão de poluentes no uso do veículo e a contribuição para as metas de sustentabilidade.

O modelo que está rodando em Ponta Grossa é o Scania K 280, com 14 metros de comprimento e capacidade para transportar 86 passageiros. Seu motor a gás tem 280 cv de potência e o ônibus é produzido em São Bernardo do Campo, SP.

Eaton abre mais de 100 vagas de estágio

São Paulo – A Eaton abriu mais de cem vagas de estágio nas suas seis unidades no Brasil. Estudantes que têm formatura prevista para 2024 e 2025 podem concorrer a uma das vagas no Programa de Estágio Eaton 2024.

Para engenheiros formados de 2020 a 2022 a Eaton abriu o seu programa de Trainee 2024, com duração de dois anos. As inscrições deverão ser feitas pelo link.