Brose do Brasil anuncia Murilo Matta como seu novo presidente

São Paulo – Com o desafio de expandir os negócios da Brose na América do Sul, ampliar o portfólio de produtos e fortalecer a liderança de mercado no setor de sistemas de portas, Murilo Matta, 47 anos, assumiu a presidência da Brose do Brasil, em São José dos Pinhais, PR. O executivo sucede a Max Forte, que foi transferido para a Brose North America.

Formado em engenharia mecânica na PUC -PR, Matta possui MBA em gestão de projetos pela FGV e é master em gestão de negócios pela Nova York School of Business and Economics. Ele ingressou na Brose do Brasil vinte anos atrás, como gerente de projetos de clientes na divisão de negócios, em que, inclusive, ocupou o cargo de vice-presidente antes da promoção para liderar a operação brasileira do grupo.

Edital do Caminho da Escola deverá ser publicado até o fim de agosto

São Paulo – A nova fase do programa do governo federal Caminho da Escola, aguardada para junho, tem nova perspectiva de sair do papel e deverá ser anunciada até o fim deste mês. De acordo com o FNDE, Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação, o edital está em fase final de elaboração e seguirá para manifestação da Procuradoria Federal junto ao órgão.

“A previsão é que a publicação ocorra até o fim de agosto”, assegurou o fundo, questionado pela Agência AutoData. Pela licitação deste ano serão adquiridos 11,4 mil ônibus que farão o transporte escolar de crianças que vivem em áreas rurais.

O volume é expressivo frente aos dois últimos chamamentos públicos, que giraram em torno de 7 mil unidades cada. Segundo o FNDE, desde 2008, quando o programa foi criado, o governo já adquiriu cerca de 66 mil veículos.

O programa é a esperança dos fabricantes de chassis e de encarroçadoras, uma vez que ele responde por boa parte da demanda por ônibus, um dos segmentos mais prejudicados durante a pandemia, justamente por se tratar de transporte coletivo.

Embora esteja dando sinais de recuperação em 2023, estimulado por pedidos de veículos para renovação de frota de urbanos e de rodoviários para atender a viagens de turismo que ficaram represadas e ganharam vantagem frente ao custo do transporte aéreo, o setor não escapa do aumento de preços promovido pela mudança de motorização para Euro 6 nem das dificuldades de acesso ao crédito, além dos juros elevados.

Tanto que dados da Anfavea, divulgados na segunda-feira, 7, mostram que a indústria ainda pena para elevar seu volume produzido, que este ano até julho está 30,5% aquém do fabricado em igual período no ano passado. Saíram das linhas de montagem até o momento 11,4 mil unidades – exatamente o volume que será licitado pelo Caminho da Escola, embora as entregas devam ser fracionadas neste e no ano que vem.

Quanto às vendas, apesar da expansão de 50% no volume emplacado, de 12,8 mil unidades, com relação ao período de janeiro a julho, a base de comparação é fraca e apenas 17% dos licenciamentos corresponderam a veículos fabricados este ano.

Julho foi o pior mês de vendas na Colômbia em 2023

São Paulo – O mercado de veículos da Colômbia registrou, em julho, o seu pior resultado mensal de 2023, com 13,1 mil unidades comercializadas, de acordo com a Andemos, entidade que representa o setor local. Na comparação com o mesmo período do ano passado houve queda de 43,8% e com relação a junho a retração foi de 9%.

De acordo com a Andemos o setor automotivo colombiano foi afetado em julho, e ao longo do ano, por uma combinação de fatores: desaceleração econômica do país, baixo nível de confiança do consumidor, as altas taxas de juros geradas pela inflação nacional e global e a desvalorização da moeda local que aconteceu no ano passado e afetou diretamente os preços praticados, reduzindo a demanda por veículos.

No acumulado do ano foram vendidos 104 mil veículos, volume 29,3% menor do que o comercializado nos primeiros sete meses do ano passado. Após mais um resultado mensal negativo a Andemos revisou sua projeção para 191,8 mil unidades vendidas em 2023, sendo que no começo de julho a entidade projetava 198,4 mil unidades mas já alertava que, por causa da sequência de quedas, o número poderia ficar abaixo das 190 mil, de acordo com seu presidente, Oliverio García:

“O setor automotivo colombiano está em um momento decisivo em que existem duas possibilidades para o restante do ano: que o mercado continue caindo abaixo de 190 mil unidades ou que então quebre a tendência atual e se aproxime da fronteira de 200 mil unidades. Por isto é fundamental que as autoridades e os competidores do setor trabalhem em políticas que promovam a confiança do consumidor, que o Banco Central comece a baixar as taxas de juro.”

Vendas financiadas começam o segundo semestre em alta

São Paulo – As vendas financiadas de veículos iniciaram o segundo semestre com alta de 12,8% na comparação com julho do ano passado, somando 492 mil unidades, considerando veículos leves, motocicletas e veículos pesados novos e usados. Na comparação com junho houve incremento de 1,5% nas vendas, de acordo com os dados divulgados pela B3 na terça-feira, 8. 

O segmento de automóveis leves cresceu 11,2% sobre julho do ano passado e 5% sobre junho, avanço considerado positivo por Gustavo de Oliveira Ferro, gerente de planejamento e inteligência de mercado da B3: “O resultado de julho teve como destaque o aumento dos financiamentos de automóveis leves. Esse movimento é explicado principalmente pelo efeito do programa de incentivos do governo, com impacto direto nas vendas de veículos”.

A venda financiada de motocicletas foi a que mais cresceu em julho, com expansão de 25,1% ante julho de 2022, mas 9,6% menor do que em junho. O financiamento de veículos pesados recuou 6,6% com relação ao mesmo mês de 2022 e avançou 3,8% ante junho.

No acumulado do ano o volume de vendas financiadas foi 6,7% maior do que o registrado de janeiro a julho de 2022, com 3,2 milhões de veículos comercializados.

Importados da Abeifa registram crescimento de 67%

São Paulo – As dez marcas associadas à Abeifa venderam 16,1 mil unidades importadas de janeiro a julho, crescimento de 67,1% na comparação com igual período do ano passado. João Henrique Garbin de Oliveira, presidente da Abeifa, disse que “o retorno que temos de nossas associadas é que ainda sentem falta de modelos em números mais expressivos de suas matrizes. Mas, aos poucos, as nossas associadas estão, em especial do segmento de importados, se reerguendo”.

No acumulado do ano a Volvo liderou com tranquilidade o ranking e somou 4,6 mil emplacamentos. A Porsche assumiu a segunda posição com 3,1 mil, ultrapassando a Kia, que ficou em terceiro lugar com 2,7 mil.

Em julho foram vendidos 2,7 mil automóveis e comerciais leves, volume 95,6% maior do que o comercializado em julho do ano passado. Na comparação com junho houve expansão de 19,8%.

O presidente da Abeifa espera crescimento expressivo nos emplacamentos dos próximos cinco meses, mantendo a sequência de bons resultados do segmento.

Chevrolet Silverado terá o mesmo motor do Camaro

São Paulo – A General Motors anunciou que apresentará a picape Silverado, seu próximo lançamento no mercado brasileiro, durante a Expointer, feira agropecuária realizada de 26 de agosto a 3 de setembro em Esteio, RS. Terá configuração de equipamentos exclusiva para o País, a High Country, com motor V8 de 5,3 litros.

É, segundo a companhia, o mesmo motor que equipa o Camaro, mas com aperfeiçoamentos e recursos específicos para atender necessidades de picapes grandes, como transporte de cargas ou reboque de barcos ou trailers. É dotado, também, de tecnologia DFM, que adequa de forma automática a quantidade de cilindros ativos, de zero a oito, de acordo com a demanda do motor no período.

Descontos e juros menores podem salvar o ano

Foi estendido para a segunda quinzena de julho e para a primeira semana de agosto o efeito dos descontos de R$ 2 mil a R$ 8 mil patrocinados pelo governo para carros até R$ 120 mil. O mercado se sustentou em alta mesmo depois que os R$ 800 milhões em créditos tributários destinados a bancar os bônus já tinham sido esgotados.

Em boa medida este movimento pode ser explicado pelas promoções que as montadoras continuaram a bancar por si próprias, comprovando que é hora de abrir mão de parte dos lucros para melhorar o desempenho este ano.

Segundo levantamento da associação dos fabricantes, a Anfavea, divulgado em 7 de agosto, até a metade do mês passado cerca de 50% dos emplacamentos foram de carros vendidos com o bônus do programa do governo, em vendas que foram acertadas na última semana de junho ou no começo de julho.

A partir da terceira semana de julho começou a cair bruscamente o número de carros vendidos com descontos do programa governamental, até praticamente sumir no fim do mês. Ainda assim a média diária de emplacamentos permaneceu em nível parecido, para fechar o mês com 215,7 mil veículos leves vendidos, volume mensal que não se via desde dezembro de 2020, e o melhor julho desde 2019, com crescimento de 20% sobre junho e de 27,6% ante o mesmo mês de 2022.

Mais: na primeira semana de agosto, segundo o mesmo levantamento da Anfavea mostra, o volume de vendas ainda permanece em patamar elevado, 23% superior ao verificado no mesmo período de agosto do ano passado – quando o problema maior era a falta de chips eletrônicos que limitava a produção.

Interesse aguçado

Márcio de Lima Leite, presidente da Anfavea, sustenta que os descontos aguçaram novamente o interesse de parte da população que já tinha desistido de comprar carros zero-quilômetro e isto atraiu mais gente às concessionárias – e, uma vez lá, vendedores fizeram o trabalho de convencimento, oferecendo descontos e financiamentos com taxas reduzidas bancadas por fabricantes e seus bancos.

Lima Leite afirmou que, se o mercado continuar no mesmo ritmo, as vendas deste ano poderão crescer de 5% a 7% sobre 2022, mas ele ainda não arrisca refazer as projeções da entidade, mantendo a conservadora previsão de avanço de 4%, esperando o emplacamento de pouco mais de 2 milhões de veículos leves em 2023, que assim será o terceiro ano consecutivo de estagnação.

A questão agora é, portanto, saber por quanto tempo os fabricantes vão bancar as promoções sem a ajuda fiscal do governo. Segundo uma consultoria os descontos diminuíram bastante após o fim dos subsídios, os preços já estão bem próximos dos valores sugeridos de tabela, e os planos de financiamento promocionais oferecidos com juro zero têm baixa atratividade, pois a entrada mínima exigida é alta, acima de 50% do valor do bem.

Ainda assim, se os estoques começarem a crescer novamente, pode acontecer um efeito rebote caso algum fabricante resolva ser mais agressivo nas promoções, pressionando a concorrência a conceder descontos também para não perder terreno.

Condições mais favoráveis

O que mais deve impactar o mercado daqui por diante é a redução dos juros dos financiamentos, após os cortes na taxa básica Selic iniciados este mês pelo Banco Central, o que também aumenta a oferta e a aprovação de crédito no mercado.

O raciocínio é simples: se o custo do financiamento cai também cai o valor a ser financiado e, por consequência, o valor das parcelas diminui e elas começam a caber no bolso do freguês, ao mesmo tempo em que os bancos reduzem sua aversão ao risco e começam a aprovar mais fichas.

Esse ciclo virtuoso de expansão do crédito será potencializado se os preços dos veículos também caírem, devolvendo o poder de compra aos consumidores, tanto pelo valor mais baixo do bem como pelo financiamento que cabe no orçamento.

Os fabricantes podem e devem promover reduções de preços, pois os custos de produção já voltaram a ficar mais comportados e as empresas estão reportando lucros robustos e, portanto, poderiam destinar parte dos ganhos para promover descontos e assim vender mais, ganhar no aumento de volumes.

Isto é algo que os próprios consumidores deverão obrigar os fabricantes a fazer, usando a seu favor a velha e boa lei da oferta e procura: se a demanda cair os descontos sempre aparecem.

É como sugeria a publicidade de um fabricante: “Não compre carro hoje”, espere pelo preço melhor. Afinal as montadoras não conseguirão suportar por muito tempo volumes de vendas que hoje deixam muitas fábricas ociosas.

Esta situação só foi possível, até agora, porque até o fim de 2022 não houve problema de demanda, tudo que se produzia era vendido pelo preço que se pedia, os clientes estavam pagando, e os fabricantes estavam vendendo menos e lucrando mais. Mas este ano o cenário mudou, as vendas caíram e os descontos voltaram. Já não era sem tempo.

Grupo BMW inaugura campo de provas para veículos autônomos na Europa

São Paulo – O Grupo BMW investiu € 300 milhões em um novo local de testes dedicado a veículos autônomos. Situado em Sokolov, na República Tcheca, o FMDC, Future Mobility Development Center, é o primeiro espaço de desenvolvimento deste tipo na Europa.

O local, antiga região de mineração, transformou-se em um centro de inovação onde trabalham cem profissionais. Segundo o Grupo BMW o terreno ao redor possui as melhores condições do mundo real para testes de direção e estacionamento autônomos.

Durante todo o planejamento e estabelecimento a empresa informou que adotou o conceito de construção ecológica ao optar pela energia elétrica verde e equipar o espaço com inovador sistema de gerenciamento de água que coleta água da chuva e a utiliza para irrigar a pista.

Imposto argentino fere acordo bilateral e cria insegurança jurídica

São Paulo – O tributo PAIS, Para uma Argentina Inclusiva, criado pelo governo argentino no fim do mês passado fere, na opinião da Anfavea, o acordo comercial bilateral do Brasil com a Argentina em vigor. A alíquota de 7,5% aplicada a produtos importados incide também sobre os veículos e não exclui produtos do Mercosul, embora os dois países possuam acordo há anos para o comércio exterior do setor.

“A medida faz com que o produto feito localmente na Argentina fique 7,5% mais barato do que o brasileiro, tributariamente falando”, disse Márcio de Lima Leite, presidente da entidade. “É flagrantemente contra o acordo bilateral que disciplina o comércio exterior, uma vez que este é um imposto de importação travestido de outro nome. O acordo bilateral deveria funcionar como estímulo para os países e não o contrário.”

Para o presidente da Anfavea a medida mexerá ainda mais no fluxo das exportações, que já vêm diminuindo. Apesar de o mercado argentino ter avançado 12% de janeiro a julho de 2023, ao passar de 253 mil para 277 mil unidades, as exportações brasileiras para o país recuaram 2,6%, de 84 mil para 81 mil unidades.

Trata-se, segundo o dirigente, de um custo a mais para o exportador brasileiro colocar sua unidade no País vizinho. Ele lembrou que o governo argentino em um primeiro momento criou imposto para carros de luxo até US$ 25 mil e, agora, ampliou a tributação a todos os veículos importados.

Mesmo componentes fabricados no Brasil acabam sofrendo este impacto com a incidência do PAIS, o que também pode afetar a concorrência e mesmo o preço do veículo produzido na Argentina. Lima Leite, porém, assinalou que não há comparação com o reflexo que será exercido ao preço total do veículo feito no país vizinho e por aqui.  

“Na semana passada apresentamos ao MDIC nossa queixa relacionada aos problemas de competitividade que essa medida trará. Estive reunido com o vice-presidente da República, Geraldo Alckmin, e agora teremos outros encontros envolvendo as embaixadas dos países. O objetivo é que o governo argentino reveja essa decisão.”

Mais conversas com o governo

A Fenabrave trabalha em estudo que pretende, nos próximos meses, apresentar ao governo federal para alavancar as vendas de veículos, dando sequência às medidas da MP 1 175 que concedeu descontos aos consumidores. Lima Leite disse que a Anfavea vem conversando com a entidade que representa o setor de distribuição mas que não tem em mente nenhum pedido de incentivo ou mais bônus.

“Nossa intenção é uma agenda regulatória, que torne o setor mais ágil e ajude mais o setor de distribuição, de forma que as concessionárias possam ter mais participação no processo.”

O executivo adiantou, também, que ao fim do terceiro trimestre a Anfavea fará uma possível revisão de suas projeções, embora, atualmente, tudo caminhe conforme o planejado – mesmo com o acréscimo de vendas do programa do governo: “Talvez a gente faça uma revisão, coisa de 5% para cima, mas ainda é muito cedo para adiantar. No começo de outubro apresentaremos o estudo e, quem sabe, revisaremos os números”.

CNH Industrial alcança aterro zero em todas as fábricas no Brasil

São Paulo – Todas as fábricas da CNH Industrial instaladas no Brasil são zero aterro, resultado de um trabalho iniciado pela companhia em 2016 para descartar corretamente 100% dos resíduos gerados em sua produção. A unidade de Curitiba, PR, foi a última a se tornar zero aterro, juntando-se às unidades de Contagem, MG, Piracicaba, SP, e Sorocaba, SP.

O conceito de aterro zero consiste no máximo de aproveitamento e correto encaminhamento dos resíduos gerados durante a produção.