Simpar registra lucro líquido de R$ 125 milhões no terceiro trimestre

São Paulo – A Simpar, holding que administra diversas empresas de mobilidade, como a JSL, Vamos, Movida e Automob, registrou lucro líquido de R$ 125 milhões no terceiro trimestre, 13% acima da cifra de um ano atrás. O EBITDA de R$ 2,7 bilhões cresceu 30% em relação ao mesmo período do ano passado e bateu recorde, com margem de 32,1%, avanço de 0,9 ponto porcentual.

De acordo com a Simpar os números devem-se a consistência das entregas das empresas do grupo e são consequência do foco em eficiência e produtividade. Também obtiveram resultados recorde a receita bruta, que avançou 29% frente ao período de julho a setembro do ano passado, para R$ 11,9 bilhões, e a receita líquida de serviços, de R$ 8,4 bilhões, alta de 26% no mesmo comparativo.

A holding justificou em seu balanço esses dois últimos dados como reflexo do crescimento orgânico oriundo das bases empresariais construídas, da alta liquidez e da qualidade dos ativos operacionais.

Bruno Salmeron é o novo CEO da Tecnofibras

São Paulo – A Tecnofibras, fabricante de peças em materiais compósitos, anunciou que Bruno Salmeron é seu novo CEO. Com sólida trajetória no setor de autopeças e experiência em governança corporativa e inovação o executivo sucederá a Marcelo Luiz Castro de Aguiar, que seguirá como presidente do conselho de administração da companhia sediada em Joinville, SC.

Salmeron iniciou carreira na fábrica de elevadores da própria família, a Zenit, e acumulou passagens pela Delco-Remy, Valeo, Lennox-Group Heatcraft do Brasil e Schulz. 

Formado em engenharia eletromecânica pela Universidade Presbiteriana Mackenzie e administração de empresas pela USP, possui MBA pela Insead e certificação em governança de inovação, além de ser integrante do Conselho Global de Fornecedores da John Deere e somar dezoito anos de experiência na gestão de empresas familiares.

De acordo com a companhia a nova fase da gestão corporativa reflete significativa expansão da operação desde que foi adquirida em 2016 pela Jointech Industrial S.A., braço de investimento do Grupo Weisul, de Camboriú, SC, e dos acionistas da Axia, de Joinville. De lá para cá o número de funcionários saltou de 123 para os atuais oitocentos e o faturamento foi ampliado mais de dez vezes neste período.

Dentre os planos para a etapa assumida por Salmeron estão investimentos em modernização e digitalização do parque fabril. Segundo a Tecnofibras em 2024 a empresa já registra aumento de 19% no volume de produção, em comparação ao ano passado, desempenho que vem acompanhando a demanda crescente dos setores automotivo, agrícola, infraestrutura e de energias renováveis.

Vendas globais de carros elétricos deverão aumentar 27% até 2028

São Paulo – Apesar do atual ceticismo com relação aos veículos elétricos, principalmente no que tange à infraestrutura de carregamento limitada e aos altos custos das baterias, as vendas globais deverão encerrar 2028 com alta de 27% e atingir mais de US$ 1 trilhão, de acordo com dados apresentados pelo Stocklytics.com.

A pesquisa Statista Market Insights mostra que somente este ano as receitas globais de vendas de carros elétricos deverão alcançar US$ 786 bilhões, 2,2% acima do ano passado. Embora o desempenho esteja distante das taxas de crescimento de dois dígitos de 2020 a 2023, quando o aumento anual girava em torno de 60% ao ano, estimulado pelos altos preços da gasolina, é esperado que este porcentual dobre em 2025, para 5,5%, e que até 2029 chegue a 8%.

De acordo com o levantamento esta tendência ascendente ajudará a indústria de elétricos a estabelecer vendas no patamar de trilhões de dólares em quatro anos. Ao todo 76% do valor deverá ser proveniente dos 100% elétricos — os híbridos plug-in responderão por 34%.

Até o fim do ano 13,6 milhões de veículos elétricos serão comercializados em todo o mundo, estima a Statista, o que representa 280 mil unidades a mais com relação a 2023 e 17% das vendas globais de carros. O maior avanço deverá vir da China, dos Estados Unidos e da Europa.

A pesquisa projeta que até 2029 serão vendidos 18,8 milhões de veículos elétricos no ano, aumento de 38% com relação ao número atual esperado, ou 5,1 milhões de unidades. Quanto ao total de estações de recarga deverá haver incremento de 65% neste intervalo, ao passar de 2,5 milhões para 4,2 milhões em todo o mundo.

Financiamento de veículos tem o melhor mês desde 2012

São Paulo – Foram financiadas as vendas de 670 mil automóveis leves, motos e veículos pesados novos e usados em outubro, 25,5% a mais do que no mesmo mês em 2023 e 11,6% acima de setembro. Foi o melhor resultado para um mês desde agosto de 2012, segundo a B3, que opera o Sistema Nacional de Gravames, base privada de cadastro das restrições financeiras de veículos dados como garantia em operações de crédito.

No acumulado do ano o número de 5,9 milhões de unidades comercializadas a prazo está 22,9% acima de igual período no ano passado, o que equivale a cerca de 1,1 milhão a mais. De acordo com a B3 é a melhor marca para o período desde 2011, quando 6,3 milhões de veículos foram financiados.

Na avaliação do gerente de planejamento e inteligência de mercado na B3, Gustavo de Oliveira Ferro, em outubro houve aumento em todas as categorias: “Os números estão em linha com o ritmo forte que o setor tem demonstrado ao longo de todo este ano, principalmente neste segundo semestre”.

Em outubro o maior crescimento na demanda por financiamentos foi visto nas motos, com incremento de 27,1% com relação ao mesmo mês do ano passado e de 13,7% frente a setembro. Em veículos leves houve aumento de 26,4% na comparação anual e de 11% na mensal e, em pesados, a venda a prazo superou em 6,6% a de outubro de 2023 e em 9,5% o mês anterior.

Produção de motocicletas é a maior em treze anos

São Paulo – A produção de motocicletas, de janeiro a outubro, somou 1 milhão 478 mil unidades, 11,7% acima dos dez meses iniciais de 2023, o que configurou o melhor desempenho dos últimos treze anos. Os dados foram divulgados pela Abraciclo, que representa as fabricantes do Polo Industrial de Manaus.

Somente no mês passado o volume foi de quase 155 mil motos, incremento de 17,9% frente a outubro do ano passado e de 7,6% com relação a setembro. Segundo a Abraciclo foi o melhor resultado para o mês desde 2013.

O presidente da entidade, Marcos Bento, afirmou que a indústria de duas rodas vive momento bastante positivo e que as fabricantes seguem otimistas no cumprimento do plano de produção recém-revisado, em que a nova projeção passou a 1 milhão 720 mil unidades até o fim do ano, o que se deve “à grande aceitação do produto por parte do consumidor”.

Quanto às vendas no acumulado do ano foram contabilizadas 1 milhão 577 mil motocicletas, 19,6% acima do período janeiro-outubro de 2023 e também o melhor número obtido desde 2011.

No mês passado foram emplacadas 166,7 mil unidades, alta de 21,1% no comparativo de doze meses e de 6,5% no mensal. De acordo com a Abraciclo foi o maior volume comercializado no mês em dezoito anos. Com 23 dias úteis a média diária de vendas em outubro foi de 7 mil 250 unidades.

No acumulado do ano as exportações de 26,8 mil motos registram queda de 11,8% frente aos mesmos dez meses de 2023. No mês passado, porém, os quase 3 mil embarques estão 47% acima do registrado em outubro do ano passado e 74% além do volume de setembro.

Zeekr inaugura primeira concessionária e apresenta o X

São Paulo – A Zeekr, marca com origem na China que integra o Grupo Geely, anunciou o lançamento do modelo elétrico X no Brasil em duas versões, Premium e Flagship, com preços de R$ 272 mil e R$ 298 mil, respectivamente. Com este posicionamento concorre diretamente com o Volvo EX30, que tem preços de R$ 230 mil a R$ 300 mil – e que também faz parte do Grupo Geely, compartilhando diversas peças de acabamento com o X. 

O X é 20 cm maior do que o EX30 e oferece mais espaço interno, com 10 cm a mais de entreeixos. O modelo de vendas será igual ao do luxuoso Zeekr 001, com os clientes encomendando e configurando a versão escolhida por meio do site oficial da importadora. O veículo será entregue em até noventa dias.

Ronaldo Znidarsis, responsável pela Zeekr no Brasil, disse que o avanço das concessionárias começará nos próximos dias. A primeira unidade foi inaugurada na terça-feira, 12, com o lançamento do X: “Abrimos nossa primeira casa Zeekr na cidade de São Paulo, a próxima será aberta no Rio de Janeiro nos próximos dias e até dezembro também estaremos em Florianópolis e Ribeirão Preto. Em breve teremos dez unidades no País”.

O executivo revelou que está em negociações para abrir mais duas praças no Estado de São Paulo e pretende avançar em 2025 para outras regiões como Porto Alegre, RS, Recife, PE, Curitiba, PR, e Brasília, DF. Questionado sobre as projeções da empresa para o ano que vem Znidarsis disse que está na indústria automotiva há mais de quarenta anos e que, pela primeira vez, não tem metas de vendas definidas:

“A procura dos clientes está acima do esperado e nos surpreendeu até agora, mas não temos metas definidas para o ano que vem. Traremos os modelos conforme os consumidores fecharem os pedidos. Há muita montadora que produz no Brasil e demora mais de noventa dias para entregar um modelo novo para o cliente”.

O Zeekr X na versão de entrada, a Premium, dispõe de motor elétrico de 272 cv de potência e na configuração topo de linha o modelo é equipado com dois motores elétricos com potência conjunta de 428 cv. A bateria das duas versões é de 66 kWh, produzida pela CATL, com autonomia de até 332 quilômetros, de acordo com o ciclo PBEV, do Inmetro. 

A lista de itens de série do X é robusta e oferece desde a versão de entrada sete airbags, sistema de som Yamaha, central multimídia com tela sensível ao toque de 14,6 polegadas, quadro de instrumentos digital com tela de 8,8 polegadas, alerta de manutenção em faixa, piloto automático adaptativo, sistema one pedal que aciona o freio quando o motorista tira o pé do acelerador e recupera força para as baterias.

O veículo recebeu nota máxima do Euro NCAP para ocupantes adultos e crianças e no Brasil oferece garantia de cinco anos para o modelo e de oito anos para a bateria. A empresa afirmou, em nota, que seu custo de manutenção será até 50% menor do que o dos principais concorrentes.

Audi Q6 e-tron chega às concessionárias com nova linguagem visual da marca

São Paulo – A Audi apresentou o Q6 e-tron, modelo inédito 100% elétrico que chegará à rede de 42 concessionárias nas próximas semanas. Disponível em duas versões: Q6 e-tron Performance quattro por R$ 529 mil 990 e Q6 e-tron Performance Black quattro por R$ 569 mil 990.

Equipado com pneus Bridgestone Turanza T005AD, o elétrico adota a nova linguagem visual de design da marca é montado sobre a PPE, Plataforma Elétrica Premium, na tradução do inglês. Com autonomia de 411 quilômetros, conforme dados do Inmetro, sua recarga é realizada de 10% a 80% em 21 minutos.

Conjunto de baterias de íon lítio e capacidade de 100 kWh fornecem potência combinada de 387 cv e 535 Nm de torque, o que permite ao Q6 e-tron acelerar de zero a 100 km/h em 5,9 segundos e atingir a velocidade máxima de 210 km/h.

Segundo a Audi seus clientes poderão recarregar seu veículo gratuitamente utilizando voucher que será entregue no momento da retirada do veículo em todas as estações de recarga de 150 kW presentes nas concessionárias.

Além disso, em parceria com a Raízen, a montadora está oferecendo bônus de R$ 10 mil em recargas na rede identificada com a marca Shell aos cinquenta primeiros clientes que realizarem a compra do veículo durante a pré-venda.

Demanda por Kardian faz com que Renault eleve em 30% projeção de exportação

São Paulo – A Renault está feliz com seus números de exportação do Kardian para a América Latina, para Argentina, Colômbia, Costa Rica, Equador, Guatemala, México, Paraguai, Peru e Uruguai. A perspectiva da empresa é encerrar o ano com volume 31% superior ao esperado quando o modelo foi lançado, em março, somando 12 mil unidades.

Na Argentina, maior mercado importador do veículo, as projeções aumentaram 75%.

Atualmente 28% da produção do Kardian são exportados. É o primeiro de oito modelos que nos próximos três anos serão lançados dentro do plano estratégico para mercados internacionais, o Renault International Game Plan 2027.

ABVE teme fim dos incentivos com maior penetração dos híbridos leves

São Paulo – Com o início da produção local de modelos MHEV, híbridos leves ou micro híbridos conforme a nomenclatura adotada pela ABVE, Associação Brasileira do Veículo Elétrico, é esperado o crescimento considerável da participação dos modelos eletrificados no mercado brasileiro. Nos cálculos da entidade a venda deverá superar as 160 mil unidades em 2024 e alcançar algo em torno de 240 mil unidades no ano que vem, com boa parte do crescimento composta por MHEV nacionais, aliado à tecnologia flex.

Tais modelos gozam de benefícios em alguns estados, uma forma de impulsionar tecnologias de propulsão de menor emissão de CO2. São Paulo, Paraná, Rio de Janeiro e Distrito Federal são alguns exemplos de entes federativos que concedem desconto no IPVA, com alíquotas que variam de Estado para Estado. Na Capital paulista outro exemplo de benefício atrativo: isenção do rodízio municipal, permitindo que os elétricos ou híbridos circulem os cinco dias da semana pelo centro expandido.

Os incentivos são os mesmos independentemente da tecnologia, que começa nos MHEV com motor elétrico de 3 kW e bateria de 12 v e segue até os BEV, que contam com motor de 285 kW e bateria de 100 kWh, pegando como exemplo as configurações de dois lançamentos recentes – Fiat Pulse Bio Hybrid e Audi Q6 e-tron. Algo que levanta preocupação ao presidente da ABVE, Ricardo Bastos: ele teme que os governos simplesmente cortem os benefícios que os eletrificados têm por causa do aumento do volume.

“Estamos sentindo o mercado”, disse em entrevista após sua participação no Electric Days 2024, organizado pela Motorsport Network em São Paulo em 12 e 13 de novembro. Em conversas com representantes do governo Bastos já escutou que o nível de incentivo está batendo no teto e começa a prejudicar a arrecadação: “Temos que nos adiantar aos governos e mostrar que existem tecnologias diferentes, com graus distintos de eficiência, e manter os poucos benefícios que temos”.

Colocar no mesmo balaio os micro híbridos com seus pequenos alternadores e carros recarregados na tomada pode ser prejudicial no médio prazo, avaliou o presidente, que busca internamente, com a equipe técnica da ABVE e de suas associadas, uma proposta que mantenha os benefícios ao menos para aqueles modelos mais eficientes.

“Podemos traçar uma régua: se o veículo híbrido tiver um consumo de 30% a 40% mais eficiente do que seu equivalente a combustão, por exemplo, pode ter o benefício”. Nada está definido e nem rascunhado, porém: este foi apenas um exemplo de alternativas que o presidente da ABVE apresentou à reportagem.

Neste caso excluiria os MHEV, uma tecnologia de baixo custo mas de eficiência considerável, que pode chegar a 10% segundo Bastos: “É uma tecnologia interessante para o mercado brasileiro e atende às exigências do Mover [Programa Mobilidade Verde e Inovação]”. Outro argumento: no caso dos híbridos leves, ou micro híbridos, as rodas não são tracionadas pelo motor elétrico em momento algum.

Os planos de Bastos de se adiantar nesta questão deverão, no entanto, provocar reações. A isenção do rodízio municipal em São Paulo foi uma das vantagens listadas pelo vice-presidente da Fiat para a América do Sul, Alexandre Aquino, durante a apresentação dos Pulse e Fastback Bio Hybrid. Vale ressaltar que a tecnologia não está presente apenas em veículos Fiat: há modelos Caoa Chery, Kia, Audi e Land Rover, dentre outras marcas, com sistema MHEV.

As conversas estão apenas no âmbito da ABVE, sem participação das associadas da Anfavea, diretamente interessadas na discussão e com um forte argumento: os híbridos leves que deverão sustentar o crescimento dos eletrificados em 2024 são, ao menos, produzidos nacionalmente, ao contrário da maior parte dos 170 mil híbridos e elétricos que serão vendidos no mercado brasileiro em 2024, que é importada da China.

Randoncorp anuncia investimento de R$ 400 milhões em Araraquara

São Paulo – A Randoncorp anunciou novo ciclo de investimento, de R$ 400 milhões, para ampliar a capacidade de produção dos chassis de semirreboques de sua unidade em Araraquara, SP. Os recursos chegam ainda em 2024 e, segundo a companhia, serão desdobrados ao longo dos próximos anos.

De acordo com a fabricante de implementos o investimento permitirá que a empresa promova nova organização do seu parque fabril no Brasil, com unidades em Chapecó, SC, Caxias do Sul e Erechim, RS, com a otimização da produção de linhas de semirreboques e valorização das características de cada uma das fábricas.

O plano é também melhorar a logística de distribuição dos produtos, tornando a entrega rápida e mais competitiva no centro do País. Ao longo de 75 anos de atividades a Randoncorp já produziu mais de 600 mil implementos rodoviários.