Fenabrave cria curso em parceria com Academia CEO e FGV

São Paulo – A Universidade Fenabrave, a Academia CEO e a FGV in Company concordaram em estabelecer parceria para desenvolver cursos de reciclagem e aprimoramento de profissionais que trabalham em concessionárias. Segundo o presidente da Fenabrave, José Maurício Andreta Júnior, o objetivo também é elevar o nível dos executivos e dos empresários do setor, abarcando gerentes, proprietários e sucessores das concessionárias.

Embora a Universidade Fenabrave realize treinamentos técnicos e gerenciais aos associados a ideia é melhorar a capacidade de gestão:   “Muitas vezes o negócio passa de pai para filho e este, sem preparo nem interesse pela atividade, acaba quebrando a empresa e gerando desemprego no setor”.

Antônio Maciel Neto, fundador da Academia CEO, plataforma de educação executiva sobre liderança e gestão, contou que, inicialmente, serão oferecidos quatro cursos, cada um com duração de 30 horas, em formato híbrido, parte on-line e parte presencial, na FGV.

As aulas do primeiro curso, sobre o relacionamento com os clientes, serão iniciadas em novembro. As do segundo, previsto para começar em março, abordarão o tema de gestão estratégica, seguido do terceiro, de recursos humanos e autoconhecimento, aguardado para junho. O quarto curso previsto será sobre finanças corporativas.

Maciel Neto relatou que a ideia é ir lançando mais cursos até que, no futuro, eles evoluam para um MBA, que requer o mínimo de 360 horas.

Vendas de agosto retornam aos níveis de maio e Fenabrave prepara estudo para entregar ao governo

São Paulo – Passado julho, em que as vendas de veículos leves dispararam e as médias diárias giraram em torno de 10 mil a 11 mil unidades emplacadas puxadas pelo programa do governo que ofereceu descontos de R$ 2 mil a R$ 8 mil para estimular a aquisição de carros 0 KM, em agosto os volumes estão retornando ao patamar dos meses anteriores. Em dezesseis dias úteis deste mês foram emplacadas 7,7 mil unidades por dia, média similar a maio, que contou com média de 8 mil veículos diários, segundo dados divulgados pela Fenabrave na quarta-feira, 23.

Embora o vice-presidente da República e ministro do MDIC, Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, tenha ressaltado o volume de vendas do programa em vídeo gravado durante visita ao 31º Congresso & Expo Fenabrave, no São Paulo Expo, antes da abertura oficial, nenhuma outra medida para o setor foi anunciada.

Alckmin colocou-se à disposição para ouvir propostas futuras para esse setor mas, no dia anterior, em que disse que o governo quer prorrogar o prazo do programa para pesados, que consumiram apenas R$ 270 milhões de R$ 1 bilhão, até que os recursos se esgotem, ele descartou, por ora, outra remessa de incentivos sob a forma de desconto.

José Maurício Andreta Jr., presidente da Fenabrave, mais uma vez disse que a entidade está trabalhando em plano para apresentar ao governo a fim de estimular novamente o comércio de 0 KM. Ele, no entanto, não pormenorizou que propostas estariam endereçando à União e nem o prazo. Afirmou apenas que será “em breve”, sem estimar se poderá ocorrer ainda este ano: “O que está claro é que precisamos de escala, o que facilitará a aprovação de crédito e a redução de juros”.

Andreta Jr. apontou que a extensão de medidas que facilitem a venda de usados terá reflexo no comércio de novos, o que pode ocorrer, por exemplo, se o Renave, Registro Nacional de Veículos em Estoque, passe a ser aplicado também aos usados, o que trará maior segurança às transações e aos bancos que, de acordo com ele, estão tomando muito calote nas operações de compra e venda.

Outro ponto mencionado pelo dirigente é a aprovação pelo Congresso de lei que permite a retomada do veículo, em até noventa dias, diante da falta de pagamento, o que, segundo ele, dará mais segurança às instituições financeiras: “Se o risco do empréstimo diminuir será possível diminuir os juros cobrados e ampliar a oferta de crédito”.

Andreta Jr. lembrou, ainda, que é possível pensar em saída que mantenha ou até eleve a arrecadação do governo com a redução de impostos de qualquer uma das três esferas: “Se diminuir a alíquota é possível ganhar escala”.

Disse que, em paralelo, aguarda pela aprovação da reforma tributária, que pode solucionar diversas dores do setor. Para ele também é fundamental que haja redução do preço de carros de entrada para reaquecer vendas.

Durante a abertura do congresso o dirigente cobrou o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, a respeito do que ele poderia fazer pelo setor: “Precisamos de previsibilidade. De um plano de longo prazo. De escala em todos os setores automotivos para tratar de reduzir tributos sem a perda de arrecadação”.

Ele fez analogia do setor como um paciente na UTI e que, com o programa do governo, obteve melhora, mas que ainda requer cuidados para a plena recuperação.

“E buscamos, também, isonomia de impostos, pois as concessionárias recolhem mais do que outros setores. Isso não está certo e precisa ser reparado.”

Queda da Selic pouco impactou financiamentos até o momento

Tereza Fernandes, economista da consultoria MB Associados, que elabora cenários econômicos para a Fenabrave, avaliou que a baixa da taxa Selic, no início do mês, de 13,75% ao ano para 13,25% ao ano por enquanto ainda não refletiu na ponta, nos custos dos financiamentos.

Ela justificou que, a despeito da pequena redução, de 0,5 ponto porcentual, contou contra nesse cenário o fato de o preço da gasolina ter aumentado: “Acredito que demorará dois ou três meses para que os financiamentos sintam o impacto da queda da Selic. O que poderá ser refletido, também, na ampliação do prazo”.  

Governo de São Paulo estuda reduzir o ICMS de veículos usados

São Paulo – Reduzir o ICMS de veículos usados, acelerar a devolução do imposto às concessionárias por meio da substituição tributária e a extensão do Renave, Registro Nacional de Veículos em Estoque, aos usados, são elementos que ajudarão a reduzir a informalidade, a maior liberação de crédito e, consequentemente, as vendas do setor de distribuição. Foi o que afirmou o governador do Estado de São Paulo, Tarcísio Freitas, durante a abertura do 31º Congresso & Expo Fenabrave, na quarta-feira, 23, no São Paulo Expo – o evento vai até a quinta-feira, 24.

O governador garantiu estar ciente dos desafios do ramo automotivo, que têm chegado à esfera estadual. E, diante disso, comprometeu-se a encabeçar alguns temas sensíveis à melhora do desempenho dos veículos 0 KM do que por aprimorar questões envolvendo os usados.  Freitas lembrou um dos pontos levados pela Fenabrave no início do ano: a possibilidade de transferir veículos com IPVA com parcelas em atraso.

“Imaginem se só pudéssemos transferir veículos com o imposto quitado. O decreto foi lançado [em janeiro] para que fizéssemos esse destravamento e permitir uma série de negócios”.

O governador pontuou que o segmento sofre com alta informalidade e que é sabido que o governo precisa agir para combatê-la: “O Renave foi um avanço do ponto de vista de rastreabilidade e do combate a fraudes. Trata-se de uma tremenda ferramenta. Precisamos estendê-la aos veículos usados.”

No que diz respeito ao crédito, parceria com o setor financeiro será fundamental para que o Renave e a formalização engrenem, afirmou. E, para tanto, será preciso discutir a questão tributária.

“Aí faz todo sentido começar a diminuir paulatinamente o ICMS dos veículos usados. Obviamente começaremos a fazer este movimento olhando a situação fiscal, mas temos de programá-lo para que seja possível competir em condição de igualdade inclusive com as locadoras.”

A devolução do ICMS da substituição tributária que é recolhido pelas concessionárias também está na pauta do governo estadual, o que, segundo Freitas, “tem total atenção de sua gestão”, enquanto aguarda a reforma tributária na qual, de acordo com ele, São Paulo também ganhará em todos os aspectos.

Simplificação de transferências está na agenda federal  

Adrualdo de Lima Catão, secretário Nacional do Trânsito garantiu, também durante a abertura do congresso, que dois pontos têm a atenção da Senatran, Secretaria Nacional do Trânsito: a sustentabilidade e a agenda de transformação digital e desburocratização:

“Nossas conversas com a Fenabrave estão relacionadas a ajustes finos que precisamos fazer rumo a este caminho, que já está traçado. Quero me comprometer aqui com o Renave, que precisa ser aprimorado e encaminhado à universalização”.

Ele se referiu à extensão do registro a veículos usados, assunto que engloba também a ampliação da simplificação das transferências.  

O Ministério dos Transportes está atento, ainda, de acordo com Catão, a questões regulatórias no trânsito para auxiliar a promoção da descarbonização, por exemplo, sobre o peso das baterias de caminhões elétricos: “Estamos promovendo estudos para aprimorar regulação do setor e permitir que esse custo seja reduzido a médio e, quem sabe, a curto prazo”.

Com relação a acidentes fatais no trânsito o secretário ressaltou a importância da educação no trânsito e de, durante a revisão do Pnatrans, Plano Nacional de Redução de Mortes e Lesões no Trânsito, que está em curso, fazer mudanças em cobranças de metas locais nos estados para que em 2030 o número de mortes possa ser reduzido em 50%.

Já o prefeito Ricardo Nunes contou que, em São Paulo, projeta reduzir a atual média de 6,5 mortes no trânsito por 100 mil habitantes para 4,5 mortes nesta mesma relação. Para tanto assinalou que o governo tem realizado investimentos em asfalto e semáforos inteligentes.    

Nunes citou que 62% da emissão de CO2 na capital são provenientes dos 9 milhões de veículos circulantes, sendo que 7 milhões rodam todos os dias. Metade desses lançamentos provém de veículos movidos a diesel, grande parte ônibus, dos quais até o fim de 2024 será feita a substituição de 20% da frota. Ainda este ano pelo menos oitocentos ônibus elétricos estarão em operação, prometeu, e no ano que vem de 1,2 mil a 1,4 mil.

Volare amplia em 58% suas exportações no primeiro semestre

São Paulo – A Volare exportou 93 veículos no primeiro semestre, crescimento de 58% sobre o mesmo período do ano passado, quando a exportação foi de 59 unidades. Os principais modelos foram os da linha Fly, Attack e 4×4, com o Chile recebendo a maior parte dos ônibus, seguido por Uruguai, Costa Rica e Paraguai.

“O desempenho é resultado do trabalho que estamos fazendo há alguns anos para consolidar a marca em alguns dos principais mercados internacionais”, afirmou Vinícius Tregansin, gerente comercial de mercado externo da Marcopolo. “Nos últimos quatro anos foram mais de quinhentos veículos exportados para o Chile, o que demonstra a forte presença da marca no mercado, considerado referência pela competitividade e padrão de qualidade.”

Para o segundo semestre a Volare tem planejadas exportações para Catar e Angola, dentre outros: “Apesar de todos os desafios que persistem nos países da América do Sul e África, mesmo depois da pandemia, intensificamos nossa atuação visando a conquistar novos clientes e novos mercados. Hoje estamos presentes em mais de trinta países da América Latina, Oriente Médio e África contando com mais de vinte pontos de atendimento”.

Grupo alemão Aequita adquire TMD Friction

São Paulo – O grupo industrial alemão Aequita, de Munique, adquiriu a TMD Friction da japonesa Nisshinbo, sua controladora. Os valores da negociação não foram divulgados e a expectativa é que o negócio esteja concluído no quarto trimestre.

A divisão automotiva da Aequita, composta pelos grupos IFA, Signata, Metor e Willi Elbe, registra vendas superiores a 2 bilhões de euro.

“O investimento da Aequita é uma excelente notícia para a TMD, porque eles são muito mais do que apenas investidores financeiros”, afirmou o presidente da TMD Friction, David Blaines: “A equipe da Aequita representa a parceria perfeita para nos ajudar a construir uma empresa muito mais robusta e lucrativa, o que, por sua vez, abre uma ampla perspectiva de crescimento”.

Disal Consórcio projeta faturamento de R$ 4,5 bilhões

São Paulo – Após fechar o primeiro semestre com R$ 2,1 bilhões em vendas de consórcios de automóveis, alta de 16% sobre o mesmo período de 2022, a Disal Consórcio atualizou suas estimativas para R$ 4,5 bilhões em receita em 2023, resultado do faturamento de 22 mil veículos por meio de novas vendas e da gestão da carteira.

Somente em março, segundo o CEO Fábio Augusto, foram vendidos R$ 448 milhões, um recorde. O cenário de elevação da taxa de juros colaborou, na sua avaliação: “Finalizamos junho com mais de R$ 2 bilhões em vendas. A nossa projeção é movimentar R$ 4,5 bilhões até o fim do ano. Um registro surpreendente, uma vez que somos especialistas em consórcios de veículos leves”.

Peugeot 2008 ganha sobrevida com a linha 2024

São Paulo – Começa a chegar à rede de concessionárias Peugeot a linha 2024 do SUV 2008, ainda produzido em Porto Real, RJ. A única mudança nas quatro versões do veículo, que ganhou uma sobrevida enquanto espera a nova geração montada a partir da plataforma CMP, foi feita na Style 1.6 THP, uma abaixo da topo de linha Griffe 1.6 THP: agora o teto panorâmico é de série também nesta versão, que só dispõe do motor turbo flex de 173 cv. 

As duas versões de entrada, Allure e Roadtrip, seguem com o motor 1.6 aspirado. Todas possuem transmissão automática sequencial de seis marchas.

Veja os preços:

  • Peugeot  2008 Allure 1.6 AT: a partir de R$ 104 mil 990
  • Peugeot 2008 Roadtrip 1.6 AT: a partir de R$ 109 mil 990 
  • Peugeot 2008 Style 1.6 THP AT: a partir de R$ 124 mil 990 
  • Peugeot 2008 Griffe 1.6 THP AT: a partir de R$ 129 mil 990 

Jumper Cargo amplia gama de utilitários Citroën

São Paulo – A exemplo da Peugeot, que acrescentou uma versão de 3,5 toneladas de PBT à linha Boxer, a Citroën lança a Jumper Cargo, também dedicada ao transporte urbano de cargas e que pode ser conduzida por motoristas habilitados com a CNH categoria B.

A versão Cargo chega às concessionárias com dois tamanhos de baú: de 11,5 mil litros e de 13 mil litros. Ambas movimentadas pelo motor 2.2 turbodiesel de 140 cv e câmbio manual de seis marchas.

A linha Jumper tem preço público sugerido a partir de R$ 245 mil 990.

Governo deverá estender prazo de programa de descontos para pesados

Araçariguama, SP – O vice-presidente da República e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, afirmou na terça-feira, 22, que solicitará a extensão do prazo para o programa de descontos de caminhões e ônibus, criado a partir da MP 1 175. Do R$ 1 bilhão reservado, dos quais R$ 700 milhões para caminhões e R$ 300 milhões para ônibus e vans, apenas R$ 270 milhões foram solicitados pelas empresas após quase três meses de programa. A previsão inicial é que os valores ficariam disponíveis por 120 dias.

“Nós vamos prorrogar o prazo até chegar a R$ 1 bilhão. Se a gente conseguisse mais recursos o ideal seria que o programa ficasse em caráter permanente. Ele está ajudando o mercado neste momento em que os preços subiram de 20% a 30% por causa dos motores Euro 6, uma exigência do Conama.”

Alckmin descartou, porém, a destinação de novos recursos para automóveis e comerciais leves. Os R$ 800 milhões, lembrou o vice-presidente, foram consumidos em 45 dias: “Foi uma medida transitória, para ajudar pontualmente. Agora, com os juros caindo, e a Selic já caiu, o mercado deverá voltar ao normal”.

O vice-presidente esteve na fábrica da Gerdau em Araçariguama, SP, para participar de uma cerimônia de venda de 140 caminhões Volkswagen para o Grupo Vamos por meio do programa do governo. O grupo investiu R$ 4 milhões na compra dos caminhões com idade média de 36 anos, enviou-os para a reciclagem e, com o desconto do governo na mão, adquiriu outros 140 0 KM.

“É um exemplo do ciclo completo do programa: retiramos de circulação 140 caminhões velhos, que poluem mais e são menos seguros, para que outros 140 0 KM, que emitem até 95% menos CO2, comecem a circular. Temos o exemplo de um caminhoneiro que vendeu o seu veículo de quarenta anos de uso e adquiriu um de doze anos. A roda girou.”

Na usina da Gerdau no Interior paulista os caminhões comprados pela Vamos serão reciclados e sua sucata transformada em matéria-prima para aços novos. Segundo Rubens Pereira, vice-presidente da siderúrgica, cada tonelada de aço reciclado evita a emissão de 1,5 tonelada de CO2.

Finame Selic

No evento Alckmin anunciou também a criação de uma nova linha do Finame, destinada por enquanto à compra de caminhão 0 KM por meio do programa do governo, com juro equalizado com a taxa básica de juros. “Se a Selic cair o juro automaticamente será reduzido”.

Ele não informou, porém, quando a linha estará operando. Mas admitiu que pretende criar linhas especiais também para a compra de seminovos, ajudando a fazer a roda da renovação de frota girar.

A falta de financiamento e a desinformação a respeito da reciclagem foi um dos motivos para que o programa de renovação de frota de pesados demorasse a engrenar. Com a entrada de novos players e novas linhas à disposição a expectativa da indústria é a de que ele finalmente caminhe a passos mais rápidos.

Vamos compra 140 caminhões novos e recicla outros 140 velhos

Araçariguama, SP – O Grupo Vamos investiu R$ 4 milhões na aquisição de 140 caminhões usados, com idade de 28 a 53 anos, com o objetivo de retirá-los de circulação e conseguir o desconto do governo, por meio da MP 1 175, para adquirir outros 140 modelos 0 KM da Volkswagen Caminhões e Ônibus. O anúncio da parceria, que envolve a Gerdau, responsável pela reciclagem, foi feito na terça-feira, 22, em Araçariguama, SP, com a presença do vice-presidente e ministro da Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin.

Segundo a empresa a maior parte dos veículos operava nas regiões dos portos de Santos, SP, e Rio de Janeiro, RJ – o mais antigo, de 53 anos, transportava mercadorias dos armazéns do porto santista. Boa parte dos antigos donos, de acordo com a Vamos, investirá em um modelo mais novo.

Os caminhões retirados de circulação têm sua baixa realizada nos Detran, são descontaminados, com a retirada dos fluidos e outros itens, e depois encaminhados à fábrica da Gerdau em Araçariguama, onde há um aparelho que faz a reciclagem. Os materiais ferrosos se transformam em sucata, matéria-prima para um novo aço. Os demais materiais têm sua destinação para a reciclagem ou são usados como combustível nos alto fornos.

“A Gerdau recicla por ano o equivalente a 5 milhões de carros”, disse seu vice-presidente Rubens Pereira. “Cada tonelada de aço reciclada evita a emissão de 1,5 tonelada de CO2 na atmosfera. E a cadeia ainda gera cerca de 1 milhão de empregos.”

Para Fernando Antônio Simões, CEO da Simpar, controladora da Vamos, a medida tem também um componente social, pois ajuda os caminhoneiros a terem melhor qualidade de vida. Em 2021 a empresa realizou projeto-piloto com cinquenta caminhões antigos, investindo R$ 2,4 milhões na compra e no acompanhamento da jornada dos antigos donos, todos autônomos. 56% compraram um caminhão mais novo, 20% reservaram o dinheiro para emergências e 24% para pagar dívidas ou investir em projetos pessoais. Um ano depois 86% dos que compraram caminhões novos afirmaram que sua qualidade de vida melhorou, com mais segurança, conforto, redução do estresse e mais tempo para passar com a família.