Vendas de veículos somam 207,7 mil unidades em agosto

São Paulo – Após uma primeira quinzena fraca em agosto o mercado brasileiro de automóveis, comerciais leves, caminhões e ônibus se recuperou e encerrou o mês com 207,7 mil unidades emplacadas, de acordo com dados preliminares do Renavam obtidos pela Agência AutoData. Foi o segundo melhor mês do ano em vendas, atrás apenas de julho, que foi impulsionado pelo programa de descontos do governo a partir da MP 1 175 e fechou com 225,6 mil veículos vendidos.

Comparado com o melhor mês do ano as vendas caíram 7,9%. Com relação a agosto do ano passado o resultado ficou estável, com leve recuo de 0,4% diante das 208,6 mil unidades comercializadas.

Em 23 dias úteis a média de vendas ficou acima das 9 mil unidades/dia, superior à do primeiro semestre mas abaixo das 10,8 mil unidades/dia registradas em julho.

No acumulado do ano o mercado registrou aumento de 9,4% nas vendas com relação a janeiro a agosto de 2022, para 1 milhão 432 mil veículos.

Uma fonte ligada ao varejo afirmou que os emplacamentos de julho foram muito concentrados nas vendas diretas, sobretudo para locadoras. A poucos dias do fim do mês as vendas diretas representavam porcentual superior às do varejo, o que não é usual. Os dados oficiais serão divulgados pela Fenabrave na semana que vem.

Modelos – A Fiat Strada retomou a liderança das vendas, com 12,9 mil unidades registradas no mês passado. A briga pela segunda posição foi acirrada e o Chevrolet Onix ficou à frente, com pouco mais de cem unidades do que o Volkswagen Polo.

Sindicato discute acordo com Volkswagen com possível novo investimento de 1 bilhão de euro

São Paulo – O Sindicato dos Metalúrgicos do ABC está negociando novo acordo coletivo com a Volkswagen. O contrato vigente para os trabalhadores da fábrica Anchieta vai até 2025 e o objetivo é estendê-lo até 2028, assegurando, principalmente, a manutenção do emprego. As conversas recentes foram motivadas por novo ciclo de investimentos de € 1 bilhão focado em eletrificação que, segundo a entidade, ainda deverá ser anunciado pela empresa e partilhado pelas quatro fábricas localizadas no Brasil.

A companhia, por sua vez, alegou que não há novo investimento para anunciar no momento, uma vez que ainda está no atual ciclo de R$ 7 bilhões, de 2022 a 2026. Mas reconheceu as tratativas:

“As negociações sindicais são uma parte importante do relacionamento da Volkswagen com seus funcionários. Com 70 anos de história no Brasil busca sempre o melhor entendimento e colaboração em benefício de seus empregados e do ambiente de trabalho”.

O sindicato realizou assembleias na quinta-feira, 31, com os trabalhadores na porta da fábrica em São Bernardo do Campo, SP, a fim de informá-los sobre as conversas com a fabricante acerca do novo aporte, que prevê investimentos em novos produtos na fábrica para os próximos cinco anos e que abre margem para a extensão do acordo coletivo.

O diretor administrativo do sindicato, Wellington Damasceno, assinalou que é fundamental rediscutir o contrato de trabalho porque, a partir de 2026, eles não têm mais acordo: “Precisamos assegurar previsibilidade durante o período do investimento”.

Quanto à injeção de recursos Damasceno afirmou que, embora ainda não seja sabido como será feita a partilha, a ideia é pleitear novos veículos e plataforma eletrificada para a unidade Anchieta:

“É uma notícia muito boa que não estava no nosso radar. Esperávamos o anúncio de investimentos globais e ficamos felizes em saber que receberemos uma parcela. Isso traz boas perspectivas não só para a manutenção do emprego e continuidade das fábricas mas, também, como indução do setor de autopeças rumo à eletrificação”.

Para o sindicalista a partir desse movimento puxado pela montadora os fornecedores, grande parte multinacionais, começarão a fazer uma adaptação do que é praticado em outros países.

Além disso as políticas dedicadas a promover a descarbonização tendem a ganhar mais força, o que deverá começar a estimular a possibilidade de desenvolvimento local: “Penso que se não começarmos a testar essa tecnologia podemos ficar para trás, mesmo com a vida útil dos veículos a combustão ainda tendo muitas décadas a frente”.

O acordo é previsto para ser costurado em setembro e outubro, quando os investimentos globais da montadora deverão começar a ser anunciados.

A a unidade da Anchieta conta com 8,2 mil funcionários, sendo cerca de 5 mil no chão de fábrica.

Alckmin anuncia R$ 60 bilhões para inovação com juros baixos

São Paulo – Foi anunciada na quinta-feira, 31, linha de crédito para financiar ações de inovação no setor industrial pelo vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin. Com juros nominais de 4%, sendo TR, que gira em torno de 2%, mais 2% de spread, a linha possui quatro anos de carência e prazo de pagamento de até dezesseis anos. Alckmin afirmou que se trata dos menores juros da história.

Ao todo, serão ofertados, a partir de setembro, R$ 60 bilhões. Do total R$ 20 bilhões serão oferecidos pelo BNDES e R$ 40 bilhões pela Finep, sendo R$ 20 bilhões sob a forma de crédito e a outra metade por financiamento não-reembolsável. O valor integra os R$ 106 bilhões anunciados em julho para a nova política industrial brasileira.

Podem pleitear os recursos empresas que planejam investir em PDI, pesquisa, desenvolvimento e inovação abarcados pela política industrial e os que são objetivos de políticas nacionais de meio ambiente, em unidades industriais com processo não existente no Brasil ou com fabricação de forma incipiente, aquisição de máquinas e equipamentos com tecnologias inovadoras e bens de informática e automação e contratação de serviços tecnológicos e apoio à transformação ao ambiente digital.

Kia emplaca 450 mil no Brasil e promete híbrido flex

Itú, SP – Ao alcançar, este mês, a marca de 450 mil veículos Kia vendidos no Brasil em trinta anos de importações, o Grupo Gandini, importador oficial desde 1992, espera retomar o crescimento das vendas com a normalização das entregas da matriz coreana, que desde 2021 tem problemas de produção com falta de semicondutores e acumula milhares de pedidos a entregar ao representante brasileiro.

Com a esperada normalização das entregas a Kia faz planos para ampliar o portfólio de seus veículos híbridos e elétricos no País e já planeja, inclusive, o lançamento de um modelo 1.0 híbrido flex para 2025.

Segundo o presidente do grupo, José Luiz Gandini, alguns concessionários têm filas de trezentos carros para entregar. Com isto as vendas da Kia no Brasil vêm passando por declínio acentuado. Os emplacamentos mal passaram das 5 mil unidades em 2021 e 2022 e caminham no mesmo ritmo este ano.

Gandini lamenta, pois com o atual nível de impostos e câmbio ele calcula que seria possível vender cerca de 20 mil veículos por ano: “Só voltaremos a crescer quando as entregas forem normalizadas e tivermos produtos para entregar. Tenho vários pedidos já pagos na Coreia que não chegam. Ao menos a Kia prometeu que a partir de agora as entregas serão feitas”.

Jose Luiz Gandini ao lado do EV6: primeiro Kia elétrico chega atrasado para aproveitar isenção de imposto de importação.

Eletrificação para imposto menor

Os produtos faltaram justamente no momento em que a Kia traçou plano, há dois anos, para ter só modelos eletrificados no portfólio brasileiro e assim pagar o menor imposto de importação de toda sua história de trinta anos no País. Isto porque quase todos os carros da marca vendidos hoje no mercado brasileiro são modelos híbridos, como Stonic e Sportage MHEV e o Niro HEV, que pagam alíquota reduzida de 4% ou 2% – contra os 35% aplicados a veículos só com motor a combustão.

Segundo Gandini a Kia, contudo não entregou todos os pedidos e assim, até agora, foi possível aproveitar só parcialmente o potencial da tarifa reduzida. Até o momento também não foi aproveitada a isenção do imposto de importação para carros 100% elétricos, pois só este mês chega o primeiro lote do EV6, primeiro Kia a bateria a ser vendido no País – também estão nos planos o EV9 e o Niro EV, que já foram embarcados e estão a caminho para homologação no Brasil.

Como o governo promete em breve voltar a tarifar veículos elétricos e aumentar as alíquotas dos híbridos Gandini teme perder esta janela de oportunidade para retomar o vigor dos negócios: “Ainda não sabemos quando volta nem de quanto será o imposto, esperamos que seja gradual”.

Gandini faz planos e pretende aproveitar os possíveis benefícios que serão aplicados a modelos eletrificados com motor bicombustível etanol-gasolina: “Em 2025 lançaremos um modelo 1.0 híbrido flex”, anunciou, sem revelar mais informações.

Ainda na onda da descarbonização o importador anunciou que, a partir deste mês até o fim de 2023, compensará as emissões de todos os Niro híbridos que forem vendidos no período, a começar pelo modelo entregue na semana passada que simbolizou a marca de 450 mil Kia vendidos no País.

Com volumes que hoje não chegam a um décimo do pico histórico de quase 81 mil veículos Kia vendidos aqui, em 2011, Gandini afirma que como importador aprendeu a viver com resiliência aos muitos altos e baixos do mercado brasileiro: “Já passamos por muitas altas do dólar, pelo regime de cotas [do Inovar-Auto] e por sobretaxações de importações, mas sempre reagimos às crises e nunca esmorecemos”.

Murilo Briganti assume como COO da Bright Consulting

São Paulo – A Bright Consulting anunciou seu CPO Murilo Briganti como o novo COO a partir de 1º de setembro. O especialista em tecnologias veiculares, que desenvolve estudos de benchmarking da evolução das tecnologias de assistência à dirigibilidade, do futuro dos sistemas de propulsão e da conectividade dos automóveis, continuará se reportando ao CEO Paulo Cardamone.

Sua missão será a de estabelecer plano para os próximos cinco anos. O objetivo será alçar voos mais altos frente ao atual posicionamento da consultoria e à forte demanda por decisões estratégicas de montadoras e de sistemistas.

Engenheiro mecânico de 31 anos Briganti formou-se na Unesp, em Bauru, SP, e possui especialização em mobilidade e veículos elétricos pela École des Ponts Paris Tech. Também integra a SAE, Society of Automotive Engineers, e o Laboratório de Comunicação Visual – Engenharia Elétrica e Computação da Unicamp.

Preço baixo e alta tecnologia são apostas da BYD com o sedã Seal

São Paulo – A BYD lançou o elétrico Seal, sedã de luxo que fora mostrado ao público durante o Festival Interlagos 2023. Mais uma vez a empresa aposta em preço agressivo para atrair compradores: custará, em versão única, R$ 296,8 mil, abaixo dos R$ 300 mil que o mercado especulava.

O Seal possui dois motores elétricos que, juntos, formam 531 cv de potência. E é equipado com bateria Blade, desenvolvida pela BYD, mais segura do que outras encontradas no mercado, de acordo com a montadora. Sua autonomia é de 372 quilômetros, de acordo com o PBEV, do Inmetro, e com um carregador rápido a sua bateria consegue recuperar 300 quilômetros de autonomia em 28 minutos. 

Além de apostar no preço, na boa autonomia e no rápido poder de recarga a BYD investiu em alto nível de tecnologia embarcada no Seal, que começa desde a sua produção: é o primeiro veículo da marca a dispor da tecnologia CTB, Cell-to-Body, que incorpora a bateria à carroceria. Esta tecnologia melhora a estrutura do veículo, o espaço interno e a segurança, segundo a BYD.

Na lista de itens de série o veículo possui 4G embarcado com 4 gigas de capacidade mensal, que inicialmente não será cobrado dos clientes, sistema multimídia com tela giratória sensível ao toque de 15,6 polegadas, que permite ao proprietário usar o sistema na vertical ou horizontal, com jogos e karaokê nativos, conectividade com smartphones sem fio. O quadro de instrumentos é digital de 10,2 polegadas.

Para segurança dos ocupantes o BYD Seal oferece uma série de itens que auxiliam na sua condução, caso do alerta de colisão dianteira e traseira, frenagem de emergência automática, alerta de tráfego cruzado traseiro com frenagem automática, assistente de manutenção de faixa. O modelo também oferece piloto automático adaptativo.

O Seal também chega com novidades no pós-vendas, com cinco anos de revisão gratuita ou 100 mil quilômetros rodados e com garantia de oito anos para a bateria. As revisões da BYD são realizadas a cada 20 mil quilômetros e não a cada 10 mil, e todas as condições acima também valem para outros modelos da marca. 

BYD posterga início da produção em Camaçari para 2025

São Paulo – A fábrica da BYD em Camaçari, BA, que ocupará o local onde a Ford produziu veículos por mais de 20 anos, deverá começar a produzir a partir do primeiro trimestre de 2025, segundo seu conselheiro e porta-voz Alexandre Baldy. Houve um atraso com relação ao cronograma inicialmente planejado, que projetava para o segundo semestre do ano que vem o início das operações, por causa das burocracias envolvidas na negociação da unidade.

Por conta de questões internas tanto de Ford como de BYD a negociação da fábrica não foi feita de forma direta: chegou-se à solução de o governo do Estado da Bahia comprar a fábrica da Ford e depois repassá-la à BYD. Resolvida a questão, os chineses passaram a ter acesso à unidade e iniciaram uma avaliação de perto da área construída. A intenção da BYD é utilizar os prédios construídos pela Ford e ampliar a área da unidade, com novas edificações. Segundo Baldy a montadora gostou do que viu até agora “mas vamos mudar todo o layout”.

O assentamento da pedra fundamental está previsto para outubro, com a presença de Wang Chuanfu, presidente e CEO global da BYD. É esperado também o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva.

A BYD já está conversando com fornecedores que operam por aqui para atender a suas demandas, que envolvem, especialmente, veículos híbridos e elétricos. Baldy afirmou que algumas dessas empresas estão prontas, inclusive, para atender localmente as demandas de componentes para veículos híbridos flex: “Em um período de 180 a 240 dias devemos ter mais novidades sobre esse tema”.

A BYD revisou a sua projeção de vendas para 2023, que em maio estava em 10 mil unidades e, agora, passou para 15 mil até dezembro, de acordo com Baldy. O Dolphin foi um lançamento de peso da BYD no Brasil: chegou com preço competitivo e motivou a revisão para cima das vendas pois em dois meses recebeu 4 mil encomendas. 

Para absorver este grande crescimento da demanda – no ano passado a empresa vendeu 400 unidades – a BYD está expandindo sua rede, atualmente com trinta lojas, outras sessenta em construção e vinte negociações em desenvolvimento. A meta é encerrar o ano com cem pontos de vendas operando e, para o ano que vem, já existe um segundo plano de expansão, mas Baldy disse que prefere esperar o primeiro se concretizar para revelar os pormenores para 2024. 

Com relação à extensão até 2032 dos regimes automotivos do Nordeste e do Centro-oeste a BYD ainda aguarda novidades positivas do Senado, onde o projeto é examinado, sem avanço nos últimos dez dias.

Volkswagen anuncia patrocínio ao Rock in Rio 2024

São Paulo – A Volkswagen anunciou que, mais uma vez, patrocinará o festival Rock in Rio na sua edição de 2024 no Rio de Janeiro, RJ. Será a quinta participação da empresa, que já esteve nas edições de 2011, 2013, 2015 e 2022. Neste semana a companhia começa a expor a marca e alguns de seus modelos no The Town, festival de música organizado pelos mesmos produtores do Rock in Rio, que segue até 10 de setembro no Autódromo de Interlagos, em São Paulo.

Segundo Roger Corassa, vice-presidente de vendas e marketing da Volkswagen do Brasil, investir em eventos musicais grandiosos gera bom retorno. Tanto de exposição de marca como em vendas: “Durante o Rock in Rio do ano passado, em que usamos o Nivus como pilar principal, as vendas dos SUVs registraram crescimento”.

No The Town, que espera receber 500 mil pessoas nos cinco dias de sua primeira edição, afora a transmissão na televisão e streaming, o T-Cross foi o carro escolhido para ser o protagonista. Uma versão especial, limitada a 3 mil unidades, já está nas concessionárias. E quem passar pelo festival pode ter um desconto de R$ 8 mil na aquisição do modelo, mais taxa zero de financiamento, que custa R$ 149 mil 990.

Além de um camarote próximo ao palco principal a Volkswagen espalhou pelo autódromo diversas atrações para fisgar o público. Há um espaço em que a Amarok poderá rodar por circuitos off-road, um estande com a Kombi e a ID.Buzz, a Kombi elétrica, lado a lado, um palco em que o participante poderá cantar ao lado de uma banda de verdade.

Falta de insumos provoca paradas em fábricas da Argentina

São Paulo – A Argentina vive dias um tanto caóticos desde que, há um mês, o governo anunciou a extensão do imposto PAIS, Para uma Argentina Inclusiva e Solidária, a lista de bens e serviços importados que inclui automóveis, comerciais leves, caminhões e motos. Além de deixar veículos e peças mais caros a fila no porto não para de crescer e empresas, como a Renault, estão suspendendo sua produção.

A companhia parou seus dois turnos de produção em Córdoba, de onde saem as picapes Nissan Frontier e Renault Alaskan, na segunda-feira, 28, devido à falta de insumos, principalmente vidros, informou o Motor 1 Argentina.

Isso ocorre porque o PAIS se aplica também às peças importadas para veículos fabricados localmente, inclusive as produzidas no Brasil. E como o tributo é aplicado sobre a cotação do dólar oficial, adotado pelas montadoras para importar carros e peças, aplica-se a ele sobretaxa de 7,5%.

Outro problema é a falta de licença de importação, motivada pela escassez de dólares no país vizinho, que já completa dois meses e forma enormes filas no Porto de Zárate. Segundo o Motor 1 Argentina há mais de 30 mil carros retidos, aguardado autorização para serem nacionalizados – o que se estende às peças.

E, diante do cenário, a indústria automotiva local está descrente, principalmente frente ao descumprimento da promessa de excluir o tributo de autopeças importadas que equipariam veículos, principalmente picapes, fabricados na Argentina e dedicados à exportação.

Com a alíquota adicional o setor alega carga fiscal mais elevada do que nunca e, consequentemente, perda de competitividade com relação a produtos asiáticos, por exemplo, livres de impostos.

A extensão do PAIS ao setor foi convencionada pelo ministro da Economia da Argentina, e pré-candidato à Presidência da República, Sergio Massa, como efeito colateral de pacote fiscal no âmbito das negociações com o FMI que busca controlar a crise de inflação, déficit e dívida. Industriais argentinos se dizem enganados por Massa.

A desaprovação a Massa foi refletida nas eleições primárias realizadas na Argentina em 13 de agosto. Quem levou a melhor foi o candidato ultradireitista Javier Milei, que defende a dolarização da economia argentina e a extinção do Banco Central. O primeiro turno será disputado em 22 de outubro.

Massa, Lula e Haddad buscam solução para o comércio bilateral Argentina-Brasil. Crédito: Divulgação/Ricardo Stuckert.

Brasil busca auxiliar Argentina em meio à crise

Para pagar os fornecedores brasileiros das montadoras argentinas Massa tem vendido yuans para trocá-los por reais. A ideia é evitar que a indústria automotiva local entre em colapso.

Na segunda-feira, 28, o ministro argentino encontrou-se em Brasília, DF, com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, para discutir novos mecanismos de financiamento para o comércio bilateral dos dois países. O objetivo foi assegurar a continuidade dos embarques de alimentos e de peças de veículos.

Foi aventado acordo que libera US$ 600 milhões para financiar exportações locais ao país vizinho envolvendo cooperação do Banco do Brasil com BNDES e CAF, Banco de Desenvolvimento da América Latina e Caribe.

Segundo Haddad o objetivo é que quando o exportador brasileiro vender ao argentino ele seja pago pelo BB, que receberá a garantia do CAF:

“O BB garantirá as exportações das empresas brasileiras e o CAF entrará com uma contragarantia para o banco. Existe a possibilidade de a gente nem precisar acionar o Fundo Garantidor de Exportação. Seria uma operação nova que viria ao encontro dos interesses de restabelecer o fluxo de comércio bilateral”.

O acordo depende da aprovação do conselho gestor do CAF, que se reunirá em 14 de setembro.

BYD registra marca de 2,3 milhões de módulos fotovoltaicos no Brasil

São Paulo – A BYD Energy do Brasil comemorou a marca de 2,3 milhões de módulos fotovoltaicos produzidos no País, que concentra parte do processo fabril na unidade de Campinas, SP, desde 2017. Os produtos são projetados pela sua própria área de pesquisa e desenvolvimento.

Durante participação no Intersolar South America 2023 a companhia foi premiada pela organização do evento como uma das primeiras empresas a investirem no mercado solar brasileiro.

Uma das novidades apresentadas durante o evento foi uma cobertura desenvolvida a partir da aplicação de módulos fotovoltaicos para servir como telhado em áreas de estacionamento para, ao mesmo tempo, gerar energia limpa.