São Paulo – A Volkswagen Caminhões e Ônibus segue firme na disposição de ampliar sua presença internacional, seja com exportações ou por meio de produção local, a exemplo da Argentina, que iniciará no começo de 2024 a montagem de veículos em CKD. Em torno de 15% de suas vendas, hoje, provêm do mercado internacional, e o objetivo é, no mínimo, dobrar este porcentual.
Foi o que afirmou o presidente da VWCO, Roberto Cortes, durante participação no segundo dia do 5º Congresso Latino-Americano de Negócios do Setor Automotivo, realizado por AutoData até a sexta-feira, 15: “Queremos crescer no Sudeste da África e na Ásia e liderar o mercado em países em que já estamos presentes e onde temos base de produção, como a Argentina e o México”.
O primeiro passo no mercado asiático foi dado nas Filipinas, onde desde janeiro do ano passado é feita a montagem de veículos em CKD, da mesma forma em que começou sua presença no Brasil 43 anos atrás.
De 1981 a 2022 foram exportadas desde sua fábrica de Resende, RJ, 172,8 mil caminhões e ônibus para países da América Latina e África. O Oriente Médio também está na mira da VWCO: a companhia começou a exportar para a Jordânia há cerca de um ano e, em março, ingressou no Catar.
“A estrada para a expansão internacional é longa, mas estamos determinados a trilhá-la.”
Cortes ponderou que, apesar do advento do Euro 6 no mercado brasileiro a partir deste ano, é preciso continuar produzindo outras versões de motores que atendam às legislações do Euro 5 e do Euro 3 se quiser manter a fábrica brasileira como base de exportação.
O presidente da VWCO ressaltou que, para atender à demanda em outros países é fundamental ter parceria com fornecedores que atendam volumes menores: “Cada lugar tem uma legislação, mas o fato de a maioria dos nossos fornecedores estar no Consórcio Modular nos ajuda muito”.
Quanto à decisão de iniciar a produção em outros países, ainda que em CKD, Cortes assinalou que esse caminho, muitas vezes, elimina o imposto de importação, e o fato de muitos fornecedores serem multinacionais facilita a montagem dos veículos:
“Faz parte da nossa filosofia produzir nos lugares. E ter uma base de fornecimento local é a chave para isso. Nossa prioridade é ir com eles para os países e, aos poucos, também desenvolver rede de parceiros locais. Conforme vamos ganhando mais mercados desta forma todos se tornam mais competitivos”.