São Paulo – Após quatro meses de operação no mercado brasileiro a GWM viu mais de 5 mil unidades do Haval H6 serem emplacadas, o que coloca o modelo híbrido na liderança do ranking dos veículos eletrificados desde o início de suas vendas. De maio até a quinta-feira, 21, conforme dados do Denatran analisados pela Neocom Inteligência de Mercado, o SUV contabilizou 5 mil 181 vendas, o que fez com que detenha 14,8% de participação.
Dessa forma o Haval H6 desbancou o Toyota Corolla Cross híbrido que, até julho, liderava esta lista, baseada em veículos movidos a novas formas de propulsão, o que inclui os 100% elétricos. Desde maio foram emplacadas 4 mil 425 unidades do modelo, o que o deixa com fatia de 12,6% do mercado.
Em terceiro lugar ficou o Toyota Corolla híbrido, com 3 mil 173 unidades comercializadas no período e 9% de market share. Na sequência aparece o BYD Song Plus, com 2 mil 429 unidades e fatia de 6,7%. Ao todo, neste comparativo que soma as vendas de maio até 21 de setembro, foram emplacados 34 mil 902 veículos eletrificados.
Segundo o chefe de operações da GWM, Oswaldo Ramos, os dados chamam a atenção por se tratar de marca nova no País: “Nós mesmos ficamos surpresos. O Haval H6 vendeu o dobro da nossa expectativa mais otimista. Foi uma grata surpresa. Só em agosto foram emplacadas 1 mil 451 unidades”.
No mês passado foram vendidos 1 mil 21 Corolla Cross, 853 Corolla e 762 Song Plus.
Este mês, até o dia 21, o Haval H6 teve emplacadas 848 unidades, enquanto o Corolla Cross 587. Outro modelo da BYD, no entanto, começa a aparecer e a ocupar a vice-liderança: o Dolphin, com 593 emplacamentos. O Song Plus contabilizou 548 até o momento, e o Corolla 477.
Segundo Ramos, a GWM começou a fazer as contas para nacionalizar componentes do Haval H6, que terá início da produção em Iracemápolis, SP, por meio de CKD. A partir de outubro chegará ao Brasil o segundo modelo da marca, o Ora 03, 100% elétrico. As vendas serão abertas em novembro e, em dezembro, ele deverá começar a ser visto por aqui.
O plano de negócios, segundo Ramos, não tem segredo: “É preciso olhar para o cliente e para o que ele deseja. A maioria das marcas fica olhando do ponto de vista da engenharia”.
Enquanto aguarda a divulgação na nova fase do Rota 2030, renomeada para Mobilidade Verde e Inovação, a fim de definir os investimentos para os próximos cinco anos e os modelos que começará a produzir em Iracemápolis a partir de maio de 2024, a montadora estabelece parceria com shoppings centers e postos de combustível a fim de gerar maior escala para locais do tipo que concentram pontos de recarga.
A ideia, de acordo com o executivo, é que a GWM pague para seus clientes recarregarem a bateria de seus veículos híbridos plug-in e elétricos nesses locais, que serão identificados por meio do aplicativo da marca. Os nomes dos estabelecimentos participantes serão anunciados no fim do ano.