Volvo Cars encerrará produção de modelos diesel em 2024

São Paulo – A Volvo Cars anunciou que produzirá no início do ano que vem o seu último carro movido a diesel. Será uma das primeiras montadoras a dar este passo, rumo ao futuro que, na sua visão, será 100% elétrico.

A companhia já havia decidido parar de desenvolver motores novos à combustão. Segundo seu CEO, Jim Rowan, “motores elétricos são o futuro, e são superiores a motores a combustão: eles geram menos barulho, menos vibração e menos custos de manutenção e zero emissões”.

Localiza abre operações no México

São Paulo – A Localiza iniciou operações no aeroporto de Cancún, no México, dando o seu primeiro passo fora do Brasil sem intermediários ou franquias. A intenção é abrir novas agências em outros aeroportos como na Cidade do México, em Monterrey e em Mérida.

Por receber mais de 40 milhões de turistas internacionais por ano, oito vezes mais do que o Brasil, o México foi escolhido pela Localiza pelo seu potencial de mercado. A Localiza México tem como CEO Moisés Behar, executivo com mais de trinta anos de experiência no setor.

Por meio de sua rede de franquias a empresa está presente também na Argentina, Equador, Paraguai, Colômbia e Uruguai.

Bamaq investe R$ 3,5 milhões em concessionária Iveco

São Paulo – A Iveco inaugurou a sua primeira revenda em Macapá, AP, por meio do seu concessionário Bamaq, que investiu R$ 3,5 milhões para a construção da unidade. A loja começou a operar na terça-feira, 26, com diversos veículos em estoque, dos pesados aos leves. 

A Bamaq já operava no Norte do País e atendia aos clientes do Amapá por outras concessionárias.

New Holland Construction nomeia Rafael Barbosa para gerenciar marketing na região

São Paulo – A New Holland Construction anunciou Rafael Barbosa como gerente de marketing de produto e treinamento comercial para a América Latina. O executivo ficará responsável por dirigir marca da CNH Industrial no caminho da inovação, expertise de produtos e, ainda, por desenvolver programas para melhorar as vendas e o atendimento aos clientes.

Formado em administração pela PUC-PR, com master em marketing pela ESPM e em negócios internacionais pela Florida International University – College of Business Administration, esta será a segunda passagem de Barbosa pela CNH Industrial, em que já trabalhou por onze dos dezenove anos de vida profissional.   

Bridgestone põe 1,6 mil trabalhadores em layoff em Santo André

São Paulo – Em meio à crise no setor e à crescente importação de pneus a Bridgestone colocará 1 mil 608 trabalhadores de sua fábrica de Santo André, SP, em layoff pelo período de um ano. A suspensão dos contratos será feita de forma escalonada, em quatro grupos de 402 profissionais.

A unidade, que emprega 3,4 mil funcionários, em maio anunciou que seiscentos deles seriam demitidos devido à transferência da linha que produz pneus para veículos de passeio para a fábrica de Camaçari, BA. Desta forma o portfólio da planta do ABC foi reformulado para focar em pneus para caminhões, tratores e fora de estrada e o Firestone Airide.

Em contrapartida à decisão da empresa de adotar layoff menos de cinco meses após informá-los sobre redução do efetivo em Santo André o Sintrabor, Sindicato dos Borracheiros da Grande São Paulo e Região, negociou pacote de benefícios que foi aprovado pelos operários em assembleia realizada na tarde da segunda-feira, 25.

Estão contemplados a manutenção dos convênios médico e de farmácia, o fornecimento de vale-compra a título de alimentação no valor de R$ 1 mil por mês, o pagamento integral dos décimo-terceiro e décimo-quarto salários, PLR e férias, estabilidade de emprego de três meses após o retorno da suspensão, conforme previsto na lei, assim como cursos de treinamento no Senai e ajuda de custo que garante 50% do salário-base deduzindo a parcela paga pelo governo.

Segundo o presidente do Sintrabor, Márcio Ferreira, a realização da assembleia não era da vontade do sindicato. Mas, devido à “conjuntura altamente desfavorável que a indústria pneumática está passando em razão do aumento inopinado e extemporâneo do imposto de importação da borracha natural, demos um voto de confiança à empresa”.

Ferreira referiu-se ao fato de que, em agosto, houve a elevação do imposto sobre a importação de borracha natural de 3,2% para 10,8%, porcentual que poderá chegar a 22%, segundo ele: “O problema é que a produção de borracha natural no Brasil supre apenas 52% do mercado, formado, principalmente, pela indústria pneumática”.

O dirigente reforçou a necessidade de esclarecer que esta medida é paliativa: “A solução deve ser sistêmica. Precisamos nos esforçar para assegurar a competitividade da indústria da borracha nacional e, neste sentido, já estamos mobilizando as nossas bases, tanto no setor de pneumáticas como nas empresas de artefatos de borracha”.

Além das duas unidades produtoras de pneus a companhia mantém duas fábricas de bandas de rodagem, em Campinas, SP, e em Mafra, SC. Ao todo emprega cerca de 5 mil trabalhadores no Brasil.

Stellantis Goiana alcança 1,5 milhão de veículos produzidos

São Paulo – A fábrica da Stellantis em Goiana, PE, alcançou a marca de 1,5 milhão de veículos produzidos desde a sua inauguração, em 2015. Uma Ram Rampage, o mais recente modelo nas linhas, simbolizou o marco.

Destas 1,5 milhão mais de 200 mil unidades foram exportadas para Argentina, Chile, Equador e México. Atualmente cinco modelos são produzidos ali: Fiat Toro, Jeep Renegade, Compass e Commander e Rampage. A capacidade é de 280 mil unidades por ano.

Eaton alcança 1 milhão de válvulas ORVR produzidas no Brasil

São Paulo – Dois anos após nacionalizar o sistema de válvulas ORVR a Eaton chegou à marca de 1 milhão de unidades produzidas na fábrica de Valinhos, SP. A empresa é a única que produz no Brasil o sistema de válvulas antipoluentes, que elimina até 98% dos gases tóxicos emitidos a partir do tanque de combustível de veículos leves.

O sistema ORVR da Eaton está presente em mais de vinte modelos produzidos e vendidos no Brasil. A companhia fornece as válvulas para as fabricantes de tanques plásticos de combustível.

Em 2023 20% dos veículos leves 0 KM vendidos no Brasil devem usar o sistema ORVR, porcentual que subirá para 60% em 2024 e para 100% em 2025, atendendo às legislações de emissões.

Top Frotas reunirá 70 empresas na Bahia

São Paulo – A RX, organizadora de diversos eventos do setor automotivo, anunciou mais uma feira em seu portfólio: a Top Frotas, dedicada ao mercado de transporte e logística, que pretende reunir diversas empresas deste segmento. Será realizado de 27 a 29 de setembro na Costa do Sauípe, em Mata do São João, BA. 

O evento tem setenta empresas confirmadas e a intenção é gerar novos negócios e relacionamentos. Mais de 1 mil reuniões já estão marcadas por compradores e fornecedores de transporte e de logística.

União Europeia concorda em flexibilizar as normas do Euro 7

São Paulo – A União Europeia concordou em atenuar as exigências do Euro 7, atendendo a demandas de França, Itália e outros sete países, que alegavam que as mudanças nas tecnologias de emissões desviariam investimentos de veículos elétricos. Pela nova proposta os investimentos não seriam mais tão elevados, o que tornaria viável a chegada de uma nova fase do programa até 2035, quando o bloco pretende deixar de produzir e vender modelos dotados de motor a combustão interna.

Segundo a agência Reuters as empresas fabricantes entendem que a implementação do Euro 7, a partir de 2025, da forma como estava previsto, levaria a gastos muito altos para ganhos insignificantes. Com a decisão o tema deverá seguir para o Parlamento Europeu até que as novas regras finais sejam conhecidas.

Importação de pneus cresce e indústria nacional começa a negociar layoff

São Paulo – Até julho o Brasil importou 25,6 milhões de pneus, volume 64,5% superior ao dos primeiros sete meses do ano passado. Segundo a Anip, que representa as fabricantes, foram 10 milhões de unidades a mais importadas no período, mesmo com a aplicação de alíquota de 16% para a importação de pneus de carga – por dois anos o produto ficou com imposto zerado, em decisão do ex-presidente da República Jair Bolsonaro, que justificava a medida como redução de custos para o transporte rodoviário do País.

Para piorar o preço do dólar ficou mais favorável, embora ainda na casa dos R$ 5, o custo do frete recuou e o de produção local, por outro lado, cresceu, com o aumento de tributo sobre a borracha, principal matéria-prima dos pneus e cuja metade da demanda é suprida por meio de importação.

Com todos estes fatores o preço de entrada dos pneus no mercado brasileiro é mais atrativo do que os fabricados localmente, de acordo com Klaus Curt Müller, presidente executivo da Anip: “Estamos vivendo um dos piores cenários da história do setor”.

Segundo ele a produção local dá conta do atual mercado e os estoques estão elevados, garantiu, sem citar números:“O problema é o aumento das importações, que pode ser verificado por meio de dados oficiais do governo, os quais demonstram importações a preços predatórios, impossibilitando qualquer concorrência leal”.

Ele contextualizou que o imposto de importação possui a sua função plena dentro de um comércio leal, no qual o seu princípio se encontra no alinhamento da competividade. Lembrou, no entanto, que “o tributo não possui efetividade plena quando se trata de importações desleais”.

José Alberto Panzan, presidente do Sindicamp, Sindicato das Empresas de Transportes de Cargas de Campinas e Região, reconheceu que mesmo com o dólar na casa dos R$ 5 e com o aumento de tributos sobre a compra de pneus importados no fim do primeiro trimestre deste ano o valor desse produto importado ainda é atrativo: “A diferença de preços gira em torno de 27%, tendo como base o pneu 295/80R 22,5, importado a R$ 1,7 mil e, o nacional, a R$ 2 mil 350”.

Ou seja: diferença de R$ 650 por unidade para este modelo.

Na avaliação de Márcio Ferreira, presidente do Sintrabor, Sindicato dos Borracheiros da Grande São Paulo e Região, apesar da “vitória” que as fabricantes tiveram com a volta da alíquota de 16% o governo anterior, além de zerar o imposto, “acabou com o preço de referência para a entrada do pneu importado no Brasil, prejudicando a produção nacional”.

Ferreira citou que o preço do frete internacional diminuiu no pós-pandemia, ajudado também pelo recuo do dólar, o que causou impacto no preço do produto: “Para complicar a situação em agosto houve a elevação do imposto de borracha natural de 3,2% para 10,8%, porcentual que poderá chegar a 22%. O problema é que a produção de borracha natural no Brasil supre apenas 52% do mercado, formado, principalmente, pela indústria pneumática”.

O sindicato está negociando com os funcionários da Bridgestone um layoff de um ano na fábrica de Santo André, SP, para 1,6 mil trabalhadores – quatro grupos de 402 operários, por três meses cada.

Preferência pelo nacional

Também diretor da Anacirema Transportes Panzan afirmou que em sua empresa há a preferência pelos pneus nacionais, por uma questão de padronização e de custo por quilômetro rodado. Mas ponderou que, no mercado, existe uma demanda a que a indústria nacional não atende, o que contribui, juntamente com o valor de revenda, para a maior oferta de pneus importados.

Ele acredita que para que a venda de produtos nacionais fosse superior a conta precisaria fechar e, além disto, haver predominância de venda de produtos nacionais: “Para tanto há que se buscar o equilíbrio de custo de produção, a incidência de tributos e a capacidade de operação”.

Panzan, presidente do Sindicamp, afirma que diferença de preços do importado para o nacional para modelo de pneu de carga é de 27%. Crédito: Divulgação.

Déficit da balança comercial do setor escancara crise

De janeiro a julho o déficit da balança comercial do setor de pneumáticos, segundo dados do Comex Stat elaborados pela Anip, soma US$ 303,4 milhões – mais de cinquenta vezes o déficit registrado no mesmo período do ano passado, US$ 5,8 milhões.

Em termos de unidades o déficit do acumulado de 2023 foi de 18,4 milhões de pneus e no mesmo período, em 2022, chegou a 7 milhões.   

A alta de 64,5% no total de pneus importados este ano, para 25,6 milhões de unidades, trouxe incremento naquele valor de 36,5%, para US$ 1 bilhão.

Ao mesmo tempo as exportações recuaram 16,6%, para 7,1 milhões de unidades: no mesmo período do ano passado foram 8,5 milhões. Os valores obtidos baixaram 4,1%, para US$ 698,8 milhões.

Mercado brasileiro de pneus encolheu 6,1% até julho de 2023

Dados da Anip apontam que o mercado de pneus acumula queda de 6,1% este ano até julho, totalizando 31,6 milhões de unidades, frente às 33,6 milhões do mesmo período em 2022. Em comparação com os primeiros sete meses de 2021 também há retração de 6,5% 33,7 milhões de unidades.

O maior volume de pneus importados tem sido consumido pelo mercado de reposição, pois OEM exige processos rigorosos de certificação, segundo o presidente executivo Müller. As vendas para o aftermarket retraíram 7,2% e totalizaram 23,7 milhões de unidades, e as para as montadoras recuaram 2,6%, somando 7,9 milhões.

O segmento que mais sentiu o baque na queda das vendas foi o de pneus de carga, que retraiu 16,2% este ano, com 3,8 milhões de unidades, sendo que para as montadoras o recuo foi de 20,4% e, para a reposição, de 14,8%.