BorgWarner fecha negócios e inova com treinamento inclusivo durante a Automec

A BorgWarner fechou R$ 3 milhões em negócios de turbos e embreagens na Automec, maior evento do Aftermarket Automotivo da América Latina.

A companhia também realizou tratativas com as novas linhas de diagnóstico e ferramentas da marca Delphi Technologies, principalmente com países da América do Sul. A organização ainda obteve quatro novos parceiros para os negócios de Turbo e Thermal na América Latina.

Cerca de seis mil visitantes passaram pelo estande da BorgWarner entre os dias 25 e 29 de abril. Durante a feira, a empresa lançou 39 novos códigos de produtos no mercado incluindo, por exemplo, o Motor de Partida Delco Remy 150MT para veículos pesados para a América do Sul. A BorgWarner também recebeu o reconhecimento do prêmio Inova como uma das empresas Top of Mind em Bico Injetor.

No evento, a BorgWarner apresentou o “Selo de Remanufatura Fabricante Original”, certificado pelo Instituto de Qualidade Automotiva (IQA), com reconhecimento da Associação Brasileira da Indústria de Autopeças (Abipeças), para a sua linha de remanufatura de turbocompressores. “O selo garante aos nossos clientes a aquisição de produtos provenientes de um processo sustentável, que segue os mesmos requisitos de um turbo novo”, afirma Guilherme Soares, Head de Aftermarket da BorgWarner para Emissions, Thermal and Turbos Systems no Brasil. “Nosso próximo passo será a captação de cascos de turbocompressores através de uma grande rede de lojas varejistas de peças, e assim, ampliar a oferta de turbos remanufaturados”, acrescenta Soares.

Através da marca Delphi, a companhia promoveu, de modo inédito na Automec, um treinamento voltado exclusivamente para 50 pessoas surdas.

Realizada em parceria com os Caminhoneiros Surdos do Brasil (CSB), as aulas reuniram mecânicos e profissionais do setor automotivo. Os alunos receberam treinamento sobre motores Híbridos & Elétricos e Tecnologias Euro. Como complemento desta ação, a Delphi também trouxe a primeira palestra ministrada em Libras. Esse treinamento aconteceu no espaço especial denominado “Delphi Experience”, e atingiu, no total, mais de 500 profissionais.

A empresa também anunciou o novo Centro de Treinamento das linhas de produtos da marca Delphi. Localizado em Piracicaba (SP), o espaço conta com mais de 200 m² e reúne equipamentos de última geração para auxiliar no aprendizado dos participantes.

Sobre a BorgWarner

Por mais de 130 anos, a BorgWarner tem sido líder global de produtos transformadores, trazendo inovação de mobilidade bem-sucedida para o mercado. Hoje, estamos acelerando a transição do mundo para a eMobility – para ajudar a construir um futuro mais limpo, saudável e seguro para todos.

Mobilidade Verde deve elevar financiamento a pesquisa e desenvolvimento

São Paulo – Francisco Tripodi Neto, especialista em benefícios fiscais e financiamento à inovação da consultoria Pieracciani, coleciona várias iniciativas que foram tornadas viáveis pelos mecanismos de estímulo à pesquisa e à engenharia incluídos na primeira fase do Rota 2030, programa de desenvolvimento à indústria automotiva no País que vigorou de 2018 a 2022 – e que deve seguir em mais dois ciclos de cinco anos cada até 2032 com novo nome, Mobilidade Verde e Inovação, e mais recursos para P&D, conforme decreto esperado para ser publicado até o próximo 6 de outubro.

Para exemplificar como o Rota 2030, até aqui, criou pequenas mas eficientes pontes ligando os institutos de pesquisa à cadeia produtiva da indústria automotiva nacional, em alguns casos salvando o pouco que restava de pesquisa e desenvolvimento do setor no País, Tripodi Neto lembrou de um caso, em outubro de 2021, quando recebeu a ligação de um diretor de uma empresa estadunidense de autopeças com subsidiária no Interior paulista:

“Ele me ligou desesperado, pedindo que eu fosse até lá para encontrar alguma fórmula de preservar seu departamento local de engenharia, porque a matriz havia decidido transferir todas as atividades para o México, onde a hora de engenharia custava US$ 27, contra US$ 37 no Brasil”.

A solução, contou o consultor, foi utilizar bolsistas do Programa Inova Talentos do IEL, Instituto Euvaldo Lodi, ligado à CNI, Confederação Nacional da Indústria. Com recursos para pesquisa e desenvolvimento do Rota 2030 e da Lei do Bem, que a empresa já usava, foi possível selecionar cinco engenheiros inicialmente para tocar os projetos locais em andamento. Deu tão certo que hoje já estão trabalhando lá 35 pesquisadores, dezoito foram contratados e os outros dezessete são bolsistas. Com isto o custo da hora de engenharia caiu para US$ 21, mais baixo até do que na filial mexicana.

Ponte construída

Tripodi Neto observou que este tipo de iniciativa ilustra como o financiamento à pesquisa e ao desenvolvimento criado pelo Rota 2030 ligou institutos acadêmicos com o setor produtivo: “Ainda é uma pequena ponte de madeira onde antes não havia nada. Mas é um bom começo. Nesta primeira fase do programa foi possível reduzir o preconceito que existia da cadeia produtiva industrial com os pesquisadores acadêmicos, para usar com eficiência os recursos que existem para financiar P&D no País. Agora é necessário evoluir, aprimorar as ferramentas”.

O consultor estimou que, em seu primeiro ciclo de cinco anos iniciado em 2018, o Rota 2030 tenha estimulado investimentos da ordem de R$ 4 bilhões em pesquisa, engenharia e desenvolvimento local, executados por 85 fabricantes de veículos e de autopeças que se habilitaram ao programa para usar seus recursos subsidiados.

O programa ofereceu até agora duas fontes de recursos para isto: a primeira é a redução de 10,2% a 12,5% dos valores gastos em P&D sobre o IRPJ, Imposto de Renda Pessoa Jurídica, e a CSLL, Contribuição Social sobre Lucro Líquido. Baseado nos dispêndios dos dezessete clientes da Pieracciani que se habilitaram ao Rota 2030 Tripodi Neto calculou que as 85 empresas habilitadas apuraram R$ 350 milhões em benefícios e, portanto, investiram cerca de R$ 3,5 bilhões em projetos de pesquisa e engenharia.

O consultor lembrou ainda que as empresas podem casar o benefício de 12,5% do Rota 2030 com os 27,2% da Lei do Bem em descontos na tributação sobre o lucro, IRPJ e CSLL, o que aumenta para 39,7% dos gastos em P&D a dedução potencial sobre estes dois impostos a pagar.

Outra importante fonte de recurso para P&D criada pelo Rota 2030 foi o direcionamento do imposto de importação especial sobre componentes sem produção nacional, o ex-tarifário de 2%, que em vez de ser recolhido ao Fisco passou a ser distribuído pelas empresas a instituições de pesquisa em linhas coordenadas por Embrapii, Finep, Fundep e Senai.

Tripodi Neto estima que já foram captados R$ 535 milhões por estas instituições para financiar diversos projetos de desenvolvimento nas áreas de mobilidade, ferramentaria, biocombustíveis, conectividade, propulsão e segurança veicular. Como muitas dessas linhas têm contrapartida das empresas, em média, de 50% do valor do projeto, o total investido pode ser o dobro do que até agora foi captado.

Atualmente a Fundep, ligada à UFMG, Universidade Federal de Minas Gerais, recebeu o maior volume de recursos para três programas: Ferramentarias Brasileiras Mais Competitivas, com R$ 226 milhões captados, Biocombustíveis, Propulsão e Segurança Veicular, com R$ 266 milhões, e Conectividade Veicular, com R$ 43 milhões.

Segundo Tripodi Neto captou mais quem “entendeu melhor as dores da indústria” e propôs soluções práticas, porque são as empresas que escolhem para onde direcionar o dinheiro do ex-tarifário: “É preciso entender que estes recursos vêm das empresas e precisam voltar para elas na forma de produtos e serviços que serão usados pela sociedade, não se trata só de financiar a pesquisa particular de um bolsista”.

Recursos devem ser aumentados

O especialista da Pieracciani avaliou que o programa foi bom até agora, “mas foi um período de aprendizagem e poderia ter sido bem melhor, pois apenas 85 empresas em um universo de mais de trezentas utilizaram os recursos do Rota 2030 para estimular P&D no País”.

A boa notícia, segundo ele, é que as informações até o momento apontam para aumentar o valor dos recursos disponíveis para financiar P&D na indústria automotiva: “As minutas que vi até agora da próxima fase do programa indicam não só a manutenção dos projetos como a elevação de recursos para eles”.

Para atrair mais participantes Tripodi Neto sugeriu que a nova fase do Mobilidade Verde e Inovação crie algumas ferramentas de saída, porque atualmente quem se habilita ao programa precisa obrigatoriamente levar o projeto até o fim: “Isto gera insegurança e afasta empresas, pois existem alguns projetos que as montadoras encomendam aos fornecedores e depois desistem, aí o fornecedor não tem mais como levar adiante”.

O consultor avalia que foi adequada a mudança de nome do programa de Rota 2030 para Mobilidade Verde e Inovação, proposta pelo MDIC, Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio pois “assim fica mais abrangente e alinhado com a tendência mundial de descarbonizar a mobilidade.”

Mas seja qual for o nome, ele ponderou, o importante é manter em alta o estímulo e o interesse por P&D no setor. Na Pieracciani, que tem as maiores receitas originadas nos 27 clientes da indústria automotiva – duas montadoras, Caoa e Renault, e 25 grandes fornecedores de componentes como Mahle, Eaton e Denso –, tem sido elevado o apetite por recursos existentes para inovar: “Não falta trabalho”, disse Tripodi Neto.

Mesmo com fim dos descontos preço dos veículos fica estável em agosto

São Paulo – Mesmo com o fim dos descontos patrocinados pelo governo por meio da MP 1 175 o preço dos veículos no Brasil, em agosto, ficaram quase estáveis na comparação com julho. De acordo com o MVP, Monitor de Variação de Preços, da KBB, o preço dos automóveis em agosto teve, na média, uma variação de 0,2%.

O incremento foi puxado pelos modelos ano/modelo 2023, enquanto os veículos 2024 tiveram recuo de 0,05% nos preços. Os 2022 ficaram estáveis.

Os preços de veículos seminovos, com até três anos de uso, que tiveram forte valorização durante a pandemia da covid-19, registraram recuo médio de 0,47%. Apenas os veículos seminovos 2024 apresentaram alta em agosto, 0,19%, e os valores dos veículos 2023, 2022 e 2021 caíram 0,45%, 0,73% e 0,51%, respectivamente. 

Mercedes-Benz investe R$ 4 milhões em novo Centro de Treinamento

São Paulo – A Mercedes-Benz inaugurou seu Centro de Treinamento para Automóveis e Vans em Limeira, SP, integrado ao Centro Logístico da empresa no Brasil. O investimento superou os R$ 4 milhões

O novo centro tem capacidade para até 40 mil horas de treinamento por ano. Por lá passarão funcionários da Mercedes-Benz e da sua rede de concessionários. Os cursos serão gerenciados por sete instrutores, todos certificados pela matriz após rigoroso treinamento global. A grade de cursos contará com mais de vinte opções, envolvendo capacitação técnica, lançamento de novos produtos, serviços e gestão. 

Somando o investimento do Centro de Treinamento com o Centro Logístico o valor supera R$ 80 milhões.

Novo edital do Caminho da Escola é publicado e recebe inscrições até 9 de outubro

São Paulo – O FNDE, Fundo Nacional do Desenvolvimento da Educação, publicou nesta quarta-feira, 27, a nova versão do edital para a licitação de 16,3 mil ônibus escolares para atender ao programa Caminho da Escola. As empresas interessadas têm até 9 de outubro para entregar suas propostas, quando haverá a abertura da sessão pública, às 9h00, a fim de que sejam definidos os vencedores.

O número de ônibus a ser adquiridos para promover o trajeto para a escola em áreas rurais e de difícil acesso permaneceu, assim como os dezoito modelos buscados pelo FNDE. Houve apenas pequenas mudanças nas especificações destes veículos, segundo o órgão, que assinalou ainda a ampliação de 45 para cem dias do prazo de entrega do CAT, Certificado de Adequação à Legislação, assim como da licença para o uso da configuração de veículo ou motor, e do protótipo do ônibus para a realização de inspeção.

O CAT foi um dos pontos polêmicos que fez com que o governo suspendesse no início de setembro o leilão previsto para a terça-feira, 12. Segundo informaram fontes do setor com o advento do Euro 6 houve mudança nas regras da documentação e tanto fabricantes de chassi como encarroçadores teriam de entregá-los juntos e antes do pregão, o que não era exigido anteriormente.

O movimento de interrupção do processo se deu após a interlocução do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC junto ao MDIC, Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, a fim de que houvesse revisão às modificações porque, de acordo com a entidade, nem todos os concorrentes teriam conseguido se preparar em tempo hábil.

Dentre as principais companhias do setor, conforme a Agência AutoData apurou, apenas a Mercedes-Benz não tinha conseguido prover a documentação dentro do tempo solicitado, o que provocou certo desconforto com os concorrentes, que disseram estar adequados às novas regras desde março, e que temiam por não haver tempo suficiente para a produção este ano e de o impacto ser sentido apenas em 2024.

O leilão é bastante aguardado pelas empresas do setor pois este foi o que mais sofreu na pandemia, devido à sua característica de transporte coletivo. Dados da Anfavea mostraram que de janeiro a agosto a produção de ônibus caiu 32,6% frente ao acumulado do ano passado, totalizando, 13,5 mil unidades.

A Mercedes-Benz informou que está analisando o edital com todos os critérios possíveis e, havendo condições igualitárias para as empresas, tem total interesse em participar.

Segundo Danilo Fetzner, diretor da Iveco Bus para a América Latina, a empresa está pronta para participar do processo de concorrência pública para o programa Caminho da Escola: “A licitação é de extrema relevância para promover um transporte seguro e de qualidade para crianças e para fomentar o setor de transporte de passageiros no País”.

De acordo com o FNDE o pregão eletrônico busca adquirir ônibus rurais escolares dos tipos ORE ZERO 4X4, ORE 1 4X4, ORE 1, ORE 2, ORE 3 e ônibus urbanos escolares dos tipos ONUREA piso alto e ONUREA piso baixo. Mais informações estão no site www.gov.br/compras.

Em busca de novo brilho para a estrela

O economista e administrador Achim Puchert, alemão de 44 anos, é o mais novo presidente que a Mercedes-Benz já teve no Brasil em seus 67 anos de história. Mas não falta experiência ao jovem executivo que iniciou carreira no Grupo Daimler há vinte anos. Antes de assumir seu atual posto, em janeiro de 2022, era vice-presidente sênior da Daimler Truck & Buses para mercados internacionais.

Com esta experiência e após muitas vindas ao País para visitar familiares que já moravam aqui Puchert diz que ficou “entusiasmado e lisonjeado” quando foi indicado para assumir a operação no Brasil, que hoje é o maior mercado de caminhões e ônibus Mercedes-Benz no mundo. 

Ele reconhece que a missão a ele confiada não é nada fácil: transformar a companhia no Brasil em uma corporação mais resiliente aos muitos altos e baixos do mercado e restaurar a rentabilidade na região. Puchert afirma que está acostumado às flutuações drásticas de vendas e que “o importante é estar preparado para reagir”.

E é o que ele está fazendo, iniciando, há um ano, um pesado plano de reestruturação que prevê o desligamento de 3,6 mil empregados e terceirização de várias atividades, com o objetivo de dar novo brilho e devolver rentabilidade à estrela que simboliza a mais antiga fabricante de veículos comerciais instalada no País. Segundo Puchert o plano está progredindo e deve colocar a corporação “no bom caminho até 2025”. 

Acompanhe a entrevista completa em vídeo no canal da AutoData no YouTube ou os principais momentos em texto.

Como foi o seu último ano e meio aqui?

Uma montanha russa, começando no ano passado com a crise de fornecimento de chips de um lado e forte demanda dos clientes de outro, e nós tentando atender. Depois, este ano, vem o arrefecimento do mercado com a introdução dos modelos Euro 6, juros altos e demanda em queda… Combinado com tudo isso estamos em meio a uma grande transformação da empresa. Ao mesmo tempo ainda estou me familiarizando com o Brasil e com a América Latina, novo país, nova cultura, novas pessoas, nova maneira de fazer negócios, aprendendo o português, com muito espaço para melhorar.

Qual foi sua reação com a indicação pela Daimler Truck para liderar as operações da Mercedes-Benz do Brasil? 

Fiquei muito entusiasmado e lisonjeado. Primeiro porque Brasil e América Latina são mercados muito importantes para a Mercedes-Benz Truck & Buses, representam um grande pedaço de nosso negócio. Sabia que a companhia não estava no mesmo estágio que se encontrava no passado, mas segue com muito potencial. Algo que me motivou a aceitar o novo posto é que já havia estado diversas vezes no Brasil, porque alguns tios e tias vivem aqui, então já conhecia o País e seu povo.

Qual missão a Daimler Truck confiou ao senhor para a operação brasileira? 

Como disse a operação brasileira é muito importante para a companhia, temos uma longa história de 67 anos no País e uma trajetória bem-sucedida. Na última década não estivemos no nível que nós gostaríamos, mas seguimos investindo. A matriz acredita no potencial do Brasil e da América Latina, assim muitos investimentos foram feitos. Agora a missão é rentabilidade suficiente mesmo em momentos de desaceleração. Assim um dos tópicos é reestruturar o negócio, o que já estamos fazendo, para moldar a empresa para o futuro no horizonte até 2030, olhando para as transformações e tendências globais da indústria, com novos competidores e novas tecnologias. 

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Juros para financiamentos de veículos crescem no primeiro mês de Selic menor

São Paulo – No primeiro mês de vigência de menor taxa básica de juros, reduzida de 13,75% para 13,25% em 2 de agosto, a taxa média de juros para os financiamentos de veículos 0 KM cresceu. Segundo dados divulgados pelo Banco Central do Brasil na quarta-feira, 27, em agosto a média oscilou para 26,2%, 0,1 ponto porcentual acima da registrada em julho.

O resultado de agosto interrompeu uma sequência de seis meses consecutivos de redução no juro praticado para o financiamento de veículos. Ficou, porém, 1,2 ponto porcentual do registrado em agosto de 2022 e 2,9 pp abaixo da taxa média aplicada em janeiro.

Um novo corte de meio ponto porcentual na taxa Selic foi promovido em 20 de setembro, reduzindo a taxa média de juros para 12,75%. Em ata o Copom, Comitê de Política Monetária, descartou promover cortes maiores, devendo manter, ou reduzir, o ritmo nos próximos meses. Resta saber quando, e se, chegará na ponta.

Isso porque no mesmo período a inadimplência manteve estabilidade na comparação com o mês anterior: os 5,4% de agosto foram os mesmos de julho, de acordo com o BC.

Os atrasos superiores a noventa dias nos financiamentos de veículos 0 KM cresceram 0,3 pp em doze meses, mas recuaram 0,1 ppdesde o início do ano.

Vendas de pneus caem 7% no acumulado até agosto

São Paulo – Foram comercializados este ano, até agosto, 36 milhões de pneus, volume 7,1% inferior ao volume acumulado nos oito primeiros meses de 2022, que somou 38,8 milhões de unidades, segundo dados da Anip divulgados na terça-feira, 26.

Isto aconteceu apesar da reação na comercialização em 11,4% no mês passado com relação a julho, somando 4,4 milhões de unidades. Em comparação a agosto de 2022, no entanto, houve queda de 13,6%.

O segmento com maior queda nas vendas em 2023 foi o de pneus de carga, com retração de 16,2%, totalizando 1 milhão de unidades. De acordo com informações do Comex Stat elaborado pela Anip, as importações de pneus seguem crescendo vertiginosamente, principalmente pelo preço, que para alguns modelos chega a ser 27% menor, e a despeito da volta do imposto de importação para unidades utilizadas para transporte de mercadorias.

Este ano foram adquiridos de outros países 30,2 milhões de pneus, 59,8% a mais do que no acumulado de 2022. De acordo com a Anip foram importadas mais de 563 mil unidades de pneus de carga somente no mês passado, o que representou o maior volume em toda série histórica iniciada em 2000. Já os 2,9 milhões de pneus de passeio importados em agosto ficam atrás apenas do volume registrado em dezembro de 2022.

O resultado do cenário é que fabricantes de pneus como a Bridgestone já começam a negociar layoff. Sua unidade de Santo André, SP, terá a medida adotada por um ano, durante o qual 1,6 mil trabalhadores terão seus contratos de trabalho suspensos.

Aliança Renault Nissan Mitsubishi evolui para projetos regionais

São Paulo – A Renault informou, em comunicado, que a Aliança Renault Nissan Mitsubishi avançou nas negociações a respeito de um novo processo de trabalho. Até o fim do ano, segundo a empresa, deixará de ter modelo padronizado em escala mundial para uma cooperação em projetos, adaptando-se às particularidades de cada região.

“Esta nova organização vai se apoiar nas vantagens estratégicas, recursos técnicos e expertise de mercado de cada empresa parceira, para dar sustentação aos seus respectivos planos estratégicos.”

As compras da Aliança serão feitas com base em cada projeto: a empresa-líder de determinado projeto terá autonomia para definir especificações e processos para atender às exigências de cada empresa em termos de produto, respeitando as regulamentações da região.

“Esta nova organização permitirá tomar decisões de forma mais rápida e melhorar a eficiência operacional em várias áreas, desde mercados e tecnologias até veículos e muito mais, para apoiar a implementação de projetos comuns da Aliança para a Europa, América Latina e Índia.”

Randon inicia venda do Sider Modular New R com chassi modular

São Paulo – A Randon oferece ao mercado o Sider Modular New R com redução de 70% no uso de solda e 1 tonelada mais leve do que a versão anterior. Segundo a fabricante a novidade possibilita maior ganho de carga líquida, o que causa impacto positivo na rentabilidade do transportador e no custo de operação, que obtém, assim, economia de combustível e menor desgaste dos componentes.

O chassi modular permite múltiplas combinações de eixos, assinalou a companhia, o que simplifica as manutenções de rotina e eleva sua disponibilidade, justificou.

Certificado pelo Centro Tecnológico Randon o Sider Modular New R traz ainda assoalho em alumínio, o que é uma novidade: por ser leve, mas ao mesmo tempo proporcionar alta resistência, é indicado para o trânsito interno de empilhadeiras e paleteiras.