Nova geração do Kangoo E-Tech chega à rede Renault por R$ 260 mil

São Paulo – Chegou às concessionárias Renault a nova geração do utilitário Kangoo E-Tech, com motorização 100% elétrica. Pioneiro dentre os comerciais leves elétricos o modelo acumula mais de seiscentas unidades vendidas desde seu lançamento no Brasil, em 2013.

Produzido em Maubeuge, França, o modelo é equipado com motor de 90kW, equivalente a 120 cv, e com bateria de íons de lítio de 45kWh, formada por oito módulos independentes e reparáveis. A autonomia, segundo o Inmetro, é de 329 quilômetros no ciclo urbano e de 300 quilômetros no combinado.

Disponível em versão única, e em duas cores – branco e cinza –, o Kangoo E-Tech chega ao mercado por R$ 259 mil 990.

Eaton nomeia Márcio Seleghin gerente de estratégia de produto

São Paulo – Com o objetivo de integrar a operação sul-americana à Eaton Power Connections e de trabalhar em conjunto com profissionais de engenharia, estratégia de produto e liderança de unidades de negócios em todo o mundo, o executivo Márcio Seleghin foi escolhido para ocupar o cargo de gerente de estratégia de produto da Eaton e conduzir a área de integração para terminais e conectores no Grupo Mobility América do Sul.

Formado em engenharia mecânica pela FEI e mestre em gestão industrial, Seleghin, que está há 25 anos na Eaton, trabalhou no desenvolvimento do negócio de emissão de combustível para atender a legislação de emissões evaporativas, cujo resultado foi a nacionalização das válvulas ORVR, que acabou de atingir a marca de 1 milhão de unidades em dois anos de operação em Valinhos, SP.

Pirelli anuncia inscrições para preencher 45 vagas de estágio

São Paulo – Até 31 de outubro estudantes interessados em estagiar na Pirelli devem se inscrever por meio do site https://estagiopirelli.com.br. Ao todo são oferecidas 45 vagas, para início em 15 de janeiro de 2024, nas oito unidades de trabalho localizadas no Brasil: Barra Funda, Faria Lima e Santa Cecília em São Paulo, Barueri e Cabreúva em Campinas, SP, São Bernardo do Campo, SP, e Feira de Santana, BA.

As áreas de atuação dos candidatos selecionados serão laboratório, P&D e projetos, engenharia, marketing, comercial, vendas e negócios, financeiro, contabilidade, economia e controladoria, saúde, segurança e meio ambiente, TI, jurídico, supply chain, logística, compras e suprimentos, secretariado, administração e backoffice, RH, comunicação, diversidade e responsabilidade social.

Para os estudantes de ensino técnico a remuneração pelo trabalho de seis horas diárias varia de R$ 756 a R$ 1 mil 198,26. Para alunos de cursos de ensino superior, tecnólogos e de licenciatura os valores oscilam de R$ 1 mil 189,44 a R$ 1 mil 869,84. Além da bolsa há benefícios oferecidos pela empresa.

Phinia prevê investimento de R$ 90 milhões em Piracicaba

Piracicaba, SP — Três meses após tornar-se Phinia, que representa as marcas Delphi, Delco Remy e Hartridge, a fábrica, no Interior paulista, em Piracicaba, fundada em 1991, recebeu aporte de R$ 30 milhões para realizar as adaptações necessárias à mudança de nome de sua antiga detentora, a BorgWarner, agora focada em turbocompressores e eletrificação.

Animada com a expectativa de que em cinco anos haverá 88 milhões de veículos na América do Sul, sendo 90% deles movidos a motores de combustão interna, a unidade brasileira receberá outros R$ 90 milhões ao longo de 2024, cuja aplicação ainda está em discussão, para quando projeta crescimento de dois dígitos.

Os recursos aportados este ano tiveram como destino a melhoria das instalações, o que inclui opções de descanso para os funcionários da unidade de 42 mil m² instalada em terreno de 174 mil m² de área verde, aquisição de maquinário, reformas na fábrica, ampliação da capacidade produtiva, no caso das bombas para veículos a diesel, em 30%, inauguração do centro de treinamento e novos produtos.

Dentre eles destaca-se o início da produção de linha de injetores GDI, que têm injeção direta de gasolina e promovem menor perda, o que faz com que o desempenho do veículo seja superior e percorra mais quilômetros com a mesma quantidade de combustível. Seu lançamento é aguardado para o ano que vem.

Giovani Benato, gerente da unidade de sistemas de combustível e responsável por operações, assinalou que as novidades no chão de fábrica consumiram R$ 10 milhões dos R$ 30 milhões investidos recentemente. O índice de nacionalização é de 45% e em torno de 30% a 35% da produção é exportada para países da América do Sul, Europa e Ásia.

Segundo Giovani Benato efetivo de 1 mil funcionários será ampliado em 10% em 2024. Crédito: Divulgação.

Desde 2012 a Delphi fornece injetores aquecidos que demandam menor quantidade de metais e emitem menos poluentes, como NOX, sendo uma aposta da empresa no caminho para a descarbonização, junto com o hidrogênio, tecnologia que está em desenvolvimento e sendo testada em duas vans na Europa.

Nos onze anos do injetor aquecido foram produzidos 4 milhões de unidades. O executivo ressaltou que o uso dessa tecnologia é aprovado até 2029, em conformidade com as regras da terceira fase do PL8. Ao longo das três décadas da fábrica paulista são contabilizados mais de 40 milhões de injetores lá fabricados.

Segundo Amaury Oliveira, vice-presidente de aftermarket da Phinia na América do Sul, do negócio global da companhia 32% corresponde ao mercado de reposição. E, ao todo, 41% do faturamento de US$ 3,8 bilhões provém das Américas, sendo 15% da América do Sul: “Isto justifica esses investimentos crescentes no Brasil. O CEO Brady Ericson acredita muito no mercado de reposição, o que favorece a operação em Piracicaba”.

Hoje 40% do faturamento da Phinia no Brasil, que conta também com unidade em Brusque, SC, provém do aftermarket – a operação de Cotia, SP, foi incorporada à de Piracicaba. E a intenção é ampliar este porcentual. Uma das apostas está em nova linha de suspensão e direção – que integra o aporte de R$ 10 milhões –, cujo objetivo é alcançar market share de 8% a 12%, o que deve trazer faturamento expressivo, de acordo com Oliveira.

“Fora isto todo ano lançamos grande número de referências. Este ano foram 468. Para 2024 deveremos complementar a linha de bobinas e de injetores de combustível.”

A participação de mercado da companhia em produtos para motor a diesel está em 75%, porcentual que deverá ser mantido, assinalou o vice-presidente de aftermarket. Já no caso dos injetores, com o lançamento do GDI a fatia de 12% deverá chegar a 15%.  

De acordo com Amaury Oliveira a sobrevida do modelo a combustão favorece o aftermarket e investimentos em Piracicaba. Crédito: Divulgação.

O centro de treinamento, que consumiu R$ 3 milhões, objetiva estreitar relacionamento com mecânicos, embora ofereça capacitação para qualquer pessoa interessada. Em um primeiro momento serão oferecidos treze cursos que serão 45 até o fim de 2025, com opções gratuitas e pagas.

“O objetivo é treinar mais de 1 mil pessoas por ano. Os cursos serão dados também em espanhol, inglês e libras.”

Segundo o responsável pela fábrica o efetivo de Piracicaba, que emprega cerca de 1 mil funcionários, sendo 5% PCDs e 42 empregados surdos, também sentirá o impacto do investimento, e deverá ser ampliado em 10% em 2024.

Com projeção de recorde de vendas em 2023 infraestrutura para elétricos começa a avançar

São Paulo – A venda de veículos eletrificados está em alta no Brasil, puxada ainda pelos veículos híbridos e híbridos plug-in, mas cada vez com mais espaço para a expansão dos elétricos puros, que mostram crescente índice de emplacamentos mensais. Preços mais acessíveis, maior autonomia dos modelos e mais opções disponíveis estão movimentando o segmento de elétricos puros, que deverá chegar a 10 mil vendas em 2023, sendo o maior volume histórico anual no Brasil.

Esta projeção é a mais recente da ABVE, Associação Brasileira do Veículo Elétrico, que foi divulgada pelo seu presidente, Ricardo Bastos, durante entrevista exclusiva à Agência AutoData. O executivo acredita que este volume poderá ser ainda maior por causa de importantes lançamentos que aconteceram recentemente e ainda não causaram impacto sobre os emplacamentos. A entidade também reajustou a projeção para os eletrificados, esperando 75 mil vendas em 2023.

A curva de crescimento do segmento ganhou força mais rápido do que era esperado no País: em 2015 foi celebrada a marca de 1 mil veículos híbridos e elétricos vendidos e, oito anos depois, o setor espera chegar a 75 mil unidades. Para 2024 e 2025 Bastos acredita que o crescimento será exponencial, com os eletrificados superando as 100 mil unidades no fim do ano que vem: “Acredito que este ritmo será mantido, mas precisamos de duas coisas: políticas públicas que incentivem a infraestrutura local, com toda a regulamentação necessária, e incentivos à produção local no futuro, para que sejamos fabricantes locais de elétricos e híbridos”.

Caso a projeção para 2023 se concretize o Brasil encerrará o ano com mais de 24 mil veículos elétricos circulando no País e, nas contas da ABVE, todos possuem um ponto de recarga na garagem. A questão são os eletropostos públicos e semipúblicos disponíveis no País, rede que terá cerca de 3 mil unidades até dezembro: o número está sendo atualizado de perto pela entidade porque diversas empresas estão operando a oferta de carregadores e no desenvolvimento de grandes projetos para levá-los para as rodovias, ligando importantes cidades do País.

O número atual é considerado baixo pelo presidente da ABVE, que acredita em um crescimento anual de 20% a 30% para 2024 e 2025, permitindo maior mobilidade, com os carregadores rápidos ganhando espaço no mercado pois muitos dos eletropostos públicos ainda oferecem recarga lenta ou média na maioria dos casos. Até dezembro a relação de eletropostos contra a frota elétrica circulante será de um a cada oito veículos, número distante do considerado ideal pela ABVE, que espera que o mercado chegue à rlação de um para cinco, considerada bastante factível por Bastos. 

Para aumentar a disponibilidade de recarga no País uma das grandes empresas que operam neste segmento é a Raízen, através do programa Shell Recharge, que já existia em outros países e chegou ao Brasil há um ano. Até março de 2024 a empresa pretende encerrar a primeira fase do seu projeto com cem eletropostos rápidos instalados, conectando diversas cidades das regiões Sul, Sudeste, Centro-Oeste e Nordeste, de acordo com Rafael Rebello, diretor de mobilidade elétrica da Raízen Power: “Já instalamos dezessete pontos de recarga rápida e temos mais 35 em fase de instalação. Até março do ano que vem nós queremos, também, chegar à marca de 1 mil carregadores instalados, considerando rede pública, semi pública e privada”.

Para o executivo, existe uma grande questão: espera-se pela chegada da frota ou instala-se a rede para provocar o crescimento das vendas dos veículos elétricos. A Raízen aposta na segunda opção, com uma próxima fase do projeto de instalação de postos já prevista. Rebello acredita que o número de carregadores ainda é baixo, mas a infraestrutura também sofre com outras questões, como a sua baixa eficiência, porque a maioria oferece recarga lenta e muitas vezes não está funcionando. Ele propõe que o mercado avance em eficiência e qualidade dos serviços prestados. 

O diretor de marketing da E-Wolf, Thiago Castilha, também acredita que o setor precisa avançar com a profissionalização dos serviços prestados, dotado de regulamentação mais clara e definida para quem fornece a energia e para quem opera os eletropostos, cobrando a tarifa que considera justa e pagando seus impostos como um serviço. O executivo crê que estes pontos ainda não estão claramente definidos e espera que isto avance em breve: “Desta forma o negócio também se tornará mais rentável, sendo economicamente viável, atraindo novos investimentos e chegando na relação ideal de um carregador público para cada cinco veículos elétricos circulando”.

Castilha também citou os eletropostos rápidos como um ponto que precisa avançar no País, junto com um melhor serviço de operação da unidade, permitindo que o usuário reserve com antecedência ou consiga saber se o ponto está funcionando e disponível. Ao apostar no crescimento deste mercado nos próximos anos a E-Wolf comercializa uma linha completa de carregadores da sua própria marca, dos lentos aos rápidos, e também passou a representar a Wallbox, que é a fornecedora global oficial de carregadores para BYD. 

Danilo Guastapaglia, chefe de operações da Go Electric no Brasil, passou alguns meses na Alemanha para conhecer mais sobre o ecossistema da eletrificação. Disse que, por lá, a conta é de um carregador para cada dez veículos elétricos, relação que o executivo acha interessante para atender às demandas por recarga pública, mas o número de carregadores rápidos é muito maior do que aqui “O mercado deverá se adaptar e expandir conforme as vendas avançarem, movimento que está acontecendo com o crescimento das vendas de veículos elétricos, mas a estrutura inicial precisava ser criada também para estimular a demanda”.

Guastapaglia opina que, nos próximos anos, conforme o mercado elétrico crescer, a infraestrutura seguirá pelo mesmo caminho, mas com uma mudança na comparação com a rede atual porque os carregadores rápidos e ultra rápidos estarão mais presentes no País, substituindo uma parte dos carregadores públicos lentos. 

De olho nessa fatia de mercado a empresa inaugurou um hub de recarga no km 237 da rodovia Anhanguera, que liga São Paulo a Ribeirão Preto e ao Sul de Minas Gerais, que é um dos maiores do país, com dez mangueiras para conectar veículos elétricos e uma potência máxima de 524 kW, atendendo todos os modelos elétricos e híbridos plug-in vendidos no Brasil. A empresa investiu cerca de R$ 2 milhões e a recarga é cobrada via aplicativo, modelo que a Go Electric entende como viável. 

Retorno do imposto de importação 

O imposto de importação está zerado para veículos elétricos desde 2015, o que ajudou no começo do desenvolvimento deste segmento, mas agora a tendência é a de que ocorra um retorno gradual do imposto ao longo de três anos, de acordo com informações do secretário de desenvolvimento industrial, inovação, comércio e serviços do MDIC, Uallace Moreira, em entrevista à Agência Reuters.

De acordo com o presidente da ABVE o tema ainda não está definido e segue em negociação com o governo. Bastos acredita que antes de definir o retorno do imposto é preciso definir as regras para produção local de híbridos plug-in e elétricos dentro do programa Mobilidade Verde, pois a indústria local ainda não produz estes veículos: “É normal que aconteça a volta gradual do imposto, mas antes de qualquer debate sobre isto precisamos saber as condições do Mobilidade Verde, até para as que as empresas refinem seus planos de investimentos”.

O presidente acredita que uma decisão sobre a volta do imposto de importação sem previsibilidade para a produção local de veículos eletrificados causaria um impacto muito grande, movimento que não deverá acontecer. A expectativa é a de que as regras do novo programa sejam conhecidas ainda em 2023 e, no começo do ano que vem, seja definido o retorno gradual da taxação.

Dentre tantas dúvidas que ainda rondam o novo programa e o retorno gradual dos impostos para importação de elétricos e híbridos plug-in Bastos também cita uma importante questão: haverá uma cota livre de impostos? Quais serão as condições para isto? Todas essas perguntas deverão ser respondidas ao longo deste segundo semestre e no começo de 2024.

Para Ricardo Bastos o cenário ideal seria o retorno gradual dos impostos quando o setor eletrificado representasse 5% do total vendido no País, algo em torno de 100 mil unidades, volume que deverá ser alcançado até o fim de 2024. 

Enel X Way e Volvo ampliam parceria com foco em mobilidade elétrica

São Paulo – A Enel X Way e a Volvo ampliaram sua parceria, que existe desde 2021, com iniciativas como o fornecimento de carregadores rápidos e conectados no Brasil e o desenvolvimento de novos projetos de infraestrutura pública para recarga de veículos elétricos na Argentina, Peru e Guatemala. 

Desde o início da parceria a Enel X Way já forneceu mais de 2 mil carregadores lentos, de 7 kW, que foram comercializados pelos concessionários Volvo. Outros quatrocentos foram instalados em pontos estratégicos no Brasil por meio da parceria das duas empresas

BYD lidera a venda de veículos eletrificados em setembro

São Paulo – A BYD liderou as vendas de veículos eletrificados em setembro pela primeira vez, somando 2 mil 137 unidades, volume superior às 1 mil 741 unidades registradas pela Toyota e às 1,3 mil da GWM.

No ranking dos veículos 100% elétricos a BYD também ficou na primeira posição, com 1,3 mil vendas, conquistando 70% do mercado. O elétrico mais vendido foi o BYD Dolphin, 1 mil 36 emplacamentos, em segundo lugar ficou outro modelo da BYD, o Yuan Plus, 145 unidades, seguido pelo Volvo XC40, 75 unidades.  

No ano a BYD já soma 2,9 mil vendas, e lidera também o ranking por marca no acumulado. O presidente da BYD no Brasil, Tyler Li, disse que a empresa seguirá surpreendendo os consumidores e novidades estão confirmadas para o País: “Os carros elétricos vêm ganhando cada vez mais espaço em nosso País, contribuindo para ampliar a participação da marca. Nossas soluções inovadoras, alta tecnologia e preços competitivos conquistaram definitivamente o consumidor”.

Volvo Financial Services chega aos 30 anos com carteira de R$ 22 bilhões

Curitiba, PR – A Volvo Financial Services, braço financeiro que concentra transações de financiamentos, consórcios, seguros e locação de veículos do Grupo Volvo, completou trinta anos de atividade no Brasil como a segunda maior operação da empresa no mundo, com 15% dos negócios globais. Da carteira global de US$ 27 bilhões 17% estão na América do Sul, atrás apenas da Europa, que tem 20%.

A subida na escala global da VFS é devida à rápida expansão no Brasil, onde apenas nos dois últimos anos sua carteira cresceu de R$ 10 bilhões para R$ 22 bilhões. No último ano foram gerados R$ 4,8 bilhões em novos negócios. A escalada obrigou o grupo a aportar R$ 850 milhões para adicionar capital próprio à divisão, R$ 600 milhões em 2022 e mais R$ 250 milhões este ano. A injeção de capital foi para fazer frente ao acelerado crescimento da concessão de crédito, seguindo norma de alavancagem máxima permitida pelo Banco Central para preservar a solidez do banco.

Com o novo aporte a VFS elevou para quase R$ 3 bilhões seu capital próprio e assim poderá aumentar o volume de concessões de crédito. Atualmente a instituição tem a meta de financiar 40% das vendas de caminhões, ônibus e máquinas de construção do Grupo Volvo no mercado brasileiro, mas nos primeiro seis meses deste ano o porcentual já superou este objetivo, chegando a 46,5%, e a 48,5% em setembro.

Segundo Carlos Ribeiro, presidente da VFS América do Sul, este é um porcentual muito acima da média dos bancos de fabricantes de veículos no País: “Normalmente essas instituições financiam, em média, 25% das vendas da empresa, mas nós já estamos acima de 40% e sem conceder nenhum subsídio”.

Crescimento meteórico

Ribeiro observou que o meteórico crescimento dos negócios da VFS nos últimos dois anos se deve a uma combinação de fatores favoráveis: “Primeiro, aumentamos nossa penetração junto aos clientes Volvo, operamos em um nicho e dominamos o canal de vendas, mas também houve o fator de aumento de inflação, dos custos e dos preços dos veículos, o que naturalmente eleva os valores financiados. Ao mesmo tempo a Volvo ganhou participação de mercado, o que elevou o volume de produtos a financiar”.

Carlos Ribeiro, presidente da Volvo Financial Services América do Sul: “Não temos risco”.

O executivo lembrou que só foi possível avançar tão rápido por causa do baixo risco da carteira de crédito da VFS, que tem índice de inadimplência de apenas 1,45%, porcentual significativamente abaixo dos 3% a até 6% apresentados por outras instituições. Com isto, apontou, foi mais fácil convencer a matriz, na Suécia, a aportar mais recursos para apoiar a expansão dos negócios do braço financeiro no Brasil: “Não temos risco”.

Com esta solidez não faltaram recursos para a VFS nos últimos anos, que financia a maior parte de suas operações com captações da própria geração de caixa da Volvo, tanto daqui como da matriz, e também no sistema bancário internacional e nacional.

O presidente da VFS afirmou que o crescimento deste ano foi inesperado: “Há um ano a estimativa era de queda de 1% do PIB em 2023, mas devemos superar os 3%. Este desempenho da economia traz otimismo para a expansão dos negócios em 2024”.

CDC e consórcio em alta

Os financiamentos respondem por 60% do faturamento da VFS, os consórcios representam 30%, a venda de seguros agrega 9% e o 1% restante vem da recém-criada divisão de locação de caminhões Volvo.

Atualmente a modalidade de financiamento por CDC lidera as concessões com 55%, enquanto as linhas Finame do BNDES ficam com 45%. Segundo Ribeiro a tendência é de continuação do crescimento do CDC porque a burocracia é menor e a taxa de juro atualmente, que baixou de 18% ao ano no começo de 2023 para 14%, é quase tão competitiva quanto a do crédito do banco público de fomento, hoje na casa de 13,5% ao ano incluindo o spread da instituição repassadora.

“A oscilação das taxas do Finame observada este ano, tanto a variável atrelada à Selic como a TFB fixa, reduziram a competitividade da linha. E o CDC é mais simples, conseguimos aprovar em até 24 horas. Muitos clientes não conseguem atender todas as exigência para a concessão do Finame”, explica o executivo.

A venda de consórcios, com planos de até setenta meses, também apresentou crescimento recorde em 2021, com R$ 1,5 bilhão, e 2022, com R$ 1,7 bilhão. E segundo Ribeiro este anos também deverá ser recorde, pois até setembro os negócios já somavam R$ 1,6 bilhão: “É um instrumento importante para o planejamento da renovação de frotas dos clientes e hoje este canal já responde por 3% das entregas de veículos Volvo.

Embora ainda novo o negócio de locação também se mostra promissor: em menos de um ano desde o lançamento da locadora, em novembro do ano passado, já foram alugados quinhentos caminhões Volvo.

“Não queremos competir com as grandes locadoras, mas oferecer uma opção a mais aos clientes, principalmente àqueles que não têm no transporte o seu negócio, como por exemplo as usinas de cana. Nos próximos anos as locações tendem a crescer mas não devem representar mais do que 10% a 15% das vendas, porque no Brasil os transportadores têm a tradição da posse do bem, então não deverá ser igual aos Estados Unidos e na Europa, onde o aluguel de veículos pesados chega a 25% da frota.”

Outra modalidade em expansão é o financiamento de peças e manutenção, oferecido nas concessionárias em planos de até 24 meses à taxa de 2,09% ao mês. Segundo Ribeiro já existem pontos da rede que financiam até 20% das vendas de componentes de reposição, mas para a maioria a participação ainda é inferior a 1%.

Venda de importados da Abeifa cresce 80% no ano

São Paulo – A venda de veículos importados das empresas associadas da Abeifa somou 23,3 mil unidades de janeiro a setembro, volume 80% maior do que o registrado em igual período de 2022, segundo dados divulgados pela entidade na quarta-feira, 4. O presidente da Abeifa, João Oliveira, disse que a maior demanda por híbridos e elétricos ajudou na retomada do segmento:

“A gradual recuperação econômica do país, aliada à transição tecnológica pautada no crescente interesse dos consumidores brasileiros por veículos híbridos e elétricos, determinou o crescimento de vendas de veículos importados apresentado até este momento.

A entidade está preocupada, porém, com a possibilidade do fim da isenção de importação para os elétricos e o aumento para os híbridos. “Acompanhamos com atenção os potenciais desdobramentos das discussões sobre o aumento do imposto de importação para estes produtos e o seu impacto na competitividade das marcas e no acesso dos consumidores a estas tecnologias”.

No ranking por marca há uma importante novidade: a BYD assumiu a liderança pela primeira vez após o sucesso do elétrico Dolphin, chegando a 6,1 mil emplacamentos. Em segundo lugar aparece a Volvo com 5,7 mil com a Porsche na terceira posição com 3,9 mil unidades.

Em setembro as associadas da Abeifa somaram 3,9 mil veículos importados vendidos, volume 109,8% maior do que o registrado em setembro de 2022 e 15,3% superior ao de agosto.

JLR lança novo Discovery em duas versões no Brasil

São Paulo – A JLR confirmou o lançamento do Discovery 2024 no Brasil ainda este mês. O SUV chegará às revendas em duas versões, Metropolitan e R-Dynamic HSE, com preços de R$ 749,4 mil e R$ 759,3 mil, respectivamente.

O motor das duas configurações é o D300  de 300 cv de potência, movido a diesel, com tecnologia mild hybrid e câmbio automático de oito velocidades. 

Os novos Discovery já podem ser encomendados em todas as concessionária da JLR no Brasil. As duas versões possuem uma lista grande de itens de série, oferecendo desde a configuração de entrada itens como novo sistema multimídia com tela de 11,4 polegadas, sete lugares com aquecimento e a terceira fileira com bancos elétricos, câmaras 360 graus, alerta de colisão traseira que monitora os veículos se aproximando acima da velocidade, ar-condicionado digital e automático.