Jeep amplia portfólio híbrido com o novo Grand Cherokee

São Paulo – A Jeep ampliou seu portfólio de veículos híbridos no Brasil com a retomada das vendas do Grand Cherokee, agora na versão 4xe plug-in, com motor turbo 2.0 a gasolina de 272 cv de potência e outros dois motores elétricos, que geram, juntos, 380 cv potência, acoplados a câmbio automático de oito marchas. Rodando apenas no modo elétrico tem autonomia de 29 quilômetros e sua bateria pode ser recarregada em menos de três horas, dependendo do carregador. No modo híbrido o veículo tem consumo médio de 19,3 km/l.

O SUV será vendido vendido em versão única, por R$ 570 mil, e a sua lista de itens de série oferece partida remota do motor, ajustes elétricos do banco do motorista e do passageiro, aquecimento dos assentos dianteiros e traseiros, aquecimento do volante, ar-condicionado digital de duas zonas, freio de estacionamento eletrônico, retrovisores elétricos com memória. 

Com dois modelos híbridos no País a Jeep dobrou a capilaridade da rede para oitenta concessionárias que vendem modelos eletrificados, contra quarenta no lançamento do Compass 4xe híbrido plug-in.

Novo Honda Accord híbrido chega ao Brasil por R$ 325 mil

São Paulo – A Honda apresentou o Accord Advanced Hybrid, que chega ao Brasil com uma série de avanços na comparação com o modelo anterior. Posicionado como carro de passeio mais caro e tecnológico da Honda no Brasil o novo Accord será vendido em versão única por R$ 324,9 mil.

Combinando um motor 2.0 a combustão e outros dois motores elétricos o conjunto gera 207 cv de potência, acoplado a câmbio CVT, formando o conjunto e:HEV, que recarrega sozinho a bateria do sedã. O veículo oferece três modos de condução: 100% elétrico, híbrido e somente com motor a combustão.

A lista de itens de série está ainda maior do que no modelo anterior, principalmente no quesito segurança, com o pacote de tecnologias Honda Sensing atualizado, oferecendo melhorias como maior campo de visão da câmara frontal instalada no para-brisa, saindo de 50º para 90º, e radar frontal com maior ângulo de captação, de 50º para 120º. O sistema ainda oferece piloto automático adaptativo, frenagem de emergência, assistente de manutenção de faixa.

Stellantis investe na produção de lítio na Argentina

São Paulo — A Stellantis adquiriu 19,9% da ALE, Argentina Litio y Energía, uma empresa do Grupo Grosso, subsidiária da Argentina Lithium & Energy Corp. Investimento de US$ 90 milhões será alocado em quatro projetos a fim de promover mobilidade sustentável na América do Sul.

O acordo inclui o fornecimento de mais de 15 toneladas métricas de lítio por ano, com início em 2028 e duração, em um primeiro momento, de sete anos. O lítio é componente essencial na fabricação de baterias para veículos elétricos.

Segundo a Stellantis o aporte representa passo importante na construção de conjunto de materiais estratégicos de baterias sustentáveis para que atinja os objetivos de eletrificação de seu plano global Dare Forward 2030, em que busca atingir mix de vendas de 100% para veículos de passageiros BEV na Europa e 50% nos Estados Unidos.

Para atingir estas metas a companhia está garantindo aproximadamente 400 GWh de capacidade de bateria, incluindo seis gigafábricas nos Estados Unidos e na Europa. Até 2038 objetiva tornar-se empresa carbono neutro.

Bahia conta com renovação do Regime do Nordeste

Camaçari, BA – Autor da emenda à PEC da reforma tributária que tramita no Senado Federal, que trata da renovação dos regimes especiais automotivos por mais cinco anos, o senador pela Bahia Otto Alencar afirmou que já discutiu o tema com o relator, o senador amazonense Eduardo Braga, e acredita em sua aprovação. 

“A emenda [que entrará no relatório da reforma tributária] já está nas mãos do senador Eduardo Braga”, afirmou o senador na cerimônia de assentamento da pedra fundamental da BYD em Camaçari, BA, na segunda-feira, 9. “Tenho a convicção de que o tema será aprovado pelo Congresso.”

Senador Otto Alencar

Não há garantia, porém, de que esta aprovação aconteça. Após a inclusão no relatório é preciso a aprovação no Senado e depois na Câmara dos Deputados pela maioria dos plenários. E há resistência especialmente de parlamentares do Sul e Sudeste, com pressão de montadoras instaladas nas regiões, que são contra mais benefícios para a Stellantis, líder em vendas no mercado brasileiro, em Pernambuco.

Da parte do governo aparentemente não há objeção: Geraldo Alckmin, vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços disse haver diálogo: “Ouvimos que há entendimento para a renovação dos incentivos regionais por mais tempo. Defendemos o diálogo, estamos abertos a conversas”.

Da parte da BYD existe a expectativa pela renovação, embora ela não mexa nos planos já anunciados de investimento de R$ 3 bilhões. O conselheiro Alexandre Baldy, disse, porém, que os incentivos facilitariam a ampliação dos aportes.

“Todo o programa que incentive o desenvolvimento regional e gere empregos é positivo. Atraem mais investimentos, não só da BYD, mas de outras empresas. Não trabalhamos com hipóteses: acreditamos na renovação, como nos foi passado pelo governo.”

50 ônibus elétricos Mercedes-Benz começam a ser entregues em São Paulo

São Paulo — A Mercedes-Benz anunciou a entrega das primeiras cinquenta unidades do eO500U, seu chassi de ônibus urbano elétrico a baterias com carroceria Caio Millennium, para operarem no transporte coletivo de São Paulo a partir de 2024.

A maior parte dos ônibus, quarenta unidades, é destinada para a Viação Metrópole Paulista, que detém a maior frota da Capital paulista, com mais de 1 mil veículos. Outras oito são para a MobiBrasil e, duas, para a Sambaíba.

Fabricado em São Bernardo do Campo, SP, o chassi eO500U foi desenvolvido pela empresa para as realidades brasileira e latino-americana. Ele foi amplamente testado no Campo de Provas de Iracemápolis, SP, e também na Alemanha, onde contou com a expertise da Daimler Buses em ônibus elétricos.

Walter Barbosa, diretor de vendas e marketing ônibus da Mercedes-Benz, afirmou que o chassi de ônibus urbano elétrico já está credenciado junto ao BNDES para financiamento via Finame Baixo Carbono:

“Este apoio é imprescindível para que o Brasil avance no campo da eletromobilidade e da descarbonização, o que trará benefícios ao meio ambiente, à qualidade do ar nas cidades e à sociedade como um todo.”

Posse da fábrica de Camaçari marca o início da operação da BYD na Bahia

Camaçari, BA – Em cerimônia na antiga fábrica da Ford em Camaçari, BA, a BYD tomou posse oficial do terreno de 1 milhão de m2 e inicia uma nova fase produtiva na unidade. Os investimentos iniciais somam R$ 3 bilhões e contemplam a construção de duas fábricas: uma de automóveis híbridos e elétricos e outra de caminhões e chassis de ônibus.

Vieram da China para o evento o fundador e CEO global da companhia, Wang Chuanfu, e Stella Li, vice-presidente global e presidente para as Américas. Ouviram do senador Otto Alencar a promessa de que os incentivos do Regime Automotivo do Nordeste serão renovados: “A emenda [que entrará no relatório da reforma tributária] já está nas mãos do senador Eduardo Braga. Tenho a convicção de que o tema será aprovado pelo Congresso”.

Esta possível aprovação dará fôlego para uma já planejada segunda etapa de investimentos na fábrica. A primeira contempla capacidade para produzir 150 mil automóveis e para geração de 5 mil postos de trabalho diretos e indiretos. A expectativa é que o primeiro modelo, o elétrico Dolphin ou o híbrido flex Song Plus, saia das linhas já no último trimestre de 2024.

A segunda fase demandará mais investimentos, de acordo com o conselheiro da BYD no País, Alexandre Baldy. A capacidade saltaria para 300 mil unidades/ano e cinco novos veículos seriam produzidos.

Existe também um projeto, ainda em estudo, de implantar unidade  de processamento de lítio e ferro fosfato, mas para isso novos aportes seriam necessários.

Stella Li e Alexandre Baldy

Stella Li afirmou que a Prefeitura de Camaçari colaborará na atração de fornecedores, ponto considerado importante pela empresa, que pretende ter índice elevado de nacionalização. Por enquanto nenhum acordo foi fechado.

Vale do Silício brasileiro

O reservado CEO Chuanfu falou do potencial do mercado brasileiro. Celebrou o sucesso do elétrico Dolphin, lançado a preço atrativo para o segmento, R$ 150 mil, e que em pouco mais de três meses teve mais de 5 mil unidades vendidas: “Abriremos um centro de pesquisa e desenvolvimento que buscará soluções para a mobilidade verde. Queremos tornar a Bahia o Vale do Silício brasileiro”.

Wang Chuanfu

O centro de engenharia foi assunto constante nos discursos da manhã da segunda-feira, 9, em Camaçari. Segundo Geraldo Alckmin, vice-presidente da República e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, o planejamento da BYD converge com a política industrial idealizada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva: “É do que se trata a neoindustrialização: inovação focada na descarbonização”.

Negociação com a Ford

O terreno da fábrica será concedido à BYD, segundo Ângelo Almeida, secretário de Desenvolvimento Econômico da Bahia: “Ainda estamos finalizando o modelo de concessão, mas será desta forma”.

O secretário afirmou que a negociação com a Ford pela fábrica envolveu R$ 220 milhões, a serem quitados em duas parcelas. Entrou na transação terminal no porto de Aratu, que deverá ser cedido à BYD. Ao menos é o que espera o conselheiro Baldy: “Nossa intenção é, no primeiro momento, importar os carros e maquinários da fábrica pelo porto. Depois as peças importadas e, por fim, fazer operações de exportação a partir de lá”.

GM pede mais prazo para o retorno do imposto de importação para elétricos

São Paulo – Para a General Motors o mercado brasileiro de veículos elétricos deve permanecer aberto por mais alguns anos, com o imposto zerado para a importação de carros movidos a bateria. Segundo Daniel Caramori, gerente de assuntos institucionais da companhia, quando o segmento alcançar 5% de participação de mercado talvez seja interessante o retorno das taxas aos 35%, para incentivar a produção local.

“5% é um índice mágico, pela experiência de outros mercados mais maduros”, afirmou Caramori à Agência AutoData durante o VE Latino Americano, o salão dos elétricos. “Talvez quando chegarmos a este índice os investimentos para avançar com a localização se tornem mais justificáveis para as matrizes.”

Os 100% elétricos, em setembro, alcançaram a sua maior participação histórica no mercado brasileiro: 1%, ainda bem distante dos 5% citados pelo executivo da GM. No acumulado do ano chegam a 0,5% de participação nas vendas.

“Nosso mercado de veículos elétricos ainda é muito pequeno para ser fechado. Precisamos continuar importando sem imposto para que ocorra o crescimento e o desenvolvimento da infraestrutura necessária”.

Embora a GM não tenha planos de híbridos flex Caramori disse que o etanol é alternativa interessante para o período de transição para colaborar com a descarbonização da frota brasileira. Mas no longo prazo, continuou, a produção de elétricos precisa avançar para que o Brasil não fique deslocado da indústria global: “Com uma base produtiva podemos atender às demandas internas e da América do Sul, por exemplo”. 

Caramori disse ainda que tem a expectativa de que o Mobilidade Verde seja publicado em breve pelo governo. O executivo da GM disse também ser contrário à renovação dos incentivos do Regime do Nordeste, que vigoram até o fim de 2025, e à discussão para estendê-los até 2032. Para ele a reforma tributária, que está em andamento no Congresso, busca a igualdade dos estados.

Retorno do imposto de importação visa a gerar investimento no Brasil, diz Anfavea

São Paulo – Mais uma vez o presidente da Anfavea, Márcio de Lima Leite, concordou publicamente com o retorno do imposto de importação para veículos elétricos, hoje zerados, e para híbridos, com descontos. Na sexta-feira, 6, ele voltou a falar da necessidade de proteger a indústria e atrair novos investimentos para o País, o que, na sua visão, só seria possível se a alíquota retornar, ainda que de forma gradativa, aos 35%.

Seu discurso mudou um pouco, porém. Ele se esquivou na hora de pormenorizar o que pretendia ao sugerir cotas de veículos livres de impostos para fabricantes daqui, no processo de transição tecnológica, e disse que empresas como BYD e GWM, que já têm investimentos anunciados ou em curso no País, também deveriam ter as suas cotas:

“Elas são o exemplo de operação que desejamos. Nossa intenção é atrair novos investimentos. Quanto mais empresas produzindo localmente maior será a competitividade, assim como a geração de empregos e o desenvolvimento do conhecimento”.

O presidente pediu atenção com o tema e respeito aos 1,2 milhão de empregos que a indústria nacional gera. Ele teme que, sem o retorno do imposto de importação, futuros investimentos das matrizes no Brasil para produção das novas tecnologias possam ser afetados.

Lima Leite afirmou que a situação, hoje, é bem diferente da de 2011 quando, também por receio de uma “invasão chinesa” – que nunca veio e sequer esteve perto de vir – o governo criou o Super IPI, com 30 pontos porcentuais a mais do imposto: “Nós defendemos a recomposição da tarifa que já existia e que foi zerada”.

De toda forma, garantiu o presidente da Anfavea, a decisão está nas mãos do governo, que já sinalizou a intenção de retomar o imposto de importação para elétricos e híbridos mas sem entrar em pormenores.

Volume de chassis de ônibus produzidos cai pela metade em setembro

São Paulo – O total de chassis de ônibus fabricados no mês passado, 1,9 mil unidades, ficou 50,9% abaixo do volume que saiu das linhas de produção em setembro de 2022, 3,9 mil unidades. Em comparação com agosto, quando 2 mil ônibus foram produzidos, o recuo é de 8,9%. Os dados foram divulgados na sexta-feira, 6, pela Anfavea.

No acumulado do ano a queda também é expressiva, de 35,5%, totalizando 15,4 mil unidades, com relação aos nove primeiros meses de 2022, quando foram fabricados 23,8 mil chassis. Na avaliação do economista e assessor da presidência da entidade, Vinícius Pereira, o cenário é devido à mudança de motorização para o Euro 6, que encareceu os produtos de 20% a 30%, e também ao fato de que nos últimos meses do ano passado houve antecipação de compra, o que estimulou as fabricantes a elevarem seus volumes a fim de atender à demanda por modelos Euro 5.

As vendas de ônibus em setembro registraram 1,5 mil unidades, praticamente o mesmo número de agosto, com leve alta de 2,9%, mas com relação ao mesmo mês no ano passado, 1,6 mil unidades, houve recuo de 8,4%. De janeiro a setembro os 15,8 mil ônibus comercializados representam incremento de 32,6% ante o acumulado de 2022, quando 11,9 mil ônibus foram vendidos.

Pereira justificou que este crescimento baseia-se na fraca base de comparação tanto de 2022 como de 2021, que vendeu 10,9 mil unidades, uma vez que o setor de ônibus foi o que mais sofreu durante a pandemia por sua característica de transporte coletivo. Por isto a produção não está acompanhando as vendas.

“O Caminho da Escola também ajuda a explicar este aumento, pois ainda havia algumas entregas para o programa do governo.”

Da mesma maneira é esperado que a nova licitação, cujo prazo terminará na segunda-feira, 9, exerça resultado positivo e estimule a fabricação de ônibus ainda este ano, embora a maior parte deste impacto deva ser sentida apenas em 2024.

Ao todo serão comprados 16,3 mil ônibus para levar alunos à escola em áreas rurais e de difícil acesso. Trata-se de um volume duas vezes e meia maior do que os contratados nos dois últimos chamamentos públicos da iniciativa, que giraram em torno de 7 mil unidades.

Quanto a outro programa da União, que estabelecia descontos de R$ 33,6 mil a R$ 99,4 mil para a compra de pesados 0 KM por meio da MP 1 175, e que expirou em 3 de outubro, dos R$ 300 milhões reservados aos ônibus foram utilizados R$ 190 milhões.

A demanda externa por ônibus também desaqueceu em setembro. As 461 unidades exportadas representaram recuo de 7,6% com relação às 499 embarcadas em agosto, e de 24,3% ante as 609 do mesmo mês no ano passado. No acumulado de 2023 a exportação de 3,7 mil unidades representam queda de 5,7% com relação às 3,9 mil de janeiro a setembro de 2022.

Luiz Ricardo de Medeiros Santiago assume assuntos governamentais da Volkswagen

São Paulo – A Volkswagen anunciou que, a partir da sexta-feira, 6, a área de assuntos governamentais da unidade brasileira será ampliada: Luiz Ricardo de Medeiros Santiago passa a responder por ela. Como integrante do Comitê Executivo se reportará ao chefe de operações Ciro Possobom.

Henrique Araújo, que até então chefiava o setor, ficará dedicado às operações locais e a assuntos regulatórios, se estabelecerá em São Paulo e responderá a Santiago, que acumula mais de 25 anos de experiência em relações governamentais tendo passado por GM, Raízen, Vale, MercadoLivre e Patri.

Graduado em análise de sistemas, ciência da computação e teologia o executivo possui MBA em Estado, governo e políticas públicas pela Universidade de Brasília, complementado por certificações em lobby e liderança, emitidas por instituições da Europa e dos Estados Unidos.

Para Possobom a chegada de Santiago, somada à experiência dos profissionais da atual estrutura, permitirá estar com foco em Brasília, em São Paulo e no Paraná, a fim de ampliar o “protagonismo à frente das mudanças políticas e regulatórias que causam impacto sobre o nosso negócio”.