Fábrica da BMW Motorrad completa sete anos de operação em Manaus

São Paulo – A fábrica da BMW Motorrad, instalada em Manaus, AM, completou sete anos de operação. A unidade atualmente produz dez motocicletas, que representam 99% do volume comercializado pela marca no mercado brasileiro. É a única fora da Alemanha com produção de motocicletas e, recentemente, teve sua capacidade produtiva ampliada para 17 mil unidades/ano, volume 13% maior que o anterior.

A expansão de capacidade faz parte de um investimento de R$ 50 milhões que a companhia está aplicando na fábrica e vai até o final de 2025, incluindo quatro lançamentos. Três já foram apresentados e estão em produção: BMW F 900 R, a nova S 1000 RR e a C 400 X. Parte do valor também foi usado para construção de um novo prédio, que aumentou a área construída em 50%, saindo de 10 mil m² para 15 mil m².

Iveco exporta ônibus de Sete Lagoas para o Peru

São Paulo – A Iveco fechou a venda de cinco ônibus no Peru, equipados com o chassi 17-280, produzido na fábrica de Sete Lagoas, MG. A negociação foi fechada pelo seu representante local, a Andes Motors, com a operadora Nueva América, e os veículos serão usados para o transporte urbano de passageiros em Lima, capital do Peru. 

A Andes Motors também recebeu as primeiras unidades do chassi urbano 17-280G, com motor movido a gás natural, produzido na Argentina desde o ano passado. Os veículos serão encarroçados e depois testados no mercado local, para avaliar o interesse dos clientes por esse tipo de veículo.

Fabio Selhorst assume área de assuntos jurídicos da Volkswagen

São Paulo – Fabio Selhorst foi indicado a novo chefe da área de assuntos jurídicos da Volkswagen na Região América do Sul. Ele se reportará ao CEO da Volkswagen do Brasil, Ciro Possobom, para temas nacionais e, ao chairman executivo da Volkswagen América do Sul, Alexander Seitz, para assuntos regionais.

Graduado em direito pela PUC-SP, Selhorst, que também cursou gestão e liderança corporativa e estratégica pela IMD Business School da Suíça, possui mais de 27 anos de experiência no setor jurídico. O executivo, que integrará o comitê executivo da Volkswagen na região, disse que seu objetivo é criar, com base na legislação, diferenciais competitivos para a empresa.

BNDES aprova linha de R$ 2,5 bilhões para São Paulo comprar ônibus elétricos

São Paulo – A Prefeitura de São Paulo deu andamento ao seu plano de substituir frota de 2,6 mil ônibus movidos a diesel por elétricos até o fim de 2024. Passo importante está prestes a ser realizado com linha de crédito do BNDES, no valor de R$ 2,5 bilhões, para a aquisição de 1,3 mil veículos a bateria.

A diretoria do banco aprovou o financiamento na quinta-feira, 19. Segundo a Secretaria Municipal da Fazenda o município aguarda a formalização do acordo nos próximos dias. A Capital será a primeira cidade brasileira apoiada na compra de ônibus elétricos.

“A assinatura do contrato da Prefeitura de São Paulo com o BNDES será feita após aprovação da operação de crédito pela Secretaria do Tesouro Nacional”, informou a secretaria, em nota. A expectativa é a de que esse trâmite ocorra dentro de um mês.

O financiamento ocorrerá por meio do BNDES Finame Direto, conhecido pela aquisição e comercialização de máquinas e equipamentos de fabricação nacional. Os recursos serão liberados na modalidade baixo carbono, que passou a admitir financiamento para compra de ônibus elétricos por municípios.

Segundo o banco quatro fabricantes possuem ônibus elétricos a bateria credenciados no sistema do Finame. Em vídeo publicado na internet o prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes, e o presidente do BNDES, Aloízio Mercadante, anunciaram a parceria:

“Essa é uma agenda portadora de futuro. O Brasil é o segundo país no mundo em que mais pessoas andam de ônibus, há 107 mil veículos em circulação”, disse o presidente do BNDES, complementando que 52% dos ônibus que rodam na América Latina foram produzidos no Brasil, e que o objetivo é que toda essa estrutura migre para o elétrico.

Mercadante contou que o município pagará a diferença da compra de ônibus a diesel e dos modelos a bateria para as operadoras e que “todo o processo será feito com muito cuidado, para que esse recurso chegue na ponta e beneficie o passageiro, que usufruirá de veículo movido a energia limpa, com menor ruído e maior conforto, com wi-fi e ar-condicionado. Trata-se da maior operação do Brasil e, seguramente, estamos fazendo história com esse novo capítulo do transporte público elétrico, ecológico e sustentável”.

Com os novos ônibus, calcula o BNDES, será evitada a emissão de aproximadamente 63 mil toneladas de CO2 equivalente/ano na atmosfera.

Segundo informações do banco o investimento total do município será de R$ 8 bilhões, com previsão de aquisição de 2,6 mil veículos no total, que substituirão 20% da frota de ônibus da capital até 2024, composta por cerca de 13 mil unidades.

Deste valor R$ 6 bilhões serão recursos da Prefeitura e R$ 2 bilhões das concessionárias que operam o transporte público de ônibus na cidade. A Prefeitura disse buscar outras fontes de financiamento: já conquistou mais US$ 500 milhões em crédito externo junto ao BID, Banco Interamericano de Desenvolvimento, e ao Banco Mundial. O prefeito também está em conversas com os bancos públicos Caixa Econômica Federal e Banco do Brasil em busca de mais recursos.

Objetivo é que manutenção menor compense investimento elevado

O custo de aquisição dos ônibus elétricos gira em torno de 3,5 vezes mais do que na compra de veículos a diesel e, por isto, há a necessidade de incentivar a introdução dos veículos eletrificados na frota cobrindo parte desse investimento, por meio de reequilíbrios econômico-financeiro dos contratos de concessão.

A Prefeitura arcará com a diferença do custo do elétrico e do diesel, valor que será financiado pelo BNDES. Espera-se que os ganhos econômicos com a eletrificação levem a menores valores de subsídios pagos no longo prazo, uma vez que o ônibus eletrificado tem custo médio mensal de operação e manutenção significativamente inferior ao veículo a diesel.

Durante a transmissão na internet Mercadante destacou que a Prefeitura de São Paulo também terá ganhos, porque o custo de manutenção mensal, hoje de R$ 25 mil para cada ônibus que circula, cairá para R$ 5 mil.

Nunes, que ressaltou que as equipes têm trabalhado nesse projeto desde o início do ano, afirmou que a cada real usado para trocar o diesel pelo elétrico haverá um ganho de R$ 2 ao longo dos próximos quinze anos, período estimado de vida útil desses veículos.

Herlander Zola assume operações comerciais da Jeep e Ram

São Paulo – Mais mudanças na Stellantis: dias antes da saída de Antonio Filosa, que assumirá o cargo de CEO global da Jeep, a companhia anunciou que Herlander Zola, vice-presidente sênior da Fiat e da Abarth para a América do Sul e comercial da Fiat Brasil, passa a acumular a vice-presidência sênior comercial da Jeep e Ram.

Everton Kurdejak, que ocupava o cargo, deixa a companhia para se dedicar a novos projetos, de acordo com comunicado divulgado na quinta-feira, 19.

Zola ingressou na ainda FCA em 2017, como diretor da Fiat para a América Latina, e um ano depois agregou a operação comercial brasileira. Mestre em marketing, vendas e serviço pela USCS com MBA em marketing pela FGV, passou antes por Audi, BMW e Volkswagen.

Bridgestone mantém investimentos em meio a “surto de importados”

São Paulo – Com a presença de ministros como Geraldo Alckmin, do MDIC, e Rui Costa, da Casa Civil, a Bridgestone inaugurou na semana passada a primeira fase de uma ambiciosa expansão da fábrica de Camaçari, BA, inaugurada em 2006. Ao fim de 2024, calcula seu presidente para a América Latina Sul, Vicente Marino, a capacidade de produção saltará em mais de 40%, para 15,2 mil pneus por dia. A companhia, há mais de oitenta anos produzindo no Brasil, vislumbra o futuro com a ampliação, mas o executivo alerta: o cenário atual é um dos mais complicados já vividos pela indústria de pneus.

Porque o Brasil passa, segundo ele, por um “surto de importados”. A importação do produto cresceu 60% de janeiro a agosto, para mais de 30,2 milhões de unidades. O mercado consumiu, no mesmo período, 36,1 milhões de pneus nacionais, queda de 7,1% segundo dados da Anip, Associação Nacional da Indústria de Pneumáticos.

A questão principal é o preço do pneu importado, bem abaixo do nacional, mesmo com alíquotas de importação restabelecidas – durante o governo Bolsonaro a importação de pneus de carga foi zerada, por exemplo. E a invasão ocorre em todos os segmentos, de acordo com o executivo, que reclama de concorrência desleal: 

“Chegam pneus com custos inferiores ao que pagamos pela matéria-prima, que teve seu imposto reajustado para cima recentemente. Sabemos também que existem subsídios em alguns países para a produção de pneus. O governo está ciente e está estudando medidas para reequilibrar o cenário. Não pedimos subsídios ou redução de impostos: só queremos fair play”.

Segundo o presidente da Bridgestone a questão não é só falta de competitividade, pois em outras operações ao redor do mundo este fenômeno não ocorre. E afeta a companhia e suas concorrentes no Brasil, cujo reflexo está exposto nos números de venda de nacionais e de importações divulgados pela Anip. 

“As seis principais fabricantes de pneus do mundo estão no Brasil, com fábricas, gerando emprego e entregando produtos com qualidade. É uma situação complexa essa competição desleal porque afeta diretamente a continuidade dos investimentos”.

Marino não quis fazer pleitos: disse que cabe ao governo definir qual ferramenta utilizar, seja readequação tributária ou salvaguardas para a importação dos pneus, que chegam principalmente da Ásia com, segundo ele, menos qualidade e reciclabilidade.

A preocupação com o meio-ambiente, inclusive, é um dos pontos que ele considera desleal na concorrência: “Todos nós, fabricantes, que produzimos aqui precisamos atender a logística reversa: coletamos 100% dos pneus que são produzidos. Muitas destas importadoras não o fazem, ou quando fazem burlam as regras. Os grandes prejudicados são os brasileiros, porque os pneus não têm sua destinação correta e acabam contaminando o meio-ambiente”.

Durante a visita de Alckmin e de Rui Costa a Camaçari o assunto veio à tona e, segundo Marino, partiu do próprio governo que afirmou estar ciente da situação. Não há, porém, nenhuma medida concreta em discussão à mesa. Mas o executivo disse confiar, e esperar, uma rápida solução, antes que seja tarde demais.

A fábrica da Bridgestone em Santo André, SP, que produz pneus de carga e emprega 3,4 mil funcionários, tem atualmente 1,6 mil trabalhadores afastados em layoff. A ferramenta foi a última adotada pela companhia, que promoveu paradas durante o ano para tentar adequar a produção à demanda atual por pneus nacionais. Em Camaçari, em meio à expansão, paradas também estão sendo adotadas.

“O layoff foi a nossa última alternativa. Não é do nosso agrado ter funcionários em casa, sem trabalhar, fazendo cursos. Queremos todos trabalhando nas linhas. E esperamos não precisar adotar medidas ainda mais drásticas.”

Segundo Marino o cenário do mercado de pneus afeta os negócios da Bridgestone, que registrou, no ano, queda na faixa dos 4% a 8% nas vendas, comparado com o ano passado, dependendo do segmento: “Só quem vê crescer as suas vendas são os importadores. A indústria toda está em queda”.

Expansão

Para ampliar e modernizar a fábrica, que ganhou equipamentos dentro do conceito de indústria 4.0, a fabricante de pneus investiu R$ 1 bilhão em Camaçari, que, segundo Marino, estará ao fim do ciclo pronta para produzir pneus do que chama de nova fase da indústria automotiva, a era elétrica.

“Os pneus usados nos veículos elétricos aparentemente são semelhantes aos atuais. Mas têm condições particulares: precisam ser mais leves, possuir resistência ao rolamento mais forte e ter baixo nível de ruído, por exemplo. Neste primeiro momento não produziremos ainda este tipo de pneu, mas a fábrica já está pronta para esta virada quando a demanda vier.”

Com o investimento a Bridgestone promoveu uma reorganização da sua produção local. Os pneus de passeio, antes produzidos também em Santo André, agora serão feitos apenas em Camaçari. Das linhas do ABC Paulista sairão pneus de carga.

Prioritariamente a unidade baiana atende ao mercado nacional mas, conforme a produção crescer, voltará a ampliar suas exportações para a região. Que, na Bridgestone, é um pouco diferente do mapa: Marino preside a divisão América Latina Sul, que representa todos os países da América do Sul com exceção da Colômbia, que é atendida por uma fábrica na Costa Rica, da divisão América Latina Norte.

Renault passa a faturar o Kwid direto para o cliente

São Paulo – A Renault anunciou que promoveu uma mudança no processo de faturamento para o Kwid, seu compacto de entrada no mercado brasileiro. Esta alteração, de acordo com a companhia, permitirá descontos de até R$ 7,2 mil para o modelo, próximos aos concedidos pelo governo durante a vigência da Medida Provisória 1 175.

Os pedidos e as entregas seguem sendo feitos pela rede concessionária e, de acordo com a Renault, o novo processo será feito por “um período de até dois meses ou enquanto durarem os estoques”.

Tudo foi negociado com a rede, garante o diretor de vendas e rede Gustavo Ogawa: “O Kwid cresceu quase três vezes mais do que a média do mercado durante a MP 1 145.  Esse resultado demonstrou que um estímulo adicional era necessário e agora a Renault, em conjunto com sua rede de concessionários, inova, incentivando uma modalidade de faturamento direto da montadora para clientes do varejo, garantindo o melhor preço para seus clientes”.

Caminhão VW Meteor começa a ser exportado para o Paraguai

São Paulo – A Volkswagen Caminhões e Ônibus iniciou a exportação do caminhão extrapesado Meteor para o Paraguai. Produzido na fábrica de Resende, RJ, faz sua estreia na versão 28.460 6×2, equipado com motor 13 litros de 460 cv de potência.

A novidade chega para completar a gama de veículos que a VWCO oferta no país. O Paraguai é o terceiro país a receber o Meteor.

Ritmo de queda diminui e Colômbia enxerga sinais de recuperação nas vendas

São Paulo – As vendas de veículos, na Colômbia, somaram 15,6 mil unidades em setembro, recuo de 34,7% na comparação com igual período do ano passado. Os dados foram divulgados pela Andemos, entidade representante do setor no país, que os avaliou como um leve respiro do mercado, que apresentou uma pequena recuperação: nos últimos meses a retração ficou em torno de 40% na comparação com iguais períodos de 2022. 

Outro dado que mostrou uma pequena recuperação das vendas na Colômbia foi o crescimento de 4,7% sobre agosto, após as 15,6 mil unidades vendidas em setembro.

“O mercado automotivo colombiano deu sinais de recuperação durante o mês de setembro com uma desaceleração no ritmo de contração”, disse o presidente Oliverio Garcia Basurto, “proporcionando um raio de esperança em um mercado que enfrentou vários desafios nos últimos meses.” 

No acumulado do ano o setor somou 134,5 mil vendas, resultado 31,2% menor do que o registrado de janeiro a setembro de 2022. Com este volume a expectativa da Andemos até o fim do ano é de que as vendas cheguem a 188 mil unidades, mas a tendência, até o momento, é de queda e o volume poderá ser menor.

Eletrificados

Os carros eletrificados passam por um bom momento na Colômbia: com incentivos do governo  as vendas estão crescendo. Em setembro somaram 2,9 mil unidades, expansão de 22,7% ante setembro do ano passado. Deste total 325 eram veículos elétricos, 290 híbridos plug-in e 2,3 mil híbridos convencionais.

Volvo apresenta a nova geração do chassi B320R

São Paulo – A Volvo apresentou a nova geração do chassi B320R, equipado com motor D8K Euro 6, segundo a empresa mais potente e econômico do que seu antecessor, com sistema Euro 5. Disponível na configuração 4×2, o modelo atenderá demandas de três segmentos: urbano, rodoviário e fretamento.

Para o segmento urbano existe opção de câmbio manual ou automático, ZF ou Voith, e os veículos rodoviários e de fretamento sempre estarão equipados com a transmissão automática I-Shift, da Volvo.

O chassi B320R já era ofertado em mercados como Chile e Colômbia e, com a entrada em vigor das novas normas de emissões, a Volvo optou por lançá-lo aqui, ampliando seu portfólio. 

A recuperação do segmento de ônibus também animou a Volvo, que de janeiro a setembro registrou aumento de vendas de 68,5% sobre 2022.