Frasle Mobility avança na oferta de produtos sem cobre

São Paulo – Devido à restrição, inicialmente, em dois estados dos Estados Unidos, Washington e Califórnia, do uso de cobre em no máximo 5% de pastilhas de freio desde 2021 – material que deverá ser banido a partir de 2025 –, a Frasle Mobility vem avançando no desenvolvimento de produtos Copper Free naquele mercado.

Diante do desafio de reduzir a presença do metal, usado na fabricação de materiais de fricção por ser eficiente na dissipação térmica e na redução da formação de trincas nos discos de freio e, ao mesmo tempo, manter as boas propriedades térmicas, de lubrificação e de resistência a desgaste que proporciona às pastilhas de freio, a companhia tem investido no desenvolvimento de novas matérias-primas e combinações que possam compensar a retirada do cobre das formulações de fricção. 

Somente no último ano foram investidos cerca de US$ 4 milhões em uma nova linha produtiva na unidade de Prattville, Alabama, uma vez que estas restrições deverão ser ampliadas, impactando o país e, provavelmente, também o Canadá. Também há expectativa de que a limitação do uso do cobre seja adotada, gradualmente, em outros mercados internacionais.

Segundo o diretor de pesquisa, desenvolvimento e inovação da Frasle Mobility, Alexandre Casaril, a tecnologia Copper Free, que ainda em 2019 ganhou seus primeiros produtos, garantidos pelo selo Fras-le GRN Tech, já vem sendo requisitada por clientes OEM na Europa e na China.

 “A Frasle Mobility continuará investindo nos próximos anos no desenvolvimento e no aperfeiçoamento da tecnologia Copper Free em todas as linhas de produtos, beneficiando também outros mercados, como Brasil e América Latina. Além da eliminação do cobre os produtos têm apresentado excelentes resultados de durabilidade de discos e pastilhas, um desempenho superior à nossa tecnologia atual, trazendo ainda mais valor para os nossos clientes.”

Volvo iniciará em novembro testes do BZL em São Paulo

São Paulo – A Volvo iniciará em novembro, junto com a Viação Santa Brígida, os testes com o ônibus elétrico BZL na Capital paulista. Por dois meses, em rotas das regiões Noroeste e Central, o ônibus, com 12m50 de comprimento e capacidade para transportar até oitenta pessoas, circulará em operação real.

Será, São Paulo, a segunda cidade do Brasil a ter os testes em operação real: a primeira foi Curitiba, PR, onde se localiza a Volvo. São Paulo divulgou recentemente planejamento para a compra de mais de 2 mil ônibus elétricos até o fim de 2024 e a Volvo é uma das empresas habilitadas a fornecê-los.

Veto de Tarcísio gera reclamação da ABVE e apoio da Unica

São Paulo – Um veto sem grandes pretensões do governador do Estado de São Paulo, Tarcísio de Freitas, a projeto de lei que estabelecia a isenção, por cinco anos, do IPVA de carros eletrificados de até R$ 250 mil gerou reclamações da ABVE, Associação Brasileira de Veículos Elétricos, e uma nota da Unica, União da Indústria de Cana-de-Açúcar e Bioenergia, em apoio à decisão.

Ao justificar o veto, o governador paulista citou que a medida, que abrangeria todos os veículos eletrificados, seguia na contramão dos objetivos de São Paulo por não privilegiar o etanol e o biometano, produzidos no Estado. Em paralelo Tarcísio enviou à Assembleia Legislativa de São Paulo outro projeto de lei isentando somente o IPVA dos veículos que utilizem, alternativa ou exclusivamente, formas de propulsão elétrica aliada a um motor com etanol ou hidrogênio. E acrescentou caminhões e ônibus movidos a hidrogênio, gás natural e biometano ao rol dos benefícios.

Como os veículos híbridos com motor a gasolina ou diesel e 100% elétricos ficaram fora do projeto de lei enviado pelo governador à Alesp, a ABVE reclamou, em nota assinada pelo presidente Ricardo Bastos:

“A decisão do governador de São Paulo de vetar um projeto de lei da Assembleia Legislativa que propunha incentivos à eletromobilidade no Estado, substituindo-o por uma proposta que esquece os veículos elétricos, vai na contramão da via tecnológica mais promissora de combate às mudanças climáticas. Para a ABVE o crescente número de emplacamentos de veículos leves elétricos e híbridos nos últimos anos prova que o consumidor brasileiro aposta cada vez mais em produtos modernos e sustentáveis – daí os investimentos no setor”.

A Unica, por sua vez, divulgou nota assinada pelo presidente Evandro Gussi apoiando a medida: “Recebemos com satisfação o parecer do governador, que reconheceu o papel determinante que os biocombustíveis desempenham em São Paulo e no Brasil. Acreditamos que todas as tecnologias que reduzam as emissões de CO2 devem ter os benefícios ambientais reconhecidos”.

Como tramita na Alesp o projeto ainda poderá sofrer modificações, como a inclusão dos elétricos ou dos híbridos a gasolina, antes de ir à votação e, depois, à sanção do governador.

GM demite por e-mail e telegrama e trabalhadores paulistas entram em greve

São Paulo – Durante o fim de semana a General Motors comunicou, por e-mail, ou telegrama, a demissão de trabalhadores de suas fábricas de Mogi das Cruzes, São Caetano do Sul e São José dos Campos, todas no Estado de São Paulo. Os sindicatos, que não foram consultados, ainda tentam levantar o número de pessoas demitidas, mas decidiram, em assembleias, cruzar os braços em protesto pelas demissões.

Consultada a GM confirmou as demissões mas não informou os números. Segundo a companhia a queda nas vendas e nas exportações provocou a decisão.

“Esta medida foi tomada após várias tentativas atendendo as necessidades de cada fábrica, como layoff, férias coletivas, days off e proposta de um programa de desligamento voluntário. Entendemos o impacto que esta decisão pode provocar na vida das pessoas, mas a adequação é necessária e permitirá que a companhia mantenha a agilidade de suas operações, garantindo a sustentabilidade para o futuro.”

Telegrama enviado a trabalhadores informando a demissão. Foto: Divulgação SMSJC.

As três fábricas paulistas interromperam a produção na segunda-feira, 23. Segundo Valmir Mariano, vice-presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos e Região, “não será produzido um parafuso sequer enquanto as demissões não forem canceladas”.

A entidade já iniciou as movimentações para marcar reuniões com os governos municipal e estadual para buscar apoio em suas demandas. A GM recebe incentivos estaduais por ter aderido ao IncentivAuto, programa criado pelo ex-governador João Dória, e mantém trabalhadores em layoff com parte do salário paga com recursos públicos do FAT, Fundo de Amparo do Trabalhador.

Mariano afirmou que havia acordo de estabilidade até maio de 2024, assinado junto com a decisão do layoff, em junho, que foi descumprido pela GM. Trabalhadores afastados, inclusive, foram demitidos.

De acordo com o presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de São Caetano do Sul, Aparecido Inácio da Silva, o Cidão, a fábrica está totalmente paralisada desde às 6h00 da segunda-feira, 23, pelas demissões que ocorreram de forma unilateral: “No sábado de manhã a empresa começou a mandar o pessoal embora por meio de telegrama, e ainda não terminou de entregar esses avisos de desligamento”.

Cidão afirmou que ainda não é possível saber o número exato, mas estima que os cortes devam atingir mais de duzentos funcionários. Na unidade de São Caetano são produzidos os modelos Montana, Tracker e Spin.

Há um mês a GM propôs um PDV, Programa de Demissão Voluntária, aos sindicatos de suas fábricas paulistas, que recusaram a oferta. Os sindicatos alegam que não foram procurados após as conversas e nem foram consultados a respeito das demissões promovidas no fim de semana.

Gravataí

Na fábrica gaúcha, que produz os Chevrolet Onix e o Onix Plus, não houve demissões em massa, segundo o presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de Gravataí e Região, Valcir Ascari. Por esta razão a unidade segue sua produção normal.

Colaborou Soraia Abreu Pedrozo

Reposição se prepara para oferecer serviços a veículos eletrificados

São Paulo — A transição para a eletrificação abre janela de oportunidades, mas também de dúvidas, que devem ser debatidas, esclarecidas e suportadas a fim de que concessionárias e oficinas mecânicas possam se preparar para oferecer serviços para veículos híbridos e elétricos com qualidade e segurança.

O tema, abordado durante o 9º Fórum IQA da Qualidade Automotiva, levantou diversas questões que devem ser esclarecidas antes de os estabelecimentos se prepararem para oferecer serviços de socorro e reparação de modelos movidos a bateria.

“Posso rebocar o veículo? Ele pode ir para o box? Como foi o acidente? Há risco de incêndio da bateria? Quais são as normas reguladoras? O seguro da área da oficina está em dia? São preocupações que ficam para o aftermarket”, apontou Sérgio Ricardo Fabiano, gerente de serviços do IQA, Instituto da Qualidade Automotiva.

O setor precisa se preparar, inclusive, para expandir as certificações ao incluir normas específicas para manutenção das novas matrizes de energia veicular. Os profissionais terão de ser qualificados para novas tecnologias emergentes e também para aspectos relacionados à sustentabilidade de forma mais ampla.

Com o propósito de auxiliar nesse processo a Fenabrave e o IQA estão preparando cartilha com orientações de segurança para atividades com veículos elétricos e híbridos para os concessionários. O objetivo é que o material também traga procedimentos adequados para a área de vendas e pós-vendas.

Marcelo Francilulli, diretor executivo da Fenabrave, contou que o conteúdo não está finalizado ainda, está sendo desenvolvido internamente com base em dados nacionais e internacionais, e que conta com parceria de institutos de outros países em que esse processo está mais avançado. “Estamos fazendo um trabalho profundo.”

Fabiano apontou que, como esse mercado está evoluindo, será preciso, ainda, obter um suporte advindo das próprias montadoras.

Se por um lado realidade do híbrido em sua versão sem tomada não altera o dia a dia da reparação, por outro, híbridos plug-in e 100% elétricos, sim. Vinicius Ramires, sócio diretor da Toyota Ramires Motors, relatou que essa adaptação demanda investimento na concessionária com instalação elétrica redimensionada e obtenção de pelo menos três carregadores, sendo um na frente da loja e outros dois na oficina, que não deve devolver o veículo descarregado ao cliente.      

“Como a bateria preenche quase todo o assoalho do veículo, o elevador terá de ser adaptado e será preciso mais espaço para fazer o reparo”, disse ele, ao destacar que haverá diferentes perfis de manutenção, aos quais sua empresa está se preparando.

A desmontagem da bateria, possivelmente, será feita em centros especializados, ou seja, será preciso firmar parcerias. Outro ponto mencionado por Ramires será o reaproveitamento das baterias pelas próprias concessionárias, que poderão utilizar um conjunto delas para gerar energia para o carregador.

Franciulli chamou atenção ao fato de que os guinchos também terão de ser treinados, uma vez que um veículo elétrico sinistrado trará desafios enormes.

João Paulo Merlin, superintendente de Negócios Automóveis da Zurich, contou que a seguradora já oferece apólices para esse tipo de veículo que, se por um lado têm um preço mais elevado por causa do reparo, por outro tanto a presença de carros a bateria nas ruas como de roubos ainda é baixa, e, portanto, os custos se equilibram.

Merlin relatou que nos Estados Unidos, por exemplo, há startup que oferece solução de carregamento portátil, pois o veículo descarregado trava as rodas.

“Acredito que em cinco anos teremos mais soluções de carga rápida, assim como maior volume de eletropostos. Toda essa infraestrutura facilitará a maior adesão por esse tipo de veículos, assim como maior oferta de apólices, a exemplo da cobertura para cabos de carregamento originais.”      

Renault lança e-commerce de peças da marca

São Paulo – A Renault lançou portal que consolida os estoques de peças dos concessionários em um só lugar. Trata-se do Renault Peça, e-commerce que permite a busca entre mais de 1 mil produtos de modelos da gama atual e de veículos mais antigos da marca, incluídos importados.

Para facilitar a procura no site peca.renault.com.br é possível colocar o modelo e o ano do veículo. Os produtos disponíveis, como acessórios, peças de reposição de carroceria, vidros, itens mecânicos e acabamentos internos e externos, estão separados por categoria.

Além dessa plataforma, o cliente Renault pode também buscar itens originais da marca por meio da loja oficial no Mercado Livre, existente desde 2018, com 40 mil produtos, o que inclui os da linha Motrio, marca francesa de peças de reposição pertencente ao Grupo Renault, também disponíveis no Renault Peça.

Antonio Filosa: um até breve para o Brasil.

São Paulo – Antonio Filosa estava planejando aproveitar mais o sol da Bahia. Comprou uma casa na região Sul do Estado e finalizava a instalação da internet wi-fi, para que de lá pudesse trabalhar, quando recebeu um telefonema da matriz da Stellantis, empresa na qual ocupava a posição de COO para a América do Sul desde a fundação, em 2021: seu colega Christian Meunier, CEO global da Jeep, estava deixando a empresa. E o escolhido para sucedê-lo era ele. O tempo instável e frio de menos 30 graus de Michigan, Estados Unidos, será, a partir de agora, sua nova realidade.

Sob sua direção, a Fiat, principal marca da companhia no mercado sul-americano, saltou de 9,6% para 14,5% de participação na região, de 2018, quando assumiu a presidência da FCA, ainda antes da fusão, até setembro deste ano. Passou de terceira a primeira marca mais vendida do mercado. A Jeep saltou de 3% para 4% e a Ram triplicou as vendas. Peugeot e Citroën também cresceram, mas estas, na avaliação do próprio Filosa, poderiam ter desempenhado melhor.

No geral, as marcas da Stellantis respondem por 24% das vendas na América do Sul, contra 16% quando assumiu o cargo. É a empresa que mais vende veículos no Brasil, na Argentina e no Chile, os três maiores mercados da região. A divisão também sempre entregou resultados financeiros positivos. Com esses números à vista fica fácil explicar porque Filosa foi o escolhido pelo CEO Carlos Tavares para chefiar a segunda maior marca da Stellantis e que somente em 2023 deverá vender 1 milhão de veículos.

“Como o Brasil é o segundo maior mercado da Jeep no mundo, estarei sempre por aqui”, afirmou o executivo a jornalistas na sexta-feira, 20, já em seu processo de despedida. À frente do Brasil apenas os Estados Unidos em volume de vendas. “Devo visitar a fábrica de Goiana [PE] com alguma frequência. Não é um adeus, mas um até breve”.

Antonio Filosa ao lado do presidente Luiz Inácio Lula da Silva na cerimônia de início de produção da Ram Rampage em Goiana. Foto: Divulgação.

À frente da Jeep Filosa terá como desafio ampliar a presença de uma marca muito forte na América do Norte, e se fortalecendo na América do Sul, em outras regiões. Na China, por exemplo, o maior mercado automotivo do mundo, os veículos Jeep são apenas importados: não há mais produção local.

O executivo, pelo fato de a Stellantis estar em período de silêncio devido aos calendários das bolsas de valores nas quais é listada, não pode dizer quais são os planos para a marca no mundo. Mas garantiu que deixa o Brasil em boas mãos.

Em 1º de novembro o italiano Emanuele Cappellano assume o atual cargo de Filosa na América do Sul. Será um retorno à Stellantis, onde trabalhou por quase vinte anos, oriundo da Fiat e depois FCA. Tem passagens inclusive na América do Sul, onde chegou a CFO. O executivo, que estava no Grupo Marcolin, um dos maiores fabricantes de óculos do mundo, se mudará de Nova Iorque, Estados Unidos, para Belo Horizonte, MG, para ficar próximo à mais importante fábrica da região, em Betim.

“Tenho certeza de que a Stellantis está em boas mãos. Cappellano é um executivo competente e conhece o Brasil”.

Um de seus primeiros desafios será dar continuidade às negociações para a renovação dos benefícios do Regime Especial do Nordeste até 2032. O tema deverá ser incluído no relatório da reforma tributária, que tramita no Congresso.

Filosa defende a renovação: “A Stellantis tem três pilares importantes, que acredito que serão seguidos pelo meu sucessor: a nacionalização da produção, a descarbonização e a descentralização da indústria automotiva. Goiana é um exemplo deste último: levamos uma fábrica ao Nordeste mesmo com enormes desvantagens de logística e capacitação, por exemplo. Precisamos desenvolver fornecedores e força de trabalho, o que tem um custo. O regime do Nordeste mitiga parcialmente estas desvantagens”.

Ele defende a renovação já com um calendário para a redução destes benefícios, de forma que a companhia possa ter previsibilidade para que possa continuar a operação. “É importante para planejarmos nossos investimentos”.

Grupo Renault amplia em 21% seu faturamento até setembro

São Paulo – O Grupo Renault faturou, de janeiro a setembro, € 37,4 bilhões, incremento de 21,1% frente ao mesmo período do ano passado. A receita oriunda da divisão automotiva somou € 34,2 bilhões, alta de 20,1% em relação ao acumulado de 2022.

Somente no terceiro trimestre o faturamento do grupo alcançou € 10,5 bilhões, 7,6% acima do registrado de julho a setembro de 2022. A receita da divisão automotiva somou € 9,4 billhões, incremento de 5% frente a igual período no ano anterior.

O Grupo Renault comercializou 511 mil veículos no terceiro trimestre, 6,1% mais do que no mesmo intervalo em 2022. As vendas na Europa puxaram esse movimento, com crescimento de 15,3%. A marca Renault emplacou 357 mil unidades, alta de 11% ante julho a setembro do ano passado. Nesse período houve incremento de 22% nas vendas de eletrificados.

A Europa também puxou as vendas do terceiro trimestre, em que o comércio da marca cresceu 24,8% no trimestre, para 223 mil veículos. Este ano até setembro a marca Renault ocupou a posição de vice-campeã de vendas no continente, com avanço de 22,2%.

Quanto ao Brasil, o País ocupa a sexta colocação dentre os principais mercados do Grupo no mundo, com a venda de 87,2 mil veículos no acumulado dos nove primeiros meses de 2023 e market share de 5,7%. O maior deles é a França, com 407,2 mil unidades e participação de 26%.  

Mercado peruano avança 7% até setembro

São Paulo – A venda de veículos leves no Peru somou 127,9 mil unidades no acumulado do ano, alta de 6,6% na comparação com igual período do ano passado, de acordo com os dados divulgados pela AAP, Associação Automotiva do Peru.

De janeiro a setembro a Toyota liderou o mercado peruano com 28 mil vendas, a Kia foi a segunda marca mais vendida, com 11 668  mil unidades comercializadas, seguida de perto pela Hyundai que vendeu 11 mil 654 veículos no período.

Em setembro foram vendidos 13,2 mil veículos, volume 11,2% menor do que o registrado em igual mês do ano passado, sendo o primeiro mês que o mercado local apresentou queda na comparação com 2022. Com relação a agosto houve queda de 9,2%.

Ao contrário dos leves, o mercado de veículos pesados acumulou queda de 6,3% no ano, com 12,9 mil vendas. A retração foi puxada pelo segmento de ônibus, que recuou 12% até setembro, enquanto a demanda por caminhões caiu 4,9% no mesmo período.

Em setembro foram vendidas 1,5 mil unidades, retração de 1,4% com relação ao mesmo mês de 2022 e de 6,8% na comparação com agosto.

Demanda por veículos leves segue em alta na Europa

São Paulo – Setembro foi mais um mês de crescimento da venda de veículos na União Europeia. De acordo com os dados da Acea, entidade que representa o setor local, foram 861,1 mil unidades comercializadas, volume 9,2% maior do que o registrado em igual período do ano passado. Na comparação com agosto houve expansão de 9,3%.

A entidade ressaltou o bom desempenho dos veículos elétricos, que representaram 14,8% dos vendas, contra 14,1% em igual período do ano passado. Setembro foi o terceiro mês que o segmento superou a demanda por veículos a diesel, passando a terceira opção mais procurada pelos consumidores europeus – os híbridos aparecem em segundo lugar com 27,3% de participação e os automóveis movidos a gasolina representaram 34,1%.

No acumulado do ano foram comercializados 8 milhões de veículos, volume 16,9% maior do que o vendido em 2022. O resultado foi considerado relevante pela Acea, mas ainda é 20% menor do que o registrado em igual período de 2019, ano antes do início da pandemia da covid-19.