Design Center Renault muda de São Paulo para São José dos Pinhais

São José dos Pinhais, PR – Criado em 2006, quando ocupava um imóvel no bairro dos Jardins, em São Paulo, o RDCL, Renault Design Center Latam, ganhou nova sede, inaugurada na quinta-feira, 27. Um espaço de 1,2 mil m² foi reservado para as 21 pessoas que trabalham na área dentro da CVU, Curitiba Veículos Utilitários, a fábrica que produz a Renault Master no Complexo Ayrton Senna, em São José dos Pinhais, PR.

Segundo Daniel Nozaki, diretor de design da Renault para a região, a mudança tem uma justificativa: ficar mais próximo das equipes de engenharia e manufatura, que trabalham em conjunto com os designers: “Essa proximidade traz sinergias importantes para os projetos”.

Foram os designers da América Latina que criaram a picape-conceito Niagara, uma das estrelas da cerimônia em que foram divulgados os próximos passos da Renault fora da Europa. É certo que um veículo inspirado no modelo entrará em produção, sob a mesma plataforma da outra estrela do dia, o Kardian

São apenas dois exemplos de projetos de uma área que ficará isolada, com acesso restrito, dentro do Complexo Ayrton Senna. Segundo Nozaki em paralelo podem ser tocados até três projetos do zero e mais quatro parciais, de facelifts ou versões especiais de carros. O RDCL não trabalha sozinho: está interligado aos outros quatro centros de design da Renault no mundo, localizados na França, Romênia, Coreia do Sul e Índia.

“A diversidade criativa, com pessoas de diferentes partes do mundo que contribuem com suas visões locais, permitem que tenhamos a excelência em design. Nossa equipe auxilia, inclusive, em projetos que não são vendidos na região.”

O espaço inaugurado na quarta-feira, 26, tem showrooms internos e externos, o que possibilita a visualização de protótipos sob luz natural ou artificial, um ateliê de maquetagem, onde são feitos os protótipos, um estúdio de realidade virtual, que contribuiu para otimizar o desenvolvimento, e um lounge criativo, área livre para que reuniões de brainstorming possam ser realizadas.

O RDCL contribui, também, com o trabalho da Associação Borda Viva, que é apoiada pelo Instituto Renault. De lá saem desenhos para os itens confeccionados pelos trabalhadores da região, como bolsas, sacolas e mochilas.

Renault testa Kwid com faturamento direto até o fim do ano

São José dos Pinhais, PR – O acordo feito pela Renault com a sua rede de concessionários, que permite o faturamento direto do Kwid pela montadora, vigora até o fim do ano. E existe, segundo o presidente Ricardo Gondo, expectativa de prorrogação caso o teste seja bem sucedido.

Anunciado na semana passada permitiu descontos de até R$ 7,2 mil no modelo, dependendo de sua versão.

“Em vez de faturar para a rede vender com margem, acertamos uma comissão fixa por unidade vendida e faturamos direto para o cliente. O carro é faturado para a concessionária e depois refaturamos direto. A concessionária ganha também com o financiamento e a revenda do seminovo que é ofertado na entrada, duas modalidades bastante presentes na linha Kwid.”

A venda direta do Kwid não desrespeita a Lei Renato Ferrari, uma vez que foi acertado pelas duas partes. Segundo Gondo não se trata de algo inédito no mercado: é praticado por outras marcas, também com acordos com as respectivas associações, e já foi usado pela Renault em outros modelos, como o Stepway.

“É um piloto para o Kwid. Mas não pretendemos mudar o nosso modelo de negócios com a rede. Com os outros veículos continuamos fazendo no modelo tradicional.”

O primeiro fim de semana de vendas diretas do Kwid foi positivo, segundo Gondo, com aumento no fluxo das lojas e de negócios, por causa do melhor preço praticado. De toda forma o presidente pediu mais prazo para fazer uma análise mais profunda: “Com um mês de vendas poderemos ter uma opinião mais concreta. Por enquanto foi positivo, mas seguimos avaliando”.

Novo BMW X7 chega para ser o SUV mais luxuoso da marca no Brasil

São Paulo – A BMW iniciou as vendas do novo X7 no Brasil, que chega para completar sua linha de veículos superluxo junto com o sedã elétrico i7. Visualmente o SUV tem a frente toda renovada, com entradas de ar mais esportivas nos para-choques. O desenho dos faróis segue o padrão do i7.

Internamente o quadro de instrumentos é digital de 12,3 polegadas e o sistema multimídia tem tela de 14,9 polegadas, sensível ao toque. O acabamento segue o padrão mais luxuoso da marca, segundo comunicado.

O X7 será vendido em versão única, a M60i, por R$ 1 milhão 155 mil, com motor turbo V8 de 530 cv de potência e câmbio automático de oito marchas.

Manuela Nascimento é a nova diretora de vendas off-road da Bridgestone para a América Latina

São Paulo – A Bridgestone anunciou Manuela Nascimento como sua nova diretora de vendas agrícolas e fora de estrada para América Latina. A executiva se reportará a Tony Orlando, presidente de negócios integrados AG na região.

A diretora tem dezessete anos de experiência no mercado e entrou na Bridgestone em 2018. Seu último cargo foi o de gerente sênior de vendas para veículos de passeio.

Em seu novo cargo será responsável pela execução do plano de negócios da categoria na América Latina, sendo que ela já era responsável pela América do Sul desde abril.

Stellantis investe 1,5 bilhão de euro para ser acionista da Leapmotor

São Paulo – A Stellantis anunciou investimento de 1,5 bilhão de euro para se tornar acionista da Leapmotor, empresa com sede na China, ao comprar 20% de participação e ter duas cadeiras no Conselho de Administração. A intenção é fazer da Leapmotor uma potência na mobilidade elétrica, altamente competitiva na China e em todo o mundo.

A Leapmotor já é uma das líderes no desenvolvimento e produção de veículos NEVs, New Energy Vehicles, que considera modelos elétricos, híbridos plug-in e célula de combustível. A parceria é considerada estratégica pela Stellantis para atingir suas metas de eletrificação no plano Dare Forward 2030.

ZF reduz emissões com nova logística na operação de embreagens

São Paulo – A ZF Aftermarket mudou sua operação logística de embreagens Sachs, produzidas em São Bernardo do Campo e Araraquara, SP: agora todas são embaladas no Centro de Distribuição, instalado em Itu, SP. A mudança tornou mais flexível o atendimento ao mercado de reposição e melhorou o transporte, resultando em uma queda de 30% nas emissões de CO2, segundo a companhia.

Por ano a ZF Aftermarket deixará de emitir 3,8 mil toneladas de CO2 na comparação com o modelo anterior de operação, quando os kits completos eram embalados na mesma fábrica onde eram produzidos.

Com o Fastback a Fiat pretende dobrar o volume de Abarth vendidos no Brasil

Indaiatuba, SP – Dobrar o volume de modelos Abarth vendidos no mercado brasileiro. Essa é a expectativa da Fiat ao lançar o SUV Fastback Abarth, que faz companhia ao Pulse Abarth, apresentado no ano passado no portfólio da companhia. Segundo Herlander Zola, vice-presidente de operações comerciais da Fiat e da Abarth, e que acaba de agregar Jeep e Ram às suas funções, as vendas giram em torno de 350 a quatrocentas unidades por mês.

“O Pulse Abarth representa cerca de 10% do volume de vendas do SUV. Esperamos algo parecido com o Fastback Abarth, que tem vendas em patamar semelhante. Portanto podemos falar em oitocentos Abarth/mês.”

Para colocar o modelo com pegada esportiva no mercado a Fiat reposicionou a gama do Fastback. Ao menos o seu topo de linha: o Limited, também equipado com o motor T270, e que traz a inscrição “powered by Abarth”, teve seu preço reduzido para R$ 154 mil 490. O Abarth chega às concessionárias por R$ 159 mil 990.

Zola diz não esperar, com isto, o fim da versão Limited: “São clientes diferentes. Alguns compradores de versões mais equipadas, mesmo com motores mais potentes, não gostam do estilo de design esportivo do Fastback Abarth”.

Assim, seguem os dois no portfólio, ao menos por enquanto. A diferença de um para o outro é perceptível no design: o Abarth traz acabamento em fibra de carbono na ponta do capô, spoiler dianteiro, aerofólio traseiro, escapamento duplo esportivo, roda de 18 polegadas exclusivas e teto bicolor, dentre outras inovações como a presença do escorpião na grade dianteira, a inscrição Abarth na traseira e outros pormenores.

E, embora ambos tenham o mesmo motor de 185 cv, a diferença ao acelerar é notável. A reportagem testou o modelo na pista do Autódromo Capuava, em Indaiatuba, SP, e constatou: é um modelo divertido de guiar quando no modo de condução do escorpião.

A engenharia trabalhou para alcançar este resultado: mexeu nas suspensões, na calibração do motor, rebaixou um pouco o carro e desenvolveu rodas e pneus mais largos, e que ficaram mais leves. A transmissão, CVT, traz respostas mais precisas e rebaixa a marcha quando entende precisar de mais força no motor.

O vice-presidente da Fiat ponderou que atenderá a público específico, que gosta de acelerar o carro em track days, por exemplo. E não se arriscou a dizer qual o tamanho deste mercado de esportivos derivados de modelos que chegam ao consumidor comum. Mas confessou: “São versões que ajudam a reforçar a imagem da marca e oferecem boa rentabilidade. Posso dizer que a trajetória da Abarth seguirá em mais modelos no Brasil”.

GM nunca concluiu sua adesão ao IncentivAuto

São Paulo – A General Motors nunca concluiu a sua adesão ao programa IncentivAuto, criado pelo ex-governador do Estado de São Paulo, João Dória, em 2019, após a própria companhia ameaçar encerrar as operações de suas fábricas paulistas. Apesar do barulho feito à época, que culminou com o anúncio de investimento de R$ 10 bilhões nas três fábricas, São Caetano do Sul, São José dos Campos e Mogi das Cruzes, os incentivos de 2,5% a 25% no ICMS de cada veículo oferecidos pelo Estado, que exigia aporte de pelo menos R$ 1 bilhão e a criação de quatrocentos postos de trabalho, não estão sendo concedidos à companhia.

Sob a justificativa de que a queda nas vendas requereu ajuste no quadro de funcionários a General Motors enviou, segundo os sindicatos dos trabalhadores, telegramas e e-mails a 1,2 mil funcionários de suas três unidades paulistas no fim de semana e rescindiu seus contratos de trabalho.

Questionada pela Agência AutoData sobre eventual sanção aplicada à GM devido aos desligamentos a Secretaria da Fazenda do Estado de São Paulo respondeu que, “com base nos requisitos exigidos pela legislação, até a presente data a GM não apresentou os complementos solicitados para adesão ao programa”.

O IncentivAuto foi instituído pelo decreto 64 130/2019. Com o investimento anunciado por Carlos Zarlenga, seu presidente à época, a companhia reunia as condições para aderir ao programa, que foi desenhado por Dória justamente para reter investimentos no Estado. De lá para cá veio a pandemia, a dificuldade no fornecimento de componentes, principalmente semicondutores, e a perda da liderança de anos da GM e do seu veículo mais vendido, o Onix.  

Sindicatos tentam negociar

No fim da tarde da quarta-feira, 25, houve reunião da Secretaria com os representantes de sindicatos dos metalúrgicos das localidades em que estão as três fábricas paulistas da GM. Foi pedida intervenção ao secretário da Fazenda e Planejamento, Samuel Kinoshita, para que o Estado estabeleça diálogo com a montadora e verifique a possibilidade de suspender os cortes.

Segundo o vice-presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de Mogi das Cruzes, David Martins de Carvalho, o governo comprometeu-se a fazer um pente fino para verificar se existe incentivo por parte do Estado à GM: “Se houver algum benefício fica mais fácil cobrar posicionamento da empresa. Quanto ao IncentivAuto, no entanto, ele foi aprovado mas não houve a execução. Nenhuma empresa chegou a participar. Essa foi a explicação dada na reunião”.

Carvalho disse que, de qualquer maneira, a fabricante agiu de forma errada ao demitir unilateralmente e em meio à estabilidade concedida por causa de layoff realizado tanto em Mogi como em São José. E que o governo poderia fazer essa interlocução, uma vez que “perda de postos de trabalho é perda de arrecadação”.

Presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de São Caetano do Sul, Aparecido Inácio da Silva, o Cidão, concordou ao dizer que se houver subsídio ficará mais fácil pressionar a empresa na tentativa de reverter a situação: “Nos disseram que o IncentivAuto não se consolidou por causa da pandemia, mas que seria feito um levantamento geral, inclusive do impacto em termos de arrecadação para o Estado de São Paulo”.

Sobre a expectativa de cancelamento das dispensas Cidão assinalou que “sempre existe uma esperança”.

O deputado federal Vicente Paulo da Silva, o Vicentinho, levou a questão da GM ao plenário da Câmara dos Deputados em Brasília, DF, e cobrou da fabricante, publicamente, a reversão dos desligamentos, uma vez que esses foram feitos por telegrama e sem acordo prévio com os sindicatos. Mais: que nesses cortes estariam incluídos mulheres grávidas, pessoas acidentadas e profissionais com estabilidade no emprego.

“A GM comete um crime e fere, inclusive, o direito internacional. Desrespeita a convenção 158 da OIT [Organização Internacional do Trabalho, órgão da ONU, Organização das Nações Unidas], que exige diálogo com a comunidade, especialmente com os dirigentes sindicais, legítimos representantes da classe trabalhadora”, afirmou Vicentinho. “Ela não faz isto nos Estados Unidos, na Alemanha. Que se digne a respeitar os trabalhadores e cancele as demissões. Traga a negociação para a mesa, ouvindo os metalúrgicos por meio da representação.”  

O parlamentar lembrou que cada emprego eliminado na montadora reflete 22 dispensas em todo o setor, por isto a gravidade da situação.  

Nesta tarde da quinta-feira, 26, está agendada audiência no TRT, Tribunal Regional do Trabalho, de São Paulo, como tentativa de conciliação da GM com os sindicatos.  

Dois modelos BYD conquistam cinco estrelas no Euro NCap

São Paulo – Dois modelos da BYD, o Dolphin e o Seal, recém lançados no mercado brasileiro, receberam cinco estrelas, a nota máxima, em avaliação do Euro NCap tanto para passageiros adultos como para crianças. Eles passaram por testes junto com o Xpeng P7, sedã elétrico lançado para concorrer com o Tesla Model 3.

Segundo a instituição o resultado mostrou que, junto com uma boa oferta de itens de série e preço competitivo, os veículos elétricos chineses também estão bastante avançados em segurança, oferecendo nível igual ou superior do que os modelos de marcas mais tradicionais na Europa. Os testes do Euro Ncap também classificaram como muito bom os equipamentos que auxiliam a condução do motorista, como assistente de manutenção em faixa e piloto automático adaptativo.

UAW reduz pedido e acordo por fim da greve fica mais próximo

São Paulo – O UAW, United Auto Workers, sindicato que representa os trabalhadores das Três Grandes de Detrois, Ford, General Motors e Stellantis, reduziram a pedida por aumento de salário dos 40% do início da greve, em 15 de setenbro, para 25% ao longo dos próximos quatro anos. Segundo o site Automotive News, os trabalhadores e as montadoras começam a se aproximar de um acordo para encerrar a paralisação que já dura seis semanas. 

Mesmo com a redução, caso se concretize o aumento será recorde na história da indústria automotiva local e ainda se enquadra dentro das metas do sindicato, que desde o início diz lutar por um aumento substancial de dois dígitos.