Vendas diretas caíram 21,4% no primeiro semestre

As vendas diretas sofreram mais do que o varejo com a retração da indústria automotiva no primeiro semestre. Segundo levantamento da Agência AutoData com base nos dados da Fenabrave, de janeiro a junho foram licenciados 344,1 mil automóveis e comerciais leves por meio de venda direta ante 438,3 mil unidades no mesmo período do ano passado, redução de 21,4%

Esta modalidade é criticada por muitos varejistas e alguns executivos da própria indústria devido aos generosos descontos concedidos aos clientes, em geral locadoras que, em contrapartida, costumam adquirir um lote numeroso de veículos. As grandes reclamações ocorrem porque esses modelos voltam ao mercado, como seminovos, meses depois de sua aquisição, gerando distorções de mercado.

De toda forma quase todas as montadoras vendem automóveis e comerciais leves por esta modalidade, algumas mais e outras menos.  A Fiat, por exemplo, liderou o ranking do segmento com 26,5% do total dos licenciamentos feitos por meio de vendas diretas no primeiro semestre. Em segundo lugar ficou a Volkswagen, com 19,6% e em terceiro a General Motors, com 13,6%.

Neste primeiro semestre, porém, a redução nas vendas diretas foi superior à do varejo, que, com 925,7 mil licenciamentos, registrou retração de 17% – o segmento de automóveis e comerciais leves recuou 19,8% no total.

As vendas diretas perderam, portanto, participação no mercado com relação ao primeiro semestre de 2014. Há um ano representaram 27,7% das vendas, ao passo que nos primeiros seis meses deste ano a fatia caiu para 27,1%.

De qualquer forma o patamar segue elevado: 2014 e 2015 são os anos com maior participação das vendas diretas no mercado na última década. Em 2009 esta modalidade chegou a representar 21% das vendas, menor participação dos últimos dez anos.

Nos últimos três meses as vendas diretas cresceram em participação no total dos licenciamentos dos segmentos. Em abril chegaram a representar 30% dos emplacamentos, fatia que subiu para 30,7% em maio, a maior do ano – em janeiro 21,3%, fevereiro 25,5% e março 28%. No mês passado os licenciamentos por meio de venda direta corresponderam a 28,8% do total, ou 58,8 mil unidades.

Vendas diretas caíram 21,4% no primeiro semestre

Queda foi mais acentuada que no varejo, mas participação segue elevada: 27%.

André Barros

As vendas diretas sofreram mais do que o varejo com a retração da indústria automotiva no primeiro semestre. Segundo levantamento da Agência AutoData com base nos dados da Fenabrave, de janeiro a junho foram licenciados 344,1 mil automóveis e comerciais leves por meio de venda direta ante 438,3 mil unidades no mesmo período do ano passado, redução de 21,4%.

Esta modalidade é criticada por muitos varejistas e alguns executivos da própria indústria devido aos generosos descontos concedidos aos clientes, em geral locadoras que, em contrapartida, costumam adquirir um lote numeroso de veículos. As grandes reclamações ocorrem porque esses modelos voltam ao mercado, como seminovos, meses depois de sua aquisição, gerando distorções de mercado.

De toda forma quase todas as montadoras vendem automóveis e comerciais leves por esta modalidade, algumas mais e outras menos.  A Fiat, por exemplo, liderou o ranking do segmento com 26,5% do total dos licenciamentos feitos por meio de vendas diretas no primeiro semestre. Em segundo lugar ficou a Volkswagen, com 19,6% e em terceiro a General Motors, com 13,6%.

Neste primeiro semestre, porém, a redução nas vendas diretas foi superior à do varejo, que, com 925,7 mil licenciamentos, registrou retração de 17% – o segmento de automóveis e comerciais leves recuou 19,8% no total.

As vendas diretas perderam, portanto, participação no mercado com relação ao primeiro semestre de 2014. Há um ano representaram 27,7% das vendas, ao passo que nos primeiros seis meses deste ano a fatia caiu para 27,1%.

De qualquer forma o patamar segue elevado: 2014 e 2015 são os anos com maior participação das vendas diretas no mercado na última década. Em 2009 esta modalidade chegou a representar 21% das vendas, menor participação dos últimos dez anos.

Nos últimos três meses as vendas diretas cresceram em participação no total dos licenciamentos dos segmentos. Em abril chegaram a representar 30% dos emplacamentos, fatia que subiu para 30,7% em maio, a maior do ano – em janeiro 21,3%, fevereiro 25,5% e março 28%. No mês passado os licenciamentos por meio de venda direta corresponderam a 28,8% do total, ou 58,8 mil unidades.