Palio mantém liderança e Onix é vice no começo de janeiro

O ano começou com alterações no ranking de automóveis e comerciais leves. Os dados, ainda preliminares e baseados no Renavam, apontam nova composição nas primeiras colocações, com o Volkswagen Gol caindo da vice-liderança para a quinta posição e o Chevrolet Onix, terceiro colocado em 2014, assumindo o segundo lugar.

A liderança, entretanto, permaneceu inalterada: o Fiat Palio segue na ponta com 5,5 mil licenciamentos até a segunda-feira, 12 – sete dias úteis. O Onix, agora vice-líder, acumulou 4,5 mil registros no período, seguido pela picape Strada, que teve 3,9 mil licenciamentos nos primeiros dias do ano. Hyundai HB20, com 3,4 mil unidades comercializadas, e o Gol, com 3,3 mil emplacamentos, completam os cinco primeiros.

O mercado em janeiro sofre ainda muita influência do resultado de dezembro. Segundo os varejistas e executivos do setor é natural que muitos modelos negociados no fim do ano passado sejam efetivamente emplacados apenas nos primeiros dias de janeiro, inflando, de certa forma, os resultados do primeiro mês do ano.

Em 2015 há outro fator importante a se considerar: é alto o estoque nas concessionárias de modelos faturados ainda com o IPI antigo, com redução. Na semana passada a Agência AutoData realizou pesquisa com concessionárias das principais marcas e encontrou ampla oferta de unidades ainda com desconto na alíquota.

Ao ranking de modelos incide outro fator: a corrida pela liderança do ano passado. Na última entrevista coletiva à imprensa, quando divulgou os resultados de 2014 e as projeções para 2015, Alarico Assumpção Júnior, presidente da Fenabrave, não negou a possibilidade do chamado rapel – quando são emplacados modelos não vendidos aos consumidores a fim de inflar o resultado de algumas marcas ou modelos – durante dezembro.

“Só vamos saber se houve prática de rapel com o resultado de janeiro. Se determinada marca ou modelo cair muito, há grandes chances de isso ter ocorrido.”

Completam as sete primeiras posições o Ford Ka, com 3,1 mil licenciamentos, e o Fiat Uno, com 3 mil emplacamentos. Daí ao décimo-primeiro colocado, com VW Fox, Fiat Siena, Chevrolet Prisma e VW Saveiro, há um empate técnico, todos na faixa de 2,4 mil unidades licenciadas.

Keko inicia embarques para França, Rússia e Guiana Francesa

A Keko Acessórios fechou contratos de exportação para três novos mercados: França, Rússia e Guiana Francesa.

Além disso a empresa ampliou sua presença na Tailândia e retomou as vendas para o Reino Unido.

Graças aos negócios destinados ao mercado externo a fabricante de itens de personalização automotiva estima ampliar seu faturamento anual em R$ 1 milhão, além de crescer no País.

Segundo Juliano Scheer Mantovani, diretor do mercado de inovação da Keko, em comunicado, a estimativa é fechar 2015 com alta de 13% ante o ano passado, o que representa faturamento na casa dos R$ 175 milhões.

“Vamos crescer a partir de projetos novos, especialmente para as montadoras, e utilizar nossa capacidade já instalada para impulsionar os negócios e tornar a empresa mais competitiva no mercado brasileiro e mundial.”

Com os novos negócios a empresa passa a atender a 37 países, tanto no mercado de reposição quanto no OEM.

O primeiro pedido para a França embarca no fim de janeiro: capotas marítimas e santantônio para picapes Ford Ranger, Isuzu D-Max, Toyota Hilux e Volkswagen Amarok.

Na Rússia o contrato de exportação envolve peças para o Ford EcoSport, lançado em novembro naquele mercado. Os contêineres, segundo informa a empresa, já seguem ao destino.

Na Guiana Francesa é a picape Nissan Frontier que será equipada por capotas marítimas e estribo integral K1 brasileiros da Keko.

Recentemente a Keko retomou as vendas para o Reino Unido. Um novo pedido está programado para embarcar também no fim de janeiro, para equipar as picapes Ford Ranger e Volkswagen Amarok.

Já na Tailândia a empresa ampliou sua operação junto à General Motors: fornecia itens em Peças & Acessórios e agora enviará mensalmente, ao longo deste ano, racks de teto diretamente para a linha de montagem de versão especial da picape S10.

China fecha 2014 com crescimento de 7% nas vendas de veículos

O crescimento nas vendas do maior mercado de veículos do mundo caiu pela metade no ano passado. Se em 2013 os chineses consumiram 14% mais do que em 2012, em 2014 as vendas no mercado chinês cresceram 7%, para 23,5 milhões de unidades, de acordo com informações da Agência Reuters com base nos dados divulgados pela CAAM, a associação das montadoras chinesas.

Ainda que o acréscimo de cerca de 1,5 milhão de unidades de um ano para o outro seja o equivalente ao tamanho total de mercados maduros, como França e Coreia do Sul, a desaceleração do crescimento chinês começou a provocar desentendimentos das montadoras com suas redes de distribuição. O motivo: altos estoques. Como o ritmo das fábricas não acompanhou o do mercado, os níveis subiram e deram início a reclamações dos concessionários.

A CAAM projeta para 2015 repetir o crescimento do ano passado, segundo informações da Agência Bloomberg. O mercado chinês saltaria, portanto, para 25,1 milhões de unidades, caso os 7% de elevação sejam alcançados.

“O crescimento está se desacelerando, mas o mercado ainda evoluirá de 1,5 milhão a dois milhões de unidades”, afirmou Lin Huaibin, analista da IHS Automotive baseado em Shangai, ainda antes da divulgação oficial das projeções da associação. “Ainda há espaço para todas as montadoras jogarem.”

Ford, GM e Volkswagen registraram entregas recordes de veículos no ano passado, mesmo com o menor crescimento da economia chinesa desde 1990 – segundo estimativas o PIB chinês subiu 7,4% no ano passado e deverá apresentar 7% de evolução em 2015.

Rede Peugeot Citroën já tem a primeira casa unificada no País

O presidente da Associação Brasileira dos Concessionários da Citroën, Abracit, Luiz Carlos Bianchini, afirmou que a unificação das operações da rede de concessionárias Peugeot e Citroën, hoje totalmente independentes, é um processo facultativo no País. “Nenhum concessionário será obrigado a aderir ao processo se não se sentir confortável.”

Reportagem veiculada pela Agência Autodata em dezembro revelou que a unidade brasileira da PSA Peugeot Citroën trabalha há alguns meses no chamado Projeto Y, que pretende unificar as redes no País, a exemplo do que já acontece na Europa. Na prática apenas fachadas, entradas, showroom e equipe de vendas terão necessariamente que ser distintas.

Bianchini disse que a Abracit foi informada sobre o processo há cerca de quatro meses e que o movimento ainda é recente, portanto é difícil prever como os concessionários se adaptarão. “Estamos cientes do processo de reestruturação da PSA no mundo e isso também inclui mudanças no Brasil. No entanto não é uma questão que será resolvida do dia para a noite.”

A cidade de Taguatinga, a vinte quilômetros de Brasília, DF, foi eleita para testar o novo formato da operação: desde setembro a concessionária da cidade, a Saga France, engloba as duas marcas.

Segundo Jameson Hoewell, gerente comercial da concessionária, a unidade recebeu investimentos do Grupo Saga e também da PSA para ser formatada. “A PSA nos procurou para iniciar um projeto-piloto. Julgamos o formato interessante e nos adaptamos.”

A previsão, segundo Hoewell, é que o faturamento da unidade aumente de 20% a 25% neste ano devido ao novo formato. O Grupo Saga tem 60 concessionárias no País e representa dezoito marcas. “Acreditamos que a consolidação é uma tendência para enfrentar tempos de maior concorrência. Ainda avaliamos a adoção do formato em outras concessionárias, pois tudo ainda é muito novo.”

Dentre os pontos positivos da unificação o gerente pontua a otimização dos custos, com compartilhamento do setor administrativo e de pós-vendas, e o aumento do fluxo de pessoas. “Os clientes têm mais atrativos para nos visitar, e além disso se sentem amparados ao notar que as marcas estão investindo.”

A concessionária, que abriga as duas marcas em um mesmo espaço, porém com showroom diferenciado, passou a dividir até mesmo o número de telefone. “Estamos aproveitando cada sinergia possível.”

Para o presidente da Abracit, que representa 155 concessionários da marca Citroën no País, em alguns casos a solução de unificar as redes pode ser positiva. “Em localidades aonde uma concessionária não vai bem a outra marca pode ajudar a alavancar as vendas a partir da união. Essa integração ajudará na redução de custos, pois a área administrativa poderá ter uma sinergia.”

Como alguns modelos das duas marcas francesas dividem a mesma plataforma Bianchini afirma que na área de reposição de peças e estoques a sinergia pode alcançar 80%. No entanto ele ressalta que a identidade visual das marcas deve ser mantida intacta, além da política comercial de cada companhia – que atua, com CNPJs diferentes.

“No caso de optar pelo compartilhamento os concessionários precisarão investir nas adaptações físicas.”

Mesmo não sendo um processo simples, principalmente na fase inicial, Bianchini qualifica a possibilidade de unificação como benéfica. “É uma ferramenta a mais a ser avaliada em um momento de aumento da competitividade na indústria automotiva. No entanto, há de haver concordância integral dos concessionários envolvidos e esse não é um processo muito simples.”

Na avaliação do presidente da Abracit, que possui uma revenda da Citroën em São José dos Campos, SP, o movimento de unificação deve ser mais intensificado nas grandes cidades em um primeiro momento. “Sei de discussões em São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais, onde há mais concentração da concorrência e a união pode representar um trunfo. Já nas cidades menores acredito que essa onda deve demorar mais a chegar.”

Plano de renovação de frota fica para segundo semestre deste ano

O início do aguardado programa nacional de renovação de frota foi mais uma vez postergado.

Segundo fonte ligada às negociações com o governo federal, ouvida com exclusividade pela Agência AutoData, o projeto estava “à beira do anúncio” no fim do ano passado.

Este anúncio traria novidades: além dos caminhões, segmento pelo qual o plano se iniciaria, a proposta incluía, em fase subsequentes, outros setores da indústria automotiva, como ônibus, máquinas agrícolas e até automóveis – estes, três anos depois.

De acordo com a fonte a ideia é que o plano de renovação ocorra em longo prazo e seja destinado a todos os segmentos, contemplando uma renovação completa de toda a frota nacional. Entretanto, revelou, as novas equipes ministeriais, que assumiram seus cargos no início do ano, junto ao segundo mandato da presidente Dilma Rousseff, solicitaram que a proposta fosse reavaliada – mesmo tendo sido aprovada por todos os ministérios envolvidos no primeiro mandato e ainda por quinze associações ligadas diretamente ao setor automotivo.

“A nova estimativa para início do plano, pelas atuais tratativas com o governo, é de seis a oito meses.”

Ainda segundo a fonte o projeto aprovado previa substituição de cinco mil caminhões no primeiro ano, quinze mil no segundo e, posteriormente, trinta mil ao ano, até que se renove a frota de 230 mil caminhões com mais de trinta anos que atualmente roda no País.

Aos poucos, então, entrariam os veículos de outros segmentos.

De acordo com o projeto que tramita em Brasília, DF, após entrega do veículo antigo para sucateamento será emitido um certificado de baixa e um certificado de crédito fiscal, destinado à montadora, caso a opção seja por um caminhão 0 KM, ou para a concessionária, caso o cliente opte por um veículo usado – com no máximo dez anos de uso.

O valor do crédito fiscal seria de R$ 30 mil, independente do estado do veículo entregue, revelou a fonte. “A montadora ou a concessionária poderiam, pelas regras aprovadas, utilizar esse valor no abatimento de impostos.”

Uma linha de financiamentos do BNDES, exclusiva para a renovação de frota, também está prevista no projeto, com taxas de juros inferiores às do Finame PSI.

“O valor das parcelas do financiamento do caminhão seria debitado mensalmente do cartão-frete do motorista, ferramenta utilizada para pagamentos do serviço de transporte. Isso garantiria que o trabalho seja revertido em pagamentos, reduzindo os riscos de inadimplência.”

O projeto encontra-se novamente em análise em especial nos ministérios do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior e da Fazenda, segundo a fonte. “Nos resta mais uma vez aguardar. Esperamos que o trabalho realizado e aprovado em 2014 não seja perdido e a estimativa para o segundo semestre seja cumprida.”

O plano é discutido desde 2013 e foi lançado oficialmente na Fenatran, no fim daquele ano, em um pacto que reuniu diversas associações da indústria automotiva e de transporte de cargas. Ali a expectativa era a de que este fosse anunciado no primeiro semestre de 2014, que depois passou à segunda metade do ano.

2014, o ano em que as fábricas do México superaram as brasileiras

As fábricas mexicanas produziram mais automóveis e comerciais leves do que a indústria brasileira no ano passado. Dados divulgados pela Amia, associação das montadoras do México, apontam que em 2014 saíram das linhas de montagem daquele país 3 milhões 219 mil unidades ante 2 milhões 973 mil produzidas no Brasil, de acordo dados da Anfavea.

Ao passo que a produção brasileira cedeu 15,3%, as fábricas mexicanas aceleraram a montagem de veículos em 9,8%. Com isso as posições se inverteram e o México é, agora, o sexto maior fabricante de veículos do mundo, atrás de China, Estados Unidos, Japão, Alemanha, Coreia do Sul e Índia. O Brasil, desta forma, caiu para a sétima posição.

Boa parte do volume produzido não ficou no mercado local, ainda em tamanho bem inferior ao brasileiro. No ano passado foram comercializados 1 milhão 135 mil veículos 0 KM no país da América do Norte, avanço de 6,8% com relação a um ano antes.

No Brasil as vendas chegaram a 3,5 milhões de unidades, volume três vezes superior.

Com um mercado pequeno em comparação ao ritmo das fábricas, quem puxa a produção mexicana são os clientes externos. Em 2014 as exportações avançaram 9,1% naquele país, para 2 milhões 642 mil unidades.

O maior cliente, com 71% do volume, foram os Estados Unidos, com incremento de 13,9% das compras no ano passado, ou 1,9 milhão de veículos. Os veículos mexicanos já representam o segundo maior volume dentro do mercado estadunidense, atrás apenas dos modelos produzidos internamente. O Japão, terceiro maior fornecedor, exportou 1,6 milhão de veículos para os Estados Unidos no ano passado.

O Brasil, terceiro principal destino comercial dos veículos leves mexicanos, manteve a posição mesmo com redução de 25,2% no volume. No ano passado desembarcaram nos portos brasileiros 102,8 mil veículos produzidos no México, ou 3,9% do total das exportações daquele país.

Ministro do Trabalho deve mediar reunião para discutir demissões na Volkswagen

As oitocentas demissões anunciadas pela Volkswagen na unidade de São Bernardo do Campo, SP, no início do mês, preocuparam o governo federal. Na segunda-feira, 12, porta-voz do ministério do Trabalho e Emprego, afirmou à reportagem que o ministro Manoel Dias mediará reunião com o Sindicato dos Metalúrgicos do ABC e montadora.

O encontro deve acontecer ainda nesta semana, possivelmente na quarta-feira, 12, mas os acertos ainda estão sendo definidos, segundo o porta-voz.

De acordo com o presidente do sindicato, Rafael Marques, o encontro acontecerá na Delegacia Regional do Trabalho, em São Paulo. Também estuda-se, entretanto, realizar a reunião em Brasília, DF.

Manifestação organizada pelo sindicato na segunda-feira, 12, reuniu metalúrgicos de Volkswagen, Mercedes-Benz, Ford e Karmann Ghia, segundo os representantes dos metalúrgicos, que calcularam em cerca de vinte mil os trabalhadores presentes. Houve ocupação da Via Anchieta, que liga a Capital ao ABC e litoral, nos dois sentidos, das 7h30 às 11h30.

Não houve produção no primeiro turno da Mercedes-Benz e a greve na Volkswagen permaneceu, pelo sétimo dia. A montadora obteve na Justiça do Trabalho, segundo porta-voz, instrumento que garante acesso às dependências da fábrica aos trabalhadores que queiram exercer suas funções normalmente.

Durante a manifestação os metalúrgicos aprovaram pauta de reivindicações, entregue ao governo estadual ainda na tarde da segunda-feira, 12. Dentre os itens formalizados pelos metalúrgicos está a criação do Conselho Estadual de Política Industrial, o código de conduta social das empresas, programas de revitalização de áreas industriais e de estímulo à produção de veículos elétricos e a criação de uma Câmara de Negociação e Mediação de Conflito.

Segundo o presidente do sindicato as propostas visam aumentar o diálogo com as empresas, além de proteger os empregos e ampliar a competitividade no Estado de São Paulo.

Outra parte dos pleitos será entregue ao governo federal, em data a definir: criação de Programa Nacional de Proteção do Emprego, aprovação do Programa Nacional de Renovação de Frota de Caminhões e ampliação das liberações de crédito na economia, principalmente para a aquisição de veículos.

De acordo com Marques o Brasil deixa disponível para empréstimos cerca de 58% de seu PIB. “Na Argentina esse porcentual é de 72% e nos Estados Unidos chega a 112%. Não há desculpa para a retenção de crédito. Esse cenário precisa mudar”.

Elementar meu caro senhor ministro…

Um dos pontos mais controversos da primeira semana útil deste 2015 foi o telefonema que o ministro do Trabalho, Manoel Dias, fez para executivos da Volkswagen na terça-feira, 6, para cobrar explicações sobre as oitocentas demissões que a empresa anunciou que faria em fevereiro para ajustar sua equipe produtiva na fábrica de São Bernardo do Campo, SP, à nova realidade.

Ora, senhor ministro, a explicação é elementar e até previsível. Refere-se diretamente à queda de 15,3% na produção brasileira de veículos em 2014 com relação ao ano anterior e que, ao menos em teoria, foi provocada, em grande parte, pela insegurança que a população demonstrou ao longo do o ano passado com relação ao futuro econômico do País.

No lado prático do balcão a realidade funciona mais ou menos assim: a população, insegura, foge das compras, a produção diminui em função disto e os trabalhadores das fábricas, sejam de qual setor da economia forem, ficam sem ter o que fazer nas linhas de produção e são dispensados. Simples assim! É cruel, mas é assim que acontece no mundo todo, não existindo nenhuma razão para ser diferente aqui.

E, neste caso da Volkswagen, a análise da situação é ainda um pouco mais complicada em razão de a empresa ter descontinuado, no ano passado, em São Bernardo, a produção do Gol geração 4 e da Kombi, dois importantes modelos que até agora não encontraram substitutos, nem nas linhas de produção nem no mercado.

De qualquer forma estes oitocentos trabalhadores, apesar de já estarem avisados, ainda não foram efetivamente demitidos e estão em regime de licença remunerada até o fim deste mês, o que abre espaço considerável para uma boa partida de xadrez que fatalmente será jogada pelo sindicato e pela empresa nas próximas semanas. A própria Anfavea chamou a atenção para isto na semana passada.

A posição do tabuleiro, hoje, é a seguinte: o sindicato afirma que a empresa desrespeitou acordo que previa estabilidade até 2016, acordo que tornou viável a produção do Polo destinado à exportação em São Bernardo do Campo. E a Volkswagen diz que aquele acordo foi assinado em outro ambiente de mercado, diz que hoje precisa equalizar seus custos e que as demissões somente estão ocorrendo em razão dos próprios operários terem recusado, em assembleia realizada em dezembro, um novo acordo negociado com o sindicato que previa novas regras, como PDV e congelamento de salários.

Se a pressão psicológica que será exercida de agora até o fim de janeiro é válida ou não é assunto para outra análise. Que isto é cruel, principalmente para as famílias envolvidas, ninguém pode questionar, mas também é inquestionável que as portas ainda estão todas totalmente abertas neste caso.

Mais preocupante, porém, do que estas primeiras demissões de 2015 é o fato de que, também de acordo com a Anfavea, o nível de emprego do setor automotivo caiu 8,9% numa comparação direta de 2014 com 2013. Ou seja: ao todo a indústria de veículos já enxugou de seus quadros mais de 14 mil trabalhadores ao longo do ano passado. E se somarmos estas oitocentas novas dispensas que poderão ocorrer na Volkswagen e mais as 160 já realizadas desde 2 de janeiro na Mercedes-Benz, também em São Bernardo do Campo, isto significa que quase 15 mil pessoas já perderam ou estão em vias de perder seus empregos no setor ao longo dos últimos treze meses.

E não para por aí. A própria Anfavea analisa que ainda existe excesso de contingente nas empresas montadoras de veículos. E como a projeção de produção mais provável para este ano é de empate com relação à de 2014, corremos o sério risco de ainda termos mais demissões ao longo deste ano.

Mais isto não é problema que afeta só o setor automotivo. Vejamos o caso do negócio jornalístico, por exemplo, no qual várias empresas – O Globo, O Estado de S. Paulo, Diário do Comércio, Folha de S. Paulo, Estado de Minas, TV Cultura e Editora Abril – vêm enxugando suas estruturas em algumas centenas de pessoas ao longo do último mês. A própria AutoData Editora foi obrigada a encerrar as atividades de sua sucursal no Rio Grande do Sul.

Outras atividades, principalmente no ramo industrial, estão encarando a mesma situação, fruto da queda generalizada da atividade econômica verificada ao longo dos últimos anos. Mas isto já é outro pepino para ser descascado pela nova equipe governamental para tentar honrar as promessas feitas durante a campanha eleitoral…

Vendas de motocicletas caíram 10% no atacado em 2014

Segundo dados divulgados pela Abraciclo na segunda-feira, 12, as vendas de motocicletas encerraram 2014 em queda de 10,2%, na comparação anual. De janeiro a dezembro foram comercializadas no atacado 1 milhão 430 mil unidades ante 1 milhão 592 mil um ano antes.

No varejo o resultado foi de 1 milhão 429 mil, baixa de 5,7% ante 2013, de 1 milhão 516 mil.

Apesar do resultado anual as vendas de dezembro fecharam em patamar positivo. No último mês de 2014 foram emplacadas 114,1 mil motocicletas, aumento de 4,3% em relação ao mesmo mês de 2013 e de 5% em relação a novembro.

O volume de produção atingiu a marca de 1 milhão 517 mil unidades no ano, volume 9,3% menor do que o registrado em 2013, quando saíram das linhas de montagem brasileiras 1 milhão 673 mil motocicletas.

Somente em dezembro foram fabricadas 84,8 mil motocicletas, uma evolução de 4,2% na comparação anual. Na relação com novembro o volume produzido caiu 30,3% – segundo a Abraciclo as férias coletivas explicam o decréscimo.

Em 2014 foram exportadas 88 mil motocicletas, queda de 16,8% na comparação anual. Apenas em dezembro as remessas ao Exterior somaram 6 mil unidades, em queda de 22,6% na comparação anual e avanço de 80,4% na relação com novembro.

Em nota o presidente da Abraciclo, Marcos Fermanian, afirmou que neste ano o setor poderá observar um ligeiro crescimento. “Mesmo diante do cenário de contenção e rigidez na economia brasileira o setor de duas rodas poderá registrar um pequeno crescimento nos negócios em 2015, já que o mercado não sofrerá os impactos de grandes eventos, como a Copa do Mundo e eleições.”

Ainda assim a Abraciclo projeta estabilidade em 2015, com números muito próximos aos registrados em 2014: a produção de motocicletas deve ficar em torno de 1 milhão 520 mil unidades, enquanto as vendas no atacado devem atingir 1 milhão 460 mil motocicletas e no varejo 1 milhão 470 mil.

A exceção fica por conta das exportações, que devem registrar novo recuo representativo, pelas expectativas da Abraciclo, para somente 55 mil unidades.

Planejamento de montadoras minimiza crise hídrica no setor automotivo

Há anos as montadoras promovem medidas e investimentos internos para minimizar sua dependência da água fornecida por companhias de saneamento. Seja por redução de custos ou real preocupação com o meio ambiente, ou ainda ambas, essas ações reduziram o consumo de água nas linhas de montagem e áreas administrativas e blindaram, de certa forma, as companhias de possíveis problemas em momento como o atual, de séria ameaça de falta deste recurso natural.

A princípio a restrição hídrica – termo cunhado por governantes para se referir a um eventual racionamento de água nos estados da região Sudeste – não é uma preocupação no chão de fábrica: nenhuma das quinze montadoras consultadas pela reportagem da Agência AutoData considera a eventualidade de interromper a produção devido a problemas no abastecimento hídrico. Mas nem por isso deixaram de intensificar as campanhas internas para a redução de consumo.

Em sua última coletiva à imprensa a Anfavea divulgou dados colhidos com suas associadas que indicam redução de 29% no uso de água por veículo produzido de 2008 a 2011, de 5,5 m³ para 3,9 m³. O presidente Luiz Moan estimou que esse índice provavelmente foi reduzido ainda mais de lá para cá e prometeu para breve a divulgação de dados mais atualizados.

Na Honda, por exemplo, toda a água de consumo usada nas áreas administrativas e banheiros vem de poços artesianos do terreno da fábrica de Sumaré, SP. A água de uso industrial é captada do rio Jaguari e retorna ao meio ambiente depois de passar pela Estação de Tratamento de Efluentes localizada nas dependências da companhia.

“Na área de pintura a água é usada, tratada e retorna ao processo”, explicou Otávio Mizikami, diretor de produção da fábrica. “Há anos a Honda incentiva o uso racional da água e nos últimos meses aumentamos as campanhas internas. Tomamos também pequenas medidas, como a instalação de novos hidrômetros que fazem aferimento individual do consumo da água e pudemos identificar possíveis economias em algumas áreas”.

Mizikami cita como exemplo a regulagem das torneiras automáticas do banheiro: a Honda identificou que poderia reduzir o tempo médio de abertura e fechamento da vazão da água e, com isso, evitar o desperdício. “São pequenas ações que, conjuntas, podem reduzir bastante o consumo.”

Por sua vez a Iveco adotou no primeiro trimestre do ano passado um sistema que permite reduzir pela metade o uso da água necessária para o pré-tratamento de cataforese na pintura em sua fábrica de Sete Lagoas, MG, gerando economia de mais de 23 mil m³ por ano – o equivalente a nove piscinas olímpicas. Os sprays, que antes usavam água virgem, agora são alimentados com água reutilizada do próprio processo, sem influenciar na qualidade.

Desde setembro os jardins da unidade são irrigados com água de reuso, que passam por tratamento de efluentes e geram uma economia de 17,7 mil m³ por ano. Outros 20 milhões de litros por ano são economizados a partir da adaptação de uma rede para retornar a água utilizada nos testes semanais do tanque de armazenamento de água industrial.

Em Sorocaba, SP, onde a Iveco opera um Centro de Distribuição de Peças, foram investidos R$ 1,5 milhão para instalar um sistema de reutilização de água. A economia chegou a 30% do consumo. Também foi instalado um sistema de captação e contenção das águas da chuva, com um tanque capaz de armazenar 6 milhões de litros.

“Ter uma estrutura sustentável nos projeta no mercado com valores ambientais e conceitos de responsabilidade que são essenciais e valorizados pelos nossos clientes. Hoje economizamos 47% de energia elétrica e investimos em uma estrutura de poços artesianos que garante autossuficiência do Centro de Distribuição de Peças, sem necessidade de contar com o abastecimento da rede pública. É assim que agregamos a responsabilidade ambiental em nossa rotina de trabalho”, disse o diretor de operações do centro, José Roberto Manis.

A fábrica da Fiat em Betim, MG, é praticamente autossuficiente, ao recircular 99% da água em sistema próprio de reuso. O Complexo de Tratamento de Efluentes Líquidos foi construído em 1998 e modernizado em 2010, combinando duas tecnologias que garantem a qualidade do processo: sistema de osmose reversa e de MBR, de membranas.

Cristiano Felix, gerente de meio ambiente, saúde e segurança do trabalho da FCA para a América Latina, explicou que a tecnologia MBR funciona como um filtro que deixa passar pelas membranas apenas água e alguns íons e moléculas de baixo peso, barrando resíduos sólidos e eventuais bactérias. A osmose reversa, por sua vez, funciona como uma membrana semipermeável que absorve o sal e componentes nocivos à saúde humana.

“Diariamente monitoramos os parâmetros do efluente tratado em um laboratório próprio, acreditado de acordo com as normas da ISO 17025, que faz o controle de todo o processo de tratamento para verificar sua eficiência e qualidade. Desde o ano passado investimos R$ 4 milhões para ampliar ainda mais esse índice de recírculo. Nosso objetivo é eliminar a captação da água da rede pública para uso industrial.”

Nas áreas administrativas e nos banheiros toda a água já vem da ETE. “Todos os banheiros da fábrica também possuem torneiras com sensores que controlam a saída de água, para economizar.”

O executivo revelou ainda que a companhia promoveu nas últimas semanas uma força-tarefa para reduzir perdas. “O resultado foi surpreendente: identificamos oportunidades que deverão economizar 10 milhões de litros de água por mês, equivalente ao consumo de 71,5 mil pessoas por dia.”

PRODUÇÃO GARANTIDA – O gerente da FCA não enxerga cenário de interrupção nas linhas de montagem por falta de água. Segundo ele as empresas que investiram em gestão hídrica com planejamento de longo prazo estão preparadas para enfrentar a situação atual.

“É o caso da Fiat. Encaramos a gestão hídrica como um investimento e não como custo, pois traz impactos diretos para a perenidade do negócio. Em 2010 investimos mais de R$ 12 milhões para melhorar o tratamento de nossos efluentes, ampliando o índice de água recirculada de 92% para 99%. No ano passado recuperamos esse investimento com a economia de toda a água que deixou de ser captada em quatro anos”.

Mizikami, da Honda, afirmou não ver risco de parada nesse momento e o mesmo ocorre na Scania: segundo porta-voz, “o uso de água da rede só é necessária quando o consumo é maior do que a capacidade dos poços artesianos. Estamos acompanhando de perto os desdobramento da crise hídrica e se houver necessidade de tomar alguma ação específica, estaremos preparados”.

O abastecimento na fábrica de São Bernardo do Campo, SP, acontece por meio de três poços artesianos que garantem a autonomia da produção, sem depender do fornecimento da rede. Além disso, a Scania possui três reservatórios e duas torres elevadas que garantem uma autonomia de até duas semanas, usando como base os níveis de produção de 2014.

Os processos de produção representam cerca de 27% da água consumida, enquanto 68% estão diretamente ligados ao consumo de utilidades, como restaurante, sanitários, etc. A diferença está na reserva nas tubulações e tanques subterrâneos, dentre outros. Em 2014 para cada veículo produzido a Scania consumiu cerca de 30% da água que era consumida em 1998.

ABCD PAULISTA – Berço da indústria automotiva brasileira, a região do ABCD, que concentra grandes fábricas de veículos, pode passar por racionamento de água nos próximos meses, segundo indicação do governo do Estado de São Paulo. Como as montadoras fazem a lição de casa há anos, não deverão sofrer muito impacto.

A Ford alcançou com dois anos de antecedência suas metas de redução global de consumo, estabelecida desde 2000. De lá até 2013 a companhia cortou em 61% o consumo em todo o planeta, ou mais de 10 bilhões de litros. A fábrica de São Bernardo do Campo contribuiu com a meta com medidas como a instalação de torneiras com fechamento automático nos banheiros e parte da água usada é captada por meio de poços artesianos. Agora a companhia estabeleceu redução de mais 2% para os próximos anos.

Segundo Rogelio Golfarb, vice-presidente de assuntos corporativos, a montadora busca constantemente soluções para reduzir o consumo. “Estamos estudando em caráter de urgência a instalação de um sistema completo de reuso da água na fábrica de São Bernardo do Campo. Atualmente algumas áreas já possuem esse sistema.”

A fábrica da Volkswagen Anchieta, também em São Bernardo do Campo, conta com uma parceria com a Sabesp em que a fábrica envia efluentes domésticos e industriais tratados à Estação de Tratamento de Efluentes do ABC, na região de São Caetano do Sul, SP. Lá, esses efluentes recebem um novo tratamento e a Sabesp, então, retorna parte deles às unidades industriais da região.

Por sua vez a Toyota recorda que foi condecorada com o prêmio Fiesp de Reuso e Conservação de Água, graças a medidas que garantiram economia de 41 mil m3 de água/ano em suas fábricas em São Bernardo do Campo, Sorocaba e Indaiatuba, ou o equivalente a cerca de 1,4 mil caminhões-pipa. De 2013 a 2014 a fabricante conseguiu diminuir, novamente, o índice de consumo de água de 2,81 m3/veículo para 2,12 m3/veículo.

A Mercedes-Benz informou que utiliza práticas de uso racional de água desde 2000. Essas medidas permitiram à empresa uma redução no consumo específico por veículo de cerca de 60% neste período, até 2014. A busca constante de alternativas para economia de água é meta corporativa.

Procurada, a General Motors informou em nota que “neste momento não comentará sobre o tema”.

SEM RISCOS – Instaladas na região sul-fluminense, MAN Latin America e Nissan não enfrentam problemas de abastecimento. Porta-voz da fabricante de caminhões afirmou que todo o abastecimento da unidade é feito por poços artesianos desde o início das instalações.

Com a fábrica inaugurada no ano passado, a Nissan informou que estuda medidas para se preparar caso surja algum problema. Sem revelar pormenores, porta-voz destacou que já existe em operação um sistema de reuso da água da unidade.

No Sul do País, a BMW afirmou que acompanha a situação hídrica nacional e seus possíveis desdobramentos. A fabricante de origem bávara garantiu que as operações produtivas em Araquari, SC, não sofrem qualquer impacto no momento.

Por sua vez a Audi afirmou que a crise hídrica não afetará os planos da companhia no Brasil. “O cronograma de produção da Audi no Brasil está mantido, com o início da produção do A3 Sedan no segundo semestre deste ano e do Q3 no primeiro semestre de 2016 em São José dos Pinhais”, informou em nota.

No Centro-Oeste, a Mitsubishi tem poços artesianos dentro da unidade em Catalão, GO. Segundo porta-voz a empresa faz uma série de campanhas de conscientização junto aos funcionários, além de contar com sistema de captação e armazenamento da água da chuva e estação de tratamento de efluentes industriais.

Também em Goiás a Hyundai Caoa, de Anápolis, informou contar com “estação de tratamento eficiente e que contribui significativamente para as necessidades diárias”.

De volta a São Paulo, âmago da crise hídrica, a Hyundai Motor Brasil informou que não há alteração no cenário de captação de água na fábrica de Piracicaba, SP, com relação ao ano passado. No processo produtivo o sistema de uso de água é, em sua maioria, do tipo fechado, ou seja: a mesma água captada circula pela fábrica, sem retornar ao meio ambiente.

Para outras atividades que demandam captação, a Hyundai reduziu praticamente a zero a coleta a partir do rio Piracicaba e passou a comprar água de outras fontes. Com essas medidas, a empresa não prevê redução do ritmo produtivo, operando regularmente em três turnos, de segunda a sexta-feira.

FORNECEDORES – As preocupações com a gestão do uso de água descem também os degraus da cadeia, vez que a interrupção de produção em algum fornecedor pode afetar diretamente a linha de montagem de uma montadora. Por isso as companhias trabalham em conjunto a fim de evitar esse catastrófico cenário.

Felix, da FCA, revela que a companhia realiza intenso trabalho para apoiar os fornecedores na melhoria da eficiência de suas fábricas e eliminar desperdícios. “A Universidade Fornecedores Fiat, criada em 2007, oferece uma gama variada de cursos sobre temas como qualidade, gestão ambiental, melhoria contínua, liderança, entre outros. A questão do uso racional dos recursos naturais é um tema bastante presente nos treinamentos”.

Mizikami, da Honda, ainda não identificou problemas com fornecedores, mas acompanha de perto os movimentos. “Se houver algum problema crítico chegaremos e proporemos, em parceria, uma solução conjunta.”

A Ford começou a solicitar aos seus fornecedores que fazem uso intensivo de água e trabalham em regiões de escassez para relatar seu consumo de forma voluntária. O objetivo é trabalhar em conjunto para obter reduções e difundir iniciativas de sucesso no mundo, ajudando a reduzir a pegada ambiental de toda a cadeia de produção.

ENERGIA – O desabastecimento das represas e a falta de chuva trouxe na esteira outra preocupação, talvez mais grave, ao setor: a possível falta de energia elétrica. Como o Brasil tem sua matriz energética predominantemente hidroelétrica, a dependência do regime de chuvas e do nível das represas é direta.

A Volkswagen investe há anos nas construções de PCH, Pequenas Centrais Hidroelétricas, que já proveem cerca de um quinto da energia total utilizada em todas as operações industriais, segundo informou a montadora. Uma fonte próxima à empresa, entretanto, revelou à Agência AutoData que a falta de chuvas reduziu esta capacidade de geração própria no momento.

Golfarb, da Ford, disse que a companhia também toma medidas para reduzir o consumo de energia da fábrica do Taboão, em São Bernardo do Campo, como processo em curso de substituição das lâmpadas fluorescentes por equipamentos LED, mais econômicos. “Com os cuidados em nosso planejamento não vemos risco da produção ser afetada por falta de água ou energia.”

Independente da atual situação dos reservatórios, as montadoras mostram estar preparadas para um eventual cenário de racionamento de água. Os pedidos de ajuda do setor atualmente não são para são Pedro: o desejo outro, o de retomada da economia e de retorno dos consumidores às concessionárias.