Ritmo de vendas desacelera no começo do ano

O ritmo do mercado desacelerou no começo do ano quando comparado com os volumes de vendas registrados em dezembro. De acordo com dados preliminares do Renavam obtidos pela Agência AutoData foram licenciados 123 mil 308 automóveis, comerciais leves, caminhões e ônibus até a quinta-feira, 15.

A média diária dos primeiros dez dias úteis de janeiro chegou a 12,3 mil emplacamentos, bem abaixo do ritmo registrado no mês passado, quando mais de 16 mil unidades foram licenciadas, em média, por dia útil. O volume é inferior também a período semelhante de 2014: na primeira quinzena de janeiro, com onze dias úteis, esta média superara as 14 mil unidades.

Segundo fonte ligada ao varejo consultada pela reportagem os estoques de veículos com IPI reduzido, produzidos e faturados ainda no ano passado, estão mantendo o volume das vendas nas concessionárias. O fluxo nas lojas está se mantendo graças, em boa parte, aos modelos ainda com imposto mais baixo em oferta, segundo a fonte.

A partir de segunda-feira, 19, começará boa parte da produção dos veículos ano-modelo 2015, que trarão reajuste de preço, recordou a fonte, vez que muitas montadoras retornam atividades e encerram as férias coletivas na data. As novas tabelas divulgadas pelas fábricas trazem majoração média de preço que varia de 3% a 5%, ressaltou.

Para o total de janeiro os varejistas projetam vendas de 270 mil a 280 mil unidades, volume inferior ao registrado no primeiro mês do ano passado, quando os emplacamentos chegaram a 312,6 mil veículos – melhor janeiro da história da indústria, puxado pela oferta de modelos mais baratos sem air bags e freios ABS. A retração, assim, pode chegar à casa dos dois dígitos.

Mantida a média apurada no começo do mês, porém, os emplacamentos alcançariam 258,3 mil veículos. Seria o mês com volume de vendas mais baixo desde março do ano passado, quando foram comercializadas 240,8 mil unidades.

A Anfavea projetou para 2015 manutenção dos volumes de venda de 2014, ou 3,5 milhões de unidades. Segundo o presidente Luiz Moan este ano não verá concentração de feriados e tampouco grandes eventos, como Copa do Mundo e as eleições, que afetaram a venda de veículos no ano passado. O executivo destacou também maior apetite dos bancos por liberação de crédito.

Já a Fenabrave apresentou projeção ligeiramente mais pessimista, de redução de 0,5% no total comercializado no País em 2015.

Vendas de veículos pesados caem 24% na Argentina

A queda dos segmentos de caminhões e chassis de ônibus no mercado argentino em 2014 foi inferior à retração geral das vendas. Segundo informações do Tiempo Motor, parceiro da Agência AutoData naquele país, com base nos dados da Acara, associação dos distribuidores de veículos da Argentina, foram licenciados 19 mil 920 veículos pesados ali no ano passado, recuo de 24% comparado com 2013.

Na mesma base de comparação os emplacamentos totais de veículos no país vizinho cederam 28,6%.

A Mercedes-Benz liderou o mercado de pesados na Argentina, tanto em caminhões quanto em chassis de ônibus. A participação de mercado da líder subiu de 33,2% em 2013 para 35% no ano passado, com 6,9 mil unidades somados os dois segmentos, queda de 20% com relação ao ano anterior.

A Iveco, vice-líder, registrou recuo de 32,2% e licenciou 4 mil 40 caminhões e ônibus na Argentina em 2014. Na terceira posição ficou a Ford, com 3,2 mil unidades emplacadas e queda de 9%.

A Man Latin America, com sua marca Volkswagen, líder no mercado brasileiro, conquistou a quarta posição na Argentina, com 1,8 mil unidades vendidas, em recuo de 20,7%.

O modelo mais vendido no mercado vizinho no ano passado foi um Iveco: o semipesado 170E, vendido no Brasil como Tector 170E. O modelo registrou mais de duas mil unidades comercializadas, queda de 34,3% com relação ao ano passado, mas suficiente para mantê-lo na primeira posição.

O também semipesado Ford Cargo 1722 foi o segundo modelo mais vendido no país vizinho, com 1,6 mil unidades licenciadas, seguido pelo Mercedes-Benz BMO 695, no Brasil comercializado como Atron 1634. Foram registradas 954 unidades.

Foi Mercedes-Benz também o chassi de ônibus mais comercializado no mercado argentino no ano passado: o OF 1418, com 871 unidades vendidas.

Truckvan quer aumentar produção de baús em 200% em 2015

Em março a Truckvan inaugurará sua quarta fábrica no Brasil. A fabricante de implementos rodoviários investe mais de R$ 10 milhões na expansão de seus negócios, com a construção de uma nova unidade produtiva de 5,7 mil m2 em Guarulhos, SP, próxima ao Aeroporto Internacional de Cumbica.

Em nota seu sócio-diretor, Alcides Braga, afirmou que a nova fábrica fará da empresa a maior fabricante de baús de alumínio do Brasil. “Aumentaremos nossa produção em 200%. Sairemos dos atuais trezentos baús por mês, a nossa capacidade limite atual, para 1 mil unidades.”

Para colocar esse aumento esperado de produção no mercado, Braga busca por novas oportunidades, tanto no mercado externo quanto no doméstico. Segundo ele a produção de cozinhas móveis ou food trucks, que invadem as cidades brasileiras, além de veículos de luxo para o setor de eventos, são segmentos que poderão demandar mais produtos.

A Truckvan completará este ano 23 anos de fundação. A empresa começou em como reformadora de baús de alumínio em um contêiner na Vila Guilherme, Zona Norte de São Paulo, em 1992.

“Éramos o Flavio Santini [outro sócio da empresa], um funcionário e eu no escritório e três pessoas na oficina. Em um ano já ampliamos para quinze os funcionários na oficina e seis no escritório.”

Além da unidade de Guarulhos que será inaugurada a Truckvan possui três outras fábricas: uma de 12 mil m2 no Parque Novo Mundo, Zona Norte de São Paulo, uma de 5,5 mil m2 na Rodovia Fernão Dias, que liga São Paulo a Belo Horizonte, e uma de 800 m2 em Guarulhos. Emprega 350 funcionários e faturou R$ 139 milhões em 2013.

GM concede lay-off para mais cem funcionários em São Caetano

A General Motors suspenderá temporariamente o contrato de mais cem trabalhadores da unidade de São Caetano do Sul, SP. O grupo ficará em regime de lay-off no período de 19 de janeiro a 9 de abril.

Os cem metalúrgicos se juntarão a outros 850 funcionários da montadora, que já estão afastados desde 10 de novembro e devem voltar ao trabalho em 11 de maio. Com o novo lay-off cerca de 9% da força de trabalho da unidade do ABC Paulista, que empresa cerca de 11 mil metalúrgicos, está afastada.

Em nota a GM informou que “está notificando os cem empregados da unidade de São Caetano do Sul que estarão em lay-off de 19 de janeiro a 9 de abril de 2015, conforme acordo firmado com o sindicato desde outubro do ano passado, com o intuito de ajustar a produção à demanda do mercado”.

Durante o período de afastamento os trabalhadores terão parte dos salários custeados pelo Fundo de Amparo ao Trabalhador, o FAT, e o restante será pago pela própria montadora. No decorrer do lay-off os funcionários farão curso de qualificação profissional no Senai.

Segundo porta-voz do Sindicato dos Metalúrgicos de São Caetano do Sul a adoção da suspensão temporária de contrato de trabalho “mostra o compromisso da empresa em não realizar demissões apesar do período turbulento na indústria automotiva”.

Durante as negociações do afastamento do novo grupo também foi acordado o valor da segunda parcela da PLR, Participação nos Lucros e Resultados. As metas de 2014 foram reduzidas em 24 mil veículos, praticamente um mês de produção. Segundo o sindicato as férias coletivas e o lay-off justificam a produção menor.

Com o novo acordo os trabalhadores da unidade atingiram as metas estabelecidas pela montadora e receberão neste mês a segunda parcela do benefício, no valor de R$ 5,8 mil. Somada à primeira, de R$ 7,5 mil, paga em junho, a PLR chega a R$ 13,3 mil. Na unidade são produzidos os modelos Cruze, Spin, Montana e Cobalt.

Além do lay-off em São Caetano a GM também usa o mecanismo na unidade de São José dos Campos, SP. No interior paulista 930 empregados estão afastados desde 8 de setembro de 2014, com previsão de retorno ao trabalho apenas em 7 de fevereiro.

Volkswagen – Por sua vez a greve na Volkswagen chegou ao décimo dia na quinta-feira, 15, sem nenhum avanço concreto nas negociações. O Sindicato dos Metalúrgicos do ABC se reuniu com a montadora na tarde de quarta-feira, 14, com o objetivo de tentar reverter as oitocentas demissões anunciadas no início do mês.

Este foi o segundo encontro da semana que terminou sem acordo.

Terceira reunião foi agendada para a tarde de quinta-feira, 15, e os trabalhadores serão informados sobre eventuais avanços em uma assembleia na entrada do primeiro turno da sexta-feira, 16, às 6h. A reunião das duas partes com o Ministro do Trabalho e Emprego, Manoel Dias, agendada para quarta-feira, 14, em São Paulo, foi cancelada e ainda não tem nova data. O ministro se dispôs a mediar as negociações.

Na manhã de quinta-feira, 15, houve princípio de tumulto na unidade Anchieta. Segundo o sindicato cerca de sete mil trabalhadores em greve se deslocaram até o prédio da presidência, onde funcionários do setor administrativo trabalhavam normalmente, e tentaram adentrar o recinto. Dezenas de seguranças tentaram impedir a ação, mas depois de alguns minutos os trabalhadores entraram e convenceram os demais a aderir à paralisação. Ainda de acordo com o sindicato a adesão ao movimento foi de 100% na quinta-feira.

Procurada, a Volkswagen optou por não comentar o episódio.

Mesmo em queda, Brasil ainda é terceiro maior mercado global da GM

As vendas da General Motors no Brasil registraram no ano passado queda de quase 11%, de acordo com balanço global da montadora revelado na quarta-feira, 14. Ainda assim, com 579 mil unidades, o País manteve com folga a condição de terceiro maior mercado do Grupo no mundo – distante dos dois primeiros, China e Estados Unidos, e bem à frente do quarto e quinto colocados, Reino Unido e Canadá.

Entretanto, destes, o Brasil foi o único a registrar retração em 2014. Na China as vendas da GM cresceram 12%, nos Estados Unidos 5,3%, no Reino Unido 1,2% e no Canadá 6,3%.

No total as vendas globais da GM bateram novo recorde no ano passado, o segundo consecutivo – e indicação de que a maciça convocação de recalls pela fabricante no ano passado não abalou a confiança dos consumidores em seus produtos.

Foram 9 milhões 925 mil unidades de todas as marcas General Motors comercializadas em todo o mundo no ano passado, 2% acima do resultado alcançado em 2013, que fora igualmente o melhor até então.

Na América do Norte os índices subiram 6%, para 3,4 milhões de unidades – 2 milhões 935 mil apenas nos Estados Unidos. Na China alcançaram 3,5 milhões, sendo 717 mil modelos da marca Chevrolet, volume recorde. O marco também alcançado no país asiático por Cadillac, Buick, Wuling e Baojun.

Na América do Sul o resultado GM foi negativo em 15,3%, para 878 mil unidades.

No Reino Unido o volume total do Grupo alcançou 304,7 mil unidades e no Canadá 250 mil.

Participação dos importados deve recuar em 2015

A participação de veículos importados nos licenciamentos totais no País deve recuar ainda mais em 2015. A avaliação é do presidente da Anfavea, Luiz Moan, que estima que o índice fique em cerca de 16% neste ano.

“O câmbio é um dos principais fatores para essa estimativa. Prevemos uma cotação de R$ 3,10 para o final deste ano, taxa que não é convidativa para as importações de veículos.”

Além disso, Moan pondera que algumas relevantes importadoras passarão a produzir localmente em 2015 – ou terão seu primeiro ano cheio de fabricação local. É o caso da Jeep, Chery, Audi e BMW. “Isso reduz matematicamente a parcela dos importados e repassa os volumes para produção local. É um cenário positivo quando observado por este ponto de vista.”

Caso confirmada a previsão de Moan devem ser importados cerca de 560 mil veículos neste ano. O montante é baseado na projeção da própria Anfavea, que fala em estabilidade nos licenciamentos ante 2014 e vendas de 3 milhões 498 mil veículos neste ano.

Em 2014 o volume de veículos trazidos de fora do País respondeu por 17,6% do mercado total, o menor índice verificado nos últimos cinco anos – em 2009 o patamar foi de 15,6%.

Segundo dados da Anfavea em volumes foram importados 614,8 mil automóveis e comerciais leves, 2 mil caminhões e 69 ônibus. O montante de 617 mil unidades foi 12,7% menor do que o apurado em 2013.

No auge das importações, em 2011, os veículos importados responderam por fatia de 23,6% e 858 mil unidades chegaram ao País. Porém, com o aumento da alíquota do IPI em trinta pontos porcentuais a participação dos importados só recuou: 20,9% em 2012 e 18,8% em 2013, até chegar aos atuais 17,6% em 2014.

VW e sindicato prosseguem em negociação por demissões no ABC

Depois da passeata que reuniu cerca de vinte mil trabalhadores em protesto contra oitocentas demissões na Volkswagen de São Bernardo do Campo, SP, na segunda-feira, 12, a montadora alemã contatou o Sindicato dos Metalúrgicos do ABC para uma nova rodada de negociações que começou na terça-feira, 13.

De acordo com porta-voz do sindicato a primeira reunião terminou sem acordo e um novo encontro foi agendado para a tarde de quarta-feira, 14.

Em nota o secretário-geral do sindicato, Wagner Santana, considerou que mesmo sem qualquer resultado concreto a retomada das negociações pode ser considerada como positiva. Mas deixou claro que “as conversas só avançarão para uma proposta depois que empresa aceitar reverter as demissões”.

Por sua vez a Volkswagen afirmou, em comunicado, que foi procurada “por autoridades representantes dos governos federal, estadual e municipal” para retomada das negociações com o sindicato. “Sempre aberta ao diálogo e na busca de uma solução balanceada, a companhia confirma que retomou as reuniões com a entidade que representa os trabalhadores com vistas a estabelecer condições para um futuro sólido e sustentável para a unidade Anchieta.”

O encontro das duas partes com o Ministro do Trabalho e Emprego, Manoel Dias, inicialmente previsto para a quarta-feira, 14, em São Paulo, foi desmarcado. O ministro propôs-se a mediar o diálogo da empresa com o sindicato e, de acordo com porta-voz do ministério, nova data para o encontro será agendada nos próximos dias.

A greve na Volkswagen Anchieta completou na quarta-feira, 14, nove dias corridos e, segundo o sindicato, cerca de 10,5 mil veículos deixaram de ser produzidos ali neste período. Todos os funcionários da unidade foram orientados pelo sindicato a comparecer diariamente à fábrica durante o horário do primeiro turno, que começa às 6h. Segundo porta-voz do sindicato “desta forma a comunicação com os metalúrgicos fica mais fácil, uma vez que estão sendo realizadas assembleias diárias para prestar contas sobre o andamento das negociações”.

Gefco expande receita com novos negócios em 50%

Mesmo com o cenário negativo da indústria automotiva do ano passado, quando os principais clientes reduziram seus volumes, a operadora logística Gefco conseguiu expandir em 50% seu faturamento com novos negócios em 2014 no Brasil. Com novos contratos e investimento na área comercial a empresa pavimentou a estrada para os próximos anos que, segundo aposta seu diretor comercial e de marketing Alex Feijolo, serão de mais crescimento.

“Não vejo como não crescer novamente este ano”, assegurou o executivo em entrevista exclusiva à Agência AutoData. “Fechamos dois grandes contratos no ano passado, com Valeo e CNHi, que darão maior retorno agora. O com a CNHi foi assinado nos últimos meses de 2014 e terá impacto na receita deste ano.”

A Gefco ainda tem como principal cliente global a PSA Peugeot Citroën, por quem era controlada até 2012, quando 75% de suas ações foram negociadas. No Brasil cerca de 40% da receita da companhia vem dos serviços para a montadora. “Nosso crescimento de 50% desconta os valores com a PSA. No total, recuamos um pouco.”

Mas o resultado é relevante dentro da estratégia da Gefco, de diversificar cada vez mais seus negócios. Passo importante para cumprir essa meta está sendo dado com a construção de uma plataforma em Guaíba, RS, onde serão oferecidos todos os serviços da companhia para potenciais clientes. O investimento chega a R$ 33 milhões e deverá gerar 360 empregos diretos.

Atualmente as operações da empresa estão concentradas em Porto Real, RJ, onde divide espaço com a PSA Peugeot Citroën. “A operação é da montadora e assim, apenas usamos o espaço e precisamos de autorização para atender outros clientes ali. Já em Guaíba a área será 100% Gefco.”

Dentre os serviços que a operadora oferecerá na nova plataforma destaca-se a chamada Industrialização de Importados. “Podemos, por exemplo, instalar sistemas de exaustão mais adaptados à realidade brasileira, ou fazer pequenas adaptações. Já fazemos isso em Porto Real e em Guaíba teremos maior liberdade.”

Enquanto segue o investimento a operadora logística busca novos clientes. A Foton, fabricante de caminhões que constrói fábrica na mesma cidade – e em terreno próximo – surge como parceiro natural, mas ainda não há acordo fechado. Segundo Feijolo, entretanto, as conversas já começaram:

“Ainda não há nada definido, estamos negociando. Há muitos novos competidores chegando ao mercado, alguns já clientes da empresa no Exterior, que surgem como oportunidade”.

Com relação ao mercado geral o executivo entende que 2015 será um ano desafiador para a indústria. “De todo modo haverá procura por nossos negócios: quando o mercado está em alta temos demanda para ajudar na capacidade, e quando em baixa para auxiliarmos na redução de custos.”

Além do segmento automotivo, onde há expertise, a Gefco busca ampliar a participação em outras áreas. Segundo Feijolo a empresa começará a procurar clientes em óleo e gás e em cargas de projeto – aquelas de alta dimensão e tonelagem.

O objetivo é ampliar a participação do Brasil nos negócios globais. Em 2013 o faturamento mundial chegou a € 4 bilhões e as operações locais contribuíram com 3% a 4% deste valor. “O Brasil está no coração da estratégia de diversificação de negócios da Gefco. Somos fortes na Europa e agora buscamos crescer na Ásia e na América Latina.”

1.0: Dezembro marca melhor resultado de vendas em 30 meses.

Os veículos equipados com motor 1.0 tiveram em dezembro seu melhor mês de vendas de 2014. Segundo dados da Anfavea, o patamar de participação chegou a 42,7% da comercialização de automóveis no País – não se via um índice tão alto desde junho de 2012, há trinta meses, quando chegou a 43,6%.

Um dos motivos para esta retomada está no lançamento de modelos de entrada equipados com motores 1 litro mais modernos, em especial os de três cilindros, no decorrer do ano passado. Estão na lista o Volkswagen Up! – oferecido exclusivamente com esta configuração de motor – e Ford Ka. Além disso reforçaram o segmento no ano passado novas versões de Fiat Uno, Renault Sandero e Nissan March.

Outro motivo é o preço dos veículos do segmento de entrada, vez que os modelos 1.0 tiveram durante 2014 a maior faixa de desconto do IPI, com alíquota reduzida de 7% para 4%.

Em janeiro o índice de vendas dos modelos 1.0 era de 37,8% e, apesar de alguns decréscimos ao longo do ano, o segmento foi ganhando força até atingir o patamar de dezembro.

No ano passado 40% dos veículos vendidos no Brasil, ou pouco mais de um milhão de unidades, possuíam motorização 1.0. O volume é praticamente estável ao verificado em 2013, 39,9%, e assim interrompeu sequência de queda observada nos últimos cinco anos: em 2009 os 1.0 responderam por 52,7% dos automóveis licenciados no País, índice que caiu para 50,8% em 2010, para 45,2% em 2011 e 41,7% em 2012 até chegar aos 39,9% de 2013.

Observando-se a série histórica o resultado de 2014 é exatamente o mesmo verificado em 1994, de 40%. Há vinte anos este tipo de modelo começava de fato a ser relevante nos números de venda no País.

De acordo com Luiz Moan, presidente da Anfavea, o patamar de 40% deve manter-se nos próximos anos. “É um porcentual saudável para o mercado e a oferta de veículos de entrada deve permanecer como uma fatia relevante.”

A faixa de veículos dotados de motores acima de 1.0 foi de 59,3% no último ano, apresentando decréscimo de 0,2 pontos porcentuais na comparação anual. Já os modelos com motores acima de 2 litros responderam por uma fatia de 0,7%, em alta de 0,1 p.p. ante o resultado de 2013.

Meritor e MWM International promovem mudanças no marketing

Meritor e MWM International anunciaram na quarta-feira, 14, mudanças em seus departamentos de marketing no Brasil.

Na sistemista, uma das principais fornecedoras de eixos e sistemas para drivetrain de veículos comerciais, Mário Morelli passa a dirigir o departamento de vendas e marketing na divisão OEM, instalada em Osasco, SP, além de dar continuidade às suas atividades como diretor da unidade de negócios Aftermarket.

A Meritor, em comunicado, acrescentou que com a alteração irá se reportar ao executivo o time formado por Osmar Silva, gerente sênior de vendas, Luís Marques, gerente de marketing e vendas, Leandro Carvalho, gerente de estratégia e produto, Stefan Schaeffer, gerente de contas líder, todos da unidade OEM, além de Marcelo Rosa, gerente comercial, produto e assistência técnica, e Flávio Farias, supervisor de operações, ambos da unidade Aftermarket.

A empresa informa ainda que José Manoel Fernandes, outrora responsável pela direção do departamento de marketing e vendas da unidade de Osasco, encerra ciclo profissional de mais de 33 anos na Meritor e passa a atuar como consultor com foco principal para o mercado de reposição, “apoiando plano estratégico de crescimento desta unidade de negócios”.

Por sua vez a MWM International, fabricante de motores diesel parte do Grupo Navistar, nomeou Rodrigo Kanno como seu novo gerente de marketing.

O executivo passa a ser responsável pelas áreas de comunicação, inteligência de mercado, eventos, identidade corporativa e propriedade intelectual das divisões de motores e peças de reposição, reportando-se diretamente a Thomas Püschel, diretor de vendas e marketing.

Ele é publicitário, graduado em Comunicação Social com MBA em Marketing e pós-graduado em Gestão de Negócios. Ingressou na MWM International em 2001, após passagens por empresas de diversos segmentos, incluindo o mercado publicitário.