AutoData realiza seminário para discutir nacionalização de peças

Alguns dos principais problemas criados pela atual conjuntura econômica e política brasileira, bem como das principais dificuldades que estão sendo enfrentadas em termos de negócios pelas diversas empresas do setor automotivo nacional, principalmente nos assuntos diretamente ligados à administração da produção e compras, serão amplamente discutidos no Seminário Compras Automotivas, A Hora e a Vez da Nacionalização, que a AutoData Editora promoverá na próxima segunda-feira, 16 de março, em São Paulo.

Um dos pontos que já se sabe terá grande importância na estratégia do setor automotivo neste ano é nacionalização de componentes. Isto porque, seja em função do Inovar-Auto ou em razão da variação cambial, com o dólar já sendo comercializado próximo a R$ 3,10, as empresas do setor, sejam elas montadoras ou fornecedores, não terão outra alternativa que não seja aumentar – e muito – o índice de nacionalização de seus produtos.

“Entender as necessidades e políticas que serão empreendidas ao longo do ano neste sentido será, portanto, imprescindível para os executivos que trabalham ou tem negócios com o setor poderem planejar suas estratégias futuras de comercialização e produção, principalmente neste atual momento do Brasil”, afirma Paulo Fagundes, editor de seminários da AutoData Editora.

Mostrar um pouco da visão das principais empresas brasileiras a respeito deste importante problema é um dos grandes objetivos deste evento de AutoData. Neste sentido, para analisar a necessidade de nacionalização de componentes de suas empresas, o evento contará com as presenças já confirmadas de Antônio Filosa, diretor de Compras para América Latina da Fiat Chrysler; Fred Roldan, Diretor de Supply Chain da General Motors; Erodes Berbetz, diretor de compras da Mercedes-Benz; e Celso Placeres, diretor de engenharia de manufatura da Volkswagen.

Além disso, também farão parte do seminário alguns dos mais importantes sistemistas para, desta vez, mostrarem sua posição como compradores. Estarão presentes Besaliel Botelho, presidente da Bosch; Luiz Corrallo, presidente da Delphi; Nelson Fonseca, presidente da Truck Bus; e Tarcisio Costa, diretor de gestão de materiais na região América do Sul da ZF.

Também serão discutidos os problemas advindos das matérias primas importadas, por meio de painel de debates formado por Marcelo Leonessa, vice-presidente de Compras da Basf, Roberto Fernando Ruoppolo, diretor de equipamento original da Pirelli e Marcos Curti, diretor geral da Rodhia.

A situação prática dos fornecedores do chamado Tier 2 também será discutida, com a participação especial de Maurício Muramoto, ex-presidente do Grupo Continental e atual diretor da Delóite Consultoria. Já a visão de futuro, tanto do setor de autopeças como da própria produção de veículos, será levada aos participantes respectivamente pelos presidentes do Sindipeças e da Anfavea, Paulo Butori e Luiz Moan.

O Seminário Compras Automotivas, a Hora e a Vez da Nacionalização, acontecerá em São Paulo na próxima segunda-feira, dia 16 de março, no Milenium Centro de Convenções, na Zona Sul de São Paulo. As inscrições ainda podem ser feitas pelo telefone 11 5189.8938 ou pelo e-mail vpaula@autodata.com.br.

Dois funcionários GM disputam a presidência do Sindicato de São José dos Campos

Cerca de 42 mil trabalhadores representados pelo Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos irão às urnas em 24 e 25 de fevereiro para eleger os representantes da diretoria da entidade até 2018. Conhecido por seu histórico combativo, com destaque para as ações ligadas à unidade local da General Motors, a eleição será disputada por duas chapas, de situação e oposição.

Ambas são encabeçadas por funcionários da montadora, que é a companhia que mais emprega na região.

A Chapa 1 tem o atual presidente, Antônio Ferreira de Barros, o Macapá, candidato à reeleição. Ele é ligado à Conlutas. A Chapa 2 tem Agnaldo Rodolfo do Santos como candidato à presidência, ligado à CUT e CTB.

Na última eleição, organizada em 2012, a chapa vencedora perdeu dentro da GM, a principal companhia do quadro associativo – são mais de 1 mil 340 empresas de São José dos Campos, Jacareí, Caçapava, Santa Branca e Igaratá representadas pelo sindicato, todas com o mesmo peso na contagem dos votos. Segundo integrantes da chapa concorrente na ocasião, mais de 70% dos votos dos sindicalizados da GM foram para a oposição.

Os embates da GM com o sindicato costumam ser acirrados. A unidade ficou praticamente de fora do último ciclo de aplicações da companhia, recebendo apenas a produção dos utilitários S10 e TrailBlazer – antes eram produzidos lá Classic, Corsa, Meriva, Zafira, modelos com alto volume de produção e vendas, em linha de montagem de veículos leves hoje desativada.

Há cerca de dois anos a GM negociou com a prefeitura e o governo do Estado possível aporte de R$ 2,5 bilhões em investimento na unidade para a produção de um novo modelo, mas o anúncio formal da tomada da decisão jamais ocorreu – a montadora alega comumente ajustes no projeto.

Atualmente cerca de oitocentos trabalhadores da fábrica de São José dos Campos estão com seus contratos de trabalho suspensos, em lay off. De acordo com o sindicato eles deveriam ter retornado ao trabalho na segunda-feira, 9, mas a volta às atividades foi adiada: reunião na quarta-feira, 11, quando um PDV aberto pela companhia será encerrado, decidirá a questão. Há assembleia com os metalúrgicos agendada para quinta-feira, 12.

O sindicato de São José dos Campos representa ainda os metalúrgicos da Chery, instalada na vizinha Jacareí.

Fiat se torna a maior fabricante do Brasil

A indústria automotiva brasileira tem nova líder em produção: em 2014 a Fiat superou a Volkswagen em volume de veículos fabricados, de acordo com dados publicados no Anuário da Indústria Automobilística Brasileira, editado pela Anfavea.

De Betim, onde está a fábrica mineira da Fiat, saíram das linhas de montagem 675,4 mil automóveis e comerciais leves no ano passado, volume 10,7% inferior ao de 2013. As fábricas da VW – Anchieta, em São Bernardo do Campo, SP, Taubaté, SP, e São José dos Pinhais, PR – produziram 596,5 mil veículos, queda de 21,6% na mesma base de comparação.

Desde 2004 a Volkswagen era a maior montadora do País. Um ano antes o título pertenceu à General Motors, que produziu 511,5 mil veículos naquela ocasião ante 441,2 mil VW. Nos anos seguintes, muito impulsionada pelas exportações, a fabricante do Gol e Fox, dois dos modelos mais exportados do País, ficou no topo em volume de produção.

Em 2010 a Volkswagen chegou a produzir mais de 1 milhão de veículos, recorde absoluto. Em quatro anos o volume de automóveis e comerciais leves que saiu das linhas de montagem das três fábricas da companhia de origem alemã caiu 44%. Embora tenha perdido vendas domésticas no período, foram as exportações que mais prejudicaram o volume produtivo da companhia: caíram de 392,5 mil unidades em 2010 para 92,3 mil unidades em 2014, redução de 76,4%.

A Fiat, nova líder em produção, também perdeu volumes de exportação no mesmo período: em 2010 mandou para o Exterior 66,7 mil unidades enquanto no ano passado os embarques de veículos a partir de Betim somaram 43,5 mil.

Com o resultado a Fiat comemora tríplice coroa em 2014: foi a líder em vendas, em produção e também a marca do modelo mais comercializado no mercado brasileiro, o Palio.

EXCEÇÕES – O ritmo das fábricas de praticamente todas as montadoras foi reduzido no ano passado. As exceções foram três que recém-inauguraram suas unidades produtivas: Hyundai, que começou a produzir em Piracicaba, SP, em 2013, meses antes da Toyota inaugurar sua fábrica de Sorocaba, SP, e a Nissan, cuja produção em Resende, RJ, deu início em abril de 2014.

A Hyundai – somam-se os números de produção da Hyundai-Caoa de Anápolis, GO – produziu 209,4 mil veículos no ano passado, incremento de 4% sobre 2013. A Toyota elevou a produção em 23,8% no período, para 160,5 mil unidades, e a Nissan produziu 21,8% mais, ou 32,7 mil unidades.

A Honda não cresceu, mas caiu pouco na comparação com a concorrência: 5,8%, para 127,2 mil veículos.

Terceira maior fabricante do País, a GM produziu 14,4% menos veículos no ano passado, ou 582,6 mil unidades. A Ford reduziu a produção em 26%, para 246,4 mil unidades, em um ano de transição – parou de produzir o Fiesta Rocam em Camaçari, BA, para colocar nas linhas o Novo Ka.

A Renault, que em 2013 inaugurou a expansão da capacidade produtiva de sua fábrica de São José dos Pinhais, PR, reduziu em 22,3% o volume de produção no ano passado, de 282,6 mil veículos para 219,5 mil unidades. A PSA Peugeot Citroën também recém ampliou a sua linha de montagem em Porto Real, RJ, e teve volume produtivo encolhido em 36,4% no ano passado.

Toyota troca carretas por navios com novo centro de distribuição em PE

O novo centro de distribuição de veículos da Toyota em Pernambuco, que entrará em operação em 2016, visa a tornar mais ágil a distribuição de veículos fabricados na Argentina nas áreas do Norte e Nordeste do País e aumentar a previsibilidade dos concessionários da região. A avaliação é de Ricardo Bastos, gerente geral de relações públicas e governamentais da Toyota.

Em entrevista exclusiva à Agência AutoData, o executivo afirmou que a Região Nordeste já representa 20% das vendas da montadora no País, o que demanda uma adaptação logística – além da unidade de Zárate, na Argentina, as duas fábricas da montadora no Brasil estão instaladas no Interior de São Paulo, em Indaiatuba e Sorocaba.

No mês passado a montadora anunciou investimento de R$ 15 milhões no novo centro de distribuição. O complexo ficará localizado próximo ao Porto de Suape, em área de 50 mil metros quadrados, com capacidade para receber até 30 mil unidades por ano. A previsão de início de atividades é o primeiro trimestre de 2016.

Bastos explica que atualmente os veículos fabricados na Argentina, os utilitários Hilux e SW4, chegam às concessionárias do Nordeste a partir do centro de distribuição de Guaíba, RS, por meio de carretas que percorrem centenas de quilômetros. “É uma viagem muito longa e fica difícil mensurar prazos em decorrência da qualidade nas estradas. Algumas vezes isso afeta o trabalho dos concessionários.”

E não é só essa viagem: para chegar até Guaíba os veículos já percorreram 1,2 mil quilômetros em carretas vindas da Argentina. Com o novo centro de distribuição o modal de transporte será alterado: de carretas para navios. Isso porque quando a unidade de Pernambuco começar a funcionar os veículos serão enviados diretamente do Porto de Buenos Aires até o Porto de Suape.

Bastos disse que a montadora sempre preferiu o transporte rodoviário para tornar mais ágil a remessa de lotes, uma vez que os navios precisam de uma lotação mínima para deixar o porto enquanto as carretas transportam quantidades bem menores. “Porém as condições das estradas e o risco do transporte começaram a pesar nos custos dessa equação.”

O centro de Pernambuco também fará a distribuição dos veículos produzidos no Brasil, Corolla e Etios, para os concessionários da marca nas Regiões Norte e Nordeste. Estes ainda seguirão em carretas a partir de São Paulo, mas não mais diretamente até as revendas.

Na ocasião do anúncio do novo centro logístico o presidente da Toyota, Koji Kondo, ressaltou a que “o Nordeste é extremamente importante para os negócios da montadora do Brasil, sendo uma das regiões onde foi registrado o maior crescimento em vendas em 2014” – 15% em comparação com 2013.

Produção de veículos recua 29% na Argentina em janeiro

A produção de veículos apresentou declínio de 29,1% na Argentina em janeiro na comparação com o mesmo mês de 2014. Segundo dados divulgados pela associação das fabricantes daquele país, a Adefa, saíram das linhas de montagem locais 25,6 mil unidades no primeiro mês de 2015.

Em relação a dezembro de 2014, quando foram produzidas 40,6 mil unidades, a queda foi de 36,9%.

De acordo com a associação a queda no volume pode ser justificada pelas férias coletivas na maioria das montadoras em janeiro: de onze fabricantes, dez iniciaram o ano com os funcionários afastados.

Em comunicado a brasileira Isela Costantini, presidente da Adefa, afirmou que as paradas de produção para férias coletivas e questões de sazonalidade dominaram os números de janeiro.

“É prematuro fazer projeções”, considerou a dirigente. “Para fazer uma análise mais precisa sobre o comportamento e desempenho esperado para o ano é necessário aguardar o final do primeiro trimestre.”

No último mês 34,1 mil veículos foram vendidos no atacado, para as concessionárias, baixa de 27% em relação ao mesmo período de 2014 e 17,5% abaixo de dezembro.

Já as vendas no varejo caíram 39,7% em janeiro na comparação anual. Foram comercializadas 65,5 mil unidades ante 108,7 mil no mesmo mês de 2014.

As exportações do último mês somaram apenas 7,6 mil unidades, ou 61,1% abaixo dos 19,5 mil veículos enviados ao exterior em janeiro de 2014 e queda ainda mais representativa, de 73,8%, em comparação com o desempenho de dezembro.

Ainda na nota Costantini enfatizou o compromisso da organização na busca de mecanismos para contribuir de maneira eficaz para a “melhoria contínua da competitividade e no estreitamento de relação com os principais parceiros estratégicos, como Brasil e México”.

Nova diretoria da SAE Brasil toma posse

Eliminar gargalos para enfrentar a acirrada competitividade global: este será um dos principais pontos de atenção de Frank Sowade, diretor da unidade de produção Anchieta da Volkswagen, à frente da SAE no biênio 2015-2016.

Em cerimônia oficial realizada sexta-feira, 6, na Capital paulista, o engenheiro assumiu a presidência da associação, sucedendo a Ricardo Reimer, presidente do Grupo Schaeffler.

Apesar do período de baixa na atividade industrial automotiva o executivo se diz otimista e mira avanços na manufatura:

“Trazemos plataformas globais, reduzimos a diferença de produto que tínhamos [frente ao Exterior]. Agora precisamos elevar o corpo técnico também para o nível global. A manufatura já está perto do nível internacional e, em alguns casos, já o alcançou. Os processos produtivos avançam e essa velocidade tem de ser cada vez maior”.

William Bertagni, vice- presidente de engenharia de produtos da General Motors na América do Sul, assumiu a vice-presidência da SAE.

MAN e Delphi criam novo sistema de dimensionamento elétrico

Faróis, lanternas e outras partes do complexo arsenal elétrico dos veículos já podem ser testados antes mesmo do primeiro protótipo do modelo ficar pronto. A tecnologia já está disponível no laboratório da Delphi em Jambeiro, SP, na esteira do Inovar-Auto.

O primeiro teste foi na versão 2015 do VW Delivery: mais de mil pontos de medição das áreas interna e externa do caminhão foram avaliados em bancada ligada a computadores.

Segundo Gastão Rachou, vice-presidente de engenharia, estratégia do produto e gerenciamento de portfólio da montadora, os testes podem reduzir em 10% os custos de novos projetos e certamente vão se estender a outras famílias dos modelos VW e MAN:

“Com o sistema é possível desenvolver a parte elétrica de um modelo com máximo desempenho, custo reduzido e antecipação de possíveis problemas”.

Rachou revela que foram necessários dois anos de estudo conjunto da MAN e da Delphi para adequar os sistemas. “As condições são fundamentadas nas relações de demanda versus capacidade, que permitem identificar ociosidade no uso de energia, em materiais da arquitetura elétrica e simular curtos-circuitos em todos os pontos para avaliar o grau de proteção e segurança do chassi”.

Produção de motocicletas cai 16,7% em janeiro

A produção de motocicletas caiu 16,7% em janeiro segundo dados da Abraciclo divulgados na sexta-feira, 6. Saíram das linhas de montagem da Zona Franca de Manaus, no Amazonas, 122 mil 37 motocicletas ante 146 mil 477 unidades no primeiro mês do ano passado. Com relação a dezembro houve avanço de 44%, explicado pelas férias coletivas promovidas pelas fabricantes no último mês de 2014.

As vendas no atacado registraram leve avanço de 0,4% no mês passado, na comparação com janeiro de 2014, para 114,1 mil veículos. Com relação a dezembro houve queda de 8,7%.

Em nota o presidente da Abraciclo, Marcos Fermanian, demonstrou otimismo apesar do resultado negativo na produção e manteve sua perspectiva de estabilidade com relação ao ano passado.

“Janeiro é sempre atípico, devido ao período de férias: os fabricantes aproveitaram o começo do ano para ajustar os estoques nas fábricas e nas redes. Na nossa avaliação as medidas anunciadas no fim do ano passado, em especial a alteração na lei de retomada do bem em financiamentos, deverão gerar um impacto positivo no setor de duas rodas”.

As exportações recuaram 73,8%, para 2,1 mil unidades. A associação, porém, já considerava o recuo em suas projeções, muito devido à situação do mercado argentino, principal destino das motocicletas exportadas do Brasil.

Hyundai e Renault, disputa cada vez mais acirrada pelo quinto posto

Nenhuma das dez marcas mais vendidas no mercado brasileiro de automóveis e comerciais leves conseguiu registrar resultado melhor, nem mesmo igual, ao de janeiro do ano passado. Da líder Fiat à décima colocada Mitsubishi, todas apresentaram queda nos licenciamentos na comparação com um ano atrás.

As vendas de automóveis e comerciais leves caíram 18,6% no mês passado, para 244,3 mil unidades. Fiat, Renault e Volkswagen registraram queda superior à média do mercado, perdendo participação. Ainda assim a fabricante de Betim, MG, manteve a ponta com 20,3% das vendas de janeiro, mesmo com redução de 21,2% nos licenciamentos, para 49,7 mil unidades.

A VW, que em janeiro de 2014 era a segunda mais vendida, caiu 28,6%, para 39,5 mil veículos, e foi superada pela General Motors no mês passado. A nova vice-líder registrou retração de 13%, com 46,9 mil veículos comercializados.

A Ford apresentou queda de 15,2% nos licenciamentos, fechando janeiro com 24,9 mil unidades vendidas e 10,2% de participação.

Para a Renault a redução de 29,1%, a maior dentre as dez primeiras, custou a quinta posição no ranking: foi superada pela Hyundai, cuja queda foi de 3,6%. A fabricante do HB20 registrou 17,6 mil unidades enquanto a montadora com fábrica em São José dos Pinhais, PR, teve 15,4 mil licenciamentos.

No fechamento do ano passado a Renault já ficara à frente da Hyundai, no quinto posto, por apenas 16 unidades no acumulado dos doze meses.

Dentre as dez mais vendidas a queda menos acentuada foi da Toyota, que teve 2,6% de retração. A empresa que recentemente anunciou investimento para aumentar a capacidade de produção do Etios em Sorocaba, SP, teve 12,5 mil unidades vendidas e fechou o mês com 5,1% de participação e mercado.

A Honda, oitava mais vendida, registrou queda de 7,5% nas vendas, para 10 mil unidades, enquanto a Nissan, nona no ranking, viu suas vendas reduzirem 4,8%, para 6 mil veículos. Completa o ranking a Mitsubishi, que mesmo com queda de 12,4% nos emplacamentos ficou à frente de Citroën e Peugeot, com 5 mil unidades comercializadas no mês passado.

Anfir: queda de 34,4% nas vendas de janeiro.

A indústria de implementos rodoviários registrou retração de 34,4% em janeiro, com apenas 8,3 mil unidades licenciadas. Há um ano as fabricantes tiveram 12,6 mil produtos emplacados, de acordo com dados divulgados pela Anfir, a associação que representa o setor.

Para Alcides Braga, presidente da Anfir, o resultado indica que o ano poderá ser difícil para a indústria produtora de implementos rodoviários. Em nota o empresário estimou queda de 5% a 10% nas vendas do setor, “salvo se surgirem medidas que venham dar suporte à tão ansiada retomada dos negócios”.

Segundo ele as decisões da nova equipe econômica do governo ainda não deverão produzir resultados concretos que levem a indústria ao crescimento. “Não conseguimos não imaginar que o ano será mais ativo economicamente”.

A queda foi mais acentuada no segmento pesado, de reboques e semirreboques. Foram comercializadas 2,2 mil unidades, redução de 54,2% com relação a janeiro do ano passado. No segmento de leves, carroceria sobre chassis, a queda foi de 22%, para 6 mil unidades.