A General Motors prorrogou por mais três meses o lay-off de 819 trabalhadores da unidade de São Caetano do Sul. O grupo deveria retornar ao trabalho na sexta-feira, 10.
Em nota a montadora afirmou que o novo período foi negociado com o sindicato local e que agora os metalúrgicos voltarão ao trabalho em 9 de junho. Ainda segundo a GM “a medida tem como objetivo ajustar a produção à atual demanda do mercado”.
A montadora arcará com todas as despesas trabalhistas dos metalúrgicos durante a extensão do lay-off. Isso porque o Fundo de Amparo ao Trabalhador, FAT, do Governo Federal, auxilia as companhias em um período máximo de cinco meses – como o grupo já está afastado desde novembro de 2014, este limite já foi excedido.
O Sindicato dos Metalúrgicos de São Caetano do Sul, em comunicado, afirmou considerar que o lay-off não é favorável aos trabalhadores, mas que em momentos de retração do mercado, como o atual, é uma solução temporária que protege os empregos.
Para reduzir a mão-de-obra excedente a GM já abriu dois programas de demissão voluntaria, PDV, neste ano – um dele incluía até um veículo Prisma no pacote de benefícios. A companhia não informa o número de adesões.
MERCEDES-BENZ – Enquanto isso em São Bernardo do Campo, SP, a Mercedes-Benz ampliou o prazo para adesão ao PDV na unidade até 27 de abril. Originalmente o programa vigoraria até a sexta-feira, 10.
Este é o segundo PDV realizado na unidade neste ano.
Em nota a companhia afirmou que “o mercado de veículos comerciais no Brasil está retraído desde 2014 e a queda nas vendas se acentuou no primeiro trimestre deste ano. Como consequência, toda a indústria tem hoje excesso de pessoas em suas unidades fabris”.
Como atrativo para adesão ao PDV a M-B oferece pagamento de R$ 28,5 mil independentemente do tempo de trabalho, que se somam aos direitos rescisórios. Os funcionários que estão em lay-off e aderirem ao PDV ainda terão um bônus adicional de R$ 11,5 mil. Um grupo de 715 metalúrgicos está afastado na unidade, com previsão de retorno para 30 de abril.