Para evitar demissões a General Motors fez proposta ao Sindicato dos Metalúrgicos de São Caetano de colocar 900 trabalhadores em regime de lay-off por cinco meses na unidade no ABC. Os trabalhadores analisavam a medida em assembleia realizada na tarde de quinta-feira, 14, mas até o início da noite ainda não havia resultado da votação.
Procurada, a General Motors não comentou o assunto.
De acordo com o sindicato dos 900 trabalhadores que entrariam em lay-off a partir de segunda-feira, 18, 386 já estão em licença remunerada e outros 514 funcionários teriam o contrato de trabalho suspenso pela primeira vez.
A proposta da montadora foi acertada com o sindicato depois de uma reunião que durou cerca de seis horas na quarta-feira, 13. Atualmente a unidade da GM tem 1,3 mil funcionários afastados, sendo 467 em licença remunerada e 854 em lay-off. Com as novas suspensões de contrato de trabalho, o número deve chegar a 1,8 mil. Porém, o prazo do lay-off da primeira leva de empregados se encerrará no dia 9 de junho.
Segundo o sindicato a GM já informou que não renovará o lay-off do primeiro grupo e as duas frentes buscam saídas para evitar demissões.
Volvo – A greve na Volvo em Curitiba, PR, chegou ao quinto dia na quinta-feira, 14. Segundo porta-voz do Sindicato dos Metalúrgicos da Grande Curitiba não houve avanço nas negociações e uma nova assembleia está marcada apenas para segunda-feira, 18.
O porta-voz disse ainda que o sindicato enviou uma carta à montadora solicitando a retomada urgente das negociações, mas até o início da noite não havia nenhuma resposta por parte da Volvo.
O impasse começou na última semana quando a montadora notificou o sindicato que encerrará o segundo turno da produção de caminhões, o que acarretará em um excedente de 600 funcionários na unidade.
Para que não haja demissões a Volvo sugeriu uma PLR 50% menor e reajuste salarial baseado na inflação, sem aumento real – em contrapartida a empresa manteria o nível de emprego até 31 de dezembro.
Os trabalhadores sindicalizados da unidade, cerca de 40% da força de trabalho, rejeitaram a proposta da companhia em votação secreta realizada na terça-feira, 12. Na ocasião a Volvo reiterou que manterá a proposta.