GM e VW brigarão até dezembro pela vice-liderança

Nova alteração no ranking de automóveis e comerciais leves registrou o fechamento das vendas de novembro: a General Motors superou a Volkswagen e assumiu a vice-liderança, abrindo cinco mil unidades de vantagem no acumulado do ano – as duas, portanto, disputarão palmo a palmo o posto de segunda colocada do ranking no último mês do ano. De janeiro a novembro foram licenciados 520,6 unidades Chevrolet ante 515,5 mil VW: participação de 17,5% e 17,3%, respectivamente.

No entanto o resultado das duas marcas é inferior ao registrado no mesmo período de 2013. As vendas da GM caíram 11,6% e as da VW 14,8%: ambas, assim, além da média do mercado de leves, que cedeu 8,2% nos onze primeiros meses do ano.

O mesmo ocorreu com a líder de mercado, Fiat, que viu suas vendas recuarem 9,5% no período, para 631,2 mil veículos. Ainda assim a marca possui 21,2% do mercado, o que lhe dá margem tranquila para comemorar mais um ano à frente.

A Ford, quarta colocada no ranking, caiu 13%, para 272,2 mil veículos, e ficou com 9% das vendas.

Hyundai, Toyota e Mitsubishi seguem trajetória oposta à do mercado: as vendas destas três montadoras cresceram 10,7%, 7,9% e 1%, respectivamente. A Hyundai ocupa a quinta colocação do mercado, à frente da Renault, a Toyota a sétima e a Mitsubishi a décima – deixando assim as duas marcas da PSA, Peugeot e Citroën, novamente fora do top-10.

Vendas de importados caem mais do que as de nacionais

Enquanto o mercado de veículos nacionais registra queda de 8,4% nas vendas de janeiro a novembro o segmento de importados acumula números mais negativos. Segundo dados divulgados pela Abeifa na sexta-feira, 5, a retração no acumulado do ano chega a 15,6%.

Os emplacamentos das associadas Abeifa somaram 86 mil 648 unidades ante 102 mil 719 no mesmo período de 2013.

Em comunicado o presidente da Abeifa, Marcel Visconde, considerou que 2014 será um ano de resultados negativos porque a recuperação esperada no segundo semestre não ocorreu. “Ressaltamos que há necessidade de ações concretas e mais efetivas por parte do governo para 2015. É necessário recuperar a confiança dos distintos agentes que movem a economia, como investidores estrangeiros, indústrias, setor de serviços e, também, dos consumidores.”

As 28 marcas representadas pela Abeifa emplacaram 7 mil 603 veículos em novembro, volume 14% menor na comparação anual.

Por marcas a Kia obteve o melhor resultado em novembro, com 1 mil 827 unidades licenciadas, queda de 19% ante o mesmo mês de 2013. A BMW foi a segunda com 1 mil 244 veículos, em alta de 2%. A Chery aparece na terceira posição com 853 unidades e retração de 15,4%.

Implementos registram leve melhora nas vendas em novembro

As vendas de implementos rodoviários acumuladas de janeiro a novembro apresentaram recuo de 10,2%, segundo dados divulgados pela Anfir na quinta-feira, 4. As empresas do setor comercializaram 144 mil 722 unidades nos onze meses de 2014 ante 161 mil 286 um ano antes.

Na relação com o resultado anterior, de janeiro a outubro, houve uma ligeira melhora: o último acumulado contabilizava queda de 10,9% nas vendas. Porém, em comunicado, o presidente da Anfir, Alcides Braga, considerou que a redução no porcentual de queda é muito pequena para indicar alguma reação do mercado.

Para ele, “estatisticamente essa alteração não representa melhora no desempenho dos negócios do setor”.

O segmento de reboques e semirreboques, a chamada linha pesada, teve queda de 18,4% de janeiro a novembro. Foram entregues 51 mil 445 unidades neste ano ante 63 mil 038 no mesmo período de 2013. Na linha leve, de carrocerias sobre chassis, a queda foi de 5% na comparação anual, com 93 mil 277 produtos comercializados.

Em nota a Anfir defendeu rápida definição da política de juros e da parcela financiável de implementos rodoviários para PSI Finame, de preferência ainda em 2014.

Braga admitiu, na nota, adoção de política de financiamento intermediária: “Poderia ser adotada a extensão do atual programa até 31 de março, por exemplo, de maneira a dar mais tempo à nova equipe para analisar o programa e seus efeitos no mercado. Dessa forma os negócios não sofreriam paralisia”.

Feliz ano novo!

Estamos quase todos retornando ao trabalho após um curto e merecido descanso de 15 dias. E voltamos já com algumas boas notícias. A primeira delas é que finalmente o difícil 2014 ficou para trás oficialmente na semana passada e estamos iniciando uma nova temporada de boas aventuras.

A segunda boa notícia – e aqui tomo a liberdade de copiar na cara de pau o que foi dito por meu sócio S Stéfani na abertura do Prêmio AutoData, em novembro – é que o carnaval acontecerá em fevereiro e não em março, como aconteceu no ano passado, não teremos copa do mundo em junho e também não seremos obrigados a escolher presidente novo em dois turnos em outubro. Ou seja: teremos o ano inteiro para trabalhar e nem os tais dos onze feriados prolongados previstos para este 2015 irão atrapalhar tanto quanto estes três eventos atrapalharam todo 2014.

Tenho a virtude – ou defeito, dependendo do ponto de vista – de ser um eterno otimista. Acredito no Brasil e acho realmente que ainda teremos um lugar de destaque no mundo no futuro, independente de quais forem os rumos políticos que seguirmos.

E nesta minha visão de futuro positiva incluo este nosso setor automotivo brasileiro. Tenho a certeza que ninguém tirará do Brasil este posto já alcançado de ser um dos maiores mercados e bases produtivas de veículos de todo o mundo. Em 2014 até que tentaram, mas mesmo assim, fechamos o ano como o quinto maior mercado mundial – algumas dezenas de milhares de unidades atrás da Alemanha, o quarto – e sétimo ou oitavo maior produtor. Pormenor importante: se estivéssemos na Europa, teríamos sido o segundo maior mercado daquele continente.

Para este 2015 ainda não vejo razão para mudar a projeção da maioria dos executivos da nossa indústria feita no Congresso AutoData Perspectivas, em outubro. Ou seja: teremos um ano muito parecido com o que vimos em 2014 tanto em termos de produção como de vendas. E isto em termos de negócios não será nada ruim, vez que a grande maioria das empresas já se reestruturou ao longo dos últimos seis meses para trabalhar com este cenário, digamos, um pouco mais modesto.

E um pouco mais à frente, lá em 2016 ou 2017, a volta do ciclo de crescimento regular em patamar muito mais sustentado. Neste ponto nunca é demais lembrar que, segundo estudos recentemente divulgados pela Anfavea, o mercado brasileiro ainda deverá dobrar de tamanho nos próximos 20 anos, chegando próximo da faixa dos sete milhões de veículos vendidos anualmente. Vai demorar um pouco, mas vamos chegar lá…

No curto prazo, nestes três primeiros meses, alguns pormenores importantes deverão ser acompanhados com atenção. O nível do estoque de caminhões nas concessionárias e nos pátios das montadoras, por exemplo, irá determinar o ritmo da produção deste tipo de veículo ao longo de todo o ano. O preço do dólar também deve ser acompanhado de perto, pois se continuar alto fatalmente provocará uma corrida de nacionalização de componentes.

E, é lógico – e não menos emocionante –, temos que ficar atentos aos primeiro passos do novo trio da economia nacional. Se eles não atrapalharem muito tenho certeza que teremos um ano positivo…

Ônibus: projeção é fechar 2014 em 27,5 mil chassis vendidos.

As vendas de ônibus fecharam novembro em 2 mil 340 emplacamentos, queda de 15% ante os 2 mil 752 registrados no mesmo mês do ano passado.

De acordo com números da Anfavea revelados quinta-feira, 4, o comparativo com os 2 mil 883 chassis comercializados em outubro, melhor mês do ano até aqui, resulta em queda de 18,8%.

No acumulado até novembro as vendas somam 25 mil 208 unidades, baixa de 15,2% em relação às 29 mil 725 comercializadas no ano passado.

De acordo com volume anualizado, mesmo sem sinais de recuperação, as vendas de chassis de ônibus deverão fechar 2014 dentro das estimativas da Anfavea, que são de 27,5 mil entregas.

Produção – Todos os comparativos do volume de chassis de ônibus produzidos este ano são negativos. Em novembro saíram das linhas 1 mil 844 veículos, baixa de 44,4% ante 3 mil 315 unidades do mesmo mês do ano passado.

No acumulado foram produzidos 32 mil 334 chassis, 15,9% abaixo dos 38 mil 466 em período equivalente de 2013.
Em exportações o cenário é também negativo: 662 ônibus embarcaram em novembro, 38,6% menos que os 1 mil 78 no ano passado. No acumulado as vendas ao Exterior somam 6 mil 134 unidades, 30,5% abaixo das 8 mil 829 do mesmo intervalo de 2013.

Incertezas derrubam vendas de máquinas

As vendas domésticas de máquinas agrícolas e rodoviárias caíram 12,5% em novembro comparadas com o mesmo mês do ano passado. Dados divulgados pela Anfavea na quinta-feira, 4, indicam que 5,3 mil tratores, máquinas e colheitadeiras foram comercializados, volume que ainda foi 21% menor do que em outubro.

Segundo Ana Helena de Andrade, vice-presidente da Anfavea, a queda na confiança do agricultor diante das incertezas que envolvem os programas de financiamento destinados ao setor prejudicaram o resultado do mês passado.

“Não estão definidas as futuras taxas do Moderfrota, apesar da garantia de sua permanência durante a safra. Tradicionalmente há demanda forte por colheitadeiras em novembro e dezembro, além dos primeiros três meses do ano, mas esse fato ainda não ocorreu neste ano. Aguardamos para muito em breve essas definições.”

No acumulado do ano foram vendidas 64,4 mil máquinas agrícolas e rodoviárias, redução de 16,6% na demanda do mesmo período de 2013.

Nos últimos doze meses as vendas de máquinas alcançaram 70,4 mil unidades. A projeção da Anfavea para o ano é de 73 mil unidades, queda de 12% com relação a 2013, resultado que deverá ser alcançado ou ficar muito próximo.

O impacto do mercado também é sentido na produção: em novembro saíram das linhas de montagem 6,4 mil unidades, queda de 22,4% com relação ao mesmo mês do ano passado e de 20% na comparação com outubro. No acumulado do ano as vendas somam 78,7 mil unidades, queda de 16,2%.

As exportações seguem a mesma trajetória: foram 1,1 mil embarques em novembro, queda de 16,6% na comparação com novembro de 2013 e de 15,5% com outubro. No acumulado são 13 mil embarques, retração de 10,2%.

Brasil tentará reduzir importância da Argentina nas exportações

Depender menos das exportações para a Argentina é um dos objetivos da Anfavea para o próximo ano. Segundo Luiz Moan, presidente da associação, o país vizinho ainda responde por cerca de 65% a 70% das remessas de veículos brasileiros. “É um número que não nos agrada e buscamos outras possibilidades de forma a reduzir essa dependência.”

Dentre as ações previstas está a renovação do acordo comercial com o México. Na última semana representantes da associação estiveram naquele país e uma nova reunião será realizada em janeiro. “O acordo atual expira em março de 2015, mas queremos resolver essa questão antes disso.”

A Colômbia também é outro país que interessa às montadoras instaladas no Brasil. Na próxima semana a Anfavea enviará representes para uma nova rodada de negociações com a iniciativa privada colombiana, em busca de acordo que será apresentado aos governos das duas nações. “As perspectivas são muito boas.”

Alguns países africanos também estão na lista de destinos em estudo pela Anfavea, especialmente para a exportação de máquinas agrícolas e rodoviárias. “Em um segundo momento tentaremos iniciar conversas para caminhões.”

Enquanto a dependência da Argentina ainda prevalece as exportações voltaram a cair em novembro. Segundo dados da Anfavea divulgados na quinta-feira, 4, o volume das transações ficou em US$ 916,2 milhões no último mês, queda de 30,7% na comparação anual e de 2,5% em relação a outubro.

Foram enviados ao exterior 25,9 mil veículos em novembro, baixa de 42,6% em relação ao mesmo mês de 2013. As máquinas agrícolas e rodoviárias também viram seus volumes de remessa encolherem 16,6% no comparativo, para 1,1 mil unidades.

No acumulado do ano foram exportados US$ 10,7 bilhões, em queda de 30% na comparação anual.

Caminhões devem fechar 2014 em 133 mil unidades vendidas

As vendas de caminhões alcançaram 12 mil 159 unidades em novembro, alta de 4,4% em relação às 11 mil 641 registradas em novembro do ano passado.

Segundo números revelados pela Anfavea quinta-feira, 4, embora o resultado tenha se mantido estável frente aos 12 mil 172 licenciamentos de outubro, a média diária subiu 15% de um mês para outro, passando de 529 para 608 unidades.

No acumulado até novembro o mercado nacional de caminhões absorveu 123 mil 378 unidades, 12% abaixo dos 140 mil 129 emplacamentos realizados em período equivalente de 2013.

Ainda assim o resultado pode ser considerado positivo, vez que sinaliza confirmação da atual projeção da associação para o segmento, de 133 mil licenciamentos para o ano. O volume alçaria o mercado de caminhões de 2014 ao quinto melhor da história.

Luiz Carlos Moraes, vice-presidente da Anfavea, evitou projeções para o próximo ano: “As incertezas nos impedem de fazer qualquer previsão. É preciso o governo divulgue, além das taxas de juros do Finame PSI 2015, quais serão suas condições”.

Sobre uma taxa ideal, Moraes considerou ser “aquela que mantiver o programa ao longo de todo o próximo ano. Com a Selic a 11,75% há um descolamento da atual taxa, de 6%, que se torna impraticável. Por isso subir o índice aos poucos seria uma opção. Seja qual for a decisão, pedimos ao BNDES sua divulgação o mais rápido possível. O mercado precisa de previsibilidade e é nisso que insistimos”.

De acordo com Moraes o projeto de renovação de frota para o segmento, outro pleito do setor, já avançou junto ao BNDES. “A instituição apoia uma linha para novos e outra para usados dentro do programa. As taxas de cada uma dependerão daquelas praticadas pelo Finame PSI.”

O executivo revelou também que há estudo para que a aquisição do caminhão usado, com mais de trinta anos, seja revertida em créditos tributários de R$ 20 mil a R$ 40 mil, ainda que como sucata o valor do veículo gire em torno de R$ 1,5 mil. “É preciso que haja um fator indutor ao consumo.”

Produção – 11 mil 778 caminhões foram produzidos em novembro, baixa de 20% ante os 14 mil 752 no mesmo mês do ano passado.

No acumulado 136 mil 261 veículos saíram das linhas, queda de 24% ante os 179 mil 741 no mesmo período do ano passado.

As exportações também estão em curva decrescente: embarcaram em novembro 1 mil 560 caminhões, queda de 33,4% ante o mesmo mês de 2013, com 2 mil 341 unidades. No acumulado anual 16 mil 891 veículos foram vendidos ao Exterior, 26,7% abaixo dos 23 mil 58 no ano passado.

Novembro registrou a maior média diária do ano em vendas

A média diária de vendas em novembro atingiu o maior patamar do ano, com 14 mil 734 unidades. O índice finalmente superou aquele registrado em janeiro, o mais elevado até então, com 13 mil 737 veículos comercializados por dia útil. Naquela ocasião, entretanto, houve estímulo devido a veículos sem air bag e freios ABS, oferecidos com valores reduzidos na rede de concessionárias.

Segundo Luiz Moan, presidente da Anfavea, o número de novembro confirma a tendência de recuperação esperada para o segundo semestre. “No segundo período do ano as vendas estão 5,7% maiores do que as verificadas no primeiro semestre.”

Contudo, apesar da média diária alta as vendas mensais somaram 294,7 mil unidades em novembro, em queda de 2,7% na comparação anual e de 4% ante outubro. Isso porque o último mês teve vinte dias úteis, desconsiderando o feriado da Consciência Negra, que fechou concessionárias em cerca de 1 mil cidades do País, ante 23 em outubro.

Moan atribuiu o bom desempenho diário de novembro ao aumento de crédito disponível para financiamentos depois das medidas de estímulo anunciadas pelo Banco Central no fim de agosto. Segundo ele o volume liberado no último mês foi 13,9% maior do que antes das medidas e 63% dos veículos 0 KM foram financiados, ante 61,2% do período anterior ao incentivo do governo.

“A maioria dos bancos já reformulou seus contratos e as novas normas já estão valendo. É o início concreto da retomada.”

As vendas acumuladas do ano ainda apresentam recuo de 8,4%, com 3,1 milhões de veículos comercializados ante 3,4 milhões há um ano. Em outubro o índice fechou em 8,9% e, em setembro, 9,1%.

Já a taxa anualizada de vendas apresenta retração de 7,7%: nos últimos doze meses foram licenciados 3,48 milhões de veículos ante 3,77 milhões de unidades no período imediatamente anterior.

Perspectivas – Segundo Moan a recomposição da alíquota do IPI a partir de janeiro já está confirmada: “O governo bateu o martelo”. A taxação dos veículos com motor 1 litro retorna ao patamar de 7% – quatro pontos acima do atual –, e nas contas da Anfavea os veículos poderão sofrer reajuste de até 4,5% nos preços de venda. “Cada montadora decidirá se realizará ou não o repasse.”

A associação divulgará as projeções para 2015 apenas em janeiro. Entretanto o dirigente deu pistas do que está por vir: “Se vendermos em 2015 a mesma média mensal registrada de julho a novembro deste ano, de 293 mil unidades, chegaremos a 3,5 milhões de unidades e superaremos os números de 2014”.

Produção cai quase 10% em busca de ajuste de estoques

Menos dias úteis e a necessidade de readequação dos estoques derrubaram a produção automotiva em novembro. Segundo dados divulgados pela Anfavea na quinta-feira, 4, saíram das linhas de montagem 264,8 mil veículos, queda de 9,7% com relação ao mesmo mês do ano passado.

Por coincidência a produção automotiva de novembro de 2013 foi idêntica à de outubro deste ano: 293,3 mil veículos. Portanto a queda na comparação com o mês passado também foi de 9,7%.

Luiz Moan, presidente da Anfavea, afirmou que a redução no ritmo das linhas já era esperada: “O estoque fechou outubro em níveis elevados e era preciso uma readequação. Só existem duas maneiras de fazer isso – elevando as vendas ou reduzindo a produção”.

Como as vendas não cresceram reduzir o ritmo das linhas foi a alternativa encontrada pelas montadoras para evitar que os estoques chegassem a níveis ainda maiores. Ainda assim, eles subiram: ao fim de novembro havia 414,3 mil unidades nos pátios das montadoras e da rede de distribuição ante 413,4 mil registradas no fim de outubro. O volume é suficiente para abastecer 42 dias de vendas no ritmo atual do mercado.

No acumulado do ano foram produzidos 2,9 milhões de automóveis, comerciais leves, caminhões e chassis de ônibus, queda de 15,5% com relação ao período de janeiro a novembro do ano passado.

Deixaram de ser produzidos 539,1 mil veículos de janeiro a novembro ante mesmo intervalo de 2013. Além do mercado em baixa houve também redução nas exportações, especialmente pelo encolhimento do mercado argentino neste ano – o país vizinho e parceiro de Mercosul é o principal cliente dos automóveis e comerciais leves produzidos no País.

Nos últimos doze meses foram produzidos 3,2 milhões de veículos, abaixo da projeção da Anfavea de 3 milhões 339 mil unidades para o ano, que representaria queda de 10% na comparação anual.

Os empregos da indústria ficaram estáveis com relação a outubro, com redução de pouco mais de oitocentos postos de trabalho. As montadoras de automóveis, caminhões, chassis de ônibus e máquinas agrícolas e rodoviárias empregam agora 146 mil 165 pessoas.

Desde o começo do ano foram cortados 10,7 mil postos de trabalho. Nenhum, entretanto, ocorreu por demissão, garantiu Moan: “Foram pedidos de afastamento, adesão a PDVs [Programas de Demissão Voluntária], encerramento de contratos temporários, aposentadorias ou acordos com sindicatos. Nos comprometemos com o governo a não demitir ninguém e estamos cumprindo esse acordo”.