Produção de caminhões retorna aos níveis de 1999

A produção de caminhões alcançou em maio 6 mil 169 unidades, menor volume para o mês desde 1999, quando saíram das linhas brasileiras 4 mil 752 veículos.

Segundo dados da Anfavea revelados segunda-feira, 8, a queda produtiva em relação a maio de 2014 é de 51,4%, quando foram feitos 12 mil 695 caminhões.

No acumulado anual a produção de caminhões totaliza 36 mil 346 unidades, tombo de 46,4% na comparação com as 67 mil 803 no mesmo período de 2014.

Luiz Moan, presidente da Anfavea, comentou que o desempenho do setor ficou aquém do esperado. “A baixa nos índices de confiança do empresário e do consumidor afetaram drasticamente as vendas. O ajuste fiscal não foi concluído, o que impacta esse cenário.”

Também as vendas retrocederam a níveis antigos. Segundo Moan, o mercado de caminhões deste maio foi o menor desde o mesmo mês em 2003, quando os licenciamentos totalizaram 5 mil 722 unidades.

Em relação aos 5 mil 790 caminhões comercializados em abril, porém, há leve alta de 3,9%.

Nos cinco primeiros meses do ano os emplacamentos somaram 31 mil 114 unidades, decréscimo de 42,4% ante os 54 mil 55 no mesmo período de 2014.

O segmento mais afetado é o de caminhões pesados. Com 7 mil 625 licenciamentos, encolheu 62% no acumulado do ano na comparação com os 20 mil 49 vendidos até maio de 2014.

Os semileves, por sua vez, caíram 5,4%, com 1 mil 565 vendas neste ano e 1 mil 654 no ano passado, menor baixa dentre os caminhões.

Já as exportações são um alento. Em maio, isoladamente, as vendas ao Exterior totalizaram 2 mil 154 caminhões, alta de 35,5% em relação às 1 mil 590 do mesmo mês em 2014.

De janeiro a maio embarcaram 8 mil 212 unidades, alta de 5,9% frente às 7 mil 752 do ano passado.

Exportações crescem em maio e superam US$ 1,2 bilhão no mês

Em contraste com os demais indicadores do setor automotivo as vendas externas tiveram desempenho positivo em maio, com 40,7 mil unidades embarcadas, crescimento de 16,5% em relação às 34,9 mil do mesmo mês de 2014 e de 41,7% comparativamente às 28,7 mil de abril. As exportações atingiram em maio US$ 1 bilhão 262 milhões, o maior valor desde novembro de 2013, quando chegaram a US$ 1 bilhão 323 milhões.

Ao divulgar os dados na segunda-feira, 8, o presidente da Anfavea, Luiz Moan, disse que vários fatores contribuíram para o desempenho positivo na área externa. Dentre eles a desvalorização do real frente ao dólar e a prorrogação do acordo com o México, mercado que está aquecido e, com isso, tem favorecido novos negócios:

“O novo acordo, com duração de três anos, foi assinado em março e com previsibilidade fica mais fácil trabalhar. No comparativo de maio deste ano com idêntico mês de 2014 as vendas para o México cresceram 75%, passando de 10,7 mil para 18,8 mil unidades”.

De acordo com Moan vários acordos bilaterais estão sendo negociados no momento pelo governo brasileiro. A renovação do tratado com a Argentina deve sair em breve e estão em andamento acertos com o Equador e Colômbia, assim como também com o Peru. “No que diz respeito à União Europeia a posição do governo brasileiro é clara. A ideia é colocar uma proposta do Mercosul, o que deve ocorrer dentro dos próximos trinta dias, e negociar como um bloco.”

Também deverá ajudar nos negócios do setor o Plano Nacional de Exportações, que trará medidas de incentivos para a indústria brasileira como um todo e está sendo aguardado para breve, segundo Moan: “Acreditamos que sua divulgação ocorrerá ainda este mês”.

Até maio – No acumulado dos primeiros cinco meses a indústria automotiva brasileira exportou 149 mil 280 veículos, o que representou alta de 3% sobre as 144 mil 869 unidades embarcadas no mesmo período do ano passado. Em valores totalizaram US$ 4 bilhões 529 milhões de janeiro a maior, valor que ficou 12,1% abaixo do registrado em idêntico período de 2014 [US$ 5 bilhões 150 milhões].

O contraste do desempenho positivo em unidades com o negativo em valores decorre da mudança do mix de exportação do setor. De acordo com o presidente da Anfavea, as vendas externas de automóveis crescem enquanto as de caminhões e máquinas agrícolas caem, o que gera tal distorção: “Os pesados têm maior valor unitário e por isso o decréscimo de suas vendas tem maior peso na receita”.

Em maio, de qualquer forma, foi expressivo o desempenho das exportações em valor. O total de US$ 1 bilhões 262 milhões representou crescimento de 50,9% em relação a abril [US$ 836,1 milhões] e de 12,6% no comparativo com maio do ano passado [US$ 1 bilhão 120 milhões].

Ao contrário das previsões para o mercado interno, que foram revistas para baixo, por enquanto a Anfavea mantém a previsão de crescimento nas exportações em torno de 1% tanto em unidades como em valores.

Com resultado “aquém do esperado”, maio tem vendas 27,5% menores

Os resultados observados em maio ampliaram a tendência de queda da indústria automotiva nacional. Com 212,7 mil unidades comercializadas o patamar equivale ao pior resultado para o mês nos últimos oito anos, segundo dados divulgados pela Anfavea na segunda-feira, 8.

Na comparação com maio de 2014, quando foram emplacados 293,4 mil autoveículos, a queda chegou a 27,5%. Já na relação com abril, quando foram licenciadas 219,4 mil unidades, a retração foi de 3%.

Em maio foram comercializados 205,2 mil automóveis e comerciais leves, 6 mil caminhões e 1,4 mil ônibus.

No acumulado do ano as vendas de autoveículos somam 1,1 milhão de unidades, montante 20,9% menor em relação ao período de janeiro a maio de 2014. Já as vendas anualizadas contabilizam 3,2 milhões, queda de 13,1% em relação aos doze meses imediatamente anteriores.

Segundo Luiz Moan, presidente da Anfavea, o resultado do mês de maio ficou “aquém do esperado”. “Nós estávamos prevendo ao menos uma estabilidade em relação a abril, mas infelizmente o resultado não veio como o esperado”, diz.

O presidente voltou a afirmar que a escassez de crédito é o grande impeditivo para o avanço do mercado. Segundo ele os bancos continuam mais restritivos e a aprovação de novos financiamentos não alcança o ritmo desejado. “Ainda vivemos esse movimento de restrição do crédito”.

Moan ressaltou que as iniciativas do setor, como o Festival do Consórcio Contemplado, que oferece vantagens especiais e exclusivas para clientes com uma carta de consórcio de veículo contemplada, ainda geram expectativa positiva. “Na última semana a International aderiu ao programa e já são 25 marcas participando. O balanço dessa primeira fase deve ser divulgado em breve”.

Os estoques do mês de maio avançaram um dia na comparação com o número observado em abril. Segundo os dados da Anfavea o mês terminou com unidades suficientes para 51 dias de vendas.

Em números reais houve uma redução de 6 mil veículos na comparação com abril e há 361,1 mil autoveículos em estoque. A maior parte deles, 224,9 mil, está sob responsabilidade dos concessionários, ao passo que as montadoras respondem pelos 136,2 mil restantes.

Vendas de máquinas em maio retornam a patamar de 2009

As vendas de máquinas agrícolas e rodoviárias registraram nova retração em maio, de acordo com dados divulgados pela Anfavea na segunda-feira, 8. Com 4,1 mil unidades comercializadas no último mês, a baixa anual chega a 32,6%. Na comparação com abril, quando foram vendidas 4,3 mil unidades, a queda foi menos acentuada, de 2,6%.

Segundo Ana Helena de Andrade, vice-presidente da Anfavea, os índices observados em maio colocam a indústria nacional de máquinas no mesmo patamar de seis anos atrás. “Os números são equivalentes aos observados em maio de 2009 e refletem a falta de confiança dos consumidores para a realização de novos investimentos.”

Os tratores de esteira foram responsáveis pela maior queda em maio, na comparação anual. Com 34 unidades vendidas no mês a retração chegou a 53,4%. Em contrapartida a venda de colheitadeiras apresentou avanço de 39% no período, com 236 unidades comercializadas.

No acumulado do ano a queda do setor chega a 25,2% com 27,1 mil máquinas agrícolas e rodoviárias comercializadas.

A produção de máquinas apresentou recuo de 26,8% em maio, em relação ao mesmo mês de 2014. Foram fabricadas 5,5 mil unidades no último mês, ante 7,6 mil um ano antes.

As exportações acompanharam a tendência de queda e apresentaram retração de 32,4% na comparação anual. Em maio 965 máquinas deixaram o País, ante 1,4 mil no mesmo mês de 2014.

Em valores o decréscimo foi ainda maior e chegou a 50,5% com receita de R$ 139,8 milhões.

Segundo a vice-presidente da Anfavea a tendência para os próximos meses é que haja uma retomada, mesmo que ligeira, na confiança dos consumidores. Um dos motivos é que na última terça-feira, 2, as novas regras do Plano Safra foram anunciadas. “Apesar de as condições não serem as mais atrativas é muito importante contar com a previsibilidade, uma vez que as novas regras valem até junho de 2016”, diz.

Os efeitos do novo anúncio de estímulo do Governo Federal só deve começar a ser observado em agosto, uma vez que as novas regras passam a valer em julho.

“O novo Plano Safra para a agricultura familiar será anunciado nos próximos dias e deve trazer uma dose extra de confiança para os compradores”, afirma Ana Helena.

Eleitos os Melhores do Setor Automotivo 2015 do Prêmio AutoData

O Prêmio AutoData, um dos reconhecimentos mais importantes e disputados da indústria automotiva brasileira, chega neste ano à sua décima-quinta edição. O corpo de jornalistas da AutoData Editora escolheu na terça-feira, 7, aqueles que foram eleitos como Os Melhores do Setor Automotivo 2015.

Entraram para o seleto rol de escolhidos 51 empresas em 21 categorias, além de quatro executivos em Personalidade do Ano e mais dezenove veículos, em suas categorias respectivas.

Esta é considerada a primeira fase da premiação, também conhecida como o Oscar do setor automotivo nacional. A partir de agora estes concorrerão, em segunda etapa, ao reconhecimento máximo do Prêmio AutoData 2015, por meio de voto direto dos assinantes da revista AutoData e da Agência AutoData de Notícias, bem como dos participantes do Congresso AutoData Perspectivas 2016, que ocorrerá em 20 e 21 de outubro.

Os nomeados como Melhores do Setor Automotivo 2015 serão laureados em evento que será realizado no Salão Nobre do Milenium Centro de Convenções, na Zona Sul da Capital Paulista, no dia 16 de julho, uma quinta-feira. Cada um receberá uma placa alusiva ao seu reconhecimento.

Seminário Revisão das Perspectivas discutirá o que esperar do segundo semestre

Os dados do primeiro semestre da Anfavea, revelados na segunda-feira, 6, mostraram um primeiro semestre muito difícil: produção de autoveículos em baixa de 18,5% e vendas em retração de 20,7% – nos caminhões, especificamente, a redução foi de 45% e 42%, respectivamente. Nem as máquinas agrícolas tiveram uma primeira metade de ano boa: a diminuição foi de 25% no mercado. E os estoques totais ficaram em 47 dias.

Com as estatísticas em baixa como estão, a busca por informações de confiança e de qualidade passa a ser de fundamental importância para o planejamento futuro da indústria. Qual será a perspectiva em produção e vendas para o segundo semestre? Quais serão as oportunidades e as tendências de mercado até o final do ano? E as exportações: continuarão em baixa? A economia brasileira começará a se recuperar?

É justamente estas questões que o Seminário Revisão das Perspectivas 2015 se propõe a responder. Neste evento, que é o segundo maior encontro automotivo do ano do Brasil, onze montadoras, três sistemistas, três fabricantes de motores diesel e duas encarroçadoras de ônibus estarão reunidos em um único evento para discutir, de maneira prática, os problemas enfrentados pelo setor automotivo brasileiro no primeiro semestre deste ano e analisar, em promenores, as perspectivas para os últimos seis meses de 2015, em termos de vendas e produção nos segmentos de automóveis, caminhões, ônibus e máquinas agrícolas e de construção.

O Seminário Revisão das Perspectivas 2015 será uma oportunidade única para acompanhar de perto as novas tendências que estão sendo projetadas em todos os segmentos do setor automotivo e poder se planejar para atender as novas demandas do mercado no segundo semestre de 2015.

O evento acontecerá no dia 20 de julho, uma segunda-feira, na Fecomercio SP, na Zona Central da Capital Paulista, das 8h30 às 18h.  O programa completo pode ser conferido na página especial do evento no Portal AutoData (seminarios/44/seminario-revisao-das-perspectivas-2015), onde realiza-se também as inscrições, que são limitadas. Informações adicionais também podem ser solicitadas pelos telefones (11) 5189.8938 ou (11) 5189.8900 ou ainda pelo e-mail seminarios@autodata.com.br.

FPT tem novo presidente: Marco Aurélio Rangel.

A FPT, fabricante de motores do CNH Industrial, anunciou oficialmente na quarta-feira,3, Marco Aurélio Rangel como novo presidente da companhia para a América Latina. O executivo assume o comando no lugar de José Luís Gonçalves, em nova etapa profissional na presidência da JCB, produtora de máquinas e equipamentos de construção, desde o mês passado.

Oriundo da Cummins, ondeestevenos últimos 23 anos, Rangel toma as rédeas da empresa em um contexto turbulento para os mercados nos quais a FPT atua. “O maior desafio é conduzir o crescimento da companhia. A FPT é uma das maiores de fabricantes de motores do mundo, a segunda em termos de volume, e se coloca como inovadora em tecnologia de propulsão, desde os veículos comerciais até o segmento de pequenos tratores destinados à agricultura familiar, passando pelos equipamentos de construção.”

Um dos focos prioritários de Rangel para alavancar os negócios neste momento é a produção de 49 novas versões de motores para os segmentos agrícola e de construção em virtude da regulamentação do Proconve MAR-1. Sem mencionar cifras, o novo presidente conta que depois de incrementar a capacidade de produção na fábrica de Sete Lagoas, MG,aperfeiçoar processos e localizar produtos, o investimento em curso segue nas adequações dos produtos para o cliente. “Trabalhamos com meta de crescer fora do Grupo e o segmento off-road é o que nos proporciona a principal oportunidade.”

Como integrante do Grupo CNH Industrial, 80% dos negócios da FPT são de clientes cativos, como Iveco, Case e New Holland, enquanto no mundo a fatia do faturamento que de vem de fora beira os 50%. “O conceito é ser identificado como marca independente dentro do Grupo, pois assim se consegue conquistar novos clientes.”

A distribuição é outra frente de ação na qual Rangel se sustenta para crescer. Nos planos está abertura de cinquenta pontos nos próximos cinco anos. Atualmente muito da rede de atendimento está baseada nas casas dos clientes cativos, do Grupo CNH, com quase quinhentos pontos. “É fundamental para o nosso crescimento na região e marcar nossa presença. Ainda não sei se vinculado à rede já existente ou com bandeira própria. O importante é criar conveniência para o cliente e fazer atendimento multimarca com foco na cobertura geográfica.”

10% MENOS–Com todos os segmentos nos quais atua em queda, Rangel estima redução de 10% na produção de motores para 2015, o que representa volume em torno de 54 mil unidades. No ano passado, dos 60 mil motores produzidos, 60% seguiu para o segmento de veículos comerciais.

“Hoje, potencialmente o mercado de caminhões deve ficar abaixo de 100 mil. Depois, a área de geração de energia, que se mostrava positiva, perde força com a baixa demanda industrial e o aumento das chuvas. O segmento agrícola, ainda que em queda, é o único com chance de uma recuperação antecipada, mais rápido que os outros, por que é amparado por safras recordes.”

Fornecedores e concessionários recebem Prêmio GM de Sustentabilidade

A General Motors entregou na manhã da quarta-feira, 3, o Prêmio GM de Sustentabilidade 2015, em reconhecimento às práticas sustentáveis promovidas por fornecedores e concessionários. A cerimônia, que faz parte das celebrações da Semana do Meio Ambiente, foi realizada na sede da Abrac, Associação Brasileira de Concessionárias Chevrolet, em São Paulo, e reuniu pela primeira vez os premiados das duas categorias.

Há três anos a montadora premia as atividades sustentáveis dos fornecedores, enquanto que os concessionários foram laureados pela segunda vez. A iniciativa, inédita na indústria automotiva nacional, foi idealizada pela divisão brasileira da GM, de acordo com Marcos Munhoz, vice-presidente da GMB e chairman do Comitê de Sustentabilidade da companhia.

“Achamos importante reunir a premiação em uma só cerimônia para que o fornecedor conheça o que os concessionários estão fazendo na área da sustentabilidade, assim como o contrário”, explicou Munhoz antes de anunciar os seis vencedores – foram três em cada categoria.

O vice-presidente aproveitou para lembrar iniciativas na área da própria GM, que nos últimos anos reduziu em 60% o consumo de energia elétrica e em 73% o de água para a produção de um automóvel.

Participação das vendas diretas aumenta mês a mês desde janeiro

A queda nas vendas diretas – aquelas realizadas a pessoas jurídicas com descontos que, na maioria dos casos, são amplamente generosos –superou a retração nos emplacamentos de automóveis e comerciais levescomercializados pelo varejo de janeiro a maio.

Segundo levantamento da Agência AutoData, com base em números divulgados pela Fenabrave na segunda-feira, 1º, as vendas diretas responderam por 285,5 mil licenciamentos de automóveis e comerciais leves nos primeiros cinco meses do ano, queda de 21% na comparação com as 361 mil unidades comercializadas por esta modalidade no mesmo período de 2014. O segmento de leves caiu 20% no período e o varejo registrou queda de 19,6%, chegando a 779,8 mil unidades ante 971 mil há um ano.

Entretanto este quadro guarda relação em especial com o início do ano, vez que de lá para cá o índice de participação da modalidade direta no total das vendas só sobe. Em janeiro apenas 21,3% dos licenciamentos foram feitos por pessoas jurídicas, índice que cresceu para 25,5% em fevereiro, foi a 28% em março, bateu em 30,1% em abril e alcançou 30,7% em maio, o maior do ano – justamente em um mês com vendas fracas.

De janeiro a maio do ano passado as vendas diretas responderam por 27,1% do mercado e,nos primeiros cinco meses deste ano, 26,8%– um empate técnico.

O índice é considerado elevado pelos varejistas. Durante o Workshop AutoDataTendências Setoriais – Automóveis e Comerciais Leves, organizado no fim de maio pela AutoData Editora, Antônio Maciel Neto, presidente do Grupo Caoa, reclamou que a participação nas vendas diretas no Brasil é bem superior à de outros mercados.

Para o executivo essa prática prejudica o mercado nacional. Ele assegura que “existem locadoras que ganham mais dinheiro revendendo automóveis do que na locação em si”.

No mesmo evento o diretor de vendas de mercado interno da Fiat FCA, Roger Corassa, disse que a montadora considera esse segmento importante e ressaltou que a empresa não fecha negócios que não sejam lucrativos.

E é justamente a Fiat a liderar o ranking de vendas diretas por montadora. Segundo a Fenabrave de janeiro a maio 26,6% desses licenciamentos foram de modelos da montadora de origem italiana. A Volkswagen ficou na vice-liderança, com 19,9%, seguida por General Motors, com 14%.

Por modelos a liderança é da picape Fiat Strada, com 27,2 mil licenciamentos, seguida por VW Saveiro, 15,6 mil unidades, e Fiat Uno, 14,8 mil veículos comercializados.

Para Anfir, o pior já passou

As vendas de implementos rodoviários registraram 37 mil 967 unidades de janeiro a maio, retração de 40,9% na comparação com as 64 mil 216 entregas em período equivalente no ano passado.

Os números foram revelados quarta-feira, 3, pela Anfir, associação que reúne fabricantes do setor. Segundo nota o desempenho negativo aferido é fortemente associado à baixa atividade econômica, com queda de 1,6% no primeiro trimestre em relação ao ano passado.

Mas para Alcides Braga, presidente da associação, o pior pode já ter ficado para trás, conforme analisou também em nota:

“Podemos esperar que a situação fique menos pior e por isso o momento é de se concentrar nos negócios.”

Um dos setores que animam o executivo é o da agropecuária, que cresceu 4% no primeiro trimestre ante o mesmo período do ano passado.

A Fenatran também é ponto importante para Braga, que convida a “aproveitar as oportunidades como a realização da Fenatran, a maior feira de negócios do setor de transportes do País”.

Mais de 40 indústrias produtoras de implementos rodoviários confirmaram presença e vão ocupar 13 mil metros quadrados de área de exposição no Pavilhão de Exposições do Parque Anhembi, em São Paulo. Dentre as fabricantes de caminhões, porém, apenas DAF e Volvo garantiram participação até o momento.

A linha pesada, representada por reboques e semirreboques, concentra a maior retraçãonas vendas:com 11 mil 938 emplacamentos, encolheu 50,44% em relação às 24 mil 90 entregas realizadas nos cinco primeiros meses de 2014.

No segmento leve, de carroceria sobre chassi, as vendas totalizaram 26 mil 29 implementos, baixa de 35,13% ante 40 mil 126 no ano passado.