Fiat anuncia exportação da Strada para a África

São Paulo – A Fiat anunciou que iniciou exportações da picape Strada para a região MEA, que representa África e Oriente Médio. O modelo produzido em Betim, MG, chegará à Nigéria, Costa do Marfim, Camarões, Cabo Verde, Guiné, Madagascar, Ruanda e Gana nas próximas semanas.

Atualmente a picape é exportada para alguns países da América do Sul, onde é o veículo mais vendido, como Uruguai, Paraguai e Argentina. No passado, com a geração anterior, chegou à África do Sul, Grécia, Portugal, Turquia e Alemanha.

Segundo a Fiat foram produzidas 400 mil unidades em três anos da segunda geração da Strada. No total saíram das linhas 2 milhões de Strada em 25 anos.

GM, Toyota e Volkswagen publicam carta contra o Regime do Nordeste

São Paulo – Os jornais de grande circulação do Brasil estamparam na quarta-feira, 8, uma Carta Aberta assinada por General Motors, Toyota e Volkswagen se manifestando contra os incentivos dos Regimes Automotivos do Nordeste e Centro-Oeste, que foram incluídos no texto da reforma tributária aprovado na CCJ, Comissão de Constituição e Justiça, do Senado Federal na terça-feira, 7, e que deve ir à votação ainda na quarta-feira.

Sem citar nominalmente a região, ou dizer do que se trata, a carta diz que “precisamos da exclusão imediata dos parágrafos 3, 4 e 5 do artigo 19 da reforma tributária, que representam um retrocesso do ponto de vista tecnológico e ambiental, além de uma renúncia fiscal prejudicial ao desenvolvimento do País”.

Na votação no Senado foi aprovada a extensão dos benefícios, que se encerrariam em 2025, até 2032. Eles incluem redução nos tributos federais a carros produzidos nas regiões Nordeste e Centro-Oeste. As empresas beneficiadas são Stellantis, que mantém fábrica em Goiana, PE, Caoa, com fábrica em Anápolis, GO, HPE, com produção em Catalão, GO, e a  BYD, que comprou a fábrica da Ford em Camaçari, BA.

Um dia antes, na terça-feira, 7, a Stellantis publicou reportagem, em conteúdo pago, no portal Poder 360 justificando a importância da renovação dos benefícios ao Nordeste.

A queda-de-braço vem de algum tempo nos bastidores, com representantes das empresas negociando com parlamentares apoio às suas causas. Agora GM, Toyota e Volkswagen escancararam seu pleito, com anúncio em jornais de grande circulação.

Para o presidente da Anfavea, Márcio de Lima Leite, é justa a posição de todas as empresas. A entidade, entretanto, não tem posição definida – a não ser a de apoio à aprovação da reforma: “É bom que elas se posicionem, com nome e sobrenome. É um debate legítimo”.

Da mesma maneira as três empresas afirmam, na carta, que são a favor da aprovação da PEC, desde que sem a extensão dos benefícios.

GM, Toyota e Volkswagen mantêm onze fábricas no País, em São Paulo, Paraná e Rio Grande do Sul.

GM e sindicatos chegam a acordo para o fim da greve e negociam possível PDV

São Paulo – Após dezesseis dias parados os 12 mil trabalhadores das três fábricas paulistas da General Motors, em São Caetano do Sul, São José dos Campos e Mogi das Cruzes, voltaram às linhas. Vencida uma segunda reunião que se estendeu por mais de doze horas, e que adentrou a madrugada da quarta-feira, 8, foi assinado acordo da montadora com os sindicatos dos metalúrgicos e a greve chegou ao fim.

Todos os 1,2 mil demitidos foram reintegrados, sendo 839 profissionais em São José, trezentos em São Caetano e 105 em Mogi das Cruzes. O cancelamento das demissões havia sido determinado, por meio de liminar, pelos tribunais regionais do trabalho da 2ª região e da 15ª região e pelo TST, Tribunal Superior do Trabalho.

Durante a negociação os representantes dos trabalhadores conseguiram obter o pagamento dos dias parados em outubro e em novembro, segundo o presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de São Caetano do Sul, Aparecido Inácio da Silva, o Cidão.

Durante as conversas, no entanto, a empresa externou a preocupação com a queda nas vendas e a necessidade de readequar pessoal, que persiste, e foi acordado que até 30 de novembro ficaria em aberto agenda para nova negociação de PDV, contou o vice-presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de Mogi das Cruzes, David Martins de Carvalho.

“Ganhamos a estabilidade do emprego no tribunal. A reintegração foi, inclusive, determinada por causa dessa estabilidade. Podemos discutir outras alternativas para solucionar o impasse se, mais à frente, a empresa precisar reduzir quadro, mas temos a estabilidade até maio de 2024.”

Antes de decidir pelos cortes a GM havia tentado abrir um PDV mas a proposta não havia passado por negociação prévia com os sindicatos dos trabalhadores e não avançou.

Quanto à tentativa de Cidão de estender a estabilidade à planta do ABC, que não foi submetida ao layoff em junho, como ocorreu em São José e em Mogi, a empresa não concordou: “Esta é uma questão que será apreciada na Justiça, mesmo caso das outras duas plantas. A empresa entende que não tem mas, os sindicatos entendem que têm, sim, a estabilidade”.    

Outro ponto que restou para alinhar durante essa segunda etapa de negociação, até o fim do mês, segundo Carvalho, é a devolução dos valores referentes ao pagamento das verbas rescisórias, que a GM havia depositado antes de a Justiça determinar que os funcionários fossem reintegrados.

“Muitos trabalhadores estavam com a conta negativa e devendo no cartão de crédito e, assim que o valor foi creditado, o banco descontou. Então agora teremos de fazer uma composição de parcelamento para que os profissionais possam devolver esse dinheiro que a montadora adiantou indevidamente. Ninguém vai se negar a devolvê-lo, mas a empresa terá de ser maleável.”

De acordo com Valmir Mariano, vice-presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos, foi aprovado, durante a madrugada, aviso permanente de greve, ou seja: caso a GM não cumpra o acordo a paralisação será retomada.

“A conquista do pagamento dos dias parados, que foi o grande entrave ao avanço das negociações durante os dois dias de reuniões, além do cancelamento das demissões, foram fruto de uma grande luta, que uniu os trabalhadores das três fábricas e mostrou nossa força. Mas não vamos baixar a guarda, e em qualquer movimento da empresa no sentido de colocar em risco empregos e direitos a greve será retomada.”

Conheça as empresas e produtos vencedores do Prêmio AutoData 2023

São Paulo – Votação encerrada. Após dois meses de intensa disputa o Prêmio AutoData 2023, em sua vigésima-quarta edição, concluiu mais esta fase elegendo os cases empresariais e de produtos vitoriosos. Foram mais de 5 mil votos distribuídos em cada uma das dezesseis categorias, às quais participaram 32 empresas e dezesseis produtos. AutoData agradece a todos que participaram do processo eletivo e parabeniza os vencedores deste que é o mais tradicional e importante reconhecimento do setor automotivo nacional. Veja abaixo os vencedores:

Vale ressaltar que a categoria Personalidade do Ano, que contou com a participação este ano de seis líderes do setor automotivo, será revelada durante o Congresso AutoData Perspectivas e Tendências 2024, evento presencial nos dias 21 e 22 de novembro.

Durante o Perspectivas e Tendências 2024 também será aberto uma nova votação para a escolha da Empresa do Ano. Apenas quem estiver no evento poderá participar dessa fase. Serão elegíveis as empresas vencedoras das categorias técnicas listadas acima.

No último dia do Congresso AutoData realizará uma cerimônia para revelar tanto a Empresa do Ano quanto o Executivo do Ano. Portanto, você, caro leitor, que faz parte da cadeia automotiva nacional, representa algumas dessas empresas, é cliente ou fornecedor pode dar sua contribuição estando presente no evento. Faça sua inscrição.

Mercado de caminhões melhora, mas segue distante do ideal

São Paulo – As vendas de caminhões, em outubro, apresentaram recuperação na comparação com setembro, com 9,4 mil unidades emplacadas e alta de 7,7%. Mas com relação a outubro de 2022 o volume vendido foi 12,5% menor. De toda forma Márcio Lima Leite, presidente da Anfavea, analisou que o segmento deu uma melhorada: “Mas o crescimento foi sobre uma base baixa e ainda não reflete uma realidade de mercado ideal, ou aquilo que deve ser no futuro”.

No acumulado do ano os números estão mais próximos da real situação do mercado, que sofre para comercializar os novos veículos Euro 6. De janeiro a outubro foram vendidos 88,5 mil caminhões, recuo de 14,9% na comparação com iguais meses de 2022. A queda só não foi maior porque nos primeiros meses do ano as montadoras ainda podiam vender veículos Euro 5, mais baratos, que estavam em estoque. 

A produção de outubro apresentou movimento parecido com as vendas, somando 10,5 mil unidades, alta de 27,5% ante setembro mas queda de 32,8% quando comparada com igual período de 2022. No acumulado do ano foram produzidos 82,2 mil caminhões, retração de 37,8% com relação a 2022, queda que se explica, mais uma vez, pela chegada dos motores Euro 6. 

Foram exportados 1,8 mil caminhões em outubro, avanço de 21,1% sobre setembro e queda de 38,7% com relação a outubro do ano passado. No acumulado do ano o setor registrou 14,3 mil embarques, volume 31,8% menor do que em iguais meses de 2022, que se explica pela menor demanda por veículos brasileiros em todos os mercados externos. 

Venda de ônibus até outubro igualou todo o resultado de 2022

São Paulo – As vendas de chassis de ônibus, de janeiro a outubro, somaram 17,4 mil unidades e igualaram o volume vendido em todo ano passado, segundo dados divulgados pela Anfavea na quarta-feira, 8. Na comparação com os primeiros dez meses de 2022 o crescimento foi de 30,5% .

Segundo o presidente da entidade, Márcio Lima Leite, o segmento de ônibus vive um bom momento em 2023 e para 2024 a expectativa é de que a expansão continue.

Vinícius Pereira, economista da Anfavea, lembrou que nos últimos três anos as vendas de chassis ficaram abaixo do esperado afetadas pela pandemia da covid-19, e considerou um dos fatores para a forte recuperação em 2023: “O crescimento registrado ao longo do ano foi puxado, principalmente, pelos ônibus urbanos, que representaram 90% do volume adicional que foi vendido até agora”. 

As vendas em outubro somaram 1,6 mil unidades, incremento de 12,2% sobre outubro do ano passado e de 5,3% na comparação com setembro. 

O crescimento das vendas não refletiu na produção porque a maior parte dos emplacamentos foi de veículos Euro 5 que já tinham sido vendidos no ano passado e foram emplacados ao longo de 2023. No acumulado do ano foram fabricados 17,5 mil chassis, queda de 35,2% com relação ao mesmo período de 2022. 

Em outubro foram produzidos 2,1 mil chassis, queda de 32,9% na comparação com igual período do ano passado, mas ante setembro houve incremento de 12,5%. A expectativa é de que nos próximos meses a nova licitação do programa Caminho da Escola comece a refletir positivamente nos números.

As exportações somaram 409 unidades em outubro, retração de 30,3% na comparação com o mesmo mês de 2022 e queda de 11,3% com relação a setembro. No acumulado do ano foram exportados 4,1 mil chassis, volume 8,9% menor do que o registrado nos dez primeiros meses de 2022. 

A retração das exportações é reflexo da menor demanda por chassis brasileiros em todos os mercados para os quais a indústria envia veículos.

México e Uruguai salvaram as exportações de veículos em outubro

São Paulo – Os mercados do México e do Uruguai salvaram as exportações brasileiras de veículos em outubro. Para o país da América do Norte os embarques cresceram 21% e para o Uruguai a alta foi de 82%. Não fosse isto a indústria nacional teria registrado o seu pior resultado mensal, segundo Márcio Lima Leite, presidente da Anfavea.

“Temos um cenário antagônico e curioso nas exportações. Os embarques para Argentina, principal destino dos veículos nacionais, caíram 36% e, mesmo assim, foi possível crescer 14% na comparação com setembro”.

Em outubro foram exportados 31,3 mil veículos, volume 26,9% menor do que o registrado no mesmo mês do ano passado. No acumulado de janeiro a outubro foram embarcados 354,2 mil, volume 12,8% menor do que o registrado no mesmo período de 2022. 

No ano o volume de unidades embarcadas para o México cresceu 76% sobre 2022, ajudando a reduzir o tamanho da queda nas exportações. Mas Lima Leite está atento aos mercados onde os embarques caíram, principalmente na Argentina: lá o mercado local cresceu 11,4% mas as exportações brasileiras recuaram 17%.

Na Colômbia, outro destino importante, o mercado local retraiu 32% até outubro, enquanto as exportações do Brasil caíram 50%. No Chile as vendas recuaram 29% no ano, mas a exportação de veículos brasileiros para lá apresentou queda de 59%.

“Esse cenário pode ser explicado por dois fatores: eles estão produzindo mais, o que não parece ser, ou eles estão importando mais veículos de outros mercados fora do Mercosul. Este é um sinal importante e estamos levantando todas as informações para entender melhor de onde estão vindo esses veículos e ter um diagnóstico mais claro, porque as exportações são fundamentais para o nosso setor.”  

Em valores as exportações chegaram a US$ 878,9 milhões em outubro, queda de 17,4% na comparação com outubro de 2022 e alta de 15,4% na comparação com setembro. O acumulado apontou para um crescimento de 8,1%, com US$ 9,3 bilhões em receita.

Importados ganham espaço aqui dentro, exportações perdem lá fora e produção fica estagnada

São Paulo – O aumento das importações, de cerca de 58 mil unidades de janeiro a outubro, e a queda nas exportações, de mais de 52 mil veículos no período, fez com que a produção nacional nos primeiros dez meses do ano ficasse estagnada. Saíram das linhas de montagem 1 milhão 950 mil automóveis, comerciais leves, caminhões e chassis de ônibus, recuo de 0,6%, ou quase 12 mil veículos, com relação ao mesmo período de 2022, segundo dados que a Anfavea divulgou na quarta-feira, 8.

“Somadas essas quase 60 mil unidades teríamos superado os 2 milhões e 10 mil veículos produzidos”, disse Márcio de Lima Leite, presidente da entidade. “Representaria crescimento sobre os 1 milhão 962 mil do ano passado.”

Em outubro saíram das linhas de montagem 199,8 mil veículos, queda de 3,1% na comparação anual e de 4,4% na mensal. Não houve alteração significativa do nível de estoque, que fechou com 263,4 mil unidades nos pátios das montadoras e concessionárias, ante 265,7 mil em setembro.

O aumento das importações e a redução nas exportações acendeu o alerta na Anfavea com relação à competitividade do produto brasileiro na região. O Brasil, embora tenha aumentado exportações para o México e o Uruguai, tem perdido espaço em clientes tradicionais como Chile, Argentina e Colômbia: “Faremos um estudo mais aprofundado para entender as razões e quem está ganhando espaço nestes países”.

O presidente da Anfavea demonstrou preocupação porque, segundo ele, o aumento de importações inibe investimentos em produção no País. O que afeta, também, o emprego.

Em outubro a indústria manteve os 100,6 mil trabalhadores com carteira assinada de setembro. Com relação há um ano foram fechados 3,2 mil postos de trabalho. Desde o fim de 2022 1,3 mil empregos diretos foram cortados.

Locadoras compraram 75 mil veículos em outubro e puxaram licenciamentos

São Paulo – Segundo melhor mês em vendas do ano outubro contou com uma demanda acima do normal registrada pelas locadoras, o maior cliente da indústria automotiva nacional. De acordo com a Anfavea dos 206,8 mil automóveis e comerciais leves licenciados no mês, alta de 22,6% com relação a outubro do ano passado e de 10,3% sobre setembro, em torno de 75 mil foram comprados pelas empresas de locação. A média, no ano, é de 53 mil a 54 mil unidades por mês.

“O varejo foi relevante, mas as vendas do mês passado foram puxadas pelas locadoras”, disse Márcio de Lima Leite, presidente da Anfavea, em entrevista coletiva na quarta-feira, 8. “As vendas diretas representaram 51% dos emplacamentos.”

No total, somados caminhões e ônibus, as vendas somaram 217,8 mil veículos, crescimento de 20,4% na comparação anual e de 10,2% na mensal.

A média diária chegou a 10,4 mil unidades, superada apenas por julho, em que foi de 10,7 mil veículos impulsionada pelos descontos da MP 1 175: “Estamos nos aproximando da média diária do período pré-pandemia, que estava na casa das 11 mil unidades”.

No acumulado do ano as vendas somaram 1,8 milhão de unidades, alta de 9,7% sobre os dez primeiros meses de 2022. Para Lima Leite o setor caminha para alcançar as projeções, revisadas no mês passado, da Anfavea, de crescimento de 6% nos emplacamentos: “Em dezembro do ano passado tivemos um ritmo muito forte. A tendência é chegar às nossas projeções”.

O presidente da Anfavea chamou a atenção, porém, para o crescimento das importações: em outubro foram 34,2 mil veículos importados emplacados, avanço de 55,4% sobre outubro de 2022 e de 14,3% sobre setembro. Representaram 15,7% do total das vendas.

No ano foram 271 mil unidades, incremento de 27%. A fatia dos importados no total é 14,7%, contra 13% em todo o ano passado.

Segundo o executivo não são apenas os veículos chineses que estão sendo mais importados, embora as 26 mil unidades em todo o ano representem crescimento de quase 400% sobre o ano passado: “Da Argentina foram importados 174 mil veículos, 20 mil a mais do que no mesmo período de 2022. E nossas exportações para lá têm caído”.

Lima Leite minimizou a entrada de veículos da China. Na sua opinião o fenômeno atual, de importação anterior a investimentos em novas fábricas, como a GWM e a BYD, é compreensível e justificável. “O importante é investir em produção no Brasil”.

Comissão do Senado aprova reforma tributária com extensão do Regime do Nordeste

São Paulo – Foi aprovada na CCJ, Comissão de Constituição e Justiça, do Senado Federal a PEC 45/2019, que trata da reforma tributária. Por vinte votos a favor e seis contrários o texto do relator, senador Eduardo Braga, será encaminhado ao plenário, onde precisa ser aprovado em dois turnos com mais de 49 votos. A previsão é que seja votado já na sessão da quarta-feira, 8.

Foi incluída no texto emenda que trata da extensão dos benefícios dos Regimes Automotivos do Nordeste e do Centro-Oeste, por dezenove votos a favor e sete contra, de acordo com o senador Humberto Costa. Antes prevista para encerrar em 2025 a política de incentivo industrial seguirá até 2032 com descontos tributários para veículos produzidos nas fábricas da região com motores flex, elétricos ou híbridos com etanol, de acordo com a Folha de S. Paulo. Atualmente todos os veículos, incluindo com motor a gasolina e diesel, recebem o benefício.

A prorrogação do benefício era desejada pela Stellantis, que mantém produção em Goiana, PE. A BYD, que comprou a fábrica da Ford em Camaçari, BA, era outra interessada. Em contrapartida diversas outras fabricantes das regiões Sul e Sudeste trabalharam contra a renovação, alegando disparidade competitiva.

No fim, de acordo com relatos publicados na imprensa, a vontade do presidente Luiz Inácio Lula da Silva prevaleceu e a prorrogação foi incluída na reforma, ainda que desagradasse a seu ministro da Fazenda, Fernando Haddad.

A nova versão do texto também incluiu isenção de imposto na aquisição de automóveis por taxistas e PcDs, adicionando pessoas com espectro autista aos beneficiados.

No total foram acatadas 247 emendas à reforma tributária, de um total de quase oitocentas apresentadas, segundo o relator.

Caso seja aprovada no Senado a reforma seguirá novamente para a Câmara dos Deputados, que precisará votar as alterações feitas pelos senadores – o que inclui os regimes do Nordeste e Centro-Oeste no texto.