ANTT autoriza reajuste tarifário do transporte rodoviário

A ANTT, Agência Nacional de Transportes Terrestres, reajustou o coeficiente tarifário dos serviços de transporte rodoviário em 18,39%, elevando a relação passageiro/quilômetro para R$ 0,083164. O novo índice entra em vigor a partir do domingo, 15.

Segundo a resolução 4 595, publicada na sexta-feira, 13, no Diário Oficial da União, a medida considera “a necessidade de manter o equilíbrio econômico-financeiro” das empresas de transporte rodoviário semiurbano interestadual e internacional de passageiros.

Antonio Cammarosano, diretor nacional de vendas da MAN Latin America, acredita que o reajuste vá impactar positivamente as vendas de chassis de ônibus para o segmento rodoviário:

“As tarifas estavam defasadas e esse reajuste era previsto e aguardado. Acredito que a medida ajude a equilibrar o balanço das empresas, motivando o empresário a investir e contratar financiamentos para renovar a frota”.

O reajuste, contudo, é apenas um alento ao setor, que aguardava para até a sexta-feira, 13, a publicação das normas para serviços de ônibus interestaduais pela ANTT. Segundo fontes ligadas às negociações com o Ministério dos Transportes a regulamentação já está pronta e pode ser publicada inclusive em edição extraoficial do Diário Oficial da União.

MERCADO – Os emplacamentos de chassis de ônibus somaram 680 unidades no período de 1º. de fevereiro até quarta-feira, 11, de acordo com dados preliminares do Renavam obtidos pela Agência AutoData.

Do total 55,5% destinaram-se ao segmento urbano, 27,8% são mini e microônibus e 16,7% correspondem aos veículos de fretamento e rodoviários. A média diária de licenciamentos ficou em 85 unidades – o período corresponde aos primeiros oito dias úteis do mês.

Se mantido esse ritmo nos 18 dias úteis de fevereiro – descartando a emenda e o feriado de carnaval – os emplacamentos deverão fechar o mês na casa de 1 mil 530 unidades, o que representaria baixa de aproximadamente 18% em relação a janeiro, que contou 1 mil 875 chassis.

Na comparação com fevereiro de 2014 o resultado seria negativo em 44%, vez que naquele mês os emplacamentos de chassis de ônibus fecharam em 2 mil 755 unidades. É relevante considerar, entretanto, que no ano passado o carnaval caiu em março, o que rendeu àquele fevereiro 20 dias úteis.

Aumento do etanol na gasolina tende a distorcer metas do Inovar-Auto

As metas de evolução em eficiência energética, um dos principais pilares do Inovar-Auto, o novo regime automotivo brasileiro, correm o risco de ficar muito distantes da realidade que se observa nas ruas, pelo motorista comum no uso diário de seu veículo.

Isso porque o aumento do teto da mistura do etanol na gasolina, dos atuais 25% para 27% ou até 27,5%, negociado pelo governo federal com o setor sucroalcooleiro e indústria automotiva, não estará contemplado nos testes para determinar a evolução dos índices de eficiência energética dos veículos vendidos no País até 2017.

Margarete Gandini, diretora do MDIC, afirmou com exclusividade à Agência AutoData que não há planos para alterar as condições de teste estabelecidas no âmbito do Inovar-Auto, que utilizam como referência para os valores obtidos com gasolina o combustível com 22% de etanol anidro – a base da variação de mistura admitida até agora, que varia de 22% até 25%.

Logo em seguida Luiz Moan, presidente da Anfavea, confirmou à reportagem a mesma informação.

Desta forma naturalmente haveria de antemão uma distorção do resultado dos testes de medição de eficiência energética diante da gasolina vendida nas bombas, equivalente a três pontos porcentuais, vez que hoje o combustível utiliza mistura de 25% de etanol. Porém, com elevação deste teto para até 27,5%, a distorção apenas no combustível já alcançará 5,5 pontos porcentuais, o que equivale dizer que jamais o motorista conseguirá registrar em seu veículo os mesmos índices de consumo registrados em laboratório – que além de tudo são realizados em condições perfeitas, diferentemente do que ocorre nas ruas.

Pelas regras do Inovar-Auto a meta-alvo de consumo médio com gasolina, até o fim de 2016, deverá ser de 17,26 km/l, ou 23,6% menos do que a média registrada ao fim de 2012.

Há, porém, nos bastidores, um leve temor de que a presidenta da República, Dilma Rousseff, barre o aumento da mistura. Em reunião realizada em Brasília, DF, no dia 2, foi acordado que o ministro da Casa Civil, Aloizio Mercadante, levaria a demanda à presidenta no dia seguinte, para que diante de sua aprovação a gasolina com 27% de etanol chegasse às bombas a partir do dia 16, a próxima segunda-feira. Diante de total silêncio do Palácio do Planalto desde então, entretanto, a indústria sucroalcooleira passou a levar em consideração a possibilidade do aumento na mistura não mais ocorrer. É certo que a data imaginada para chegada do combustível aos postos já foi abortada, vez que as distribuidoras precisam de cerca de dez dias para providenciar a nova mistura.

UM BOM 2014 – Segundo dados da ANP, Agência Nacional do Petróleo, divulgados na terça-feira, 10, o ano passado trouxe resultados positivos para o etanol no País. O consumo do combustível anidro, aquele que é adicionado à gasolina, cresceu 14,5% na comparação com 2013, saltando de 9,7 bilhões de litros para 11 bilhões de litros. O etanol hidratado, aquele vendido diretamente nas bombas, subiu 10,5% em consumo na comparação de 2014 com 2013, de 11,7 bilhões de litros para 13 bilhões de litros.

No total o etanol, somando-se as versões anidro e hidratado, viu seu consumo crescer 12,3% no ano passado no Brasil, de 21,4 bilhões de litros para 24,1 bilhões de litros.

O mercado total de combustíveis, ainda segundo os dados da ANP, cresceu bem menos: 5,3%, de 137,3 bilhões de litros para 144,6 bilhões de litros. A Gasolina C registrou, no mesmo comparativo, alta de 7%, de 41,4 bilhões de litros para 44,3 bilhões de litros.

GM gasta R$ 3,5 milhões a mais para ter prédio sustentável

Durante 630 dias cerca de 260 pessoas se empenharam para a construção do Centro Logístico de Recebimento e Sequenciamento de Materiais Produtivos, o MASC, da General Motors em São Caetano do Sul, SP. O tempo dedicado à obra pode parecer demasiado – e de fato é. A construção do prédio de 30 mil quadrados levou três vezes mais tempo do que uma obra tradicional do mesmo porte.

Isso porque o centro logístico inaugurado em janeiro, como parte das comemorações de 90 anos da GM do Brasil, renova uma história que começou na década de 30. Pequenos prédios antigos ocupavam a área, que acabou ficando pequena para a montadora, devido ao aumento da produção e do número de modelos feitos na unidade.

Para dar lugar ao moderno centro logístico a montadora optou por desconstruir os antigos prédios que ocupavam o terreno de 32 mil metros quadrados dentro de sua fábrica mais antiga do País. O processo contou com o apoio do Instituto de Pesquisas Tecnológicas, o IPT.

No total foram investidos R$ 100 milhões no projeto. Segundo João Sidney Fernandes, diretor de Facilities da General Motors e responsável pela obra, caso houvesse uma tradicional demolição no local o desembolso seria menor. “Estimamos que a demolição tem um custo 40% inferior comparado à desconstrução. Caso optássemos por isso teríamos uma economia de 3,5% no valor total e a obra teria levado menos de um ano”.

Porém, simplificar e baratear o processo não foram preocupações da GM nesse caso. Fernandes afirma que a montadora optou pela desconstrução baseando-se em dois fatores principais: “Pensamos na questão ambiental e na continuidade da produção”.

Segundo o executivo a demolição resultaria em pelo menos 15 mil metros cúbicos de entulho e a produção teria de ser interrompida por algum tempo, pois o processo incluiria explosivos. “Com a desconstrução deixamos de colocar em circulação 2,5 mil caminhões para remoção do entulho, contribuindo para a redução da emissão de gases poluentes e para o tráfego no entorno da unidade. Além disso a produção não foi interrompida sequer um dia durante as obras.”

As três fases da obra incluíram processos como a remoção manual da tinta das paredes dos prédios – tarefa que durou aproximadamente mil horas – cujo os resíduos foram encaminhados para uma processadora. As telhas de amianto também foram removidas uma a uma e encaminhadas para o destino correto. Já as 550 toneladas de madeira que compunham a estrutura do prédio foram separadas e vendidas, junto da estrutura de ferro, que foi encaminhada para um ferro-velho.

Os tijolos que davam formato aos prédios de mais de oitenta anos foram triturados em uma máquina especial para essa finalidade e o material resultante foi usado como base para o piso do novo prédio. “Cerca de 94% dos tijolos foi reaproveitado”.

Fernandes destaca que além de dar novas funções aos materiais existentes o objetivo final era uma construção sustentável. Para isso, foram incluídos itens modernos que tornaram o prédio referência em manufatura verde. As colunas que garantiram um pé-direito de 11 metros foram pré-moldadas e 110 blocos percorreram de caminhão cerca de 450 km, desde Curitiba, PR, até a fábrica do ABCD. As partes mais pesadas chegavam a 30 toneladas. “As colunas são a parte da obra que mais causam acidentes. Com o material pré-fabricado protegemos os operários”.

As paredes do centro logístico foram projetadas com fendas translúcidas, para que a iluminação natural ganhasse destaque. Além disso foram instalados telhas metálicas sem emendas para uma conservação térmica e redução de ruído. Um policarbonato com pequenos prismas foi espalhado em 3% da área de cobertura para aumentar a entrada de luz natural e filtrar os raios ultravioletas, evitando assim a entrada de calor mantendo o ambiente mais fresco.

Ainda no telhado houve utilização da tecnologia de lanternin, que consiste em pequenas aberturas que promovem ventilação no ambiente. Com isso, sem que haja estímulo de ventiladores, o ar do prédio é trocado seis vezes a cada hora.

As lâmpadas T5 fluorescentes, o tipo mais econômico, foram escolhidas para garantir a iluminação artificial da construção. Também foram instalados sensores de presença para que não haja desperdício de energia.

“A combinação das tecnologias que aumentam a ventilação e iluminação naturais resultou em uma economia de energia de 40% em relação a uma construção do mesmo porte que não faz uso desses artifícios”.

Na parte da economia de água, o executivo ressalta que todo recurso hídrico usado no centro logístico é fruto de reuso de uma estação interna de tratamento – assim como em toda a fábrica do ABCD.

O piso do centro logístico, que teve os tijolos antigos como parte do nivelamento, foi arrematado com concreto protendido. O material confere maior resistência à tração e permite que haja poucas emendas. Cada placa desse material cobre uma área de até 60 metros, enquanto o concreto tradicional chega a 12 metros.

De acordo com Fernandes isso é importante porque com menos emendas a quantidade de rachaduras, e o eventual gasto com manutenção, são menores. “Como as empilhadeiras que trafegam no local carregam muito peso precisávamos garantir que o piso fosse preparado para isso”.

Com a nova formatação a GM de São Caetano ganhou o centro logístico mais moderno da companhia no mundo com tecnologia verde e dobrou sua capacidade de armazenagem, possibilitando aumento da produtividade na unidade. Cerca de 1,4 milhão de componentes são movimentados diariamente no local, que contribui para a produção dos modelos Spin, Montana, Cruze, Cruze Sport6 e Cobalt.

Com fim de lay-off, oitocentos trabalhadores retornam à General Motors SJC

Os oitocentos metalúrgicos da General Motors de São José dos Campos, SP, que estavam em regime de lay-off desde 8 de setembro de 2014 retornarão ao trabalho na sexta-feira, 13, conforme nota divulgada pela montadora.

De acordo com o Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos depois de ficarem afastados por cinco meses, com ajuda de subsídio do Fundo de Amparo ao Trabalhador, o FAT, os trabalhadores terão estabilidade garantida até o dia 7 de agosto.

Em nota o presidente do sindicato, Antônio Ferreira de Barros, o Macapá, afirmou que “a volta dos trabalhadores do lay-off é uma importante vitória. É muito comum o programa de suspensão temporária do contrato de trabalho terminar em demissão. Aqui, o acordo que o sindicato assinou com a montadora não permitiu que isto acontecesse. Não aceitaremos nenhuma demissão”.

Ainda segundo o sindicato a GM prorrogou o Programa de Demissão Voluntária, PDV, até sexta-feira, 13. Ele foi aberto no dia 2 de fevereiro para os trabalhadores de todos os setores da fábrica e estava agendado para encerramento no dia 10.

Em assembleia realizada na fábrica na quinta-feira, 12, que reuniu cerca de 400 trabalhadores, o sindicato deu início à campanha por estabilidade no emprego para os 5,3 mil funcionários da unidade.

Os trabalhadores aprovaram o envio de uma carta para todas as centrais sindicais do País propondo a criação do que chamaram de Dia Nacional de Paralisação, em protesto contra demissões – no ano passado, de acordo com a entidade, foram fechados 12 mil postos de trabalho no setor automotivo.

A iniciativa se propõe ainda a protestar contra a política de ajuste fiscal do governo federal e as medidas provisórias 664 e 665, que modificam as regras do seguro-desemprego, auxílio-doença e pensão por morte.

Câmara aprova alterações na lei do motorista

A Câmara dos Deputados aprovou na quarta-feira, 11, o projeto de lei 4 246/12, que altera substancialmente a chamada Lei do Motorista, ou 12 619/12, que regulamenta a profissão e a jornada de trabalho na CLT.

Dentre as alterações está o aumento do tempo de direção ininterrupta, que subiu de quatro para cinco horas e meia, além da possibilidade do motorista fazer até quatro horas extras de trabalho – duas delas mediante acordo com o sindicato dos trabalhadores.

O descanso interjornadas também ganhou alterações: o motorista poderá dividir o repouso obrigatório, de onze horas, em dois períodos de oito horas e três horas.

Em entrevista à Agência AutoData Marcos Aurélio Ribeiro, diretor jurídico da NTC&Logística, Associação Nacional do Transporte de Cargas e Logística, afirma que as alterações são importantes para que a lei seja aplicada a contento. Ele destaca a falta de pontos de parada para cumprimento do descanso após cinco horas e meia de direção:

“Falta estrutura segura nas rodovias, principalmente nas regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste. Por isso o projeto de lei aprovado traz regras para implantação de estrutura adequada para descanso em todo o País. Pelas normas o governo deverá coordenar, junto à iniciativa privada, investimentos em paradas nas rodovias, seguindo prazos para execução.”

Ribeiro não acredita, contudo, que as alterações na lei estanquem a tendência de alta no valor dos fretes:

“As regras demandam a contratação de mais profissionais, o que repercute nos custos de operação e, consequente, gera repasse para as empresas. Contudo, a segurança nas estradas e a criação de condições melhores de trabalho para os motoristas têm impactos positivos à sociedade”.

O projeto seguirá para a presidência da república após o feriado de carnaval, que terá quinze dias úteis a contar do recebimento para sancioná-la ou vetá-la, integralmente ou em parte.

Até a sanção da redação final, a lei 12 619/12 continua em vigor sem as revisões.

Lexus reduz preço de seu híbrido em 5%

Beneficiado pela redução do imposto de importação para veículos híbridos, promovida pelo governo federal via Camex em setembro do ano passado, o hatch premium Lexus CT 200h teve seu preço sugerido reduzido em 5,2% em nova tabela anunciada pela marca, divisão de modelos de luxo da Toyota, na quinta-feira, 12.

As concessionárias Lexus agora oferecem o modelo por R$ 127 mil na versão Eco – segundo dados do Datafolha Veículos, antes o veículo tinha preço sugerido de R$ 134 mil.

No acabamento Luxury, topo de gama, o preço caiu de R$ 154 mil para R$ 146 mil.

O desconto dos dois modelos foi linear em porcentagem, 5,2%. Em nota a Lexus afirma que para o cálculo do novo preço “foram considerados o benefício de importação para híbridos e o retorno da taxa de IPI para veículos com motor até 2 litros movidos a gasolina, em vigor desde o início do ano”.

O CT 200h tem um motor a combustão de 1,8 litro e outro elétrico, que, somados, geram até 136 cv. Segundo a Lexus o consumo de combustível chega a 15,7 km/l em estradas e 14,3 km/l no uso urbano – o hatch recebeu nota A no PBE Veicular, o programa brasileiro de etiquetagem veicular do Inmetro.

No fim de outubro a Toyota já anunciara redução de preço do Prius, o modelo híbrido da marca, em 8%, de R$ 120 mil para R$ 111 mil.

Queda de vendas no varejo em janeiro foi superior à média do mercado

O varejo apresentou queda mais acentuada nas vendas do que a média do mercado no mês passado. Levantamento da Agência AutoData com base nos dados da Fenabrave indica que em janeiro foram licenciados 192,2 mil veículos para pessoas físicas, ou 78,8% do total dos emplacamentos do mês, volume 20% inferior ao resultado do primeiro mês de 2014, quando o varejo respondeu por 237,4 mil licenciamentos, ou 79,2% do total das vendas.

As vendas diretas, aquelas realizadas para pessoas jurídicas e normalmente com fortes descontos, caíram 17% na mesma base de comparação, de 62,3 mil para 51,7 mil unidades.

O mercado total de automóveis e comerciais leves, somadas as duas modalidades de vendas, apresentou retração de 18,6% no período.

Com relação a dezembro a queda no volume do varejo chegou a 25%, inferior à retração de 31% do mercado, somado vendas ao varejo e direta. Porcentualmente a participação das vendas ao varejo cresceu de 72,4% para 78,8% de um mês para o outro, mas houve redução no volume, vez que dezembro foi o terceiro melhor mês da história da indústria.

As vendas diretas caíram 47% de dezembro para janeiro, de 97,5 mil para 51,7 mil unidades, o que indica que o desempenho do mercado foi inflado por vendas a pessoas jurídicas, normalmente grandes frotistas que adquirem quantidades volumosas de veículos a preços mais baixos, com bons abatimentos no preço final.

O ranking de marcas divulgado pela Fenabrave, separado por varejo e vendas diretas, aponta claras diferenças nas estratégicas usadas por cada empresa. No varejo, descontando as vendas a pessoas jurídicas, quem liderou as vendas foi a General Motors, seguida por Fiat, Volkswagen, Ford, Hyundai, Toyota e Renault. No de vendas diretas a liderança ficou com a Fiat, seguida por VW, GM, Renault, Ford, Toyota e Hyundai.

Chama a atenção a variação dos degraus da Renault, quarto lugar em vendas diretas e apenas sétimo no ranking do varejo. Dos 15,4 mil veículos da marca em janeiro, 5,9 mil foram por meio de vendas diretas, ou 38,2% do volume. Por outro lado a GM teve apenas 15,1% dos seus 46,9 mil veículos vendidos nessa modalidade.

As vendas diretas representaram 30,1% das vendas da Fiat em janeiro, 30,4% dos licenciamentos da Volkswagen e 20,3% do total de veículos comercializados pela Ford no primeiro mês do ano.

México inicia ano com produção 23% superior ao Brasil

A produção de veículos no México iniciou o ano com o maior volume já registrado para um mês de janeiro. Segundo dados divulgados pela Amia saíram das linhas de montagem daquele país 266,4 mil unidades no mês passado, alta de 6,8% em relação as 249,4 mil contabilizadas um ano antes.

De acordo com a Amia o aumento da produção deve-se ao início da operação de novas fábricas e aumento de capacidade de montadoras instaladas no país – Honda e Nissan são exemplos.

O volume fabricado no México é 23% superior ao número de veículos que saíram das linhas de montagem brasileiras em janeiro. De acordo com a Anfavea foram produzidas 204,8 mil unidades, em queda de 13,7% na comparação anual.

As vendas de veículos acompanharam a tendência de alta e 103,7 mil unidades foram licenciadas em janeiro, alta de 21,3% na comparação com o mesmo mês de 2014.

Do total comercializado 54% eram veículos importados e 46% produzidos localmente.

As exportações também atingiram maior patamar para um mês de janeiro: 204,9 mil veículos foram enviados para fora do país. O crescimento chegou a 15,2% em janeiro, na comparação anual.

Os Estados Unidos seguiram como principal destino, com 70,5% do volume, seguido por Canadá, 14,6%, e América Latina, que viu sua participação recuar de 9,1% para 5,9% no período de doze meses.

Toyota terá montagem e centro de distribuição em Pernambuco

O presidente da Toyota do Brasil, Koji Kondo, anunciou na quarta-feira, 11, que a montadora investirá R$ 15 milhões para a construção de um centro de distribuição de veículos em Pernambuco.

O protocolo de intenções foi assinado na presença do governador do estado, Paulo Câmara.

Além disso, a montadora informou que, em um segundo momento, instalará uma pequena linha de montagem e inspeção pré-entrega, PDI na sigla em inglês.

No local haverá montagem de alguns itens exigidos pela legislação brasileira, como extintor de incêndio e protetor de caçamba. Uma operação similar já acontece no centro de distribuição de Guaíba, RS.

O empreendimento ficará localizado próximo ao Porto de Suape em uma área de 50 mil metros quadrados, com capacidade para receber até 30 mil unidades por ano. A previsão de abertura é no primeiro trimestre de 2016.

O local empregará cerca de 40 funcionários diretos e indiretos e fará a distribuição dos veículos produzidos no Brasil –Corolla e Etios – e na Argentina – Hilux e SW4 – para os concessionários da marca na região Nordeste.

“O Nordeste é extremamente importante para os negócios da Toyota do Brasil, sendo uma das regiões onde registramos o maior crescimento em vendas em 2014 [15% em comparação com 2013]”, afirmou Kondo em comunicado.

Ainda segundo o presidente “a implantação do centro de distribuição, somado à expansão da capacidade produtiva da fábrica de Sorocaba, SP, anunciada há três semanas, reforça o compromisso da Toyota com o País”.

O novo empreendimento de Pernambuco reduzirá em 13% as emissões de CO2 das operações logísticas da Toyota e será a oitava unidade da montadora no Brasil, incluindo fábricas e centros de distribuição.

Chery inicia produção em série do Celer em Jacareí

A Chery iniciou na sexta-feira, 6 de fevereiro, a produção em série na nova fábrica de Jacareí, no Vale do Paraíba, Interior paulista. A iniciativa ocorre pouco mais de cinco meses depois da inauguração oficial da planta, ocorrida em 28 de agosto de 2014.

Efetivamente o primeiro veículo de origem chinesa fabricado no Brasil, o modelo a estrear a linha foi a nova geração do Celer, em versão hatch. A carroceria sedã entra em linha também imediatamente, enquanto a nova geração do QQ apenas no segundo semestre do ano. A fabricante, entretanto, não comenta índice de nacionalização obtido nem atual volume diário de fabricação – apenas que pretende elevar gradativamente o ritmo produtivo, que deverá dobrar a cada mês.

De acordo com porta-voz da montadora a previsão é encerrar este ano com 30 mil unidades fabricadas em Jacareí, na soma das duas versões do Celer e do QQ. O volume é 20 mil unidades menor do que a projeção revelada pela Chery na ocasião da inauguração da fábrica, de 50 mil unidades para este ano.

O lançamento do Celer nacional está agendado para abril.

A capacidade da fábrica, que deverá produzir também um terceiro modelo, um SUV, é de 150 mil unidades/ano. Na cerimônia de inauguração o vice-presidente da Chery, Zhou Biren, revelou que o objetivo é comercializar de 100 mil a 120 mil veículos no País até 2018, com a operação local funcionando a pleno vapor.

O investimento na fábrica de Jacareí foi de US$ 400 milhões. O anúncio oficial aconteceu em setembro de 2010, mas o assentamento da pedra fundamental ocorreu apenas em julho de 2011. Até a inauguração transcorreram 37 meses – as obras tiveram início em maio de 2012 –, e três anos e meio de lá até o início efetivo da produção em série na unidade.