Inadimplência estaciona nos 3,9%

Pelo terceiro mês consecutivo a inadimplência do setor automotivo ficou estável. Segundo dados divulgados pelo Banco Central do Brasil na terça-feira, 25, os atrasos nos pagamentos de veículos por pessoas físicas superiores a noventa dias se manteve em 3,9% no mês passado, mesmo índice registrado em janeiro e dezembro.

Trata-se também do menor nível de inadimplência para o setor desde 2011, pelo menos.

O índice caiu 1,2 ponto porcentual na comparação com fevereiro do ano passado, quando os atrasos nos financiamentos de veículos alcançaram 5,1%. Desde abril de 2014 não há crescimento na inadimplência: todos os meses sequentes apresentaram retração ou estabilidade na comparação com o anterior.

Segundo o Banco Central os atrasos superiores a noventa dias de todo o sistema financeiro ficou estável em 2,8%. No crédito às famílias o indicador cresceu 0,1 ponto porcentual, para 3,8%, enquanto nos financiamentos para as empresas houve estabilidade em 2%.

Marcopolo lidera programa de capacitação de fornecedores no Sul

A Marcopolo liderará projeto de desenvolvimento de fornecedores em Caxias do Sul, RS. Lançado oficialmente na quarta-feira, 25, tem como intuito capacitar e fortalecer as empresas do setor automotivo naquela região. Inicialmente 31 companhias de porte pequeno e médio participarão do programa de fomento.

Nelson Gehrke, diretor de aquisição e logística da Marcopolo, pormenorizou em nota que “as participantes receberão apoio e orientações necessárias para melhorar seu desempenho e estar mais bem preparadas para fornecer às grandes indústrias”.

A seleção de empresas atendeu a critérios tais como ser fornecedor estratégico para novos desenvolvimentos e possuir sede na região da Serra Gaúcha. Até 30 de setembro de 2016 as participantes contarão com consultorias para melhorias de gestão de processos, a partir da metodologia Lean Manufacturing.

Segundo Gehrke a meta é capacitar a cadeia de suprimentos, elevar o padrão de qualidade e competitividade, aumentar a capacidade de inovação e gerar melhorias nos aspectos de gestão, metodologia e perpetuação dos negócios.

O programa inclui ainda a criação de um Portal de Negócios para integrar os fornecedores à empresa âncora, a Marcopolo, e posteriormente a outras possíveis clientes.

O programa de capacitação é realizado em parceria com a UCS, Fundação Universidade de Caxias do Sul, e com o APLMMeA, Arranjo Produtivo Local Metalmecânico e Automotivo da Serra Gaúcha. Ele foi apresentado pelo MDIC, Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, e nacionalmente conta com 11 projetos de mesmo escopo em andamento, sete no setor automotivo e quatro no de petróleo, e faz parte do PNDF, Programa Nacional de Desenvolvimento de Fornecedores.

GM produzirá nova geração do Cruze no México

A General Motors anunciou investimento de US$ 350 milhões para produzir a nova geração do Cruze na fábrica de Ramos Arizpe, no México. O valor faz parte do pacote de US$ 5 bilhões divulgado pela companhia em dezembro do ano passado, um plano de modernização das operações mexicanas para consolidá-la como a sexto maior fornecedora global de veículos da GM.

Em comunicado o presidente da GM México Ernesto Hernández afirmou que 7% do volume de produção da companhia sairá das linhas de montagem de Ramos Arizpe. Segundo ele a unidade tornou-se um “imã para os investimentos da GM em nível global”.

O Cruze atualmente é produzido em São Caetano do Sul, SP, e em Lordstown, Ohio, nos Estados Unidos, dentre outros locais. A próxima geração sairá das linhas da unidade de Santa Fé, na Argentina – fato ainda não oficialmente confirmado pela companhia –, e da fábrica mexicana.

No comunicado divulgado à imprensa mexicana a GM confirmou que o Cruze seguirá em produção também nos Estados Unidos, mas nada mencionou sobre o futuro do modelo nas operações brasileiras ou argentinas.

O Complexo da GM Ramoz Arizpe foi inaugurado em maio de 1981 e produz aproximadamente 25% do volume da companhia no México, com 173,4 mil unidades fabricadas no ano passado. Segundo a companhia 87% do volume produzido na unidade tem como destino outros mercados, como Arábia Saudita, Argentina, Brasil, Canadá, Colômbia, Coreia do Sul, China, Estados Unidos, Japão, Paraguai, Rússia e União Europeia.

Corolla – Outra montadora que prepara para breve um anúncio de investimentos para o México é a Toyota. Segundo a Agência Reuters a aprovação da diretoria da montadora japonesa para a produção do sedã Corolla deverá sair em abril, para início de produção em 2009. O objetivo maior é abastecer o mercado estadunidense.

A companhia é a única dentre as grandes fabricantes de automóveis que ainda não produz veículos de passeio no país – na unidade de Baja Califórnia, no México, produz a picape Tacoma.

Setor reduz em 1,7% investimento em propaganda

A indústria automotiva reduziu em 1,7% os investimentos em propaganda nos meios de comunicação no ano passado, ao aplicar em torno de R$ 8,4 bilhões em jornais, revistas, internet, televisão aberta e fechada, cinema e publicidade urbana. O setor foi o quinto maior anunciante, atrás do comércio varejista, setor de higiene pessoal e beleza, serviços ao consumidor e mercado financeiro e securitário, de acordo com levantamento do Ibope Monitor.

A fatia de participação do setor dentro do valor aplicado em anúncios nos meios de comunicação caiu de 8% em 2013 para 7% no ano passado.

No levantamento do Ibope Monitor são considerados valores da tabela cheia dos anúncios veiculados nos meios de comunicação. Descarta-se, portanto, eventuais descontos conquistados nas negociações das empresas com a mídia, prática comum do mercado publicitário.

Dentre as trinta empresas que mais anunciaram no ano passado de acordo com o levantamento do instituto, seis são montadoras – coincidentemente as seis que mais venderam automóveis e comerciais leves no mercado brasileiro em 2014. Fiat, General Motors, Volkswagen, Hyundai-CAOA, Ford e Renault ocuparam a 11ª, 14ª, 16ª, 21ª, 26ª e 29ª posição do ranking, respectivamente.

Nenhuma montadora esteve dentre os dez maiores anunciantes. À frente da líder do setor e 11ª do ranking, Fiat, ficaram Via Varejo – a união das Casas Bahia com o Ponto Frio – Unilever, Genomma, Caixa, Ambev, Hypermarcas, Petrobras, Telefônica, Banco do Brasil e Reckitt Benckiser.

Volkswagen e Renault reduziram seus investimentos de 2013 para 2014. Os alemães aplicaram pouco mais de R$ 1 bilhão no ano passado, valor 15% inferior ao de um ano antes, quando lideraram o ranking de anunciantes do setor automotivo com R$ 1,2 bilhão em propaganda. Já a Renault, quarta montadora que mais investiu em publicidade em 2013, foi a apenas a sexta no ano passado, reduzindo em 31,9% o valor aplicado – de R$ 949,5 milhões para R$ 646,8 milhões.

A Hyundai-CAOA elevou consideravelmente o valor aplicado em propaganda nos meios de comunicação no ano passado. Em 2013 foram R$ 665,5 milhões e, no ano passado, R$ 846,2 milhões, alta de 27,1%. De sexto passou para quarto maior anunciante do setor, superando Ford e Renault.

O ranking de investimento em publicidade das montadoras é quase um espelho do ranking de vendas de automóveis e comerciais leves. A exceção é justamente a Hyundai-CAOA, sexta em vendas e quarta maior anunciante. Ao subir essas duas posições a companhia derruba a Ford, quarta em vendas e quinta em anúncio, e a Renault, quinta em vendas e sexta em investimento publicitário.

Gastos x Emplacamentos – A Agência AutoData dividiu o valor aplicado em propaganda divulgado pelo Ibope Monitor pela quantidade de modelos emplacados no ano passado e o resultado é um valor aproximado de quantos reais cada empresa gasta em anúncio para cada automóvel vendido.

A Hyundai-CAOA é, dentre as seis líderes do ranking, a que mais investe nessa relação. No ano passado cada automóvel, comercial leve e caminhão vendido da marca – inclui a família HB20, o caminhão HR e a gama de importados comercializada pela rede de concessionárias Caoa – custou R$ 3 557,78 em propaganda.

A marca recuperou a liderança, que em 2013 coube à Renault. Os franceses apertaram os gastos e ficaram com a segunda posição, investindo R$ 2 727,18 por cada automóvel licenciado.

A líder em vendas e gastos em publicidade, Fiat, fechou o ano com a menor relação investimento x licenciamento: R$ 1 675,80 por veículo.

Novo J5 já aparece no site da Jac Motors brasileira

Há pouco mais de três anos o sedã médio J5, da Jac Motors, desembarcava no Brasil exibido em campanha publicitária em horário nobre com o apresentador Fausto Silva, o Faustão. Dessa vez a nova versão do modelo chegou de forma bem mais discreta e já aparece no site da montadora.

Ao menos até o momento não houve divulgação para a imprensa tampouco campanha publicitária específica para o novo J5. As fotos do modelo, bem como sua ficha técnica, estão no site da montadora e destacam mudanças no design exterior e interior do veículo. Nota-se que agora o sedã traz lanternas dianteiras com luzes diurnas em LED e kit multimídia. De acordo com o site o veículo tem ainda o TPMS, sensor de pressão dos pneus.

O modelo continua sem oferta de câmbio automático, o que neste segmento é fator limitante. Também continua sem versão flex – o motor permanece o mesmo da geração passada, 1.5 VVT. Com seis anos de garantia, o novo J5 tem revisão de 3 mil km gratuita e o consumidor pagará R$ 348 pela checagem dos 10 mil km.

Segundo vendedor da Jac Motors consultado pela Agência AutoData o modelo ainda não está sendo comercializado – a previsão é que comece a ser vendido no segundo semestre. O preço estimado é de R$ 59 mil a R$ 62 mil, valor ao menos R$ 6 mil mais caro do que o praticado para o modelo antigo, a R$ 53 mil.

Ainda de acordo com o vendedor neste momento não há J5 0 KM à venda no País, uma vez que a versão antiga parou de ser oferecida e a nova ainda não chegou às lojas. “Temos uma fila de espera de nível nacional de cerca de 120 consumidores aguardando o novo J5”, garantiu o vendedor, de concessionária de São Paulo.

Desde que foi lançado, em março de 2012, 4 mil unidades do J5 foram comercializadas, de acordo com números da Fenabrave. No primeiro trimestre desse ano foram apenas 59: sendo 36 em janeiro, 14 em fevereiro e 8 em março, comprovando o ritmo de retirada do produto das concessionárias.

O J5 concorre diretamente em um dos segmentos mais disputados do mercado brasileiro, que tem como principais líderes Toyota Corolla e Honda Civic. Há opções de quase todas as montadoras e que vão desde VW Jetta e Ford Focus sedã a Fiat Linea, passando por outros como Kia Cerato, Nissan Sentra, Renault Fluence e Citroën C4 Lounge.

LiuGong inaugura fábrica em Mogi Guaçu

Depois de XCMG e Hyundai Heavy Industries – ambas de origem asiática – inaugurarem fábricas de máquinas de construção no Brasil, agora foi a vez da LiuGong Machinery, que vende seus equipamentos importados no País desde 2007 a partir de escritório em Belo Horizonte, MG.

De origem chinesa, a empresa aportou sua unidade fabril no município paulista de Mogi Guaçu e realizou cerimônia oficial de início de atividades na sexta-feira, 20.

Segundo informações da Investe São Paulo, Agência Paulista de Promoção de Investimentos e Competitividade, a LiuGong investirá R$ 120 milhões na operação ao longo de três anos.

A partir de abril a fábrica montará pás carregadeiras e escavadeiras em regime CKD. Posteriormente entrarão em linha também retroescavadeiras, motoniveladoras e rolos compactadores.

Porta-voz da empresa revelou à Agência AutoData que a LiuGong conta com fornecimento global de motores Cummins, transmissões ZF e bombas hidráulicas Kawasaki. Inicialmente os componentes virão da China, mas a empresa já negocia contratos locais.

A estimativa é alcançar índice de nacionalização de 60% “o mais rápido possível”. O porta-voz revelou também que “já há buscas para fornecimento local de uma série de partes, tais como peças forjadas”.

De acordo com informações da Investe São Paulo “a cidade de Mogi Guaçu oferece fácil acesso a alguns dos principais fornecedores de peças na região e sua localização estratégica é fundamental para o plano de negócios” da empresa.

A LiuGong tem outras quatro unidades no mundo, instaladas, além da China, na Polônia, Índia e Argentina. No Brasil contratará inicialmente 60 funcionários, mas a projeção é de alcançar seiscentos tão logo atinja capacidade total de 1,5 mil unidades/ano.

Metalúrgicos ameaçam greve na Chery em Jacareí

A Chery começou a enfrentar problemas com o sindicato dos metalúrgicos antes mesmo de entregar à rede concessionária o primeiro lote de Celer produzido em Jacareí, SP. Na manhã da terça-feira, 24, os trabalhadores cruzaram os braços por cerca de duas horas e meia para exigir da empresa a assinatura da convenção coletiva da categoria – algo que, segundo a entidade, vem sendo negociado desde agosto do ano passado.

O sindicato é o mesmo que representa os trabalhadores da General Motors em São José dos Campos, SP, conhecido por ser duro nas negociações. Em nota os sindicalistas alegam que os salários dos trabalhadores da Chery estão abaixo dos praticados pelas montadoras da região e acusam a companhia de oferecer condições e direitos de trabalho incompatíveis com a legislação brasileira.

E exemplifica: “As atividades de funilaria e solda são feitas de forma braçal, sem equipamentos adequados, desrespeitando as normas de segurança e expondo os trabalhadores a alto risco de doenças ocupacionais. Também há denúncias de péssima qualidade na alimentação.”

De acordo com a entidade existem também terceirizações em setores que são vetados pela CLT, como o de manuseio.

Em comunicado a Chery negou as acusações e afirmou seguir rigorosamente a legislação brasileira desde o início de suas atividades no País, ainda como importadora, em 2009. Informou também que mantém diálogo com o sindicato há meses.

Foi agendada para a quarta-feira, 25, nova reunião do sindicato com a montadora. Segundo a Chery a reunião tem como objetivo a aprovação de uma proposta que atenda aos interesses de todas as partes.

Antônio Ferreira de Barros, o Macapá, ameaça greve: “A Chery está pensando que o Brasil é a China. Não existem motivos para continuar praticando salários e direitos inferiores aos da categoria. Ou a empresa muda a postura ou haverá greve.”

Embora a inauguração tenha ocorrido em agosto do ano passado, a produção comercial do Celer começou apenas em 6 de fevereiro. Diante das dificuldades econômicas do País a companhia reduziu sua meta de produção, de 30 mil unidades para 25 mil veículos no primeiro ano de operação.

Na nota o vice-presidente Luiz Curi reforçou o compromisso de continuar contribuindo com o desenvolvimento da região e prometeu criar mais 120 vagas de emprego no segundo semestre, ampliando o quadro de funcionários atual, que conta com cerca de quinhentos trabalhadores.

O primeiro lote de Celer produzido no Brasil será entregue à rede em 6 de abril, segundo informações divulgadas pelo sindicato.

Basf ampliará fábrica de catalisadores em Indaiatuba

A evolução dos motores que equipam os veículos produzidos em solo brasileiro é um dos principais desafios da divisão de catalisadores automotivos da Basf para os próximos anos. A empresa quer fazer parte da geração de powertrain em desenvolvimento aqui, como no caso dos motores 1.0 três cilindros.

Segundo Antônio Lacerda, vice-presidente sênior da Basf para a América do Sul, as montadoras estão exigindo a participação dos fornecedores desde a fase inicial de projeto de novos motores:

“Sabemos que nossa participação no desenvolvimento pode contribuir para um produto com melhor desempenho. Estamos constantemente em busca de novas tecnologias”.

O recém-chegado Jeep Renegade, por exemplo, possui catalisador fornecido pela Basf. “Queremos estar presentes em cada modelo novo que desembarcar no País.”

Para garantir que poderá atender os clientes a empresa estuda ampliar suas instalações em Indaiatuba, SP, onde está a fábrica de catalisadores. De acordo com Marc Ehrhardt, vice-presidente sênior do Negócio de Catalisadores, a unidade será modernizada e ganhará uma área nova.

“Ainda estamos definindo o cronograma e o volume a ser investido, mas pretendemos trocar algumas das máquinas mais antigas e ampliar a capacidade de produção da fábrica.”

Em cerimônia realizada na terça-feira, 24, a Basf comemorou 15 anos da unidade. Diversos executivos da empresa e representantes de montadoras estiveram presentes no evento, que assinalou ainda marco de 14 milhões de catalisadores produzidos no local desde sua fundação.

Segundo a companhia os componentes fabricados na unidade evitaram despejo de cerca de 20 milhões de toneladas de poluentes por automóveis, caminhões e motocicletas no Brasil e nos países vizinhos.

Quando a fábrica foi inaugurada, em 2000, eram apenas vinte funcionários e duas linhas de produção de catalisadores – atualmente trabalham cem pessoas no local, em cinco linhas. De acordo com Ehrhardt “esses números devem ficar ainda maiores nos próximos anos”.

Mesmo com o mercado automotivo enfrentando um momento de contração a Basf não deixará de investir no País, garante Jeffrey DeAlmeida, diretor de catalisadores para a América do Sul.

“Nenhuma montadora deixou de investir no Brasil e nós vamos acompanhar o movimento de otimismo, pois acreditamos que a indústria local se recuperará em breve e queremos estar prontos para quando o crescimento chegar.”

Renegade chega no dia 10 por R$ 70 mil

O céu encoberto e a chuva perene que dominaram a segunda-feira, 23, no Rio de Janeiro, RJ, não tinham nada a ver com os idílicos verões cariocas e muito menos com o horizonte ensolarado que a FCA imagina para o Renegade. Ainda assim o primeiro veículo produzido pela Jeep na nova fabrica de Goiana, PE, foi exibido para imprensa em clima de euforia.

Sem meias palavras Sérgio Ferreira, diretor da Jeep na América Latina, afirmou que o modelo será líder do segmento de SUV compactos no Brasil, posto hoje ocupado pelo Ford EcoSport, secundado pelo Renault Duster – e já para 2015.

Parece tarefa desafiadora, mas o site da Jeep, até a metade de março, já contava com mais de 20 mil cadastros para pré-compra das três versões de acabamento – Sport, Longitude e Trailhawk. Isso sem que os consumidores soubessem o preço de cada uma delas, algo revelado somente na chuvosa noite da segunda, 23: o modelo tem preços a partir de R$ 69,9 mil, com câmbio manual e motor flex 1.8, mas a fabricante promete versão de entrada para daqui três meses a R$ 66,9 mil.

O topo de gama tem valor sugerido de R$ 117 mil. A diesel mais barata, R$ 99 mil, e as intermediárias R$ 89 mil flex 1.8 e R$ 110 mil diesel.

Alem da tradição dos modelos Jeep, ícone do segmento em todo o mundo e que aqui foram produzidos durante duas décadas a partir dos anos 60, a empresa aposta do pacote de recursos tecnológicos e de conforto e na oferta de motor turbodiesel 2.0 em todas as versões.

Os dois motores podem ser associados a caixas de marchas manual ou automática – de nove marchas no caso do turbodiesel e seis nos flex. Único pênalti é que para dispor de tração nas quatro rodas, quase uma lei para um herdeiro dos pioneiros utilitários da marca, o consumidor terá que desembolsar mais: o 4×4 estará presente apenas nas versões a diesel.

Ao que parece essa limitação não incomoda os dirigentes da Jeep, cuja rede de concessionários será oficialmente aberta esta semana com 120 casas e chegará a duzentas até o fim do ano, segundo o cronograma da empresa revelado na semana passada. O interesse pelas versões a diesel na pré-consulta esteve acima das expectativas, assegurou Ferreira, sem no entanto exibir números.

De qualquer maneira a Jeep espera um mix de vendas de 22% da versão diesel.

O Renegade entra para história do setor automotivo brasileiro como o veículo que marcou a volta da Jeep ao Brasil, mas também por ser produzido na primeira fábrica inaugurada após a consolidação mundial da FCA, Fiat Chrysler Automobiles, e dispor de conteúdos inéditos para um produto nacional, como sistema auxiliar de estacionamento ou teto totalmente removível.

A apresentação do Renegade no Rio de Janeiro teve abrangência continental. A FCA convidou jornalistas de todos os países sul-americanos, destinos do SUV já partir do segundo semestre. A participação das exportações este ano, tudo indica, será tímida. A montadora entende que a prioridade imediata será abastecer o mercado interno, até porque em breve, até o encerramento de 2016 – embora a empresa não confirme oficialmente –, o Renegade dividirá o mesmo teto pernambucano com outro produto Jeep e mais um Fiat.

Faturamento global da Cummins deve crescer de 2% a 4%

Depois de alcançar faturamento global recorde em 2014, na casa dos US$ 19,2 bilhões e superando em 11% o do ano anterior, a Cummins estima crescer mais em 2015, na faixa de 2% a 4%.

De acordo com Luis Pasquotto, presidente da Cummins América do Sul e vice-presidente da Cummins Inc., o melhor resultado até então havia sido conquistado em 2011, quando chegou a US$ 18 bilhões.

“O mercado dos Estados Unidos continua se fortalecendo, mas a situação de outros países e regiões, como a América do Sul, é diferente. Ainda assim estamos confiantes em consolidar nossa participação, expandir-nos em segmentos como o de geração de energia e formar novas parcerias. Não são muitas empresas que cresceram dois dígitos em 2014 e que projetam nova alta para este ano.”

Os Estados Unidos responderam por 56% do faturamento, enquanto a região que compreende América do Sul e México obteve fatia de 8%.

Incluindo vendas da Cummins em conjunto com joint-ventures regionais os negócios na América do Sul e México foram de US$ 1,52 bilhão. O Brasil representa 53% dessa receita, algo em torno de US$ 805,6 milhões, e lidera o faturamento na região, seguido por Chile, com 23%, Argentina, 8%, Peru, 7%, e Colômbia, 6%. Os demais países da região, juntos, participaram com 3% do total.

Segundo Pasquotto empresas mineradoras do Chile e do Peru postergaram investimentos em equipamentos, o que impactou negativamente o resultado. Mas vê a região plena de oportunidades no médio e longo prazo:

“Há mudanças na legislação de emissões: a Colômbia ruma para o Euro 4 e o Chile para o Euro 5. Há ainda a demanda por energia e investimentos em infraestrutura que dependem de máquinas de construção e caminhões vocacionais”.

Os negócios da Cummins na região são liderados pela divisão de motores, com fatia de 41%, seguida por distribuição de peças, motores e serviços, com 31%. Na sequência vêm a divisão de componentes, que abrange filtros, turbos e sistemas de pós-tratamento, com 14%, e geração de energia, também em 14%.

“Mesmo com o PIB fraco na parte sul do continente há espaço para crescermos, principalmente em setores como o de energia. Não compensa a queda em motores, nosso principal negócio, mas ameniza a retração.”

Pasquotto destaca ainda que há excesso de caminhões com baixa quilometragem, em função da menor quantidade de cargas a se transportar. “Isso impacta nossos negócios na reposição, de modo que esses veículos demandam menos peças.”

No Brasil – A produção total brasileira de motores diesel, incluindo aqueles destinados à agricultura, construção civil, geração de energia, marítimos, caminhões e ônibus, somou 54 mil 101 unidades, baixa de 22,4% na comparação com os 69 mil 722 fabricados em 2013.

Por seus cálculos a Cummins lidera na participação de motores para caminhões acima de 3,5 toneladas, com 28% do mercado. Para ônibus a empresa detém fatia de 13%.

A empresa já tem participação confirmada na 20ª edição da Fenatran, Salão Internacional do Transporte, que abrirá as portas ao público neste ano em 9 de novembro no Pavilhão de Exposições do Parque Anhembi, em São Paulo.

“Será um desafio para as empresas participantes, principalmente as montadoras, que investirão em um grande evento durante período no qual o mercado não está aquecido.”