A Delphi fechou contrato para fornecer sistemas de partida a frio a duas novas fabricantes. Além de Honda, Toyota e a Jac Motors na China – esta usa componentes exportados pela unidade brasileira –, modelos de mais duas marcas serão equipados com o sistema nos próximos meses, ainda mantidos em sigilo.
Luiz Corrallo, presidente da Delphi América do Sul, acrescentou que há outros contratos em negociação. A empresa participa da Automec 2015, que chegou ao segundo dia na quarta-feira, 8, no Pavilhão de Exposições do Parque Anhembi.
Quanto ao momento atual, o executivo revelou que “a queda no fornecimento a montadoras neste ano está estimada em 10% a 15%. No ano passado já houve baixa, o que resulta em declínio de 25% nos últimos dois anos”.
Já no mercado de reposição a expectativa é crescer 5%. “Cerca de 10% dos nossos negócios são direcionados ao segmento da reposição, o que nos rende importantes ganhos, mas que não são suficientes para reverter a curva.”
Para o executivo, o sistema para motores flexíveis é um exemplo de inovação a ser seguido no mercado brasileiro. “Há muito a ser feito no que diz respeito à eletrônica embarcada. Os veículos nacionais evoluíram em desenho, mas quase nada em sistemas eletrônicos. Temos a expertise, estamos prontos: produzir e avançar aqui é uma questão de demanda.”
Ciao, Ocap – O segundo dia de Automec trouxe apresentação da Ocap, Officine Canavesane di Precisione. A fabricante italiana de peças de suspensão expôs, pela primeira vez, linha de bandejas, pivôs e outros componentes para suspensão e sinalizou que chegará ao mercado nacional de reposição no segundo semestre deste ano.
Ronaldo Teffeha, gestor comercial da marca no País, destacou que a empresa fornece mundialmente componentes para montadoras na linhas leve – Fiat Chrysler, Nissan, Peugeot, Audi, Lamborghini e Volkswagen, dentre outras – e pesada, com DAF, Iveco e Dana.
“Estudamos onde será nosso centro de distribuição. A ideia é, posteriormente, também produzir localmente, visto que nossos clientes mundiais estão aqui e enxergamos um enorme potencial no Brasil, tanto em reposição quanto OEM, independente da situação momentânea. O fornecimento de equipamentos a tratores também está em estudo.”
A empresa está em processo de constituição no Brasil e estima, a partir de segundo semestre do ano que vem, iniciar a produção local. A região não foi definida, segundo Teffeha, que deu algumas pistas: “O Sudeste sem dúvida é mais interessante em termos de logística”.
Ele acrescentou que “a projeção é de alcançar, na primeira fase, com importações, receita anual de € 2 a 3 milhões”.