Citroën C3 passa a ser o automático com menor preço do Brasil

São Paulo – A Citroën apresentou uma versão nova de seu C3, produzido em Porto Real, RJ: a Live Pack, equipada com motor 1.6 16V aspirado e câmbio automático de seis velocidades, passa a ser a opção mais econômica para o consumidor brasileiro interessado em modelos dotados de câmbio automático. É comprado, via internet, por R$ 93 mil 990. Nas concessionárias fica R$ 2 mil a mais e supera, em preço, o Fiat Argo automático.

O C3 Live Pack 1.6 traz todos os itens da Live Pack 1.0, lista interessante de equipamentos para o segmento como o Citroën Connect compatível com Android Auto e Apple CarPlay sem fio, direção elétrica, ar-condicionado, vidros e travas elétricas, controle de estabilidade e tração e assistente de partida em rampa.

A nova versão fica posicionada em espaço de mercado que vai do Fell 1.0 ao Fell Pack 1.6 automático, ocupando espaço intermediário no portfólio C3. De janeiro a setembro foram comercializadas 21,3 mil unidades do hatch.

Indústria de duas rodas registra a maior produção acumulada desde 2013

São Paulo – A produção acumulada de motocicletas das empresas fabricantes instaladas em Manaus, AM, representadas pela Abraciclo, chegou a 1 milhão 323 mil unidades, o maior volume neste período nos últimos dez anos. Na comparação com iguais meses de 2022 a expansão foi de 10,4%.

Este porcentual de crescimento a indústria de duas rodas projeta manter até o fim do ano, segundo o presidente Marcos Bento: “A indústria opera dentro do que foi planejado e segue o seu ritmo de produção para atender à demanda de mercado que continua em alta”. 

Em outubro houve uma desaceleração de 4,4% com relação ao mesmo mês de 2022, somando 131,3 mil motocicletas fabricadas. Na comparação com setembro a queda foi de 6,4%.

A produção em alta no ano foi puxada pela demanda reprimida do mercado interno, que avançou 19,2% ante os dez primeiros meses de 2022, com 1 milhão 319 mil motocicletas. Em outubro foram vendidas 137,7 mil unidades, volume 14,5% superior ao de outubro do ano passado e 2% maior do que o de setembro.

As exportações são o ponto negativo da indústria de duas rodas em 2023, com queda de 36,2% até outubro e 30,4 mil unidades negociadas. Foram exportadas em outubro 2 mil motocicletas, queda de 50,2% na comparação com o mesmo mês do ano passado e alta de 60,3% sobre setembro.

VW Financial Services conquista selo ouro por ação para reduzir emissões

São Paulo – Tanto a Volkswagen Financial Services como a Volkswagen do Brasil obtiveram certificado de selo ouro do Programa Brasileiro GHG Protocol, iniciativa vinculada ao Centro de Estudos em Sustentabilidade da FGV: trata-se de reconhecimento a empresas que mensuram seus lançamentos de gases de efeito estufa. As duas empresas têm compromisso de neutralizar as emissões de carbono até 2030.

Com validade de um ano, podendo ser renovadas, as certificações contemplam os inventários relativos ao ano de 2022. O selo ouro é a mais alta qualificação concedida pelo programa GHG Protocol e vem acompanhado da certificação ISO 14064-1, da Organização Internacional de Normatização, que dita os princípios e requisitos necessários para desenvolver, relatar e gerenciar os inventários de emissão de poluentes atmosféricos.

Continental faz parceria com Kinsol para gerar energia solar

São Paulo – A Continental acordou parceria com a Kinsol a fim de instalar, gradativamente, painéis de energia solar nas mais de seiscentas lojas suas. O objetivo é também utilizar esta energia limpa para abastecer estações de recargas de carros elétricos, que serão instaladas nessas unidades.

A expectativa, de acordo com a companhia, é de que até o fim de 2024 mais de 60% dos revendedores oficiais da Continental Pneus estejam com painéis solares e estações de recarga instaladas.

Vendas financiadas de veículos avançam em outubro

São Paulo — Em outubro foram financiadas as vendas de 543 mil veículos, novos e usados, incluindo leves, pesados e motos. O volume representa incrementos de 16,4% frente ao número do mesmo mês em 2022 e de 6,6% ante setembro. Foi o que apontou a B3, que opera o SNG, Sistema Nacional de Gravames, que reúne o cadastro das restrições financeiras de veículos dados como garantia em operações de crédito.

Houve crescimento em todas as categorias, com média diária de 25,4 mil financiamentos de veículos. Destaque para pesados, cuja compra a prazo avançou 22,1% em comparação a outubro do ano passado e 18% com relação a setembro. Automóveis leves apresentaram aumento de 14,2% frente ao mesmo mês de 2022 e de 6,3% ante o mês anterior. E motos avançaram 22,4% na comparação anual e 5,1% na mensal.

No acumulado do ano já foram financiadas as vendas de 4,8 milhões de veículos, 8,2% mais do que de janeiro a outubro de 2022, o que representa aumento de 370 mil unidades.

Maior exigência da legislação deverá puxar mercado da ZF

São Paulo – Otimista com o avanço das exigências tanto do Contran como do Latin NCap, que ajuda a puxar a adesão a requisitos de segurança veicular, a ZF estima que seu mercado para a aplicação de tecnologias seja crescente no Brasil. Durante entrevista coletiva de imprensa realizada na segunda-feira, 13, Plínio Casante, gerente sênior de engenharia e operações da ZF na América do Sul, apresentou estudo da Bright Consulting segundo o qual, em 2028, haverá 2,9 milhões de veículos produzidos para o mercado brasileiro e, com o avanço das regulamentações, a partir de 2026 e 2027, o porcentual de carros equipados com câmaras inteligentes de segurança chegará a 40%.

Para efeito de comparação, das 2,2 milhões de unidades que a indústria espera produzir este ano, 23% contam com este dispositivo. Contribui com este avanço o fato de que o Latin NCap, em referência do Euro NCap, tem avaliado não só a proteção dos ocupantes mas também a de pedestres. Assim como sistemas que possam mitigar ou evitar acidentes.

E, para alcançar cinco estrelas, não basta somente dispor dessas funcionalidades nos carros topo de linha. É preciso levá-las para as versões de entrada.

“Para evitar este tipo de situação e beneficiar montadora com cinco estrelas, sendo que na prática os carros mais vendidos não têm esta proteção, foram estabelecidos níveis de aplicação mínima na produção. Então, para este ano, 30% da produção total precisam estar equipados com frenagem autônoma de emergência para cidade e rodovia e com detecção de pedestre para que a montadora tenha o benefício da pontuação adicional.”

No caso da identificação de saída de faixa e assistência de saída de faixa, que é executado pela câmara, necessariamente o índice é ainda maior, de 45%. Hoje, portanto, montadoras já perdem pontos porque não conseguem atingir este porcentual.

E os requisitos de segurança que serão exigidos pelo Contran, baseado nas informações recebidas das montadoras, segundo Casante, estão muito próximos de tornarem-se regulamentação. Funcionalidades que exigem o ADAS, como alerta de saída de faixa, que exige câmara, seria para novos modelos a partir de 2026. A frenagem autônoma de emergência para obstáculos dinâmicos, a partir de 2025, e a frenagem autônoma de emergência para obstáculos fixos, a partir de 2028: “A partir de 2029 100% da frota terá de estar equipada com essa funcionalidade, que exige câmaras inteligentes”.

O executivo assinalou que as funcionalidades ADAS cobradas pelo Latin NCap e pelo Contran e que são as que mais adicionam valor para proteção, mitigação e para evitar mortes, seria o FCW, alerta de colisão frontal, o AEB, frenagem autônoma de emergência, o LDW, alerta de saída de faixa por vibração no volante e sonoro, e o LKA, assistente de manutenção de faixa que vai prover torque leve para corrigir a saída.

Uma vez que se tem a câmara podem ser agregadas funções de conforto e segurança. Por exemplo: o AHB, farol alto automático, que em situação de pouca visibilidade é acionado quando não houver outro veículo na pista. Com o ACC, controle de cruzeiro adaptativo, é possível programar uma velocidade determinada e o sistema mantém distância segura do carro da frente. Ainda o TSR, reconhecimento de sinalização de velocidade, sem conexão com GPS, faz a leitura de uma placa e, se o controle de cruzeiro adaptativo estiver ligado, além de emitir o alerta o carro é ajustado a ela automaticamente.

Plínio Casante alertou que a mudança visando à maior segurança veicular passa, também, por uma questão cultural: que os motoristas acionem os recursos. Crédito: Divulgação.

Cerca de 12,5% dos acidentes está relacionada à reação tardia ou ineficiente

Tudo isto vem ao encontro de dados crescentes de acidentes em rodovias brasileiras, o que tem estimulado maior rigor. Dados do relatório de acidentes rodoviários da CNT de 2022 apontam uma média de sete acidentes a cada 10 quilômetros de rodovia, o que acende luz a respeito da importância de se ampliar a segurança nas vias. A cada cem acidentes com vítimas, dez são fatais. Adicionalmente 60% dos acidentes são causados por colisão.

“A principal causa dos acidentes nas rodovias brasileiras se deve à reação tardia ou ineficiente o condutor, cerca de 12,5% do total estão ligadas a este fator e é exatamente aí que o ADAS consegue agregar valor porque avisa e ordena ações que minimizam acidentes.”

Informações do AAA Fundation de 2023 mostram que a contribuição do ADAS nas ruas, estradas e rodovias nos próximos trinta anos é de que pode evitar até 37 milhões de acidentes – isto só nos Estados Unidos. Redução de 16% no número de acidentes com feridos e de 22% no total de vítimas.

“Isto graças à frenagem autônoma de emergência, assistência de manutenção de faixa e detecção de ponto cego, os três principais contribuidores para embasar a pesquisa nas próximas três décadas.”

Casante ressaltou que isso será possível apenas se os motoristas acionarem as ferramentas pois muitos desligam a assistência por se irritarem com os bips: “Ou seja: conseguir evitar acidentes é uma questão cultural”.

Sobre a decisão do governo de elevar, de forma escalonada, o imposto de importação para veículos eletrificados a partir de janeiro de 2024, o gerente sênior de engenharia e operações da ZF na América do Sul considerou que a medida não deixa de ser um incentivo para trazer esta tecnologia e seus componentes para o País.

“É uma forma de proteger quem se instalou aqui, investiu e apostou em algo que não está muito claro que diretriz vai tomar, embora a tendência seja a de que no Brasil os híbridos cresçam cada vez mais.”

A ZF acredita que, globalmente, em 2025, em torno de 24% dos veículos de passeio serão elétricos, 30% híbridos e 46% a combustão. Em 2030 49% deverão ser movidos a bateria, os mesmos 30% híbridos e 21% a combustão.

Fórum do Biogás debate o futuro do setor

São Paulo – O avanço e o futuro do biogás e do biometano no Brasil foram debatidos durante o 10º Fórum do Biogás, realizado em São Paulo, pela Abiogás, Associação Brasileira do Biogás. O setor calcula que poderá gerar até 49 mil empregos diretos até 2029, ampliando para 6,6 milhões de m³ de biometano produzidos por dia no Brasil. Esta é a projeção com a qual a associação trabalha a curto prazo, mas o potencial produtivo do País é muito maior, podendo chegar a 216 milhões de m³ por dia, caso os investimentos necessários sejam feitos e o mercado evolua, o que geraria mais de 800 mil empregos diretos e indiretos.

Com perspectiva de crescimento para os próximos anos a Abiogás assinou termo de cooperação técnica com a Seenemar, Secretaria de Energia e Economia do Mar do Rio de Janeiro, para acelerar o desenvolvimento do biometano e do biogás no Estado. O acordo terá duração até o fim de 2025 e prevê a criação de novos projetos, debates e realização de eventos para troca de informações sobre o setor. 

Renata Isfer, presidente executiva da Abiogás, que abriu o evento, disse que a décima edição do Fórum acontece em um momento crucial para o setor: “A tecnologia para a cadeia do biogás e do biometano já se desenvolveu e as autoridades e governos já perceberam a importância fundamental dessas fontes na matriz energética brasileira. Por isto estamos colaborando intensamente para tornar essas transformações realidade e acreditamos que isso será realidade nos próximos anos”.

O biogás e o biometano são vistos como uma grande alternativa para a descarbonização de setores desafiadores, como os veículos pesados, e também para gerar para o País a autossuficiência energética. Atualmente o Brasil possui novecentas plantas de biogás no Brasil e outras vinte de biometano, sendo que a produção de biometano em seis unidades é autorizada pela ANP e, por isto, pode ser distribuída para todo o Brasil, enquanto as outras catorze são fábricas para uso interno, sem comercialização.

ZF busca ampliar a nacionalização de itens ADAS

São Paulo – Atenta ao avanço da legislação brasileira determinada pelo Contran, e também pelos requisitos de segurança e tecnologia amplificados pelo Latin NCap, a ZF planeja nacionalizar câmaras que integram a tecnologia ADAS, sistema avançado de assistência ao motorista. Segundo Plínio Casante, gerente sênior de engenharia e operações na América do Sul, ocorrerá em um “futuro breve”.

Casante contou, durante entrevista coletiva de imprensa realizada na segunda-feira, 13, que está nos planos da ZF a produção local de câmaras e, eventualmente, de radares, na fábrica de Limeira, SP, que, segundo ele, possui toda capacidade para produzir este tipo de tecnologia.

“Além de atender aos requisitos do Latin NCap vemos grandes indícios, com base nos pedidos das montadoras, que essa será a tendência para o nosso mercado. Estamos com estudos de caso para tornar viável o investimento, em estágio bastante avançado, pois falamos que em 2026, 2027 40% da frota disporá da tecnologia. A ZF está atenta a estes dados e, com certeza, se posicionará estrategicamente com recursos para a região.”

A ZF já desenvolveu, testou e anunciou o início da produção em larga escala de sua quinta geração de câmaras na passagem de 2024 para 2025. E, segundo Casante, o objetivo é que esta geração, assim como a anterior, a 4.8, sejam industrializadas no Brasil: “Temos hoje a mesma tecnologia que existe no Exterior, em carros brasileiros, apenas as funcionalidades mudam um pouco porque os requisitos caminham em um passo mais lento por aqui. Mas o produto é o mesmo”.  

Andrew Whydell, vice-presidente global de planejamento e estratégia de produtos do Grupo ZF, afirmou que essas câmaras são menores e mais fáceis de ser instaladas atrás do retrovisor dos veículos e, nesta nova geração, têm melhora no desempenho e no campo de visão, de 120 graus, 20% a mais que a geração anterior, e detectam com precisão pedestres, bicicletas e motocicletas com mais de quatro vezes a resolução de imagem, de 8 megapixels:

“Nosso sistema de câmaras é tão ou mais sensível que os olhos humanos. Ele é bom também para procurar marcas de faixas no solo, ainda que estejam um pouco apagadas, e ajudam, ainda, com problemas de clima. Nos Estados Unidos pedimos para ampliar a grossura das faixas de 10 para 15 centímetros pois, assim, ele poderá enxergar ainda mais longe”.

Segundo ele a companhia já produziu mais de 50 milhões de câmaras automotivas, sendo 10 milhões somente no ano passado.

Casante lembrou que a tecnologia ajudará os veículos em localidades em que a infraestrutura é precária, caso de muitas vias brasileiras, e que a câmara saberá, por exemplo, pelo GPS, e a partir de informações em nuvem, onde deveria estar a faixa, compensando assim a perda de infraestrutura.

Quanto aos radares eles complementam o trabalho das câmaras oferecendo a detecção de medidas, seja de velocidades relativas e distâncias também. Eles fazem a fusão de sensores junto com os dados das câmaras e vão além da classificação de objetos, veículos e sinalização de trânsito, dispondo de informações mais precisas.

Linha de eletrônicos em Limeira completou dez anos e emprega, em sua maioria, mulheres: 56% dos 32 funcionários. Crédito: Divulgação.

Fábrica de Limeira está pronta para receber produtos de mais alta tecnologia

Hoje são produzidos em Limeira módulos eletrônicos de airbags – sendo a última geração disponível globalmente –, controladores da parte de freios, que sucederam ao ABS e, a partir do ano que vem, com a regulamentação do Contran que exige o controle de estabilidade.

Casante destacou que a ZF foi o primeiro produtor eletrônico nacional a fabricar módulos de controle de segurança eletrônica como os de airbag e ABS e, mais recentemente, em outubro, lançou o primeiro módulo eletrônico para o controle de estabilidade para veículos de passageiros. Ressaltou que a unidade brasileira da companhia foi a primeira, em âmbito global, a lançar a última geração do módulo eletrônico para direção elétrica integrada ao motor.

“Isso mostra que nossa fábrica tem capacidade de estar totalmente atualizada às tecnologias que são produzidas lá fora a ponto de sermos pioneiros dentro do grupo com uma última tecnologia em direção às colunas de direção elétrica.”

Inaugurada dez anos atrás a linha de eletrônicos já produziu mais de 7 milhões de unidades de controles eletrônicos e a expectativa é que, em breve, supere os 8 milhões. Ali a maioria das ações do processo produtivo é feita por máquinas, totalmente automatizada. E do efetivo de 32 operadores 56% são mulheres.

Ao todo a unidade de Limeira, herdada da TRW Automotive e da Freios Varga, especializadas em sistemas de freios, direção, airbags e eletrônicos, cuja aquisição foi concluída em 2015, emprega cerca de 1,5 mil profissionais.

Brasil é o grande mercado para desenvolvimento do biometano

São Paulo – Trezentos engenheiros da Scania sediados em São Bernardo do Campo, SP, estão liderando a pesquisa do desenvolvimento global de veículos movidos a biometano, segundo Gustavo Bonini, seu diretor institucional. A companhia aposta todas as fichas no biometano para a transição energética do combustível fóssil para os eletrificados.

Bonini participou de um dos painéis do 10º Fórum do Biogás, em São Paulo. Ele disse que o Brasil é o grande mercado para o biometano:

“Em 2018 esse tipo de combustível era uma grande novidade, mas agora já é uma realidade. A Scania produz o seu caminhão movido a biometano em São Bernardo do Campo, com tecnologia e fornecedores locais”.

O diretor contou que, com o avanço deste tipo de motorização no mercado, a Scania ampliou a localização de componentes e, atualmente, um veículo movido a biometano é apenas 12% mais caro do que um modelo similar com motor diesel Euro 6, contra 30% inicialmente – a diferença ainda existe por causa da escala produtiva, alega o executivo. Desta forma o investimento adicional se paga pouco tempo após a aquisição, puxado pelo menor custo com combustível, sem considerar todos os ganhos que as transportadoras têm com a redução na emissão de CO2. 

A infraestrutura tem cenário dividido pelo País. Em alguns estados já está pronta, caso de SP, RJ, MG e PR, porque é a mesma usada para distribuir o GNV. Em outros ainda precisa avançar mais. Para o abastecimento no posto existe uma pequena mudança que precisa ser realizada na bomba de combustível, que Bonini acredita que será um investimento de fácil absorção pelos postos à medida que notarem demanda pelo biometano. 

A Scania também começará a usar o biometano como fonte de energia dentro da sua fábrica em São Bernardo do Campo, abandonando o gás natural nas áreas em que ele é usado: “A sustentabilidade também envolve as nossas operações e utilizaremos o biometano em operações internas. Esta é uma das ações de tantas outras ligadas ao impacto da produção no meio ambiente, como a nossa estação de tratamento de efluente que foi inaugurada no ano passado”.

Chassi elétrico será testado no Chile, México e Indonésia

São Bernardo do Campo, SP – De olho na licitação da Transantiago, sistema de transporte de passageiros da Capital do Chile, a Mercedes-Benz enviará nas próximas semanas um chassi elétrico eO500U para ser testado no país. México e Indonésia também receberão, mais à frente, unidades para testes, segundo Sérgio Magalhães, diretor geral de ônibus da Mercedes-Benz para a América Latina.

Sérgio Magalhães

Todo o Hemisfério Sul é alvo para a Mercedes-Benz, que apresentou o eO500U na última BusWorld, feira dedicada ao setor de ônibus realizada em Bruxelas, Bélgica. Como na parte Sul do globo é mais comum o modelo de produção nacional, de chassis e carrocerias separados, estes mercados podem comprar o modelo elétrico produzido em São Bernardo do Campo, SP. A fábrica hoje envia chassis, com motor diesel, para mais de quarenta países.

Outros países da América do Sul, que já integraram ônibus elétricos ao seu sistema, também são candidatos. Magalhães citou Uruguai, Peru e Colômbia. Mas nestes mercados, além de especificações diferentes, existe a forte concorrência dos modelos chineses, que já estão dominando as vendas.

Disse Magalhães, embora sem citar a capacidade produtiva, que a fábrica tem condições de atender a todos os pedidos, mesmo com o avanço que os ônibus elétricos deverão ter no mercado brasileiro nos próximos meses, sobretudo com as encomendas de 2,4 mil unidades que São Paulo pretende fazer até o fim do ano que vem.