Funcionários da Volvo mantêm greve em Curitiba, PR

Os metalúrgicos da Volvo em Curitiba, PR, mantiveram movimento de greve na segunda-feira, 11. A paralisação foi iniciada na sexta-feira, 8, depois que a empresa informou o encerramento do segundo turno da fábrica de caminhões.

Uma reunião do Sindicato dos Metalúrgicos da Grande Curitiba com a Volvo, mediada pelo Ministério Público do Trabalho, MPT, discutiu a paralisação na tarde de segunda-feira. Até o início da noite o resultado do encontro não havia sido divulgado.

Em comunicado a Volvo afirmou que terá de encerrar o segundo turno da produção de caminhões, provocando um contingente excedente de 600 funcionários. A nota afirma que “em esforço para evitar demissões, a empresa está propondo algumas ações: reduzir para R$ 15 mil o valor do Programa de Participação nos Lucros e Resultados, PLR, e fazer reajuste salarial considerando reposição da inflação no período”.

Desde o ano passado a montadora lançou mão de férias coletivas e banco de horas para reduzir os volumes de produção. O complexo da Volvo no Paraná emprega 4,2 mil funcionários em cinco unidades: caminhões, ônibus, caixas de câmbio, cabines e motores.

Em nota o presidente do sindicato, Sérgio Butka, afirmou que “é inaceitável o posicionamento da empresa em não querer negociar para tentar impor ao trabalhador uma proposta de flexibilização que já foi rejeitada por todos”.

Férias coletivas – Enquanto isso Fiat e Ford anunciaram novo período de férias coletivas a partir de segunda-feira, 11. A montadora instalada em Betim, MG, informou por meio de nota que dois mil trabalhadores ficarão afastados por vinte dias. “O objetivo é ajustar a produção à demanda de mercado”, afirmou a companhia.

Já a Ford realizará uma parada na produção da unidade de São Bernardo do Campo, SP, até dia 22 de maio. Além disso, a montadora afirmou em nota que lançará mão de “suspensão temporária do contrato de trabalho, lay-off, para empregados da fábrica de São Bernardo do Campo”.

Segundo o Sindicato dos Metalúrgicos do ABC o grupo compreende cerca de 200 metalúrgicos, que ficarão afastados por cinco meses.

Na unidade são produzidos o New Fiesta hatch e os caminhões Ford.

Um mesmo cenário, várias interpretações

Quando, no inicio deste junho, a Anfavea refez para baixo, pela segunda vez no ano, sua projeção de vendas e de produção de veículos para 2015, a entidade, na prática, formalizou algo que até as paredes mais distraídas das salas de trabalho dos executivos deste setor já vinham ouvindo com alguma frequência.

Ou seja: originalmente esperado para o segundo trimestre, o início do processo de retomada das vendas do setor atrasará. Ficará muito provavelmente para o terceiro trimestre. Talvez até para último quarto do ano.

Como intervalo de tempo, a mudança nem chega a ser tão significativa – algo de três a seis meses. Todavia, como a projeção da entidade segue o calendário gregoriano, que termina em dezembro, esta redução no numero de meses ainda disponíveis em 2015 para a recuperação das vendas até agora perdidas potencializou sobremaneira o impacto negativo de maio no resultado final do ano.

Daí, aliás, a provável explicação para o fato da repercussão da nova projeção da Anfavea ter sido bem acima do que seria razoável pela dimensão real do fato. É um cenário que permite, de fato, várias interpretações.

De forma geral, as empresas entraram neste ano projetando vendas fracas no primeiro trimestre em função do esperado ajuste fiscal federal. O início de recuperação se daria a partir do começo do segundo trimestre.

Neste quadro, as vendas no segundo semestre compensariam a queda a ser registrada no primeiro e, na conta final do ano, o resultado seria igual a zero, pouco a mais, pouco a menos. Quando foi ficando evidente que as complicações na esfera política alongariam o prazo do ajuste fiscal, o que adiaria o início do processo de retomada do setor mais para o final do segundo trimestre, a Anfavea refez pela primeira vez sua projeção para este ano. Para menos 10%.

Não sem razão. Afinal, se antes se projetava um trimestre de queda, um de relativo equilíbrio e dois com algum crescimento, o novo cenário passava a indicar até cinco meses de queda, os mesmos três de relativo equilíbrio e apenas quatro com algum crescimento.

Nas contas apresentadas pela Anfavea no início de junho, na prática passa-se a admitir como possível que, neste ano, de seis até nove meses poderão ser de queda em relação ao período anterior. Restariam, então, para compensar a queda, apenas três meses com relativo equilíbrio ou, na melhor das hipóteses, algum crescimento. Muito pouco.

Resultado: nova projeção para 2015, agora com queda de 17,8% na produção e de 20,6% na produção de veículos.

Há, no entanto, pelo menos um ponto que merece análise mais acurada neste cenário: ao contrário do que pode ter sido equivocadamente interpretado pela ampla repercussão da nova mudança nas projeções da Anfavea, não houve, em maio, qualquer degradação mais acentuada dos números em relação ao primeiro quadrimestre do ano.

Tanto em termos produção quanto de vendas, o setor se manteve, no mês, exatamente dentro do mesmo patamar registrado de janeiro a abril, da ordem de 210 mil a 220 mil unidades, conforme mostram os quadros publicados na parte final desta edição, parte integrante de Indicadores.

Ou seja: embora tenha se mantido desconfortável, a situação não piorou em maio. Apenas não melhorou, tal como se esperava, o que é completamente diferente.

O que mudou: ao adiar por mais algum tempo a projeção do inicio da fase de recuperação das vendas, o resultado deste quinto mês acabou tendo reflexos consideráveis na projeção da Anfavea para o ano como um todo. Somou, na prática, os efeitos de um mês a mais de queda ao de um mês a menos de recuperação. Num ciclo gregoriano, de doze meses, isto fez grande diferença.

Há que se atentar, todavia, para o fato de que, embora tenha sido deslocada adiante no tempo, a aposta na retomada das vendas permanece firme no radar. Isto significa que a entidade continua acreditando que o setor automotivo no Brasil não desceu um degrau e nem voltou a se fixar definitivamente no mesmo patamar de há dez anos.

Permanece firme o entendimento de que o movimento agora enfrentando pelo setor não é o da letra “L”, de escada abaixo, em direção a um patamar inferior. Mas, sim, o da letra “V”, aquele no qual uma vez alcançado o fundo do poço, a bola bate e sobe novamente.

Neste contexto, a nova projeção da Anfavea pode e deve ser entendida apenas como um indicativo de que, computados os resultados de maio, o mais provável é que este movimento em “V” pode até ter passado a ter um ângulo de abertura um pouco maior do que o inicialmente projetado. Mas permanece sendo um movimento em “V”, o que faz toda a diferença em relação ao futuro.

Trocando em miúdos: ainda que o início do processo de retomada só aconteça, de fato, em algum momento do último trimestre deste ano, empresa que tiver ano fiscal em abril muito provavelmente já vai apresentar para a matriz números anualizados bem mais confortáveis.

Um mesmo cenário, várias interpretações

Quando, no inicio deste junho, a Anfavea refez para baixo, pela segunda vez no ano, sua projeção de vendas e de produção de veículos para 2015, a entidade, na prática, formalizou algo que até as paredes mais distraídas das salas de trabalho dos executivos deste setor já vinham ouvindo com alguma frequência.

Ou seja: originalmente esperado para o segundo trimestre, o início do processo de retomada das vendas do setor atrasará. Ficará muito provavelmente para o terceiro trimestre. Talvez até para último quarto do ano.

Como intervalo de tempo, a mudança nem chega a ser tão significativa – algo de três a seis meses. Todavia, como a projeção da entidade segue o calendário gregoriano, que termina em dezembro, esta redução no numero de meses ainda disponíveis em 2015 para a recuperação das vendas até agora perdidas potencializou sobremaneira o impacto negativo de maio no resultado final do ano.

Daí, aliás, a provável explicação para o fato da repercussão da nova projeção da Anfavea ter sido bem acima do que seria razoável pela dimensão real do fato. É um cenário que permite, de fato, várias interpretações.

De forma geral, as empresas entraram neste ano projetando vendas fracas no primeiro trimestre em função do esperado ajuste fiscal federal. O início de recuperação se daria a partir do começo do segundo trimestre.

Neste quadro, as vendas no segundo semestre compensariam a queda a ser registrada no primeiro e, na conta final do ano, o resultado seria igual a zero, pouco a mais, pouco a menos. Quando foi ficando evidente que as complicações na esfera política alongariam o prazo do ajuste fiscal, o que adiaria o início do processo de retomada do setor mais para o final do segundo trimestre, a Anfavea refez pela primeira vez sua projeção para este ano. Para menos 10%.

Não sem razão. Afinal, se antes se projetava um trimestre de queda, um de relativo equilíbrio e dois com algum crescimento, o novo cenário passava a indicar até cinco meses de queda, os mesmos três de relativo equilíbrio e apenas quatro com algum crescimento.

Nas contas apresentadas pela Anfavea no início de junho, na prática passa-se a admitir como possível que, neste ano, de seis até nove meses poderão ser de queda em relação ao período anterior. Restariam, então, para compensar a queda, apenas três meses com relativo equilíbrio ou, na melhor das hipóteses, algum crescimento. Muito pouco.

Resultado: nova projeção para 2015, agora com queda de 17,8% na produção e de 20,6% na produção de veículos.

Há, no entanto, pelo menos um ponto que merece análise mais acurada neste cenário: ao contrário do que pode ter sido equivocadamente interpretado pela ampla repercussão da nova mudança nas projeções da Anfavea, não houve, em maio, qualquer degradação mais acentuada dos números em relação ao primeiro quadrimestre do ano.

Tanto em termos produção quanto de vendas, o setor se manteve, no mês, exatamente dentro do mesmo patamar registrado de janeiro a abril, da ordem de 210 mil a 220 mil unidades, conforme mostram os quadros publicados na parte final desta edição, parte integrante de Indicadores.

Ou seja: embora tenha se mantido desconfortável, a situação não piorou em maio. Apenas não melhorou, tal como se esperava, o que é completamente diferente.

O que mudou: ao adiar por mais algum tempo a projeção do inicio da fase de recuperação das vendas, o resultado deste quinto mês acabou tendo reflexos consideráveis na projeção da Anfavea para o ano como um todo. Somou, na prática, os efeitos de um mês a mais de queda ao de um mês a menos de recuperação. Num ciclo gregoriano, de doze meses, isto fez grande diferença.

Há que se atentar, todavia, para o fato de que, embora tenha sido deslocada adiante no tempo, a aposta na retomada das vendas permanece firme no radar. Isto significa que a entidade continua acreditando que o setor automotivo no Brasil não desceu um degrau e nem voltou a se fixar definitivamente no mesmo patamar de há dez anos.

Permanece firme o entendimento de que o movimento agora enfrentando pelo setor não é o da letra “L”, de escada abaixo, em direção a um patamar inferior. Mas, sim, o da letra “V”, aquele no qual uma vez alcançado o fundo do poço, a bola bate e sobe novamente.

Neste contexto, a nova projeção da Anfavea pode e deve ser entendida apenas como um indicativo de que, computados os resultados de maio, o mais provável é que este movimento em “V” pode até ter passado a ter um ângulo de abertura um pouco maior do que o inicialmente projetado. Mas permanece sendo um movimento em “V”, o que faz toda a diferença em relação ao futuro.

Trocando em miúdos: ainda que o início do processo de retomada só aconteça, de fato, em algum momento do último trimestre deste ano, empresa que tiver ano fiscal em abril muito provavelmente já vai apresentar para a matriz números anualizados bem mais confortáveis.

Bosch capacitará 25 fornecedores até 2016

Com objetivo de proteger e estimular sua cadeia de fornecedores a Bosch brasileira colocou em prática programa de capacitação que visa ajudar 25 empresas a evoluírem em gestão, produtividade e competitividade.

A ação é realizada em parceria com o programa de Desenvolvimento de Fornecedores Automotivos, criado pelo Ministério de Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, o MDIC.

O programa demandará investimento de R$ 3,5 milhões, sendo esta conta dividida em 41% para a Bosch, 34% para o MDIC e 25% para os próprios fornecedores – neste caso, para cada deles, o aporte pode ser diluído em vinte vezes.

Segundo Besaliel Botelho, presidente da Bosch América Latina, o programa é uma ferramenta importante e pouco onerosa. “É um investimento baixo diante das melhorias que o programa pode trazer.”

Durante 24 meses representantes da Bosch e consultores nomeados pelo MDIC acompanharão o dia-a-dia dos 25 fornecedores da sistemista, oferecendo sugestões de melhorias em três pilares de gestão: lean management, liderança e gestão de custos e finanças.

Em fevereiro deste ano cinco fornecedores da Bosch, tiers 2 e 3, abriram as portas de suas fábricas. Em abril, outras cinco empresas passaram a contar com a consultoria e até 2016 todo o grupo terá trabalhos em andamento. O principal objetivo é ampliar a produtividade e a eficiência dessas companhias.

A Bosch não revela a lista de fornecedores por questão de confidencialidade ligada ao programa.

Ainda de acordo com Botelho, a cadeia automotiva brasileira de fornecedores está enfrentando situação difícil devido ao alto nível de endividamento, baixa rentabilidade e grande pressão por redução de custos, além da concorrência vinda do Exterior.

“Nossa expectativa é que esse programa melhore o nível de competitividade de nossos fornecedores.”

FOCEM-AUTO – Outro programa de capacitação de fornecedores, o Focem-Auto, começa a demonstrar resultados práticos.

O Focem é o Fundo para a Convergência Estrutural e Fortalecimento Institucional do Mercosul, e o programa tem o apoio da ABDI, Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial. O orçamento é de US$ 4 milhões, cerca de US$ 3 milhões do Focem e US$ 1 milhão da ABDI, e no Brasil atende em especial empresas pequenas e médias fabricantes de autopeças da região do ABCD, muitas delas do segmento de ferramentaria.

A primeira fase do projeto, iniciado em 2013, trouxe números positivos.

De acordo com a instituição desde então foi registrado um aumento de 31% na produtividade média geral das empresas atendidas pelo programa. Esta veio especialmente por crescimento de 50% no tempo disponível para uso das máquinas, em razão de ampliação da eficiência da utilização dos equipamentos, além de expansão de 83% do uso de 5S, conhecida metodologia de melhorias contínuas no ambiente de trabalho.

Vendas de motocicletas recuam 10,7% no quadrimestre

Os emplacamentos de motocicletas recuaram 10,7% no primeiro quadrimestre deste ano em comparação com o mesmo período de 2014. Segundo números divulgados na segunda-feira, 11, pela Abraciclo, o mercado interno absorveu 435 mil 127 unidades este ano, volume, portanto, inferior às 487 mil 50 em 2014.

Em abril as vendas somaram 108 mil 167 motocicletas, baixa de 11,2% ante abril passado, quando foram emplacadas 121 mil 744 unidades, e de 13,1% em relação a março, mês com volume de 124 mil 507 unidades.

A média diária de vendas alcançou 5 mil 408 unidades, 11,1% menos que abril do ano passado e 4,4% abaixo da média de março.

Também os indicadores de produção estão em declínio: saíram das linhas 462 mil 43 motocicletas neste ano, 17,4% menos que as 559 mil 75 no primeiro quadrimestre de 2014.

No mês passado a queda foi mais acentuada, alcançando os 30,7%: foram produzidas 101 mil 856 motocicletas, enquanto no mesmo mês de 2014 o total foi de 146 mil 902.

Marcos Fermanian, presidente da Abraciclo, afirmou em nota que os indicadores refletem as incertezas do cenário macroeconômico. “O consumidor se mostra apreensivo diante do baixo crescimento da economia brasileira, aceleração da inflação e riscos à empregabilidade. Após as férias coletivas de meio de ano, esperamos uma melhora nos negócios em função de fatores que poderão estimular o mercado, como o Salão Duas Rodas, em outubro.”

Como diversas empresas do setor automotivo, também as fabricantes de motocicletas começam a aplicar esforços no mercado externo. As associadas da Abraciclo valem-se também dessa estratégia e já aferem dados positivos: os embarques em abril totalizaram 2 mil 761, alta de 63,8% em comparação aos 1 mil 686 realizados em março.

Porém o comparativo em relação às 6 mil 958 motocicletas exportadas em abril passado ainda é fortemente negativo, em 60,3% – resultado da baixa de negócios com a Argentina.

No quadrimestre as motocicletas exportadas alcançam 9 mil 112 unidades, queda de 72,9% ante o mesmo período de 2014, com 33 mil 577 unidades.

Vendas na Argentina caem 12,5% no acumulado do ano

As vendas de veículos na Argentina apresentaram queda de 12,5% no quadrimestre. De janeiro a abril foram emplacadas 177,3 mil unidades, ante 202,6 mil um ano antes.

Os dados são da Adefa, entidade equivalente à Anfavea daquele país.

Apenas em abril o mercado argentino comercializou 46,3 mil unidades, uma retração de 9,7% na comparação anual. Em relação a março a baixa foi ainda maior, de 12,2%.

Ainda segundo a Adefa a produção voltou a registrar números inferiores. No quadrimestre saíram das linhas de montagem instaladas na Argentina 170,1 mil unidades, queda de 17,6% na comparação com os primeiros quatro meses de 2014.

Em abril, isoladamente, foram fabricados 46,6 mil veículos, retração de 21,2% na comparação anual. Em relação a março, quando foram produzidas 52,3 mil unidades, a queda foi de 10,9%.

As exportações complementam a série de números negativos: de janeiro a abril as remessas chegaram a 81,6 mil veículos, montante 23,6% menor quando comparado ao mesmo intervalo de 2014.

No mês passado as exportações somaram 21,2 mil unidades, representando recuo de 34,6% na comparação anual. Já em relação a março, quando a remessa chegou a 28,5 mil veículos, a baixa foi de 25,7%.

Acordo automotivo – Na última sexta-feira, 8, aconteceu reunião do ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, MDIC, Armando Monteiro, com representantes da Argentina no Itamaraty.

Segundo nota do MDIC o encontro contou com a presença Ministro da Economia da Argentina, Axel Kicillof, e o chanceler argentino, Hector Timerman, e teve como objetivo debater, de forma ampla, todas as questões que envolvem a pauta comercial dos dois países.

Segundo porta-voz da Anfavea, durante a reunião houve “avanços significativos” quanto à renovação do acordo comercial automotivo de Brasil e Argentina, mas ainda não houve uma definição sobre o assunto. Ainda não há data agendada para um novo encontro que dará andamento ao acordo – o tratado atual vale apenas até 30 de junho.

Anfir: queda de 38,6% no quadrimestre.

A indústria de implementos rodoviários fechou o quadrimestre com queda de 38,6% nos licenciamentos. Segundo dados divulgados pela Anfir, a associação que representa as empresas do setor, foram comercializados 30,5 mil reboques, semirreboques e carrocerias sobre chassis de janeiro a abril, ante as 49,7 mil unidades de um ano atrás.

A retração foi maior no segmento pesado, de reboques e semirreboques: 50,7%, passando das 19 mil unidades do primeiro quadrimestre do ano passado para 9,3 mil unidades nos primeiros quatro meses de 2015. Na linha leve o recuo chegou a 31,2%, de 30,7 mil produtos para 21,2 mil implementos rodoviários.

Em comunicado o presidente reeleito da Anfir, Alcides Braga, pede socorro ao governo. “O ano se aproxima de sua metade e qualquer ação para ajudar a indústria precisa ser tomada com rapidez, para que seus eventuais efeitos consigam reduzir as perdas ainda em 2015”.

A Anfir encaminhou em março ao Mdic um pedido para acelerar o estabelecimento do programa de renovação de frota e alterações no PSI Finame, ampliando a participação do BNDES para até 80% do valor financiado do bem – atualmente está em 70% para pequenas e médias e 50% para grandes empresas. Segundo a associação ambos os pedidos estão em estudo pelo ministério.

Nova diretoria – Em 23 de abril a Anfir realizou sua Assembleia Geral Ordinária, onde por aclamação a chapa única foi eleita para compor a diretoria, o Conselho de Administração e o Conselho Fiscal, no mandato de 2015 a 2018.

Alcides Braga, da Truckvan, permanece como diretor presidente da associação por mais um mandato, assim como Mário Rinaldi seguirá como diretor executivo.

Laureados os líderes do ranking AutoData de Qualidade e Parceria

Os maiores líderes do Ranking AutoData de Qualidade e Parceria foram laureados em evento que reuniu aproximadamente cem convidados no Milenium Centro de Convenções, na Zona Sul de São Paulo, na tarde da quarta-feira, 10.

Os homenageados receberam certificados, cunhados em placas de metal, alusivos à sua colocação no Ranking, que em 2015 chegou à sua segunda edição.

O ranking reflete a presença regular e constante das empresas elencadas no triênio 2013-2015 nos principais prêmios do setor automotivo brasileiro, como das montadoras Agrale, Fiat, Ford, General Motors, Honda, Hyundai, Mercedes-Benz, PSA Peugeot Citroën, Renault, Toyota e Volkswagen, além daqueles concedidos pelo Sindirepa e pela AutoData Editora.

Nesta segunda edição a NGK sagrou-se bicampeã ao repetir a primeira colocação do Ranking de 2014. A seguir ficaram Magneti Marelli, Bosch e Schaeffler – as quatro, assim, automaticamente passam a concorrer na categoria Qualidade e Parceria do Prêmio AutoData 2015 – considerado o Oscar do setor automotivo brasileiro.

O Ranking AutoData de Qualidade e Parceria e sua relação de 50 empresas representa o crème de la crème do setor automotivo brasileiro no triênio 2013/2015, e foi tabulado a partir de lista total de quase trezentas empresas mencionadas nos diversos prêmios do setor no período.

Eleição sem dissidência na Anfavea

Aquela posição de espaldar mais alto na cabeceira da mesa de 20 m2 de madeira de lei – 12,5 m por 1,6 m –, estendida pela sala oficial de reuniões da diretoria da Anfavea e do Sinfavea, ladeada por dezesseis poltronas confortáveis de cada lado, é um símbolo representativo do poder das duas associações. Seu atual ocupante, Luiz Moan Yabiku Júnior, da General Motors, é taxativo ao explicitar sua relação com a posição: “Por mais afeto que eu tenha pela entidade nunca foi um sonho meu ser seu presidente mas, sim, uma tarefa. Por essa razão não pretendo nem almejo um segundo mandato. Isso é algo fora de questão”.

Mas não foi bem exatamente disto o que gente que vive próxima da entidade, e do setor automotivo brasileiro, foi tomando conhecimento ao longo dos últimos três, quatro meses. E o informe, passado de boca a boca, à sorrelfa, dava conta da possibilidade de, realmente, haver uma autêntica rebelião na futura eleição visando à escolha das novas diretorias das entidades, marcadas para fevereiro do ano que vem.

O que se dizia?: que aquela parcela de empresas associadas insatisfeita com a negativa, demonstrada até agora pelas cinco grandes que dividem o poder, de acesso à presidência – em outras palavras negativa à expansão da alternância de poder – estariam, finalmente, dispostas a bancar a dissidência pela primeira vez numa história de 59 anos completada em 15 de maio.

Nos tempos mais modernos, posteriores à primeira grande consolidação do setor automobilístico brasileiro – depois que Volkswagen assumiu Vemag, que Ford assumiu Willys, que Fiat Diesel assumiu FNM, que Presidente foi à falência, que Fiat começou a operar –, Fiat, Ford, General Motors, Mercedes-Benz e Volkswagen, como associadas de maior receita, concederam a si o privilégio de se alternar na presidência do sindicato e da associação. No caso da Fiat passaram-se dezenove anos até que representante seu fosse eleito, na esteira da indicação anterior de representante da Mercedes-Benz, há muito mais tempo à espera.

As empresas newcomers, particularmente aquelas que aportaram aqui no boom do fim dos anos 90, foram mantidas, até agora, fora da divisão desse bolo que, se supõe, seja muito saboroso. Daí um certo sentimento de injustiça, de não plena categorização de todas as empresas associadas como iguais.

Daí, também, a recusa de newcomers mais contemporâneas de solicitar ingresso no sistema Anfavea/Sinfavea: além da democracia apenas aparente, alegam, o valor da associação seria alto demais, um acinte. Daí terem aderido à Abeifa assim que a antiga entidade representativa de empresas importadoras modificou seu estatuto para também abrigar montadoras de veículos.

Essa questão vem sendo discutida, oficialmente e não, desde que a primeira newcomer se associou, no fim dos anos 90, e o melhor argumento daquelas cinco grandes mais antigas é o de que faltaria, às mais novas, executivos de maior massa crítica associativa, gente com experiência e quilometragem rodada na representação efetiva do setor.

Mostra a história que, antes de chegar à ambicionada primeira vice-presidência o candidato presuntivo à presidência passa anos a fio como vice-presidente e como coordenador de uma das várias comissões técnicas que animam como poucas o dia-a-dia da entidade. Mas mostra, também, que a maior parte dos executivos responsáveis pelas operações das primeiras newcomers aprendeu e apreendeu suas atividades nas… empresas pioneiras.

Mas as notícias davam conta de que a boa vontade de algumas associadas estaria no nível do esgotamento, exatamente pela falta de paralelismo e de similaridade que as tornavam associadas de segunda classe. Nesse cenário trabalhou-se, diz-se, com dois quadros. Num deles o atual presidente, Moan, seria cooptado pelas forças da dissidência. No outro quadro o cabeça de chave seria representante de uma das empresas rebeldes – ou de uma daquelas empresas neutras, ainda suficientemente pequenas para estar acima do mar e da terra.
E aí seria bater chapa contra chapa.

Luiz Moan negaceia seu conhecimento com relação a esse tipo de articulação. Deixa claro que o início do processo eleitoral está agendado para o mês que vem, e que está comprometido com a candidatura vigente, a do seu primeiro vice-presidente, Antônio Megale, representante da Volkswagen.

Um dos executores da força da tradição Moan conhece, de sobra, o tamanho da encrenca. Dotado do mesmo conhecimento, e com experiência à toda prova, resta a Megale atitude positiva e afirmativa até sua entronização – e a quase certeza de que será na sua gestão que se chegará ao acordo para desatar o nó da alternância ao poder. Aos dissidentes recomenda-se, de acordo com a força imanente da tradição, tratar de fugir ao destrambelho.

NGK é bicampeã do Ranking AutoData de Qualidade e Parceria

O Ranking AutoData de Qualidade e Parceria chegou à sua segunda edição. A NGK foi bicampeã do reconhecimento, iniciado em 2014. Outros destaques principais foram a Magneti Marelli, Bosch e Shaeffler: as quatro estão agora automaticamente classificadas para o Prêmio AutoData 2015 na categoria Qualidade e Parceria.

Em relação ao ano passado a Magneti Marelli subiu um degrau, da terceira para a segunda posição, mesmo caso da Shaeffler, que foi do quinto para o quarto posto.

O ranking é formado por meio do estudo da presença – e, também, da frequência – dos fornecedores dos diversos grupos e segmentos nos prêmios do setor automotivo brasileiro ofertados pelas fabricantes de veículos e pelas principais entidades representativas do setor, e assim reflete a regularidade dos serviços prestados por estas empresas aos seus principais clientes.

O objetivo principal deste ranking é divulgar e tornar público, todos os anos, quais são, pela ordem de importância, as 50 principais empresas fornecedoras do setor automotivo brasileiro em termos de qualidade e parceria na opinião das montadoras e das entidades e, assim, funcionar como autêntico termômetro da evolução de seu trabalho e sua imagem no País.

Para chegar ao Ranking AutoData de Qualidade e Parceria atribuiu-se notas diferenciadas aos diversos patamares de prêmios ofertados no setor ao longo do período 2013 a 2015, intervalo de tempo considerado ideal para este tipo de análise. A atribuição das notas obedeceu a uma ordem lógica de importância. Dessa forma foram levados em consideração primeiro os títulos de caráter mundial, depois os de empresa do ano, categorias e, por fim, certificados ou menções, com uma pontuação muito parecida à da Fórmula 1.

Os prêmios do Sindirepa, Sindicato da Indústria de Reparação, por serem os únicos que refletem o mercado de reposição, tiveram notas diferenciadas, assim como o Prêmio AutoData, considerado especial.

O Ranking AutoData de Qualidade e Parceria, referente a 2015, e sua relação de 50 empresas, representa o crème de la crème do setor automotivo brasileiro no triênio 2013/2015 e foi retirada de uma lista total de quase trezentas empresas mencionadas nos diversos prêmios do setor no período.