Novo Focus terá tecnologias de carros autônomos

Previsto para chegar ao mercado brasileiro no segundo semestre, a nova geração do Ford Focus trará tecnologias de assistência ao motorista semelhantes àquelas de carros autônomos em testes nas ruas e estradas de Europa e Estados Unidos. O modelo que será produzido em General Pacheco, na Argentina, foi apresentado à imprensa na quarta-feira, 13, durante seminário sobre tecnologia automotiva promovido pela montadora.

Além dos já conhecidos SYNC AppLink, o sistema de conectividade controlado por voz já disponível em outros modelos da Ford, e da Assistência de Emergência, também oferecido em outros carros do portfólio, o Focus trará estacionamento automático e assistência de frenagem de emergência.

Ambas utilizarão sensores semelhantes aos aplicados em modelos autônomos. O estacionamento automático, por exemplo, dispensa a interferência do motorista em vagas paralelas ou perpendiculares ao automóvel. Mais: além de estacionar, o sistema auxilia nas saídas das balizas – tudo por meio de sensores ultrassônicos instalados na dianteira, nas laterais e na traseira do Focus.

A assistência de frenagem de emergência, chamada de Active City Stop, funciona por meio de sensores instalados no para-brisa que monitoram a movimentação do tráfego à frente durante todo o percurso, desde que o automóvel esteja a até 50 km/h. Ao detectar uma possível colisão, reduz a velocidade e aciona o sistema de freios.

“São tecnologias inéditas no segmento do Focus”, assegurou Marcio Alfonso, diretor de engenharia, diante de unidade do modelo, versão Titanium 2.0 PowerShift, exposta no evento. Ele não ofereceu pormenores, mas admitiu que as tecnologias não estarão nas versões de entrada do modelo.

Diferentemente das tecnologias já existentes no portfólio as duas novidades do Focus dispensam o uso do smartphone. Os quatro sistemas caminham na direção em que a Ford acredita estar rumando a indústria automotiva: carro autônomos e conectados.

Desde 2012 a companhia possui um Centro de Pesquisa e Inovação em Palo Alto, no coração do Vale do Silício, na Califórnia, Estados Unidos. De lá saem as principais inovações da companhia, que serão aplicadas nos automóveis e em outros sistemas de mobilidade.

Ken Washington, vice-presidente de Pesquisa e Engenharia Avançada e responsável pelos laboratórios californianos, citou quatro megatendências que guiarão o futuro da indústria automotiva: urbanização global, classe média ascendente, qualidade do ar e mudança na atitude do consumidor. “Para isso precisamos criar a mobilidade inteligente.”

Com essas ideias nas pranchetas a Ford diversifica sua área de atuação. Além dos automóveis, que produz há cerca de um século, a companhia investe em bicicletas elétricas, que deverão trabalhar em conjunto com seus veículos e com sistemas de transporte urbano nas grandes cidades, e em sistemas de compartilhamento de automóveis.

Voltando aos carros, Washington acredita que os modelos autônomos são um caminho sem volta. “Auxílio em frenagens, manutenção dos modelos nas faixas e sensores de estacionamento, dentre outras tecnologias, tornam os modelos que estão nas ruas semi-autônomos. O futuro é reunir todas essas em um só veiculo, mas antes, precisamos melhorar a infraestrutura das cidades.”

Alfonso, diretor de engenharia, acrescenta outro importante componente: “Os carros não podem ficar mais caros, as tecnologias precisam ser acessíveis ao consumidor. Elas estão todas aí disponíveis e nosso trabalho é torná-las viáveis, a preços baixos, que o consumidor aceite pagar”.

Jeep fecha acordo de patrocínio com Flamengo

Pela segunda vez em dois anos o time de futebol do Flamengo, do Rio de Janeiro, contará com uma montadora na lista de patrocinadores. A FCA fechou acordo com o clube carioca e estampará a marca Jeep nas costas do uniforme, abaixo do número de cada jogador.

O anúncio ocorreu no estádio do Maracanã na quarta-feira, 13. Participaram do evento, pela fabricante, Sérgio Ferreira, diretor geral do Grupo Chrysler do Brasil e da marca Jeep na América Latina, João Ciaco, diretor de publicidade e marketing de relacionamento, e Marco Antônio Lage, diretor de Comunicação Corporativa e Sustentabilidade. O ex-jogador Zico foi uma das personalidades presentes.

Segundo o site da ESPN Brasil o acordo vale por oito meses – portanto durante todo o campeonato brasileiro de futebol deste ano – e custou R$ 4,5 milhões à FCA. Procurada pela Agência AutoData, a montadora não respondeu a pedido de entrevista.

Em 2013 e 2014 o Flamengo contou com patrocínio da Peugeot. Na mesma época outra montadora, a Nissan, patrocinava igualmente um time do futebol carioca, o Vasco.

Ironicamente a estreia do Flamengo utilizando o uniforme com o patrocínio Jeep acontecerá no domingo, 17, no Maracanã, em partida válida pelo Campeonato Brasileiro contra o Sport – um dos maiores times de Pernambuco, Estado onde está instalado o Polo Automotivo Jeep, inaugurado recentemente.

A Jeep patrocina também o time Juventus, de Turim, cidade-sede da Fiat na Itália. Neste caso, entretanto, a montadora é a principal apoiadora da equipe, com seu logotipo colocado em lugar de destaque, na frente da camisa.

Fras-le, Mahle Metal Leve e Tupy têm resultados positivos no primeiro trimestre

Fras-le, Mahle Metal Leve e Tupy, três fornecedoras de peças com capital aberto, divulgaram balanços positivos dos resultados do primeiro trimestre. As duas primeiras apresentaram crescimento na receita, incentivadas, principalmente, pelo desempenho no mercado externo – a Fras-le pelo resultado de suas operações internacionais e a Mahle pelo aumento nas exportações. Já a Tupy conseguiu dobrar o lucro no período.

A Mahle Metal Leve apresentou avanço de 2,2% na receita líquida do primeiro trimestre, comparado com o mesmo período do ano passado, alcançando R$ 579,4 milhões – mesmo diante de cenário de queda de 17,1% nas vendas e de 16,4% na produção brasileira de veículos, principal mercado da companhia.

Em comunicado a companhia citou três razões para driblar a crise: aumento nas vendas para a reposição e nas exportações e ganho de participação no fornecimento às montadoras.

O faturamento com o segmento de reposição nacional avançou 1,4% no trimestre, para R$ 141,8 milhões. As exportações apresentaram crescimento de 10,4% para montadoras, alcançando R$ 216,4 milhões, e 24,8% para o aftermarket, somando R$ 29,7 milhões.

A fornecedora cita também seu desempenho acima da média do mercado nacional original como um dos fatores para a subida na receita. Enquanto a produção brasileira de veículos caiu 16,4%, o fornecimento de peças da Mahle recuou 7,5%. Segundo a companhia, “em função do ganho de participação de mercado e ao maior posicionamento em montadoras que apresentaram desempenho superior à média do mercado”.

A Fras-le também fechou o trimestre com aumento na receita líquida, que subiu 5,9% sobre os primeiros três meses de 2014 e somou R$ 203,4 milhões. O mau desempenho no mercado doméstico, onde a receita recuou 9,9%, para R$ 96,8 milhões, foi compensado pelas operações da companhia no Exterior, que geraram R$ 106,6 milhões em receita, aumento de 26%.

Segundo a fabricante de sistemas de freio de Caxias do Sul, RS, o atual cenário econômico nacional inspira cautela. “A Fras-le continuará focada no controle dos seus custos operacionais, buscando alternativas para reduzir estes efeitos no seu desempenho, além de trabalhar para ampliar ainda mais a participação no mercado internacional”, afirmou, em nota, o diretor de relações com investidores Vanderlei Novello.

A companhia projeta encerrar o ano com R$ 820 milhões de receita líquida consolidada.

A Tupy, por sua vez, fechou o primeiro trimestre de 2015 com ebitda ajustado de R$ 136,8 milhões, 2,5% mais que no primeiro trimestre de 2014. A margem ebitda foi de 17,4%, a melhor margem para o trimestre desde 2010. O resultado foi obtido apesar de queda nas receitas, que no período foram de R$ 788,1 milhões, 2,1% menor que o no ano anterior.

No mesmo período o lucro líquido da Tupy foi de R$ 61 milhões, melhor resultado desde o terceiro trimestre de 2011 e alta de 101% ante primeiro trimestre de 2014.

Assim como para a Fras-le e Mahle Metal Leve grande parte da contribuição para o crescimento positivo dos números da Tupy veio do mercado externo, onde a empresa registrou ampliação de receita de 6,9% no primeiro trimestre em comparação há um ano, passando de R$ 570,8 milhões para R$ 610,3 milhões. No mesmo período, porém, a receita proveniente do mercado interno apresentou retração de 24,1%.

O resultado no mercado externo foi influenciado pela maior participação de produtos em ferro vermicular, ou CGI, de Compacted Graphite Iron, na América do Norte e à variação cambial. A participação destes produtos nas vendas foi de 13% no trimestre ante 10% em igual período de 2014. A participação do mercado externo na receita total da Tupy cresceu de 70,9% no primeiro trimestre de 2014 para 77,4% no deste ano.

Vendas de veículos crescem 4,6% nos Estados Unidos em abril

O mercado estadunidense de veículos comercializou 1 milhão 454 mil unidades em abril, em alta de 4,6% na comparação anual.

Segundo dados da Agência Reuters as vendas das montadoras asiáticas ficaram abaixo do esperado e impediram avanço maior.

As vendas da Toyota subiram 1,8% no período, enquanto as vendas da Honda caíram na mesma proporção. Na Hyundai os números foram 2,9% maiores na comparação anual, ao passo que na Kia caíram quase 1%.

No entanto, o vice-presidente de operações de vendas da GM dos Estados Unidos, Kurt McNeil, afirmou que “a indústria continua no caminho para ter seu melhor ano de vendas desde 2006”.

Há nove anos a indústria estadunidense comercializara 16,5 milhões de unidades, mesmo patamar das vendas anualizadas até abril.

Dentre as montadoras de grande volume as vendas da GM subiram 6% em abril, para 269 mil veículos, e mantiveram a companhia na liderança do mercado estadunidense.

Os números da Ford cresceram 5,4% no intervalo, para 222,5 mil unidades. Enquanto isso a Fiat Chrysler registrou aumento 5,8% nas vendas, para 189 mil veículos, puxada pela marca Jeep que saltou 20%.

Aluguel de caminhões desponta como oportunidade de vendas e serviços

As vendas de caminhões e serviços a empresas de aluguel de caminhões estão despontando como uma boa oportunidade a montadoras e concessionários. Isso porque companhias de diversos ramos têm recorrido a locadoras em vez de assumir financiamentos de veículos próprios.

Há ainda os casos de empresas que precisam de capital e, para levantar recursos, vendem os caminhões de sua frota e passam a alugar os veículos. Com dinheiro em caixa, podem investir em produtividade.

Algumas das empresas que atuam neste segmento são JSL, LM Terceirização de Frotas e Rodobens. Todas traçam estimativas positivas para o ano.

No primeiro quadrimestre deste ano a carteira de clientes da Rodobens Leasing e Locação, por exemplo, cresceu 15%. Carlos Ronaldo Paes Ferreira, diretor, relata que “para o cenário atual, trata-se de resultado surpreendente. Hoje temos carteira de 2 mil caminhões, número que antes era de pouco mais de 1 mil. Percebemos movimento crescente desde o ano passado”.

A empresa tem revenda Mercedes-Benz e observa que a busca por aquisições tem se deslocado para as locações. “E isso em todos os setores, da mineração ao varejo, passando pelo sucroalcooleiro.”

José Geraldo Junior, diretor comercial de pesados da JSL, explica que empresas que têm frotas estratégicas, mas que não têm o transporte como atividade-fim, vendem seus veículos para fazer caixa e investir em produtividade. “Por isso estimamos alta no faturamento de 20% a 30% neste ano. Alimentos, bebidas, energia e serviços são os setores mais aquecidos.”

A empresa aluga os caminhões e presta serviços de cuidados com a manutenção, documentação, gestão de multas, rastreamento e troca de pneus.

Na LM Terceirização de Frotas o horizonte também é promissor: Marcelo Taveira, diretor de compras de caminhões e distribuição, estima que novos contratos motivem a compra de 700 caminhões neste ano. “Nossas compras são sob demanda, com contratos fechados. Temos grandes negócios em andamento e a frota MAN e VW é maioria.”

Marcelo Guerra, diretor de negócios da LM, complementa afirmando que o atendimento da rede é ponto-chave, o que se reflete em movimentação nas concessionárias em todo o País:

“Nosso ativo são os veículos, por isso prezamos pela manutenção na rede autorizada e com peças originais. Temos total intenção de preservar o bem. Quanto mais bem cuidado for o caminhão, melhor para o cliente e também para nós, que conseguiremos maior retorno de capital.”

Para Rogério Rezende, diretor de assuntos institucionais e governamentais da Scania e vice-presidente da Anfavea, o movimento “é um negócio de nicho, mas que representa tendência e merece debate”.

ZF fecha dois novos contratos na Argentina

A ZF fechou dois novos contratos com clientes da Argentina, com fornecimento a partir da fábrica de San Francisco, em Córdoba. Para a Renault a companhia entregará amortecedores traseiros e dianteiros e a Suspensys, que pertence ao Grupo Randon, receberá sistemas de suspensão, eixos e outros componentes.

Em comunicado a sistemista afirma que cerca de 25 mil Renault Fluence serão equipados com os amortecedores dianteiro ST 22/32 e traseiro TT 13/27 produzidos na sua fábrica argentina, dos quais 50% terão como destino o mercado brasileiro. Ambos servirão às versões Standard e GT do sedã da Renault, também produzido na Argentina – em Santa Isabel, Córdoba.

Para Mariano Olocco, gerente comercial da ZF Argentina, o contrato abre possibilidade novas possibilidades na Renault. “A parceria pode render novos projetos para nossa planta”.

A Suspensys equipará seu novo modelo de suspensão com um novo conceito de amortecedor, o N-Damper N45, desenvolvido pela ZF. O cliente que receberá este produto não foi revelado.

Anibal Berberich, gerente de engenharia e desenvolvimento, contou no comunicado que a solução envolveu alto nível tecnológico de choque. “Ter a Suspensys em nossa carteira abre oportunidade para fortalecermos as relações com futuros clientes e reforça a nossa imagem como fornecedores de alta tecnologia”.

Com votação secreta do sindicato, greve na Volvo continua

A greve dos trabalhadores da Volvo, em Curitiba, PR, chegou ao terceiro dia na terça-feira, 12. A decisão pela continuidade foi tomada após reprovação, em votação secreta, da proposta apresentada pela montadora na tarde de segunda-feira, 11, ao Sindicato dos Metalúrgicos da Grande Curitiba em reunião realizada no Ministério Público do Trabalho.

O impasse começou quando a Volvo informou o sindicato, na última semana, que fechará o segundo turno de produção de caminhões e isso acarretará em um excedente de 600 funcionários na unidade.

Segundo nota do sindicato durante a reunião a montadora propôs-se a rever os parâmetros da composição da proposta do acordo salarial, mas não garantiu a manutenção dos empregos na unidade paranaense.

A montadora informou, por meio de porta-voz, que manteve proposta apresentada anteriormente que inclui: adiantamento de R$ 5 mil da participação nos lucros e resultados, PLR, reajuste salarial com base no índice do INPC e garantia de emprego até 31 de dezembro de 2015.

Em votação secreta conduzida pelo sindicato com os trabalhadores sindicalizados – 1,5 mil dos 4 mil trabalhadores da companhia –  77% foram contra a proposta de retorno ao trabalho da Volvo.

Em comunicado o presidente do sindicato, Sérgio Butka, afirmou que “vários pontos da proposta estão colaborando para o impasse” e citou a falta da garantia dos empregos por um período maior, a ausência de lay-off para superar o momento, a PLR baixa e o reajuste salarial sem aumento real.

O porta-voz da montadora afirmou que a empresa foi surpreendida com o formato da votação, que privilegiou cerca de 40% da força de trabalho da unidade.

No Facebook do sindicato alguns trabalhadores da Volvo reclamaram da votação secreta apenas para sindicalizados. Alguns disseram estar insatisfeitos com a impossibilidade de se posicionar sobre o movimento. Na mesma rede social o sindicato alegou que os trabalhadores podem solicitar a ficha de sindicalização aos diretores da entidade.

Uma nova assembleia está agendada para quarta-feira, às 7h. O sindicato afirmou que continua a disposição da fabricante de caminhões e ônibus para buscar alternativas que garantam a manutenção dos empregos. A companhia, por sua vez, afirmou que manterá sua proposta.

GM interrompe produção em Gravataí

A General Motors do Brasil interrompeu a produção dos modelos Onix, Prisma e Celta na fábrica de Gravataí, no Rio Grande do Sul, na terça-feira, 12, devido à paralisação do transporte de veículos 0 KM na unidade por motoristas que atuam para as empresas Tegma e Transzero, as duas principais para este serviço ali.

Em comunicado a montadora afirmou que “após fechar acordo com todas as transportadoras de veículos nas fábricas de São Caetano do Sul e São José dos Campos, a GM lamenta a decisão de Tegma e Transzero de paralisar a retirada de carros da fábrica de Gravataí. Neste momento de dificuldades no mercado brasileiro, em que todos precisam unir esforços para superar os desafios e contribuir para a retomada da economia, nosso objetivo comum com todos os parceiros, fornecedores, transportadores e sindicato é manter a unidade operando em três turnos e esta ação unilateral vai forçar a parada da linha de produção”.

Na mesma nota a fabricante acrescento que “reafirma o compromisso de continuar as negociações sobre o custo do frete” e que “espera alcançar um acordo que não comprometa a competitividade dos produtos Chevrolet no mercado brasileiro”.

De acordo com porta-voz da montadora a interrupção da produção prosseguirá enquanto durar a paralisação dos transportadores.

Procurada pela reportagem, a Transzero não contava com executivo para comentar o tema, mas porta-voz assegurou que a paralisação não fora iniciativa da empresa e sim de motoristas autônomos terceirizados.

Já a Tegma enviou no início da noite nota de esclarecimento em que afirma ter sido “surpreendida com o comunicado da GM de que estaria em estado de greve, fato que não ocorreu”. A transportadora afirma que “manteve, até hoje, os procedimentos de carregamento dos veículos da planta de Gravataí, sendo impedida de operar plenamente em virtude do estado de greve do sindicato regional. Daí, não ser verdade que a Tegma paralisou suas operações”.

A interrupção produtiva ocorre ao mesmo tempo em que a montadora negocia com o sindicato dos metalúrgicos local. De acordo com comunicado do Sindicato dos Metalúrgicos de Gravataí, ocorreu na segunda-feira, 11, reunião com a diretoria de Recursos Humanos da GM. O diretor do SMG, Valcir Ascari, afirmou que os representantes dos trabalhadores foram chamados pela fabricante “para buscar, conjuntamente, uma solução que evite a demissão de funcionários”.

De acordo com o dirigente “o pátio está cheio de carros. Além da fábrica, os veículos estão espalhados nos Autódromos de Tarumã e do Velopark. A empresa cogita encerrar o trabalho de um turno e deixar a fábrica em dois turnos apenas. O Sindicato não aceita isso de jeito nenhum. Queremos negociar com a GM alguma solução para evitar a demissão dos funcionários”.

Ascari considerou na nota, ainda, que “daqui a pouco a economia volta a aquecer, mas o emprego não volta mais. Estamos pensando em uma solução. Queremos que os trabalhadores recebam salários cheios. Buscamos alguma alternativa que não penalize os metalúrgicos”. De acordo com o sindicalista outras reuniões com a fabricante seriam realizadas durante esta semana.

TTB projeta crescer 20% neste ano

Fabricante de conjuntos soldados, estampados, anéis de retenção, fixadores especiais metálicos e outros, a TTB vê com otimismo o ano de 2015. Ao contrário de outras empresas, projeta crescer 20% neste exercício, em especial por conta do setor automotivo, que responde por 85% de seus negócios no País.

Luiz Antônio De Luca, presidente e CEO, afirma que o índice se deverá especialmente a novos negócios. “Cerca de 20% deste crescimento se deve a novos modelos e o restante a fornecimentos conquistados de outras empresas em dificuldades ou que encerraram operações. Possuímos ferramentaria própria, o que é fundamental nestes casos”, revela o executivo, que chegou à empresa no fim do ano passado – antes, era o diretor de operações da DAF no País.

Em 2013 a fabricante contava com 100 clientes em carteira, que passaram a 135 neste ano: aumento, portanto, de 35%. Na lista estão montadoras como Fiat, Ford, Ford Caminhões, General Motors, Honda Motos e Mercedes-Benz, e também sistemistas e outras fabricantes de autopeças como Eaton, TRW, TMD e ZF.

A TTB possui duas unidades no País, em Diadema, no ABCD, e Cabreúva, no Interior paulista, que recentemente teve sua capacidade de produção duplicada. Juntas, as fábricas produziram 1 bilhão de peças no ano passado.

A empresa atualmente investe R$ 10 milhões no biênio 2015-2016, aplicado especialmente na aquisição de maquinário, como prensas, e modernização das linhas e processos em Diadema.

Além do crescimento nos negócios há outra razão para comemorações na TTB neste 2015: a empresa completa 60 anos no País, celebrados com evento no Terraço Itália, em São Paulo, na noite da terça-feira, 12.

A empresa foi fundada em 1955 com o nome Reno. Em 1976 o Grupo SKF adquiriu o controle acionário e o nome passou a Seeger Reno. Em 1995 o Grupo Seeger, incluindo a Seeger Reno, passou a fazer parte do Grupo TransTechnology, sediado em Nova Jersey, nos Estados Unidos. E em 2002 foi a vez do Grupo Interkey, também de origem estadunidense, adquirir as operações – no mesmo ano a TTB iniciou produção de estampados e conjuntos soldados. Em 2012 foi inaugurada a unidade de Cabreúva.

José Carlos Macedo é o novo diretor de vendas da Nissan

A Nissan tem novo diretor de vendas para a sua operação brasileira: José Carlos Macedo, ex-General Motors, assumiu o cargo – que tem base em São Paulo – e responderá a Ronaldo Znidarsis, vice-presidente de marketing e vendas da companhia.

De acordo com informações do seu perfil no Linkedin, Macedo trabalhava desde 1990 na General Motors do Brasil, onde liderou a equipe de vendas da Divisão Norte. Graduou-se em Administração de Negócios na PUC-RS e concluiu MBA em Marketing na Universidade Federal do Rio Grande do Sul.

Em comunicado a Nissan afirmou que o executivo tem mais de vinte anos de experiência no setor automotivo, amplo conhecimento do mercado nacional e desempenhou funções estratégicas ao longo da carreira.

“Chega à empresa para colaborar com o plano de negócio ousado e dinâmico de ampliar a participação da Nissan no mercado brasileiro nos próximos anos.”

Macedo ocupará o cargo de José Luiz Vendramini, alçado a diretor de suporte estratégico da Nissan do Brasil. Ele agora será responsável por monitorar a qualidade do atendimento ao cliente e a desenvolver a rede de concessionários da marca.