Produção de motocicletas retorna aos níveis de 2005

A produção de motocicletas de janeiro a maio somou 582,5 mil unidades, baixa de 16,2% ante as 695 mil em período equivalente no ano passado. Segundo dados divulgados pela Abraciclo o resultado é o pior para a soma dos cinco primeiros meses do ano desde 2005, quando saíram das linhas 495 mil motocicletas.

Em maio, isoladamente, foram produzidas 119 mil 280 motocicletas, 12,3% menos que no mesmo mês de 2014, que registrou 136 mil 80 unidades.

Na comparação com as 103 mil 61 produzidas em abril, entretanto, há alta de 15,7%.

Diante dos resultados a Abraciclo considera revisar para baixo suas projeções, afirmou Marcos Fermanian, presidente da Abraciclo, em nota:

“A instabilidade macroeconômica, atrelada à falta de confiança do consumidor, reforça o momento de cautela. O setor já havia feito uma redução nas projeções de produção e vendas para 2015, porém, diante da piora do cenário, novos ajustes não estão descartados.”

A revisão nos números aconteceu em abril e indicou expectativa de queda de 6,8% no volume de produção de motocicletas, para 1 milhão 415 mil unidades, e de 4,5% nos licenciamentos, para 1 milhão 365 mil.

Porém a queda nos licenciamentos apurada nos cinco meses do ano chegou a 11,9%: foram vendidas 540,6 mil motocicletas no período ante 613,7 mil há um ano.

A análise isolada de maio também é negativa: foram vendidas 105 mil 471 motocicletas, declínio de 16,8% em relação às 126 mil 701 em maio de 2014. O comparativo com os 108 mil 167 licenciamentos de abril aponta baixa pouco menor, de 2,5%.

Nem mesmo as vendas ao Exterior apuraram bons resultados: de janeiro a maio foram exportadas 12 mil 765 motocicletas, retração de 68,5% diante das 40 mil 579 unidades no acumulado de 2014.

Em maio também houve recuo, de 47,8%, com embarques de 3 mil 653 motocicletas ante 7 mil no mesmo mês de 2014.

Johnson Controls pode separar área automotiva da empresa

A Johnson Controls estuda separar seus negócios automotivos do restante da empresa – o que pode indicar intenção de vender esta parcela do negócio. A informação foi divulgada em comunicado pela própria empresa, que tem ações em bolsa, mas o texto afirma que não há por enquanto prazos nem tampouco condições para esta iniciativa.

A nota afirma que “a Johnson Controls irá explorar opções estratégicas para separação dos negócios automotivos”. De acordo com o comunicado a iniciativa se deve à “estratégia de direção pró-ativa de portfólio para focar em linhas de negócios estratégicos onde podemos ser líderes globais, obter maior crescimento de rendimentos e oferecer cenários de longo prazo para os consumidores e acionistas”, de acordo com Alex Molinaroli, chairman e CEO da companhia.

“Estou muito satisfeito que estejamos consistentemente entregando resultados para os compromissos assumidos ao mesmo tempo em que construímos uma base sólida para o crescimento por meio do JCOS, Johnson Controls Operating System, em toda a companhia.”

O programa prevê aumento de US$ 2 bilhões nos resultados até 2020, via “efetividade operacional e aumento da velocidade às necessidades de mercado”.

O comunicado deixa claro, ainda, que “não há cronograma específico para a efetivação desta revisão estratégica, que inclui uma completa gama de opções para os negócios automotivos”. A empresa contratou como consultores financeiros o Goldman Sachs e a Centerview Partners para auxílio nesta iniciativa, além do escritório de advocacia Wachtell, Lipton, Rosen e Katz.

A princípio a divisão de baterias – na qual detém a marca Heliar, dentre outras – estaria fora desta separação de negócios, no qual ficariam concentradas as áreas de interiores e a de bancos automotivos.

A Johnson Controls também produz baterias para aplicações não-automotivas, ainda que a indústria de veículos seja de longe a maior compradora destes produtos. Fora da área automotiva produz sistemas de ar-condicionado para edifícios e indústrias, além de outros produtos e serviços que vão desde alarme de incêndio até refrigeração para alimentos.

No ano-fiscal de 2014, encerrado no último setembro, o faturamento da JC chegou a quase R$ 43 bilhões. A divisão de bancos automotivos respondeu por R$ 17,5 bilhões e a de interiores automotivos por R$ 4,5 bilhões.

A história da estadunidense Johnson Controls é muito rica e remete a Warren Seymour Johnson. Em 24 de julho de 1883 ele patenteou seu invento, o primeiro termostato para controle de temperatura de ambientes, que daria origem, anos mais tarde, à sua empresa.

Vendas de veículos batem recorde para maio nos Estados Unidos

Maio deste ano consagrou-se o melhor para as vendas de veículos na história dos Estados Unidos. Segundo levantamento da versão digital da publicação Automotive News o mercado ali somou 1 milhão 634 mil 952 emplacamentos, alta de 1,6% sobre o já aquecido maio de 2014, que respondeu por 1 milhão 609 mil.

No acumulado do ano a alta é de 4,5%: de janeiro a maio o mercado estadunidense absorveu 7 milhões 46 mil veículos, comparadas às 6 milhões 743 mil do mesmo período do ano passado.

Mais uma vez picapes e utilitários esportivos puxaram a demanda, em alta de 6,9% ante maio do ano passado. Empréstimos mais longos e com menores taxas de juros são algumas das razões que alavancam o consumo nos Estados Unidos, segundo analistas locais ouvidos pela publicação.

Graças aos bons resultados aferidos até aqui a projeção anual de vendas naquele país chegou a 17,8 milhões. Se alcançada, será a primeira vez desde 2001 que o mercado estadunidense supera 17 milhões de unidades.

Com 1 milhão 246 mil emplacamentos a General Motors lidera o mercado no ano, com avanço de 4,9% em relação aos 1 milhão 188 mil  realizados de janeiro a maio do ano passado.

A Ford soma 1 milhão 64 mil vendas e cresce 1,9%. A terceira colocada no ranking é a Toyota, com 1 milhão 21 mil, elevação de 6% em relação às 963 mil 893 no ano passado.

E com 902 mil 323 emplacamentos a Fiat Chrysler cresceu 5,6% no acumulado anual.

Salão Auto Caixa convoca clientes à rede concessionária

Mais uma ação para convocar o consumidor a comparecer às concessionárias e adquirir veículos 0 KM será colocada em prática nas próximas semanas. Dessa vez quem capitaneia o movimento é a Caixa Econômica Federal, que em parceria com o Banco PAN e cooperação da Anfavea e Fenabrave organiza o 8º Salão Auto Caixa, com taxas de juros e prazos especiais para interessados em adquirir automóveis, comerciais leves e motocicletas.

A expectativa de Fábio Lenza, vice-presidente de negócios emergentes da Caixa, é alcançar R$ 1 bilhão em novas concessões – volume de negócios equivalente ao da última edição, realizada no ano passado, que foi recorde. Como o valor médio financiado é R$ 30 mil, segundo o próprio executivo, a ação pode gerar venda de 30 mil a 35 mil veículos.

“Esse volume representa cerca de 15% do total de vendas em maio”, calculou Luiz Moan, presidente da Anfavea, em entrevista coletiva conjunta organizada na sede da associação em São Paulo, na manhã de quinta-feira, 11. No mês passado foram licenciados 205,2 mil automóveis e comerciais leves, o segundo menor volume do ano, superior apenas ao de fevereiro.

Moan e Lenza lembraram, porém, que embora cerca de 80% dos veículos vendidos sejam automóveis 0 KM, o plano engloba também modelos usados e motocicletas.

Caso o plano alcance o sucesso esperado pela Caixa, as montadoras conseguirão liberar menos de 10% do volume estocado até o fim do mês passado, quando pátios e concessionárias tinham 367,2 mil veículos.

O banco estatal busca com a iniciativa ampliar sua participação no mercado automotivo – o evento é realizado duas vezes por ano, sempre em parceria com o setor. Dessa vez, segundo Lenza, serão oferecidos planos com taxas de juros a partir de 1,09% ao mês, com carência para a primeira parcela de até 120 dias. Os prazos variam de acordo com o perfil dos clientes, assim como a necessidade de efetuar o pagamento de entrada.

“Divulgamos os planos e condições para mais de cinco milhões de clientes por meio de mensagens no internet banking, mais quinze milhões nos terminais de auto-atendimento, cinco milhões por SMS e mais 2,5 milhões de cartas com crédito pré-aprovado”, afirmou Lenza. “Cerca de 100 mil funcionários da própria Caixa e do Banco PAN também receberam ofertas, com condições ainda melhores do que aquelas que oferecemos normalmente.”

Além dos planos para pessoas físicas, a Caixa oferece condições especiais para concessionárias em apoio em capital de giro e outras modalidades, assim como ofertas para empresas, por meio do Credfrota. Segundo Moan, a linha para pessoas jurídicas se assemelha a um leasing operacional, com valores baixos no início da operação e uma parcela balão para ser quitada no final.

O Salão Auto Caixa ocorre de 18 a 20 de junho, mas a partir da segunda-feira, 15, as condições serão oferecidas aos interessados. Lenza afirmou que as taxas serão mantidas até 3 de julho, podendo ampliar ainda mais a quantidade de negócios.

“A Caixa e o Banco PAN vão colocar à disposição dos clientes 2,5 mil gerentes e 1 mil operadores em mais de 1 mil concessionárias durante o Salão.”

Moan adiantou que montadoras e concessionárias deverão apoiar o Salão promovendo descontos em seus modelos que, aliados às condições especiais da Caixa, podem ajudar a reduzir a queda nas vendas de automóveis e comerciais leves, que de janeiro a maio alcança 20%.

Renegade ajuda a melhorar resultado da Abeifa

As vendas das marcas ligadas à Abeifa, Associação Brasileira das Empresas Importadoras e Fabricantes de Veículos, registram baixa de 14% no acumulado de janeiro a maio.

Segundo números divulgados pela associação quarta-feira, 10, os emplacamentos somaram 35 mil 321 unidades no período face às 41 mil 90 em intervalo equivalente do ano passado.

Para Marcel Visconde, presidente da Abeifa, a queda pode se acentuar no segundo semestre. “Tanto que em junho vamos revisar, a exemplo de outras associações, as nossas projeções para o ano. Hoje estimamos queda de 15% em relação a 2014, mas o cenário se deteriora paulatinamente e ainda não sabemos se há espaço de piora. Vivemos recessão, inflação nos níveis de 2003 e poder de compra reduzido.”

Segundo Visconde a forte variação cambial é um dos componentes que mais dificultam a visão de curto prazo. “Há ainda pressão de estoque remanescente dentre as associadas, pressão de vendas das matrizes, de modo que se olha menos a margem de lucro e mais o volume de vendas. Para o cliente o momento é ótimo. Desconto e agrado são palavras fáceis nas revendas hoje.”

A Kia Motors, por exemplo, tem estoque de quatro meses, enquanto a Jac Motors, de dois meses, segundo o dirigente.

“Não tem jogo fácil para ninguém, até o crédito está mais difícil. O rigor e a velocidade na aprovação de fichas de financiamento é totalmente diferente de anos atrás. Não há escassez de recursos, mas o custo do dinheiro está mais alto, o que impacta também a decisão de compra do consumidor”, considera o presidente.

“Nem mesmo o segmento premium está imune à baixa confiança do mercado. Ocorre que marcas como Audi e Mercedes-Benz lançaram produtos em segmentos de entrada, que conquistam clientes de outras marcas.”

No entanto não são só más as notícias dentre as associadas. Graças à boa aceitação do Jeep Renegade os emplacamentos da marca alcançaram 4 mil 593 unidades, sendo 3 mil 152 apenas referentes ao novo modelo nacional, que chegou em abril – com isso sozinho o SUV representou 9% do volume total emplacado por todas as marcas da Abeifa até maio.

O resultado alçou a Jeep direto ao posto de terceira maior em vendas no acumulado anual dentre as associadas à Abeifa. De abril para maio as entregas do utilitário saltaram de 575 para 2 mil 492 unidades.

Na frente da Jeep estão Kia Motors, com 7 mil 219 emplacamentos, e BMW, com 5 mil 880. Ambas, contudo, têm queda de 27,6% e 1,6%, respectivamente, na comparação com as 9 mil 977 e 5 mil 977 de janeiro a maio do ano passado.

Visconde analisa que o País sofre hoje uma “ciclotimia econômica, comum em todo o mundo, mas a perda brasileira chama a atenção. Entendemos que no longo prazo isso passará, mas a política de combate à inflação adotada pelo governo não está eficiente. Creio que seja hora de parar, o remédio está amargo”.

Outra ponderação do presidente é em relação ao aumento de cotas para os importados. “Somos a favor de um diálogo que busque a sofisticação do modelo de cotas, hoje fixas em até 4,8 mil unidades. Creio que nossa participação no mercado não aumentaria de modo relevante com isso. Não se trata de ameaça à indústria nacional.”

No ano passado as associadas à Abeifa venderam 96 mil unidades. Por ora, a estimativa de Visconde é ficar na faixa das 80 mil unidades.

Peugeot estabelece missão mais ambiciosa para o 208

A meta é ambiciosa, reconhece o diretor geral da Peugeot no Brasil, Miguel Figari: sair de 0,8% de participação de mercado e chegar a 1,6% até dezembro – o que significa dobrar as vendas do primeiro para o último trimestre do ano. E chegar a um acumulado de vendas, no ano, que varie de 38 mil a 40 mil unidades. São estes os desafios que a chegada do modelo 208 linha 2016 impõe a Figari e sua equipe.

“São metas ambiciosas, sim, de alinhamento de nossos produtos àquilo que existe no mundo Peugeot. Mas acreditamos que é possível atingi-las com o lançamento do novo 208, que em todas as versões chega mais equipado mas pelo mesmo preço sugerido da versão anterior.”

É nisso que chefe e equipe creem: que a oferta de mais equipamentos pelo mesmo preço realmente motive os clientes, anime as vendas e seja motivo de felicidade geral.

O local escolhido para a apresentação não poderia ser mais apropriado, o espaço de eventos do Instituto Tomie Ohtake, no bairro de Pinheiros, em São Paulo, na manhã da quarta-feira, 10. E com direito a visita à exposição do catalão Joan Miró, em cartaz por aqueles lados. Como observou Figari foi “a união da ousadia e da irreverência dele com a modernidade de nossa arquitetura” – disse-o bem.

A ideia geral que envolve o desafio está centrada em tripé conhecido, e reconhecido, como básico, e que junta sofisticação, qualidade e tecnologia num mesmo ambiente. O processo começou em abril, com o lançamento do SUV 2008. Faz parte do pacote, também, a volta do crescimento da rede de concessionários, que tinha 140 casas um ano atrás, tem 118 hoje e deve chegar a 120 até o fim de junho.

Para animar ainda mais o processo a Peugeot decidiu entregar, agora, R$ 500 para cliente que, depois de fazer test-drive com o 208 optar por veículo compatível da concorrência.

Carros na faixa do 208, como seus antecessores 206 e 207, sempre foram muito importantes, estratégicos, para os planos da empresa no Brasil, lembrou o diretor de marketing Frederico Battaglia, “que ao longo do tempo foram ganhando novos conteúdos e ascenderam de nível, como mais uma vez agora. De forma mais específica destaco o iCockpit, o interior patenteado da Peugeot. De qualquer maneira conseguimos os preços comparados mais competitivos do mercado”.

Ele fala do conjunto que reúne volante menor, sportdrive, painel não tão abaixo da linha dos olhos do motorista e a central multimídia. Volantes menores são mais amigáveis, sabe-se, mas a localização do painel tem a virtude de não permitir que o motorista perca o contato com aquilo que lhe vai adiante e dos lados – “E a central multimídia é a mais tecnológica do mercado, intuitiva e ergonômica”.

Destaque também é a presença de quatro air bags e de sensor de estacionamento dianteiro a partir da versão Active Pack, de sensor traseiro na versão Allure e de seis air bags na topo de linha Griffe. Preços: R$ 45 990 para a versão Active de motor 1.5 com transmissão mecânica, R$ 49 990 para Active Pack 1.5 mecânica, R$ 53 590 para Allure 1.5 mecânica e R$ 57 390 para 1.6 automática, e R$ 59 190 para Griffe 1.6 mecânica e R$ 62 890 para 1.6 automática.

Battaglia acredita que a versão Allure será a responsável por 30% das vendas do novo 208, e a Griffe por 20%. A novidade colorida atende pelo nome de Azul Bourrasque.

Brasil continua como sétimo no ranking global no quadrimestre

O Brasil seguiu como sétimo colocado no ranking global de vendas de automóveis e comerciais leves no primeiro quadrimestre, de acordo com dados da consultoria Jato Dynamics divulgados na quarta-feira, 10. Enquanto os licenciamentos locais caíram 18,4% no período, as vendas na Índia e no Reino Unido cresceram 5,8% e 8%, respectivamente, índices suficientes para superar o mercado brasileiro em volume.

No Brasil foram comercializados 860,3 mil automóveis e comerciais leves no período. Na Índia as vendas somaram 1 milhão 26 mil unidades, garantindo ao país asiático a sexta posição no ranking, enquanto que no Reino Unido o mercado alcançou 1 milhão 43 mil unidades, volume que colocou o país europeu na quinta posição do ranking.

Em abril, entretanto, o mercado brasileiro foi levemente superior ao do país europeu: 211,6 mil unidades ante 210,7 mil veículos. No mês, isoladamente, o Brasil foi o sexto e o Reino Unido o sétimo. A Índia, com 240 mil unidades, ficou na quinta posição.

Ainda estão à frente do mercado nacional a China, os Estados Unidos, o Japão e a Alemanha.

A China fechou o quadrimestre com 7,5 milhões de veículos vendidos, alta de 9,6% com relação ao mesmo período do ano passado. Na vice-liderança ficou os Estados Unidos, com crescimento de 5,4% e 5,4 milhões de veículos comercializados. O Japão manteve a terceira posição mesmo com a retração de 13,5% do mercado local, para 1,9 milhão de veículos.

Da Alemanha, quarta colocada, para o Brasil, sétimo maior mercado, a diferença chega a pouco mais de 260 mil veículos.

A França foi o oitavo maior mercado no quadrimestre com o avanço de 4,8% nas vendas, para 772 mil unidades. A Itália ficou na nona posição, com 617,9 mil veículos vendidos, alta de 15,3%, e o Canadá completa a lista dos dez maiores mercados, com 558 mil automóveis e comerciais leves vendidos, avanço de 3,7%.

MONTADORAS – O Grupo Volkswagen liderou as vendas globais de automóveis e comerciais leves no quadrimestre, ao registrar leve crescimento de 0,3% no período, para 3 milhões 10 mil veículos. A Toyota ficou com a vice-liderança mesmo com a queda de 3,5% nas vendas, para 2,8 milhões de unidades, enquanto a General Motors, que caiu 1,8%, registrou 2,3 milhões de unidades comercializadas.

Todas as companhias mantiveram suas posições na lista das dez mais. Completam o ranking, na ordem, Hyundai, Ford, Fiat Chrysler, Honda, Nissan, PSA Peugeot Citroën e Renault.

Marcopolo estima alta de 20% nas exportações em 2015

Paulo Corso, atualmente diretor de operações comerciais da Marcopolo, está na empresa desde 1979 – são portanto 36 anos vivenciando diariamente os meandros do mercado de carrocerias para ônibus. Em entrevista exclusiva concedida à Agência AutoData o executivo abordou as alternativas que a empresa está encontrando para enfrentar o atual momento do mercado interno, como por exemplo o canal das exportações, que cresceram 20% no primeiro trimestre.

Ele ainda aborda dificuldades com programas federais, como o Caminho da Escola, e o desenvolvimento dos corredores BRT, que ficaram até agora abaixo do esperado. Confira.

A Marcopolo registrou aumento de mais de 20% nas exportações no primeiro trimestre deste ano. Este quadro se deve apenas ao dólar ou há outros pontos a considerar?

A Marcopolo sempre procurou manter os mercados externos conquistados, apesar da falta de competitividade do produto brasileiro em razão da valorização cambial. Como referência deste cenário, em 2008 a empresa chegou a exportar seis mil unidades e, no ano passado, foram somente pouco mais de duas mil. E isso porque houve um leve crescimento nos últimos três anos. O principal motivo dessa recuperação é, sim, a desvalorização do real, mas não é o único, pois somente o menor preço não traria resultados tão rápidos. Durante o período de baixa competitividade a Marcopolo trabalhou no fortalecimento de suas equipes de vendas, no Brasil e os representantes externos, para entender melhor o negócio e as necessidades dos clientes e poder melhor atendê-los. Assim, desenvolveu produtos específicos para cada mercado, como no caso de Chile, Peru, Uruguai e Paraguai, mercados que apresentaram grande crescimento, sobretudo em ônibus rodoviário, para as rotas de média e longa distâncias, e urbanos para os sistemas de transporte urbano das principais capitais, como Santiago, Assunção, Montevidéu etc.

 

Quanto deverá fechar o volume exportado a partir do Brasil neste ano, e qual seria a correlação do resultado com aquele do ano passado?

A expectativa é de que o aumento seja de cerca de 20% no ano, pois, como mencionado, ônibus não é um produto que se compre durante o ano inteiro. Há uma sazonalidade e, principalmente no caso dos rodoviários, o forte de demanda é no segundo semestre. Em unidades esperamos ampliar os volumes para aproximadamente 2,5 mil unidades ante as 2,1 mil de 2014.

 

Como a empresa tem enfrentado a demora na publicação das novas normas de concessão de linhas para ônibus rodoviários no Diário Oficial? Este atraso está afetando muito os negócios?

Temos enfrentado este quadro com muita luta, paciência e expectativa. Com a demora da publicação, os operadores estão segurando a renovação de suas frotas e não estão comprando, a não ser se for muito necessário ou uma grande oportunidade. A queda na produção de rodoviários é grande.

 

A Marcopolo trabalha com algum tipo de previsão de quando esta publicação deverá finalmente ocorrer?

Nossa expectativa é que nos próximos dias seja definida a data para publicação. Mesmo assim, até entrar em vigor, entendemos que haverá um período de três meses. Ou seja: a renovação de frota, na melhor das hipóteses, se dará a partir do último trimestre do ano, o que comprometerá significativamente as vendas de rodoviários em 2015.

 

Os modelos BRT, ao menos em tese, tiveram demanda elevada para os corredores de transporte no País, em especial por conta das revitalizações urbanas para a Copa do Mundo, no ano passado. E neste ano, quais as projeções para este segmento específico no Brasil?

Realmente houve uma demanda por ônibus para os sistemas BRT, mas infelizmente esta foi abaixo do que estava programado. Falou-se em duas ou até três mil unidades até a Copa do Mundo, e não chegamos nem à metade disso. A Marcopolo forneceu cerca de quatrocentas unidades, cerca de 30% do volume total. Estamos trabalhando para ampliar a nossa presença nos vários sistemas e temos obtido sucesso. No Rio de Janeiro, RJ, foram 153 ônibus, em Recife, PE, 48, em Belo Horizonte, MG, 65, em Porto Alegre, RS, três, e em Brasília, DF, 37, além de outras vendas menores para cidades como Caxias do Sul, Florianópolis, Goiânia e Fortaleza.

 

Como estão as encomendas para o programa federal Caminho da Escola neste 2015? Este foi afetado pelo ajuste fiscal? Quantas unidades esse programa representou para a Marcopolo nos anos de 2013 e 2014?

Não há nada acontecendo com relação ao programa Caminho da Escola atualmente. A última licitação foi em janeiro de 2014 e, das 4,1 mil unidades previstas, somente 40% foi fornecido. O corte no orçamento afetou diretamente o programa. Em 2013 e 2014 foram cerca de quatro mil unidades fornecidas para o Caminho da Escola.

 

A Marcopolo possui um Centro de Documentação e Memória próprio, desde 2011. Qual a importância desta iniciativa para a empresa? Há como mensurar resultados práticos para este tipo de investimento?

A Marcopolo dá muita importância às pessoas, seus colaboradores e comunidade, e também à memória. O CDM [Centro de Documentação e Memória] tem importante papel no relacionamento com os clientes e com os apaixonados por ônibus. As pessoas que visitam a Marcopolo sempre nos solicitam para conhecer o CDM. Existem ainda pedidos dos chamados ‘busólogos’ para conhecer o local, inclusive de pessoas do Exterior. Confirmando e reforçando a importância que a Marcopolo dá a esta iniciativa, o CDM será transferido para outro espaço, maior, para incluir em seu acervo veículos históricos que a própria empresa restaurou. Eles ficarão expostos junto com todos os outros materiais.

 

Quantos visitantes o centro recebeu desde a inauguração?

Já passaram pelo CDM mais de cinco mil visitantes.

Agência AutoData passa a trazer diariamente os dados do setor automotivo

A edição diária da Agência AutoData de Notícias acaba de ganhar um serviço adicional a seus assinantes e leitores: é a seção Indicadores, que, nas ultimas páginas de cada edição, trará tabelas completas com todos os índices mais importantes e relevantes do setor automotivo nacional.

Assim, a partir da edição de quarta-feira, 10, e a seguir diariamente, o leitor poderá encontrar em um único local uma fonte sempre atualizada e confiável com os números que porventura necessitar para melhor se informar antes de reuniões, produção de planilhas, planos estratégicos e quando mais for necessário.

Na seção estão reunidos os dados completos da Fenabrave de resultado de vendas de cada mês, incluindo todos os segmentos, de automóveis a implementos rodoviários, passando por caminhões e motocicletas, além das projeções da Anfavea para o ano. Não ficaram de fora ainda dados macroeconômicos, como as previsões para 2015 e 2016 do Banco Central para taxa do dólar, Selic, Inflação IPCA e IGP-DI, PIB e produção industrial.

Na sequência estão todos os principais dados da Anfavea, também atualizados mensalmente, como produção e licenciamento – este subsegmentado em automóveis e comerciais leves, caminhões, ônibus e máquinas agrícolas.

A nova área de Indicadores da Agência AutoData traz ainda os rankings mensais da Fenabrave das dez marcas mais vendidas no mercado brasileiro de automóveis e comerciais leves, incluindo a fatia de mercado de cada uma, bem como os vinte modelos mais vendidos do País a cada mês, com seus respectivos volumes.

Esta nova seção é ainda complementada com o ranking mundial de vendas de veículos leves, elaborado pela consultoria Jato Dynamics.

Esta novidade é mais uma inovação da AutoData Editora e faz parte do processo de renovação gráfica da edição diária da Agência AutoData, iniciada em dezembro de 2014, e que recentemente ganhou a seção Síntese & Índice, que, sempre no começo de cada edição, facilita a identificação e agilidade em busca da notícia que mais interessa aos assinantes e leitores, de forma prática e dinâmica. No fim do ano passado também o Portal AutoData, no www.autodata.com.br, teve seu visual totalmente renovado.

Ford Caminhões ganha 6,2 pontos de participação e sobe um degrau no ranking

Em meio à forte retração de 42,4% nas vendas de caminhões de janeiro a maio, a Ford tem razões para comemorar. Os licenciamentos dos modelos do seu portfólio recuaram 15,1%, a menor queda dentre as montadoras do setor – com exceção de Hyundai e DAF, cujo volume é bem menor –, e assim a companhia ganhou 6,2 pontos de participação, reconquistando a terceira posição do ranking, ao superar a Volvo em volume de vendas.

É verdade que foram 1 mil caminhões vendidos a menos em um ano. Mas a situação poderia ser pior: a Volvo, por exemplo, que desceu um degrau no ranking, perdeu 56,6% das vendas no período – deixou de vender 4,6 mil caminhões. A Scania caiu 65% nos primeiros cinco meses, perdendo quase 4 mil unidades em um ano. As duas centram esforços no segmento de pesados, o mais afetado pela retração das vendas neste ano.

A MAN manteve a liderança do segmento e ganhou 1,4 ponto de participação por cair 39,4%, abaixo portanto da média do mercado. Em números absolutos foram 5,6 mil unidades vendidas a menos.

Em volume quem mais perdeu foi a Mercedes-Benz, vice-líder: 5,8 mil unidades. Suas vendas caíram 42,7%, um pouco a mais do que a média do mercado, fazendo com que a marca recuasse 0,1 ponto de participação – resultado que pode ser considerado como estável.

A Iveco manteve a sexta posição, com queda de 46,7% nas vendas. Hyundai e DAF, por sua vez, cresceram na casa dos três dígitos mas sobre uma base ainda tímida, algo que Agrale e International não conseguiram. O caso da décima do ranking, a International, chama a atenção: as vendas dos caminhões da marca com sede em Canoas, RS, caíram 93%.

Ônibus – No segmento de chassis de ônibus a Mercedes-Benz, líder, ampliou seu domínio. As vendas da marca caíram 15,2%, abaixo da média de 27,9% do mercado, garantindo mais 7,2 pontos de participação para os produtos que saem de São Bernardo do Campo, SP – quase a metade dos ônibus comercializados no mercado nacional carregam a marca da estrela de três pontas.

MAN e Agrale, segunda e terceira, caíram 38,9% e 48,8%, respectivamente. A Iveco apresentou desempenho distinto: os emplacamentos dos chassis da marca cresceram 70% de janeiro a maio, garantindo a quarta colocação no ranking – a marca de origem italiana superou Volvo e Scania, que caíram um degrau cada.