Vendas de caminhões seguem no mesmo ritmo de maio

As vendas de caminhões a partir de 5 toneladas seguem em marcha lenta neste início de junho. Segundo dados preliminares do Renavam, obtidos com exclusividade pela Agência AutoData, os emplacamentos somaram 2 mil 646 unidades até sexta-feira, 12.

A média diária está na casa dos 294 licenciamentos/dia, 2% abaixo dos 300/dia de maio. Ainda assim, mantido o ritmo atual, junho fecharia na casa de 6 mil 174 caminhões vendidos em 21 dias úteis, 2,6% acima dos 6 mil 16 emplacamentos de maio, que teve um dia útil a menos.

Há de se considerar, ainda, o impacto do feriado de corpus christi, em 4 de junho, e sua ponte na sexta-feira, 5. Dessa maneira é possível analisar que há, na verdade, um empate técnico na média diária deste e do último mês.

Na comparação com junho passado, porém, a baixa é contundente: seria de 41,6% ante os 10 mil 585 licenciamentos de então.

Ainda segundo informações preliminares do Renavam, 582 ônibus foram emplacados no período de 1 a 12 de junho, média diária de 65 unidades/dia.

Seguido o ritmo atual, a projeção para o mês é de 1 mil 365 unidades, o que sinaliza possível queda de 6% em relação os 1 mil 465 emplacamentos de chassis de ônibus em maio.

O comparativo com junho passado seria negativo em 30,5%, vez que naquele mês foram vendidos 1 mil 964 ônibus.

 

Mercado de usados cresce 1,6% de janeiro a maio

Apesar do recuo de 0,8% em maio, na comparação com o mesmo mês do ano passado, para 854,7 mil veículos, o saldo de vendas de veículos seminovos e usados no mercado brasileiro em 2015 é positivo.

Segundo dados da Fenabrave foram registradas 4 milhões 95 mil transferências nos primeiros cinco meses do ano, resultado 1,6% superior ao do mesmo período de 2014. Em volume, foram cerca de 63 mil transferências a mais este ano.

Quem puxou o crescimento foi o segmento de automóveis e comerciais leves, com vendas 1,9% superiores no período, ou 3 milhões 950 mil unidades. As vendas de caminhões usados caíram 5% de janeiro a maio, para 127,8 mil unidades, e as de chassis de ônibus recuaram 12,9%, para 16,4 mil unidades.

A relação de modelo usado por novo licenciado está em 4 para 1 em automóveis e comerciais leves, 4,6 para 1 no segmento de caminhões e 2 para 1 no de ônibus. No total, são 4 modelos usados para cada veículo novo vendido nos primeiros cinco meses do ano.

As vendas de motocicletas usadas e seminovas também apresentou crescimento: 4% de janeiro a maio, para 1 milhão 127 mil unidades. Para cada modelo zero quilômetro licenciado são vendidas 2,2 motocicletas usadas.

O automóvel usado mais vendido em maio foi o Volkswagen Gol, com 87,1 mil unidades. O Fiat Uno ficou na segunda posição, com 54,4 mil unidades, seguido por Fiat Palio, 49,7 mil unidades, Chevrolet Celta, com 29,6 mil unidades, e Chevrolet Corsa, com 27,4 mil unidades.

Festival do Consorciado Contemplado é prorrogado por 45 dias

O Festival do Consorciado Contemplado, idealizado e promovido por Abac, Anfavea e Fenabrave, foi prorrogado por 45 dias. Inicialmente previsto para encerrar-se na segunda-feira, 15, agora oferecerá condições especiais para portadores de carta de crédito de consórcios até 31 de julho.

Segundo comunicado conjunto divulgado pelas associações a razão da prorrogação foi a entrada na reta final de empresas e entidades – como a Moto Honda, representada da Abraciclo, e a Guerra e Randon, associadas da Anfir, que fecharam a sua adesão apenas no fim do mês passado, além das associadas da Anfavea Hyundai, Mahindra e International, esta a última a confirmar participação, em 3 de junho.

Assim o consorciado já contemplado ganhou mais tempo para usar sua carta de crédito para aquisição de um veiculo com condições especiais. No total são 25 empresas participantes: Audi, BMW, Citroën, DAF, Fiat Chrysler, Ford, Ford Caminhões, General Motors, Grupo Caoa, Guerra, Hyundai, Iveco, International, Mahindra, MAN Latin America, Mercedes-Benz, Mitsubishi, Moto Honda, Nissan, Peugeot, Randon, Scania, Toyota, Volkswagen e Volvo.

Em recente encontro com a imprensa o presidente da Anfavea, Luiz Moan, afirmou que resultados preliminares do Festival seriam revelados nas próximas semanas. Quando foi anunciado, no fim de abril, os organizadores projetavam transformar 240 mil cartas de crédito contempladas em vendas efetivas.

O Festival é um dos instrumentos usados pela Anfavea e a Fenabrave para tentar reverter a queda de 20,9% nas vendas de veículos de janeiro a maio, comparado com os primeiros cinco meses do ano passado. Na semana passada outra iniciativa foi anunciada pelas associações: o Salão Auto Caixa, que promete condições especiais para interessados em adquirir veículos por meio de financiamentos.

No caso do Festival, as vantagens e benefícios exclusivos aos contemplados de consórcios variam de acordo com região e concessionária procurada. Informações com pormenores são encontradas na página da ação na internet, por meio do endereço eletrônico www.festivaldoconsorciado.com.br.

Palio, Onix e HB20 duelam pela liderança em junho

Palio, Onix e HB20 – três modelos de três montadoras diferentes – estão despontando como a trinca de ouro do mercado brasileiro neste ano. Mais uma vez, agora em junho, disputam a liderança de mensal de vendas, e novamente com boa margem para os outros rivais.

De acordo com índices do Renavam obtidos pela Agência AutoData o Palio lidera as vendas nas duas primeiras semanas do mês, ou até a sexta-feira, 12, com 4,9 mil emplacamentos. A seguir está o Onix, com 4,5 mil, e o HB20 fecha o pódio com 4,4 mil.

A vantagem dos três é tamanha que o concorrente mais próximo, a Strada, já aparece quase oitocentas unidades atrás do HB20. E fecha o ranking dos cinco primeiros nas duas primeiras semanas de junho o Gol, com 3,2 mil, mesma posição obtida em maio, confirmando assim tendência de recuperação.

Outro modelo a registrar índices muito positivos neste mês é o Corolla, nada menos que o sexto mais vendido – e primeiro sedã da lista, deixando para trás todos os modelos do segmento, inclusive os compactos – com 2,9 mil. Ka, 2,7 mil, Fox, 2,6 mil, e Uno, Siena e Prisma, os três tecnicamente empatados com 2,2 mil, completam os dez primeiros.

Até a vigésima posição o ranking aponta, pela ordem, a Saveiro e o Sandero, com 2,1 mil, o HR-V, 1,9 mil, o HB20S, 1,8 mil, o Etios hatch, 1,6 mil, Civic e Fiesta, 1,5 mil, S10 e Voyage, 1,4 mil.

O Palio liderou o mercado por quatro oportunidades em cinco meses neste 2015: perdeu a coroa mensal apenas em março, para outro Fiat, a Strada.

Revista AutoData 311 já está disponível na internet

A mais nova edição da revista AutoData, do mês de julho e de número 311 de sua história, já está disponível na internet, via Portal AutoData (acervo/revistaautodata), antes mesmo da distribuição de sua versão impressa.

A reportagem de capa aborda o vaivém do mercado e as ações que têm garantido ganhos de participação de mercado a algumas montadoras em plena crise, principalmente por parte daquelas que investiram em inovação e acertaram em produtos que caíram no gosto do consumidor.

Reflexo do desempenho de cada marca, a área de distribuição também está em plena ebulição, com redes crescendo e outras encolhendo e os capitalizados comprando espaços dos que estão desistindo, como mostra outra reportagem da edição.

Também em destaque no Ranking AutoData de Qualidade e Parceira, que mostra as empresas mais premiadas do setor automotivo, justamente aquelas que continuam investindo em produtos e processos e, assim, garantem ganhos de produtividade na cadeia automotiva.

Não perca ainda a entrevista da seção From the Top com Wilson Bricio, presidente do Grupo ZF para América do Sul, e ainda o artigo na última página de Frank Sowade, presidente da SAE Brasil e diretor de operações da Volkswagen Anchieta.

Além do acesso via Portal AutoData, em sistema vira-página, a nova edição da revista AutoData pode ser lida também em smartphones e tablets: basta entrar no app da revista AutoData. Quem ainda não tiver o aplicativo instalado pode encontrá-lo gratuitamente na AppStore, para aparelhos com sistema iOs como iPhones e iPads, e na Play Store, para dispositivos dotados do sistema Android.

México produziu mais veículos do que Brasil e Argentina somados

As montadoras de veículos mexicanas produziram de janeiro a maio 1,4 milhão de veículos leves, volume 8,4% superior ao do mesmo período do ano passado. Os dados divulgados pela Amia, associação que representa as fabricantes de veículos do país norte-americano, indicam que a indústria automotiva mexicana superou, assim, a produção no mesmo período de Brasil e Argentina somados.

Segundo a Anfavea saíram das linhas de montagem brasileiras pouco mais de 1 milhão de veículos de janeiro a maio. A Adefa divulgou que as fábricas argentinas produziram 216,1 mil unidades nos primeiros cinco meses do ano. Desta forma somados os países, que representam a ampla maioria da produção automotiva da América do Sul, responderam por pouco mais de 1,2 milhão de veículos fabricados no ano.

Enquanto o Brasil acumula 17,5% de perdas na produção de veículos leves, as fábricas argentinas recuaram em 16% a produção.

O avanço dos mexicanos está apoiado basicamente nas exportações aos Estados Unidos. Nos primeiros cinco meses do ano foram enviados para outros mercados 1 milhão 162 mil veículos produzidos no México, crescimento de 11,5%. As fábricas do México exportaram mais automóveis e comerciais leves do que as brasileiras produziram no mesmo período.

Os vizinhos são o principal destino das exportações mexicanas, com mais de 70% de participação. Canadá, com 11%, Alemanha, com 3,8%, e Brasil, com 2,9%, são outros destinos importantes.

Os brasileiros até reduziram as importações de veículos mexicanos com relação ao ano passado: foram 33,8 mil unidades, 31,4% abaixo das 49,2 mil unidades de um ano atrás.

O mercado doméstico mexicano, embora relativamente pequeno, também contribuiu para o crescimento da produção. De janeiro a maio foram comercializados 506 mil veículos, avanço de 20,8%.

Maio foi o melhor mês da história do mercado mexicano, com 102 mil unidades vendidas, crescimento de 15,6% com relação ao mesmo mês de 2014.

SKF do Brasil tem novo presidente

Claudinei Reche foi nomeado como novo presidente do Grupo SKF no Brasil. O executivo assume o comando em sua segunda passagem pela empresa, onde esteve de 2000 a 2005. Neste intervalo foi presidente para a América do Sul da Höganäs, empresa de origem sueca com atuação em produtos metálicos.

Reche conhece bem o setor automotivo: iniciou carreira na Mercedes-Benz do Brasil em 1982, e por onde permaneceu por 18 anos até ir para a SKF, como Gerente de Customer Service e dois anos mais tarde assumiu a diretoria de vendas industriais.

Em comunicado, o executivo considerou ser “um prazer retornar à empresa que me ensinou a importância de desenvolver negócios por meio de valores e princípios consistentes. O momento que vivemos é muito importante: precisamos aproveitar a era da conectividade e integrar todos os recursos da SKF no mundo em prol da empresa no Brasil”.

A SKF comemora neste ano seu centésimo aniversário no Brasil – a empresa aportou aqui apenas oito anos depois de sua fundação na Suécia. O Grupo atua nos segmentos de rolamentos, vedações, sistemas de lubrificação, mecatrônica e serviços na área de confiabilidade em manutenção industrial.

Atualmente são cerca de 46 mil funcionários, sendo 1,1 mil no Brasil, com unidades em 100 países e 140 instalações, das quais 16 centros de P&D. O faturamento global da SKF, segundo a empresa, supera US$ 10 bilhões/ano.

Reche é formado em Economia pela Universidade São Judas, com pós-graduação em Logística pela Faculdade de Engenharia Mauá e MBA em Administração e Marketing pela Fundação Getúlio Vargas. Fez ainda mestrado em administração de negócios pela Universidade de Ohio, nos Estados Unidos.

Segmento de máquinas de construção demonstra otimismo

As vendas de máquinas e equipamentos de construção devem receber novo impulso a partir do fim deste ano. Para Afrânio Chueire, presidente da Volvo CE, este deverá ser o intervalo necessário para que as medidas do Plano de Investimento em Logística, publicadas via Ministério dos Transportes na terça-feira, 9, revertam-se em demanda de mercado.

“Foi um anúncio importante. Trata-se de um esforço para retomar um projeto que não é novo, mas que cria, sim, um fato novo, e demostra uma direção do governo e contribui para a recuperação da confiança em investir no País”, considerou o executivo.

Os editais de chamamento autorizam as empresas a iniciar estudos técnicos e de viabilidade para concessão de execução de obras em rodovias de todo o País, às quais o governo destinou total de R$ 66,1 bilhões: R$ 19,6 bilhões são vinculados aos cinco leilões previstos para este ano, R$ 31,2 bilhões para onze leilões de 2016, cujos editais foram publicados quarta-feira, 10, e mais R$ 15,3 bilhões para investimentos em concessões já existentes.

O total do Plano de Investimento em Logística contempla R$ 198,4 bilhões e também destinará aporte para ferrovias, de R$ 86,4 bilhões, portos, R$ 37,4 bilhões, e aeroportos, R$ 8,5 bilhões.

“Precisamos ainda de um marco regulatório e da definição de modelos de financiamento. São duas as etapas a serem superadas, o que deve levar alguns meses. A iniciativa privada também precisa sentir mais segurança em investir”, destaca Chueire. “Esse processo deve levar algum tempo e começar a se refletir no segmento de máquinas e equipamentos de forma gradual do fim deste ano até o início do próximo, trazendo novo ânimo.”

Chueire estima que as vendas de máquinas fechem este ano em queda de 30%, prognóstico que ainda não considera os possíveis impactos do Plano de Logística. “A baixa de janeiro a maio é de 40% e deve ser minimizada ao longo do ano. Nossa projeção para o fechamento de 2015 é de 16 mil a 17 mil unidades.”

Roque Reis, vice-presidente da Case para a América Latina, também avalia as medidas como importantes. “O pacote de concessões lançado pelo governo deverá ser positivo para o mercado de construção e para a economia como um todo, a médio e longo prazo. Mas consideramos que ainda é cedo para fazer avaliações mais pormenorizadas sobre o impacto da medida.”

Roberto Leoncini, vice-presidente de vendas, marketing e pós-vendas da Mercedes-Benz do Brasil, afirmou também que ainda não é possível mensurar a influência das medidas nas vendas de caminhões, especialmente aqueles do segmento chamado de off road, utilizados em grandes canteiros de obras de infraestrutura.

Entrentanto, ele salienta: “Sabemos que investimentos em infraestrutura estimulam a economia e o PIB do País e impactam diretamente no setor”.

 

Lei da Retomada é contestada na justiça

A Lei 13 043/2014, mais conhecida no setor automotivo como Lei da Retomada – por prover mecanismos facilitadores para o retorno do veículo à instituição financeira em caso de inadimplência – está sendo contestada na justiça. O Idecon, Instituto Nacional de Defesa do Consumidor, ajuizou no STF uma ADI, ou Ação Direta de Inconstitucionalidade, com pedido de liminar contra o artigo 101 da lei, justamente aquela que trata da busca e da apreensão dos veículos com alienação fiduciária.

O instituto questiona a dispensa de notificação extrajudicial, via cartório, para informar o devedor da mora. No texto da Lei um simples aviso por meio de carta registrada com aviso de recebimento, não necessariamente assinada pelo devedor, já configura a notificação da mora.

Para Reginaldo Sena, presidente do Idecon, em entrevista à Agência AutoData, “a lei retira o direito de defesa do consumidor e pressupõe que todos os devedores estão em atraso por má fé, quando a grande maioria o faz por dificuldades financeiras”. Em seu ponto de vista, com a Lei da Retomada “construiu-se um ambiente onde quem deve é bandido”.

O dirigente acrescentou ainda que as instituições financeiras já punem os devedores com a cobrança de juros nos atrasos do pagamento, que incidem sobre os próprios juros do financiamento em si. “São punições severas, com taxas de juros estratosféricas e abusivas. Ao adquirir um veiculo financiado o consumidor faz duas compras: do bem e do dinheiro. Esse dinheiro custa caríssimo e os juros do atraso já representam uma punição severa ao devedor.”

Luiz Moan, presidente da Anfavea, tem uma visão distinta. Em seu entendimento, ela “é benéfica ao consumidor”.

Quando a lei foi sancionada, no fim do ano passado, Anfavea e Fenabrave – esta, uma das primeiras a sugerir aos órgãos oficiais o novo sistema – esperavam uma melhora rápida nas condições de financiamento aos consumidores, uma vez que, mais protegidos pela facilitação da retomada do bem, os bancos passariam a oferecer taxas de juros mais baixas e condições mais atrativas. Estes efeitos, porém, ainda não se mostraram no mercado, apesar de todos os financiamentos assinados desde novembro do ano passado sob a égide da nova lei.

A ação de inconstitucionalidade ajuizada pelo Idecon alega que o artigo 101 da lei “representa total afronta ao posicionamento jurisprudencial até então recorrente nos tribunais”. Segundo Sena o instituto defende os interesses dos consumidores e por isso deseja retomar o ambiente anterior, vez que, entende o dirigente, “o consumidor que deve tem boa fé”.

O caso tramita dentro do STF, pede liminar e a derrubada do artigo 101 da lei, que trata da retomada. O relator da ADI é o ministro Marco Aurélio e não há previsão de julgamento.

No começo do mês o presidente da Anfavea, durante coletiva de imprensa de divulgação dos resultados da indústria, afirmou que os efeitos da nova Lei da Retomada não foram sentidos pelo mercado em razão de questionamentos judiciais como o do Idecon, o que fez com que os bancos continuassem a operar com as mesmas condições vigentes antes da promulgação do novo texto.

Produção cai 16% na Argentina até maio

A produção argentina de veículos registra queda de 16,1% no acumulado dos cinco primeiros meses de 2015, segundo dados divulgados pela Adefa, associação equivalente à Anfavea no Brasil. Foram fabricadas naquele país 216,1 mil unidades de janeiro a maio ante 257,5 mil há um ano.

Em maio as fábricas argentinas registraram volume de 46 mil unidades, o que representou retração de 9,7% na comparação com o mesmo mês de 2014 e de 1,3% ante abril.

Em comunicado a presidente da Adefa, a brasileira Isela Constantini, considerou que “transcorridos os cinco primeiros meses do ano o comportamento das principais variáveis industriais manteve uma certa estabilidade”. A dirigente ainda adicionou que “é necessário continuar a monitorar o comportamento de baixa do mercado brasileiro para entender se haverá um impacto maior sobre os negócios locais”.

Ela também afirmou esperar sinalizações positivas do governo argentino com relação à previsibilidade para o acesso a divisas no mercado de dólares às montadoras até o fim do ano, a definição sobre impostos internos para veículos, cuja alíquota atual vale até dia 30, e quanto às conversas com os representantes brasileiros para renovação do acordo automotivo bilateral, que também vence no fim deste mês – ela estimou prorrogação por um ano apenas.

As exportações de veículos argentinos registraram retração de 24% no acumulado de janeiro a maio, para 104 mil unidades ante 137 mil no mesmo período de 2014. Em maio, isoladamente, foram 22,5 mil embarques, baixa de 25,5% no comparativo anual porém crescimento de 5,8% ante abril.

Enquanto isso as vendas no atacado, para a rede de concessionárias, apontam no acumulado do ano 230,6 mil veículos, baixa de 9%. No mês passado foram 53,3 mil, alta de 5,2% ante maio do ano passado e de 15% na comparação com abril.

AXALTA – A fabricante de tintas automotivas Axalta anunciou investimentos de US$ 15 milhões na Argentina, valor que se soma a quase US$ 12 milhões aplicados pela empresa naquele país no ano passado.

O aporte será aplicado na produção de tintas e derivados, tais como bases, solventes e outros, que deve iniciar-se até outubro para chegar ao mercado em dezembro – a iniciativa deverá gerar 53 postos de trabalho.

No ano passado a Axalta adquiriu um edifício em Escobar, na região metropolitana de Buenos Aires, onde atualmente funciona seu centro de treinamento e distribuição, além de oficinas de pintura automotiva.

MAIS DÓLARES – Ainda na Argentina o Ministério da Indústria autorizou fabricantes de máquinas agrícolas a acessar divisas da ordem de US$ 19,1 milhões ao mês até dezembro.

Até então as empresas do segmento trabalhavam com teto máximo de US$ 10,8 milhões ao mês para operações de importação de peças, partes e máquinas completas.

As principais companhias do setor que poderão se beneficiar com a medida são John Deere, CNH-FPT, Class, AGCO e Agrale.