M-B dará sistema de rastreamento grátis por três meses

Na tentativa de atrair e fidelizar clientes, a Mercedes-Benz instalará, por conta própria, equipamentos de rastreamento nos modelos Atego, Axos e Actros mesmo que o consumidor não solicite o serviço. A ideia é fornecer o sistema de telemática FleetBoard gratuitamente por três meses e, depois, torcer para que os clientes considerem o serviço indispensável – e comecem a pagar por ele.

Segundo Roberto Leoncini, vice-presidente de Vendas, Marketing e Pós-Venda de Caminhões e Ônibus da Mercedes-Benz do Brasil, cada equipamento custará R$ 1,8 mil para a montadora. “Se depois de três meses o cliente não quiser continuar com o serviço pago, será impossível remover o equipamento. Estamos fazendo uma aposta.”

O sistema de telemática FleetBoard utiliza a integração da informática com os recursos da Internet e da telefonia móvel para proporcionar uma gestão da frota e dos motoristas. Além disso, possui funções de rastreamento e bloqueio, o que auxilia na segurança do veículo e da carga.

Depois dos três meses serão oferecidos cinco pacotes de serviço, que partem de R$ 90 mensais.

Atualmente cerca de 10% da frota da Mercedes-Benz tem algum tipo de contrato de manutenção ou gestão com a montadora. “A meta é elevar esse volume por meio de programas de degustação.”

Leoncini afirmou que há uma preocupação com a receita do segmento de serviços da montadora, uma vez que a passagem por oficinas que realizam manutenção dos veículos sofreu redução neste ano. “Os proprietários estão sem caixa e, assim, postergando a manutenção. Daí a importância de estabelecer contratos por períodos determinados.”

Por enquanto, Fenatran tem 140 expositores confirmados

A expectativa é chegar a pelo menos 330 expositores, mas até agora são 140 confirmados, incluindo apenas duas montadoras de caminhões – Volvo e DAF. Esse é o cenário prévio do que poderá ser a Fenatran 2015, programada para novembro, reflexo de um ano extremamente difícil no mercado automobilístico e, em especial, no segmento de caminhões.

Apesar, no entanto, das dificuldades para atrair os grandes fabricantes de veículos para o evento, o diretor de eventos da Reed Exhibitions Alcântara Machado responsável por todas as feiras da área automotiva, João Paulo Picolo, não demonstra desânimo:

“Montadoras são importantes, mas a Fenatran não se resume apenas a elas. Temos as fabricantes de implementos, as empresas de gestão de frota, a indústria de pneus e vários outros segmentos de grande importância na área de transporte que já confirmaram presença”.

Picolo diz acreditar ser viável chegar até a 350 expositores nesta edição, não descartando inclusive que mais montadoras de caminhões venham a aderir ao evento. A Ford Caminhões, por exemplo, promete uma decisão até o fim deste mês, segundo o executivo. Já Mercedes-Benz e MAN Latin América informaram que não participarão da mostra neste ano.

“O processo de adesão à Fenatran só está mais lento por causa do momento econômico que vivemos. O cenário, sem dúvida, é difícil. Mas como diz o presidente da Anfir [Associação Nacional dos Fabricantes de Implementos Rodoviários], Alcides Braga, o momento é ideal para quem quer ganhar mercado. E a Fenatran é uma feira geradora de negócios.”

Dentro desse espírito a Reed Exhibitions Alcântara Machado traz para a Fenatran, pela primeira vez, o que chama de Premium Club Plus, “um projeto comprador”, como define Picolo. Ele explica: “São convidados VIPs, a partir de uma lista elaborada por nós em conjunto com os expositores, que são contatados por telefone, recebem suas credenciais em mãos, têm acesso a todos os estantes e facilidades para estacionar e entrar no evento”.

Ao final haverá uma rodada de negócios com os participantes do Premium Club Plus. “A princípio esse projeto envolve compradores brasileiros, mas estamos em tratativas para trazer também visitantes de outros países da América do Sul. Já temos apoio da Anfir e da Apex [Agência de Promoção de Exportações e Investimentos] para essa iniciativa. Vamos reforçar a parte de negócios este ano.”

Também como novidade a organizadora da Fenatran promete para a edição deste ano um programa de caravanas de compradores para atender todos os segmentos da feira, incluindo implementos rodoviários e equipamentos, caminhões e veículos comerciais, autopeças, motores e pneus, combustíveis, equipamentos e serviços para gestão e rastreamento de frotas e instituições financeiras e seguradoras.

A expectativa, segundo a Reed Exhibitions Alcântara Machado, é reunir 60 mil compradores, público similar ao registrado na sua última edição, em 2013. De acordo com pesquisa da empresa realizada naquela oportunidade, 80% dos visitantes declararam que retornariam em 2015. O perfil dos visitantes, segundo Picolo, é totalmente profissional: a mesma pesquisa apontou que 45% dos visitantes em 2013 tinham cargos de liderança em suas empresas e 46% o poder de decisão de compra.

Picolo informou ainda que o ministro dos Transportes, Antônio Carlos Rodrigues, já confirmou presença na abertura da feira. Na área de implementos a líder Randon ainda não definiu participação, mas outras grandes empresas da área, como a Guerra, Noma e Rossetti estão na lista de expositores confirmados.

A Fenatran acontece de 9 a 13 de novembro, das 13h às 21h, no Pavilhão de Exposições do Parque Anhembi, em São Paulo. É proibida a entrada de menores de 16 anos, mesmo que acompanhados. O evento é exclusivo e gratuito para profissionais do setor que fizerem pré-credenciamento por meio do site ou apresentarem convite na entrada – caso contrário será cobrado R$ 55 para acesso à mostra.

Laureados os Melhores do Setor Automotivo do Prêmio AutoData 2015

A AutoData Editora realizou na noite da quinta-feira, 16, evento em que laureou os Melhores do Setor Automotivo 2015, primeira fase do Prêmio AutoData, em sua décima-quinta edição.

A premiação, realizada no Salão Nobre do Milenium Centro de Convenções, na Zona Sul de São Paulo, contou com cerca de duzentos participantes das 51 empresas eleitas em 21 categorias, além das fabricantes de dezenove veículos nomeados em suas respectivas categorias e de quatro executivos em Personalidade do Ano.

Os escolhidos receberam placas alusivas ao reconhecimento, um dos mais importantes e disputados do setor automotivo brasileiro, das mãos de S Stéfani e Vicente Alessi Filho, diretores da AutoData Editora, além de George Guimarães, diretor adjunto, e Marcos Rozen, editor da Agência AutoData de Notícias. Márcio Stéfani, diretor da AutoData Editora, conduziu a cerimônia.

Agora o Prêmio AutoData entra em sua segunda fase, na qual os leitores e assinantes das publicações da AutoData Editora, bem como os participantes do Congresso Perspectivas 2016 – que acontecerá nos dias 20 e 21 de outubro em São Paulo – votam nos indicados em cada categoria. Os cases relativos serão publicados na revista AutoData 312, do mês de agosto, bem como nas edições diárias da Agência AutoData de Notícias do mesmo mês e servirão como balizamento e referência para melhor decisão dos eleitores a respeito das iniciativas de cada uma das indicadas.

Os vencedores serão anunciados em novembro. A lista completa dos Melhores do Setor Automotivo 2015 do Prêmio AutoData pode ser encontrada aqui: paginas/15181.

Melhor providenciar curativo para os pulsos

Passado o susto inicial da divulgação, neste junho, da nova revisão para baixo da projeção da Anfavea para este ano, agora para queda de 20%, a poeira começa a baixar e, assim, permite visualizar sensíveis e importantes diferenças da crise atual em relação a outras vividas pelo setor. E, felizmente, diferenças para melhor.

Tão para melhor que, embora estejamos, ainda, bem no olho do furacão – com férias coletivas e montadoras recorrendo até a milagres para reduzir estoques –, na área de autopeças e de insumos, pelo menos, há empresas que já consideram ser esta mais uma página virada.

Conforme mostra a matéria de capa da edição de junho da revista AutoData, não são poucas as empresas destes segmentos que já projetam crescimento de faturamento e lucro no ano. Algumas já se preparam, inclusive, para a retomada do mercado. A aposta é de que os números de 2014 estarão de volta em até dois anos e, em cinco ou seis, os de 2013, o pico de produção e vendas de veículos produzidos localmente.

Não é pouco. Trata-se de projeção de crescimento médio anual de 5% a 10% ao longo de todo este período.

Na área da distribuição o quadro não é diferente. Matéria que esta sendo preparada para a edição de julho da revista AutoData mostrará que hoje, com novo perfil apoiado em grandes grupos econômicos, quase todos multimarcas, este é outro segmento cujas empresas, ao menos no que se refere a automóveis e comerciais leves, têm também boas chances de fechar o ano com faturamento maior e lucro.

É bem verdade que, segundo a Fenabrave, centenas de lojas de veículos fecharam neste ano. Todavia, conforme apurou a editora Alzira Rodrigues, a maior parte é do segmento específico de motos. Há também casos de grupos que estão reduzindo pontos de vendas sem, contudo, abandonar o setor. E outros ainda que, por serem multimarcas, estão fechando lojas de marca que está perdendo terreno para abrir ponto de venda de outra que está avançando.

Mas o que é, afinal, que faz com que esta atual crise seja diferente? São vários fatores. A começar pelo do fato de que, desta vez, a queda se dá depois de vários anos com produção e vendas anuais em torno de 2,5 milhões de unidades. Nos últimos cinco anos, a frota circulante brasileira saltou de 29,6 milhões para 41,7 milhões de veículos. São, assim,12,1 milhões de novos clientes para a área de serviços das concessionárias.

Novos clientes, por extensão, também das áreas de mercado de reposição dos fabricantes de componentes.

É, além disso, universo que, segundo mostrou esta semana a Agência AutoData, está mantendo o mercado de usados até mais aquecido do que no ano passado. Para deleite dos concessionários e, também, das financeiras, seguradoras, despachantes e todo o restante do mundo automotivo.

Outra diferença: ao contrário de outras crises geradas por crescimento da importação de veículos e componentes em função de valorização da moeda nacional, desta vez o que se verifica é o oposto: agora é a desvalorização da moeda que possibilita que produtos locais ocupem espaços dominados pelos importados. Tanto nas montadoras quanto no mercado de reposição.

Para a área de autopeças, em particular, esta é uma diferença marcante porque se soma à exigência do Inovar-Auto de aumento no índice de nacionalização.

E há que se considerar, ainda, que esta nova relação cambial aumenta a possibilidade de reativar exportações, outra frente deixada em segundo plano nos últimos anos.

Ou seja, ainda que a demanda continue em baixa e, ao mesmo tempo, permaneçam em alta, desalentadora alta, a inflação, os juros, os estoques e até as complicações políticas que retardam o ajuste fiscal, desta vez são varias as portas de saída que podem ser acionadas pelas empresas, em particular pelos concessionários e fabricantes de insumos ou de componentes.

Cabe, assim, forçar o olhar para além da poeira. Exemplo prático da diferença: quem olhar dentro da poeira vai constatar que dados divulgados esta semana pelo Banco Central mostram que quase metade da renda familiar está hoje comprometida por endividamento recorde dos consumidores. Isto deve tornar impossível qualquer reativação em curto prazo da venda de veículos. Melhor, então cortar os pulsos e desistir de vez.

Quem, todavia, focar um pouco além da poeira vai perceber que o comprometimento da renda familiar saltou, de fato, de 27,7% em 2009 para 46,6% neste ano. Mas basicamente em função de credito imobiliário.

Trata-se, assim, na grande maioria dos casos, de mera troca, dentro do orçamento domestico, do aluguel mensal pela prestação da casa própria. Sem maiores reflexos no poder geral de compra.

Excluído o crédito imobiliário, o padrão de endividamento médio das famílias, na verdade, até diminuiu ligeiramente no período, de 27,73% para 27,37%. Melhor, então, talvez seja providenciar, e logo, um bom curativo para os pulsos…

Eletropostos para recarga de veículos elétricos chegam às estradas

Os primeiros eletropostos para recarga de baterias de veículos elétricos estão chegando às estradas brasileiras. A CPFL Energia firmou parceria com a rede de postos de serviços Graal para criar o primeiro corredor intermunicipal para veículos elétricos do País, na ligação de Campinas a São Paulo. A cerimônia de oficialização ocorreu segunda-feira, 15.

O eletroposto pioneiro ficará no posto Graal 67, na rodovia Anhanguera sentido Campinas, altura de Jundiaí, no Interior paulista. Sua instalação está marcada deverá ocorrer do fim de julho ao início de agosto, como revela Marcelo Gongra, coordenador de inovação da CPFL Energia.

“Trata-se de um projeto de pesquisa e desenvolvimento que se estenderá até 2018, com investimento de R$ 21,2 milhões, da Aneel. O objetivo é estudar a aplicação real de elétricos no Brasil, com postos de recarga em cidades e estradas para avaliar os impactos na distribuição de energia.”

A meta é passar de quatro para trinta postos de recarga instalados em Campinas e região metropolitana, incluindo-se aí os eletropostos das estradas.

Eles permitem carregamento gratuito e rápido dos veículos, com reabastecimento de 80% da bateria em meia hora e serão compatíveis com veículos elétricos na configuração chamada plug tipo 2, caso de modelos BMW, BYD e Renault. Até o fim do ano a CPFL avaliará a ampliação também para os veículos de plug tipo 1, de marcas como Mitsubishi e Nissan.

A posterior expansão para um posto na rodovia dos Bandeirantes já está em estudo e tem apoio da ABVE, Associação Brasileira de Veículos Elétricos.

A instalação da infraestrutura de eletroposto rápido inclui transformador de baixa tensão, carregador e cabeamento, com custo estimado em R$ 50 mil.

A rede Graal, por seu lado, assumirá as despesas com o consumo de energia, de modo que os motoristas de elétricos possam ter à disposição recarga gratuita por 24 horas, todos os dias.

“Não há, ao menos por enquanto, regulamentação para venda de energia para recarga de veículos, daí a necessidade de se estabelecer uma parceria nesse sentido”, esclarece Gongra. “Temos frota própria de seis carros elétricos e temos a meta de ampliar esse total para 27, para realizar os testes.”

O BMW Group Brasil também avança na oferta de energia para elétricos BMW e de outras marcas compatíveis com seu sistema de recarga. Desde maio oferece, em parceria com a rede de shoppings Multiplan, o BMW i Wallbox, em São Paulo.

Na semana passada anunciou a extensão dos pontos de recarga pública de automóveis elétricos e plug-in híbridos em estacionamentos de shoppings centers da Multiplan. Nos próximos meses os postos serão instalados em estabelecimentos das cidades de Ribeirão Preto, SP, Curitiba, PR, Rio de Janeiro, RJ, e Belo Horizonte, MG.

Melhores ares nas cidades – Em um ano, modelos elétricos Renault participantes do Projeto Curitiba Ecoelétrico evitaram a emissão de 6,6 toneladas de dióxido de carbono na atmosfera.

Parte do Programa de Mobilidade Urbana Sustentável, da capital paranaense, é resultado de parceria da Prefeitura de Curitiba com Renault do Brasil, Itaipu Binacional e CEIIA, Centro para a Excelência e Inovação na Indústria Automóvel, de Portugal.

De acordo com dados da prefeitura de Curitiba, a frota de elétricos Renault é composta por dez unidades: cinco Zoe, três Kangoo Z.E e dois Twizy. Já percorreram 53 mil quilômetros desde o lançamento, em junho do ano passado.

O meio ambiente agradece o desempenho dos modelos: além de evitar a emissão de 6,6 toneladas de CO2, eles geraram economia equivalente a 5,3 mil litros de combustível, ou 33 barris de petróleo.

Em São Paulo os veículos urbanos movidos a hidrogênio contribuem para reduzir a emissão de poluentes como material particulado e gases de efeito estufa. Graças a esse sistema de propulsão o modelo emite apenas vapor d’água.

Na segunda-feira, 15, o Estado recebeu quinze ônibus a hidrogênio, a primeira frota brasileira com essa especificidade.

A frota circulará no trecho Diadema-Morumbi no corredor S ão Mateus-Jabaquara. A estação de produção e abastecimento de hidrogênio fica na unidade São Bernardo do Campo, SP, da EMTU, Empresa Metropolitana de Transportes Urbanos de São Paulo. Já a operação da estação é de responsabilidade da Petrobras Distribuidora.

Financiamentos de veículos recuam 18,2% em maio

Os financiamentos de veículos – automóveis e comerciais leves, motocicletas e pesados, novos e usados – caíram 18,2% em maio, de acordo com dados da Cetip, companhia responsável pela operação do Sistema Nacional de Gravames. Foram financiados 435 mil 775 veículos no mês passado, dos quais 195 mil 724 novos e 240 mil 21 usados.

Houve queda também na comparação com abril: 0,5%. No acumulado de janeiro a maio foram financiados 2 milhões 267 mil 663 veículos, um recuo de 11,8% com relação às 2 milhões 572 mil 848 unidades de janeiro a maio do ano passado.

A queda foi maior nos modelos zero quilômetro: 20,4% no acumulado do ano, ante 3,4% em veículos usados.

No segmento de automóveis e comerciais leves a queda, somados novos e usados, chegou a 11%%, ou 1,8 milhão de unidades. Novamente a curva de declínio foi maior no segmento de zero quilômetro, com 22,4% de retração, para 625 mil unidades, ante recuo de 3,1% nos usados, para 1 milhão 147 mil veículos.

Em motocicletas o mercado total recuou 9,9%, para 407,6 mil unidades. Os financiamentos para motocicletas novas somaram 363 mil unidades, queda de 10,9%, e os para usadas alcançaram 44,6 mil unidades, alta de 0,1%.

O mercado de pesados fechou o período com queda de 31,5% nos financiamentos em geral, para 82,9 mil unidades. Para modelos zero quilômetro a retração alcançou 52,2%, ante 9,3% de recuo para caminhões e ônibus usados.

MWM prevê elevar exportações em 30% neste ano

A MWM anunciou na terça-feira, 16, projeção de elevar em 30% seus negócios com o Exterior em 2015. Em comunicado o presidente da fabricante, José Eduardo Luzzi, considerou que “em um cenário desafiador como o atual da economia brasileira precisamos buscar alternativas em outros segmentos e mercados. É uma tradição da MWM a exportação de motores e componentes”.

Pelos cálculos da empresa os negócios com exportações já somaram mais de 650 mil motores em 60 anos de atividades no País, sendo 80% para uso automotivo e os 20% restantes para o industrial, para mais de trinta mercados, dentre eles Alemanha, Argentina, China, Egito e Estados Unidos, além de países na América Latina e Leste Europeu.

Ainda de acordo com a MWM para 2015 a maior projeção de crescimento porcentual nos negócios com exportações está nos negócios com o México, de 46%: fornece motores para veículos produzidos pela Navistar, empresa do mesmo Grupo, ali.

A fabricante também estima elevação de 20% nos embarques para o Egito ante 2014, para cerca de quatro mil motores. O país é atualmente o maior mercado de exportação da MWM para motores destinados a repotenciamento de veículos e ainda ao segmento de geração de energia.

Os motores MWM destinados à exportação são desenvolvidos pela equipe brasileira de engenharia no Centro Tecnológico da empresa, instalado no bairro de Santo Amaro, em São Paulo.

Mercado de reposição suaviza queda na indústria de pneus

Graças ao aumento na demanda do segmento de reposição as vendas de pneus nacionais registraram queda de apenas 2,6% nos primeiros cinco meses do ano, segundo dados divulgados pela Anip, associação que reúne as fabricantes do setor. Foram comercializados 31 milhões de pneus de janeiro a maio por aqui e no Exterior, ante 31,9 milhões no mesmo período do ano passado.

O fornecimento às montadoras recuou 20,6%, caindo de 8,1 milhões para 6,6 milhões de unidades. Em compensação a reposição cresceu 9%, passando de 18 milhões para 19,6 milhões de unidades – em volume, a queda de um mercado compensou o outro.

A diferença que provocou a queda nas vendas veio do mercado externo: de janeiro a maio foram comercializados 4,9 milhões de pneus para outros países, queda de 13,7% comparado com as 5,7 milhões de unidades dos primeiros cinco meses de 2014.

O segmento de carros de passeio segura o desempenho da indústria de pneus. O maior em volume, registrou crescimento de 3,3% de janeiro a maio, para 16 milhões de unidades. Os pneus de carga e de camionetas registraram queda de 18,4% e 5,4%, respectivamente.

Outro índice positivo vem da produção, ainda não afetada pela crise – embora o reflexo possa vir nos próximos meses, uma vez que fabricantes como Bridgestone, Michelin e Pirelli já começaram a efetuar cortes nas programações. De janeiro a maio foram produzidos 30,4 milhões de pneus, alta de 1,7% sobre as 29,9 milhões de unidades do mesmo período de 2014.

HR-V ultrapassa EcoSport e lidera SUVs compactos no ano

Aquilo que a Agência AutoData previu há um mês aconteceu: o Honda HR-V ultrapassou nesta primeira quinzena o Ford EcoSport em vendas no acumulado do ano e, assim, assumiu a ponta do segmento – e tudo indica que dificilmente o modelo perderá a coroa até dezembro.

De acordo com dados preliminares do Renavam obtidos pela reportagem, em colaboração da Agência AutoInforme, até a terça-feira, 14, portanto praticamente a primeira metade de julho, o HR-V registrava quase 19,2 mil emplacamentos em 2015. O EcoSport, inventor desta faixa de mercado e eterno líder – perdeu a coroa somente em 2012, para o Renault Duster, quando da mudança para a segunda geração – acumula no mesmo período 18,9 mil.

Desta forma o Honda está trezentas unidades à frente do Ford e é o primeiro da tabela. A velocidade com que o modelo descontou a diferença é impressionante: ao fim de junho, por exemplo, o EcoSport estava quase trezentos emplacamentos à frente. O Honda, assim, fez seiscentos licenciamentos a mais em menos de quinze dias corridos.

Os números anteriores, entretanto, demonstram uma evolução ainda mais representativa – principalmente se considerado que o Honda foi lançado em março, o que dava ao EcoSport praticamente um trimestre de vantagem. Ao fim daquele mês o HR-V estava mais de sete mil unidades atrás do Ford no acumulado do ano. No mês seguinte, abril, diminuiu a diferença para pouco mais de cinco mil licenciamentos. Em maio a vantagem do EcoSport reduziu-se para quase três mil e em junho chegou às apenas trezentas unidades, o que equivale dizer que em pouco mais de um trimestre o lançamento da Honda vendeu quase sete mil unidades a mais que o tradicional SUV compacto da Ford, que mesmo não sendo exatamente uma novidade não pode ser considerado um modelo defasado, uma vez que sua nova versão chegou ao mercado no segundo semestre de 2012.

Além do desempenho brilhante do HR-V deve-se considerar que o EcoSport sofre também a concorrência direta de outros lançamentos no segmento – daí a velocidade da redução da diferença para o Honda ter se acelerado ainda mais em junho. Por conta deste quadro, na primeira metade de julho o Ford foi apenas o quarto modelo mais vendido de sua faixa de mercado: ficou atrás também do Jeep Renegade e do Renault Duster, pela ordem.

O placar isolado até dia 14 aponta o HR-V com 1,6 mil emplacamentos, o Renegade apenas 20 unidades atrás – pela primeira vez em desempenho parelho ao do Honda – , o Duster, recentemente renovado, com 1,5 mil e o EcoSport com 1,1 mil.

O domínio do Honda nos meses restantes do ano se indica como já praticamente consolidado pois ainda há lista de espera pelo modelo, o que deve representar manutenção dos níveis atuais durante mais alguns meses, atrelado à tendência de redução de baixa do EcoSport, que também não deve mudar neste terceiro trimestre, e à distância daquele que poderia representar a única real ameaça, o Renegade.

Isso porque o Jeep, ainda que tecnicamente empatado com o HR-V na primeira metade de julho, está mais de onze mil unidades atrás no acumulado do ano, vantagem muito difícil de ser revertida diante do quadro atual.

Esta forte variação é fruto da chegada do Renegade ao mercado quase dois meses depois do HR-V e da necessária fase de ajustes e crescimento gradativo da velocidade da linha de produção da nova fábrica da FCA em Goiana, Pernambuco, enquanto o Honda é produzido em uma unidade há muito estabelecida, em Sumaré, SP, além de contar com um pequeno reforço em seus volumes vindo da Argentina.

HR-V pode assumir a liderança dos SUVs compactos no mês que vem

A carreira meteórica do Honda HR-V no mercado brasileiro deve desembocar na liderança do segmento no acumulado do ano já no mês que vem, destronando não só o tradicional líder – e inventor desta faixa de mercado –, o Ford EcoSport, como toda a nova concorrência, formada essencialmente por Jeep Renegade, novo Renault Duster e Peugeot 2008.

Desde março, seu primeiro mês cheio de vendas, o novo SUV compacto da Honda produzido em Sumaré, SP, reduz a liderança para o EcoSport de forma acelerada. Naquele mês a novidade estava mais de sete mil unidades atrás do Ford no acumulado do ano, e ocupava a oitava posição do segmento, segundo dados da Fenabrave baseados no Renavam.

No mês seguinte, abril, o HR-V já tomou a terceira posição de sua faixa de mercado, derrubando o Hyundai Tucson e se colocando logo atrás dos dois tradicionais protagonistas do segmento, o EcoSport e o Renault Duster. Ali a diferença para o Ford já se reduziu em duas mil unidades e assim caiu para pouco mais de cinco mil.

Maio chegou e com ele a diferença do HR-V para o EcoSport reduziu-se ainda mais, em quase 2,2 mil unidades, e fechou em praticamente 2,9 mil. Ainda assim o Duster se manteve à frente do Honda, na segunda posição, mas por menos de 1 mil emplacamentos.

E nas primeiras duas semanas de junho o Honda conseguiu enxugar em mais setecentas unidades a distância que o separa do EcoSport, que agora está muito próxima de 2,2 mil.

Como nestas duas primeiras semanas do mês houve um feriado com emenda, o de Corpus Christi, e ainda restam doze dias úteis de venda, o HR-V, se mantido o mesmo ritmo, deverá terminar junho descontando, no total do mês, pelo menos mais 1,5 mil unidades da diferença do EcoSport, segundo cálculos da Agência AutoData. Com isso o Honda ultrapassaria o Duster e já neste mês seria o vice do segmento.

E diante do fato de que esse resultado representaria ao EcoSport apenas cerca de seiscentas unidades de vantagem no acumulado do ano no fechamento do primeiro semestre, a ultrapassagem do Honda rumo à liderança em julho parece praticamente inevitável a esta altura do campeonato.

Isso porque o Honda contava, no mês passado, com cerca de três meses de espera para entrega ao consumidor de sua versão topo de gama, a mais vendida – algumas concessionárias chegaram a suspender o aceite de pedidos pelo modelo para não frustrar em demasia o consumidor interessado na compra. Ainda que este quadro não necessariamente configure certeza de negócios fechados, ele deixa claro que o ritmo de comercialização do HR-V, que gira ao redor de cinco mil unidades/mês, ao menos não se reduzirá bruscamente nos próximos meses, vez que a demanda atual é sempre maior que a oferta.

Há que se considerar, naturalmente, o impacto e o avanço produtivo de outros lançamentos do segmento que ocorreram depois do HR-V, em especial do Jeep Renegade e Peugeot 2008, além do Duster reestilizado, nos resultados dos meses a seguir. Mas estes, se podem representar ameaça ao HR-V – em especial pela falta de oferta de modelos a pronta entrega do Honda –, configuram concorrência muito maior ao próprio EcoSport, que atualmente não tem o apelo de novidade como os rivais.

No caso específico do Renegade, maio representou seu primeiro mês cheio de vendas, levando o total de emplacamentos do Jeep no ano a 3,1 mil unidades, na nona colocação do segmento – foram no mês 2,5 mil, ou metade do que obteve o HR-V no mesmo período, 5 mil licenciamentos. Assim o Jeep praticamente largou já com desvantagem de mais de nove mil unidades para o Honda, ou seja, duas mil unidades além da diferença que separava o EcoSport do HR-V em março. Com isso o ambicioso plano da Jeep de liderar o segmento já em 2015 – alardeado inúmeras vezes pelo presidente da fabricante, Sérgio Ferreira, desde o Salão do Automóvel de São Paulo, no fim do ano passado, e repetido durante o lançamento do veículo, em março – começa a parecer ameaçado.