Tablet a bordo

Em tempos de mercado interno de veículos em baixa e de conectividade em alta, as montadoras lançam mão, cada vez com maior rapidez, de dispositivos que fazem do automóvel uma extensão do escritório o do lar dos jovens consumidores.  Tem sido assim há algum tempo nos principais mercados e em veículos mais sofisticados e agora também no Brasil e em carros mais baratos.

A mais recente novidade nesse sentido estará nas concessionárias Nissan a partir desta semana. March e Versa 2016, fabricados em Resende, RJ, tem agora sistema multimídia que, para melhor explicar, é praticamente um tablet com tela sensível ao toque de 6,2 polegadas.

Batizada de Nissan Multi-app, além das convencionais funções de rádio  – e, acreditem, ainda de CD e DVD – a central conta com GPS, exibe imagens da  câmera de ré e já sai de fábrica com nada menos do que treze aplicativos instalados. Basta acessar a internet  pelo celular ou por modem e ter recursos como Waze, Skype, Google Chrome, Spotify, Instagram e Spotify, dentre outros.

Tudo pode ser acionado por toques ou correndo o dedo sobre a tela, como em um tablet normal, ou, em algumas funções, por meio de comando de voz. Pode-se ainda baixar qualquer outro aplicativo ou arquivar músicas, vídeos e fotografias. Diferente de outros sistemas, não há o famoso espelhamento com o aparelho celular. O Multi-App pode exibir um filme ao mesmo tempo em que se fala ao telefone – o celular serve apenas como um roteador neste caso.

Junto com a nova central multimídia March e Versa têm novidades em equipamentos e acabamento.  O hatch passa a contar ainda com opções de personalização de carroceria no pacote Colors. O modelo pode ser produzido em branco com detalhes em vermelho, branco com azul, vermelho com branco e preto com branco. Preços a partir de R$ 43,3 mil. Mas apenas a versão 1.6 SL, a mais completa e que custa R$ 51,8 mil, tem  o sistema Multi-App, que, no caso do Versa,  já está presente na intermediária SL e que custa R$ 57,7 mil.

 

Goodyear elevará exportações para Estados Unidos e México

A Goodyear vai elevar nos próximos meses o volume de pneus exportados para os Estados Unidos e México a partir de sua fábrica de Americana, no Interior paulista. A informação foi revelada à Agência AutoData pelo diretor presidente da operação brasileira, Henry Dumortier, durante lançamento de nova linha de pneus para veículos comerciais, em São Paulo.

O executivo não abre os volumes, mas explica que hoje os embarques para os dois países da América do Norte a partir do Brasil são muito pequenos, e que plano para elevar fortemente o ritmo de exportação para estes mercados está em curso e deverá ter início nos próximos meses. “A atual relação cambial nos é favorável.”

Com isso a participação das exportações no faturamento da unidade brasileira da Goodyear também crescerá. Mais uma vez o executivo não divulga números, mas revela que aproximadamente 60% da receita hoje vem das vendas internas à reposição, seguidas pelas OEM, deixando os embarques na lanterna.

Os pneus brasileiros que deverão desembarcar em breve nos Estados Unidos e México são para veículos de passeio, com alta carga tecnológica e de aro 16 em diante com destino à reposição, adianta Dumortier.

O executivo ainda assegurou sua confiança na retomada do mercado brasileiro. “Continuaremos a investir e a lançar novos produtos. Estamos no País para crescer. Não olhamos só esse ano, mas sim o cenário mais adiante, e o crescimento certamente voltará. E, quando acontecer, estaremos mais fortes.”

Linha KMax – A Goodyear apresentou na terça-feira, 24, em sua sede em São Paulo, nova linha de pneus para veículos comerciais, denominada KMax, que substitui a série 600. São três modelos para caminhões e ônibus: S, D Traction e Extreme.

Segundo a fabricante os pneus, já em oferta no mercado europeu, foram retrabalhados pela unidade brasileira durante dois anos, para adaptação às necessidades locais. O resultado, de acordo com a Goodyear, foi um ganho de 5% a 15% na quilometragem percorrida pelos pneus antes da necessidade de troca ou recapagem na comparação com os modelos similares antecessores, a depender do modelo e do uso.

Os novos pneus ganharam tecnologias para evitar desgaste e mais dois anos de garantia, que agora chega a sete.

 

Chega nova geração do Citroën Aircross

É nos preços, e na diversidade de opções de versões, que a banda Citroën do Grupo PSA Peugeot Citroën confia para garantir longa vida à carreira do novo Aircross, apresentado na manhã da terça-feira, 24, e que estará nas concessionárias já neste fim de semana. O Aircross já cumpre, no Brasil, carreira de pouco mais de cinco anos, com venda superior a 50 mil unidades.

Paulo Solti, diretor geral da Citroën no Brasil, não arrisca palpite para o desempenho do novo carro ao longo de 2016. Alegou o contexto difícil que o País vive e preferiu não fazer uso de bola de cristal. Mas confia, para Citroën, o mesmo índice de participação deste ano, 1,3%. Ou seja: ele, assim como o presidente do grupo na América Latina, Carlos Gomes, são extremamente conservadores em suas projeções – qualquer resultado positivo fora da estabilidade atual será motivo de alegria.

O carro ficou mais atraente, mais imponente, particularmente na dianteira, com grade e para-choque renovados – e graças ao futurista conjunto ótico aliado à luz de presença em LED, uma assinatura Citroën.

Para as cinco versões os motores são 1.5, com 89 cv e 93 cv a gasolina e a álcool, e 1.6, 115 cv e 122 cv na mesma relação.

Tudo começa com as versões Start e Live, que substituem suas correspondentes do modelo C3 Picasso. A Start 1.5 manual custa R$ 49 mil 990, a Live 1.5 manual R$ 53 mil 990 e a 1.6 Live automática R$ 58 mil 990. São versões dotadas de razoável dosagem de mimos tecnológicos e de conforto, mas o que as distingue à primeira vista é a ausência do estepe grudado na porta traseira.

Para essas duas versões, consideradas de entrada mas não menos charmosas, executivos da Citroën avaliam coisa de 30% iniciais no mix geral das cinco versões. Mas correndo o risco de chegar a 40% – se isto acontecer não apanhará nem marketing, nem vendas e nem a infraestrutura industrial da companhia de pires na mão: estão todos prontos para fazer crescer o mix de produção.

As outras duas versões ascendem nos preços e nas ofertas de inspiração tecnológica e de conforto – e de status. O Aircross 1.6 Feel manual custa R$ 58 mil 990, o 1.6 Feel automático R$ 63 mil 290 e o 1.6 Shine automático R$ 69 mil 290.

O que transcende dessa arquitetura financeira é que os preços foram mantidos, assim como os três anos de garantia sem limite de quilometragem e as revisões a preços fixos.

Conceito – Créative Technologie é a linha conceitual adotada para os atuais veículos Citroën, inclusive os Aircross. Joga com a ideia de ser, simplesmente, mais em tudo: em estilo, em tecnologia, em conforto, em economia, seus pontos de apoio e de partida diante da realidade da competição de mercado.

Além desse óbvio esforço para compreender a alma e por encantar os clientes outro ponto de apoio no qual creem executivos Citroën para o sucesso da carreira dos novos Aircross são os resultados de pesquisas que indicam, para o modelo, índice de 40% de fidelização.

Carlos Gomes não perdeu oportunidade de falar sobre os resultados do Grupo e sobre sua crença, largamente compartilhada, de que nestes tempos de hoje importa, mesmo, a rentabilidade. Citou os resultados do primeiro semestre: € 28,9 bilhões de receita, 6,9% a mais do que no mesmo período do ano passado, e € 2,8 bilhões de margem líquida.

Governo estadual mexicano questiona incentivos dados à Kia Motors

A Kia Motors está vivendo uma fase dicotômica no México. Ao mesmo tempo em que celebra a conclusão total das obras de sua nova fábrica naquele país, no município de Pesquería, no Estado de Nuevo León, investimento de US$ 1 bilhão concluído em pouco mais de um ano – a pedra fundamental foi assentada em outubro de 2014 –, a montadora se vê envolvida em um caso delicado com o governo estadual.

O novo governador do Estado, Jaime Rodriguez Calderón, conhecido pelo apelido de El Bronco, eleito como candidato independente em julho, tomou posse há cerca de um mê e já entrou em sério conflito com a montadora, afirmando que promoverá uma profunda auditoria nos contratos firmados pela administração anterior para a construção da fábrica.

Em uma atitude no mínimo surpreendente, a Secretaria de Desenvolvimento Econômico estadual publicou em sua página do Facebook todos os documentos relativos ao acordo, ainda que estes estivessem protegidos por cláusulas de confidencialidade – veja em https://www.facebook.com/SedecNL/photos/a.1465876777061442.1073741828.1465493053766481/1521936058122180/?type=3&theater.

No post o órgão estimula o compartilhamento da publicação e afirma que “o governo de Nuevo León mostrará a todo o México que se pode acabar com a falta de transparência, que é o manto protetor da corrupção”. Até o fim da tarde da segunda-feira, 23, foram quase dois mil compartilhamentos registrados.

Segundo os documentos, assinados pelo VP da Kia, pelo então governador e pelo prefeito do município, o governo estadual seria responsável pela construção de um tanque para armazenamento de 1 milhão de litros d´água, de uma estação do corpo de bombeiros com especialização em manejo de materiais perigosos e tempo máximo de resposta de dois minutos e ainda de um centro de treinamento e capacitação, além de isentar a unidade de diversos impostos por 20 anos.

A construção da nova fábrica, de acordo com órgãos de imprensa locais, estaria ainda envolvida em um caso de obtenção indevida de lucro: segundo denúncias até o momento não comprovadas, dois colegas do ex-governador teriam aberto uma imobiliária para aquisição de um terreno de 1,2 milhão de m2 em Pesquería, comprado 15 meses depois pelo governo estadual como parte da área repassada à Kia Motors para a construção da fábrica – a venda saiu por mais que o triplo do valor de aquisição, o que motivou a apuração do caso.

Por sua parte a montadora cobra do governo o cumprimento dos acordos firmados, alegando que estes possibilitaram a realização do investimento não só por parte da própria Kia mas também de seus fornecedores. Somados, os aportes chegam a quase US$ 3 bilhões.

A nova unidade terá capacidade para 300 mil unidades/ano e responderá por cerca de 10% de toda produção global da Kia Motors. O início da produção em série ali está programado para o primeiro trimestre do ano que vem. A montadora afirma que a unidade deverá gerar ao todo 70 mil empregos diretos e indiretos “em longo prazo”.

O caso lembra um similar ocorrido no Brasil no fim dos anos 90, quando governo recém-empossado do Rio Grande do Sul questionou incentivos concedidos pela administração anterior à Ford para construção de uma fábrica em Guaíba. A diferença era que ali as obras ainda não haviam começado e a consequência foi a transferência da unidade para Camaçari, na Bahia, inaugurada em 2001.

Por coincidência o terreno na Bahia era originalmente destinado à Asia Motors, que chegou a realizar ali cerimônia de assentamento de pedra fundamental com a presença do então Presidente da República, mas nunca construiu a fábrica. O caso foi parar na Receita Federal, vez que a montadora obteve vantagens fiscais para importar veículos como Towner e Topic por ser investidora. A fabricante conseguiu provar na justiça que a responsabilidade do caso coube aos seus então sócios locais, mas a pendência fiscal impede a construção de uma fábrica da Kia no Brasil até hoje – o que também acabou por facilitar a escolha pelo México quando a matriz sul-coreana do Grupo Hyundai decidiu que precisava de uma unidade produtiva na América Latina.

VW anuncia revisão de investimento no México

A fraude dos motores diesel e dos níveis de CO2 da Volkswagen, de proporções globais, fez sua primeira vítima no mercado latina-americano. A montadora informou, por meio de comunicado emitido na sexta-feira, 20, que seus planos para construção de uma nova unidade de pintura no México serão “revisados”.

A medida é uma das primeiras anunciadas dentro de corte de aproximadamente € 1 bilhão previsto pelo Grupo VW para o próximo ano em investimentos – o valor será próximo de € 12 bilhões ante média anual de € 13 bilhões. Outras vítimas já confirmadas são a construção de um novo centro de design em Wolfsburg, na Alemanha, e a próxima geração do sedã de luxo Phaeton,  totalmente elétrica: ambos serão adiados por tempo indeterminado.

A lista, porém, certamente não irá parar por aí. Na nota o CEO Matthias Mueller avisa que “nas próximas semanas vamos rever e eventualmente cancelar ou adiar por bastante tempo outras despesas previstas, mas sem colocar a viabilidade futura da empresa em risco”.

O executivo ainda reforçou que “conforme já anunciado, tudo que não for absolutamente necessário será cancelado ou adiado”. Ele complementou considerando que “estamos operando em tempos incertos e voláteis e temos que responder a isso”.

As fábricas chinesas, entretanto, podem respirar aliviadas: a montadora já avisou que as unidades no país asiático estão fora dos cortes programados pois, de acordo com a empresa, os investimentos ali previstos – de € 4,4 bilhões só em 2016 – serão financiados pelas próprias operações locais, joint-ventures com empresas chinesas.

Mais espaço, formação e conhecimento

O Instituto Renault entregou oficialmente nesta segunda-feira, 23, a nova sede da Associação Borda Viva, entidade do bairro da Borda do Campo, entorno do complexo industrial da montadora em São José dos Pinhais, PR. A solenidade serviu para marcar também os primeiros dez anos da parceria da fabricante de veículos com a associação, trabalho conjunto que já beneficiou cerca de 50 mil crianças, jovens e adultos. 

A nova sede, prédio de 400 metros quadrados em terreno de 1 mil metros quadrados, consumiu R$ 850 mil, recurso decorrente de contrapartida de financiamentos da Renault junto ao BNDES, Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social. “Além de uma melhor infraestrutura, o novo prédio permitirá agregar outros serviços”, diz Caique Ferreira, vice-presidente do Instituto Renault, organismo criado há cinco anos para a promoção de ações voltadas para a sustentabilidade socioambiental.

O novo prédio abrigará novos e projetos já existentes como o Casa da Costura, que gera renda para mulheres da comunidade. Elas produzem bolsas, mochilas, porta-objetos a partir de material doado por empresas parceiras como cintos de segurança, capas de bancos, lonas plásticas e retalhos de tecidos.  Essas e outras empresas também ajudam comprando os produtos e serviços da associação, que conta com apoio de voluntários, muitos deles funcionários da montadora.

Além do  Casa da Costura, a Borda Viva desenvolve e oferece  atividades como Cozinha Escola,  Cozinha Comercial e Cantinho da Leitura, que ganharam espaços próprios na nova sede. As instalações anteriores passam a ser utilizadas para cursos profissionalizantes para jovens estudantes, atividades culturais, oficinas de artes, reforço escolar, dentre outras. Cerca de 5 mil pessoas são beneficiadas anualmente pelos projetos geridos pela Associação Borda Viva, calcula o vice-presidente do Instituto Renault.

 

Galson Zardo é o novo diretor geral da Volare

A Volare tem novo diretor geral: o administrador de empresas Gelson Zardo assumiu o lugar que antes era de Milton Susin, dando, assim, seguimento ao processo de sucessão da unidade de negócio da Marcopolo que produz veículos comerciais leves para transporte de passageiros.

O executivo, graduado pela Universidade Caxias do Sul em administração de empresas com especialização em gestão pela mesma faculdade e MBA em gestão organizacional pela Fundação Getúlio Vargas, em São Paulo, era diretor de operações da própria Volare, função que será acumulada com a diretoria geral.

Zardo fez carreira na Marcopolo, onde entrou em 1981 e passou por diversas funções no Brasil e no Exterior. Tem experiência nas áreas comercial, aquisição, logística, produção, recursos humanos – na área social, foi diretor-adjunto da Fundação Marcopolo de 2009 a 2011.

Em nota o novo diretor geral afirmou que sua missão será reorganizar as atividades internas da Volare, com foco na agregação de valor à operação e a seus produtos. “O momento vivido pelo Brasil, sobretudo a indústria automotiva, é delicado. Para superarmos mais esse desafio precisaremos readequar a nossa empresa às atuais demandas do mercado brasileiro a internacional”.

Novo processo da VW Taubaté gera economia e menor impacto ambiental

Um novo processo de limpeza a seco nas cabines de pintura da fábrica da Volkswagen em Taubaté, SP, gerou uma economia de R$ 6,5 milhões em apenas um ano – além de reduzir os impactos ambientais e a geração de resíduos. Digno de uma patente junto ao INPI, Instituto Brasileiro de Propriedade Intelectual, o scrubber, como é chamado o processo, foi desenvolvido por especialistas das áreas de manutenção e operação da própria fábrica.

Funciona da seguinte maneira: o resíduo de tinta que fica no ar durante o processo de pintura é absorvido por meio de filtros feito com fibra de vidro ou polímero, o que dispensa o uso de água ou energia eletrostática. As partículas de tinta que não ficaram na carroceria são retidas em uma manta, formando uma borra seca – que é depois reutilizada como fonte energética em coprocessamento.

O processo usa 22 filtros em três camadas de manta por linha de produção. Sua manutenção é feita uma vez por dia, junto com a limpeza das cabines, em apenas oito minutos – não é preciso, portanto, interromper a produção.

De acordo com a VW a redução nos impactos ambientais energéticos de onde o sistema está instalado chegou a 73%, enquanto os resíduos gerados na pintura diminuíram 40%. Houve ainda a economia financeira, que chegou a R$ 6,5 milhões somente no primeiro ano de aplicação do novo método.

Em nota o diretor da fábrica de Taubaté, Marcos Aparecido Ruza, afirmou que a inovação é um importante avanço tecnológico para a VW do Brasil e um marco para a unidade, que produz todas as versões do up!, além do Gol e do Voyage. “A tecnologia desenvolvida por nossos profissionais está se tornando referência para outras unidades do Grupo e já existem estudos de adoção do mesmo conceito em cabines de pintura de outras fábricas no Exterior”.

Segundo Celso Placeres, diretor de engenharia de manufatura, a iniciativa segue o programa mundial da companhia Think Blue Factory. “A meta é reduzor em 25% os consumos de água e energia, a destinação de resíduos do processo produtivo a aterros e as emissões de CO2 e de solventes em todas as fábricas da VW no mundo até 2018”.

Sensor de € 10 pode ser a solução para a fraude dos motores diesel VW

Um sensor que custa € 10 instalado no interior da caixa do filtro de ar e uma atualização do software poderá ser a solução técnica encontrada pela Volkswagen para corrigir o dispositivo que burla os testes de emissão em motores diesel. A informação foi publicada pela revista alemã de negócios Wirtschaftswoche, citando fontes da área de transportes do governo alemão, aos quais o sistema teria sido apresentado pela montadora – que não confirmou a informação.

Ainda de acordo com a publicação, nos motores 2.0 diesel afetados pela fraude apenas uma atualização do software será suficiente. O sensor seria instalado nos propulsores 1.6 diesel. Em testes de rodagem as duas soluções técnicas, afirma a revista alemã, levaram as emissões aos limites da norma Euro 5, o que seria suficiente para atender a legislação.

Se confirmada, a solução técnica encontrada representaria um alívio para o Grupo VW, pois temia-se a necessidade de substituição dos catalisadores nos motores diesel 1.6, algo que teria um impacto financeiro severamente maior para os cofres da montadora, vez que esta peça, que usa platina em seu interior, tem um custo muito maior do que o sensor.

Desta forma a maior parte dos quase € 7 bilhões reservados pela fabricante para cobrir os custos do escândalo, em tese, seriam mais do que suficientes, vez que a solução técnica em si custaria muito menos – mesmo se o sensor fosse aplicado aos 11 milhões de veículos, o que não ocorrerá, o valor seria de € 110 milhões – e a maior parte destes recursos seriam utilizados para o pagamento de multas e processos.

 

Governo de São Paulo investirá R$ 2,6 bilhões em linhas intermunicipais

Os fabricantes de chassis e carrocerias de ônibus receberam uma boa notícia na quinta-feira, 19, quando o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, anunciou um pacote de concessões para rodovias, aeroportos, metrôs e ônibus intermunicipais: somente neste último segmento serão aplicados R$ 2,6 bilhões, com foco na renovação da frota.

Não foram fornecidos pormenores sobre a quantidade de veículos necessários para atender à demanda do governo paulista. De acordo com o portal do governo paulista na internet, as frotas de ônibus intermunicipais não poderão mais ter veículos com idade superior a dez anos. Precisarão também respeitar uma média de cinco anos para ônibus rodoviários e sete anos para modelos suburbanos.

Todos os ônibus novos adquiridos a partir deste pacote deverão estar obrigatoriamente equipados com ar-condicionado e oferecer serviço de internet sem fio, em linha com as exigências da prefeitura de São Paulo em sua licitação – cuja entrega dos envelopes ocorreu na quarta-feira, 18.

Segundo o cronograma estabelecido pelo governo estadual as audiência públicas começarão em 8 de dezembro e a consulta pública em 23 de dezembro, com término em fevereiro de 2016. A expectativa é que o edital seja publicado no mês seguinte.

Atualmente o sistema transporta 152 milhões de passageiros por ano, percorrendo mais de 425 milhões de quilômetros. As áreas de atuação foram divididas em cinco macrorregiões: Bauru, Campinas, Ribeirão Preto, Santos e São José do Rio Preto.

O pacote anunciado pelo governador contempla também investimentos em cinco aeroportos e a concessão de 2,2 mil quilômetros da malha rodoviária estadual, criando alternativas de acesso ao Porto de Santos e melhorias no acesso ao aeroporto de Viracopos. Mais informações podem ser encontradas aqui (http://www.saopaulo.sp.gov.br/usr/share/documents/634.pdf)

Mercado – O segmento de ônibus é um dos que mais sofre com a retração do mercado automotivo e da economia brasileira. De janeiro a outubro foram comercializados 14,6 mil chassis, queda de 36% na comparação com o desempenho dos primeiros dez meses de 2014.

A Fenabrave, em suas últimas projeções, estimou retração de 38,1% nas vendas para todo o ano, com 19,8 mil unidades comercializadas. E não acredita em interrupção da queda em 2016: segundo a associação os brasileiros consumirão 19 mil unidades no ano que vem, 4,2% abaixo do resultado projetado para este ano.